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História O Cheiro da Lua - Quatro de outubro


Escrita por: Moyashii

Notas do Autor


Acho que vcs já entenderam o nome do capítulo haha

Teremos notas finais importantes.

Boa leitura!

Capítulo 100 - Quatro de outubro



Dois dias se passaram desde que Julie foi aceita na alcateia, a cerimônia de entrada foi maravilhosa, todos ficaram emocionados com a volta da mãe do Triton. Ela até já conhecera os meus pais e o meu irmão, e claro que, Julie e Jefferson acabaram chorando quando decidiram falar sobre a infância de seus filhos.

Era um pouco antes da hora do almoço e nosso casa nunca ficara tão animada, cheia de vida e com cheiros tão amigáveis. E por ordens de, basicamente, todos os presentes, eu estava proibida de fazer qualquer esforço.

Assim sendo, Stefany e Julie ficaram na cozinha para preparar todo o almoço, Jefferson ficou com Steve e April no quintal, as risadas dos três podiam ser muito bem ouvidos de onde estávamos - quarto.

- Eles não irão se importar se você for dormir um pouco. - Triton tentava me convencer a descansar.

- Eu estou bem. - sorri de leve. - Eu só não tive uma boa noite de sono, mas consegui dormir o suficiente.

- Suficiente? - ele rosnou. - Kristine, nós fomos dormir às onze e você acordou às três.

- Como sabe que eu acordei às três? - perguntei inconformada.

- Foi meio que um sexto sentido, e você acabou de o confirmar. - ele rosnou de novo. - Vá dormir. - sua voz era dura.

- Não dê uma de dominante! - rosnei e sustentei seu olhar. - Eu estou bem, só não dormi porque o Ren estava mais agitado, só isso!

- Santo Amaterasu! Você está grávida e precisa estar descansada. - ele suspirou sabendo que eu não mudaria de ideia. - Pelo menos seja sincera comigo e prometa que irá me dizer quando estiver cansada...

- Sinto muito, por eu ser tão teimosa. - resmunguei. - Mas eu direi quando quiser vir dormir.

Isso o tranquilizou, por hora, e me fez receber um agradável abraço seguido de um gentil beijo.

- Logo ele vai nascer. - murmurou massageando as minhas costas.

- Bom, ele já está bem agitado. - brinquei esquecendo que estava irritada há um tempo atrás. - Eu te amo.

- Eu te amo muito. - mordeu a minha bochecha. - Mais do que um dia pude imaginar que amaria alguém. - e sua outra mão passeiou pela minha barriga de grávida.

- Que bom que fui uma surpresa para você. - consegui rir.

- Você foi um milagre, meu anjo. - suas palavras me faziam sentir importante e amada.

- Você também foi um anjo que apareceu na minha vida. - comentei segurando seu rosto.

- Um anjo-lobo? - ele riu e grudou as nossas testas.

- O mais perfeito de todos. - sorri e beijei seu nariz. - Vamos voltar, antes que meu pai surja aqui.

- Triste verdade. - ele bufou. - Não acho justo eu lhe dar uma sogra muito gentil e você me dar um sogro dramático e ciumento.

- Você deveria ter procurado a minha ficha antes de se apaixonar. - beijei sua bochecha.

Um grunhido divertido escapou de seus lábios, por que será que vivíamos nos provocando dessa maneira? Não sei, mas é tão bom.

- Vamos voltar, então. - levantou-se a contra gosto e me ajudou. - Jardim ou sala? Porque você está proibida de ir à cozinha.

- Jardim. - respondi com falicidade. - Estou com saudade da minha panquequinha.

Sem demorar mais, fomos até o jardim e pelo visto eles estavam brincando de esconde-esconde.

Era a vez do meu pai de ser o procurador, April estava camuflado no meio de flores enquanto Steve se escondeu atrás da minha cadeira. Não que fosse eu a estar sentada, pois Triton havia possessivamente me colocado em seu colo.

- Onde eles foram parar? - meu pai era um ótimo ator. - Kristine, você os viu?

Neguei, segurando o riso, Triton estava relaxado e isso dizia que seu lobo estava sob controle.

- Quem será que eu vou achar primeiro? - Jefferson começou a olhar em alguns arbustos. 

De repente, April pulou em suas costas, derrubando-o. Triton e eu começamos a gargalhar, enquanto meu pai tentava entender o que o havia "atropelado".

Steve não ficou para trás, em um movimento rápido, saltou nas pernas do meu pai, eles o estavam imobilizando.

- Aprenderam com quem? - indaguei esperando que meu lobo respondesse.

- Não a ensinei isso ainda. - notei o orgulho em sua voz. - Ela é astuta como você, meu amor.

- Acho melhor o ajudarmos. - brinquei. - Ou não.

Triton riu e mordeu a minha orelha, um sinal de que eu deveria permanecer onde estava.

- Lobo possessivo. - suspirei e relaxei meu corpo em cima do seu.

- Sou mesmo. - rosnou confirmando a sua posse. - E vou continuar sendo para sempre.

- Que bom, pois eu o amo desse jeito. - afirmei e respirei fundo.

Um cheiro de comida fresco encheu as minhas narinas, minha loba se agitou com a ideia de comer, e Triton logo notou.

- Vamos comer! - Stefany gritou.

As crianças saíram correndo na frente com Jefferson as seguindo, sua roupa estava bem suja, minha mãe o faria limpar sozinho. Triton andava ao meu lado, segurando carinhosamente a minha mão.

*

Almoços em família, ou melhor, almoços com a nossa família eram os mais engraçados e gostosos do mundo. Como sempre, Jefferson acabou soltando um dos seus argumentos de pai ciumento, e como sempre, Triton respondia de modo sincero e contido.

A novidade dessa vez foi a junção de Julie e Stefany que se tornaram amigas tão próximas quanto eu e Lorena. 

- Tirem essa menina da cozinha, agora! - Stefany rosnou para mim.

Com o susto, acabei me encolhendo e ouvi o lobo de Triton rosnar, não gostando da ideia de alguém intimidar a sua companheira.

- Tudo bem, estou saindo. - disse com uma voz baixa.

Já estava na sala quando encontrei Triton em pé, ele estava me fitando e sabia o que eu diria. Eu estava cansada, e mesmo não querendo admitir, teria de lhe falar a verdade.

- Kristine vai descansar um pouco, já voltamos. - ele informou meu pai antes mesmo que eu precisasse avisá-lo.

- Obrigada. - agradeci assim que entramos no corredor.

- Eles entendem. - afirmou com um sorriso. - E não se preocupe, ficarei aqui até que durma.

- Mas vai deitar comigo? - fiz a voz mais manhosa possível.

- E tem como recusar? - ele riu e me beijou.

Deitados e quando cobertos, Triton me acomodou em seu peito, sua respiração me acalmou quase fazendo meus olhos fecharem. Todo o meu corpo parou de doer, principalmente as pernas e as costas que estavam sobrecarregadas com o meu atual peso.

- Hoje já é dia quatro e nada desse lobinho aparecer. - ele murmurou suavemente.

Foi então que, como um estalo, minha mente lembrou do que Lorena me avisara.


Você tem que falar logo com ele sobre colocar a April numa escola, ela não pode ser uma lobinha presa em casa sem conhecer o mundo lá fora.


E ela estava, como sempre, certa.

- Triton. - ergui a cabeça e nos afastei para poder olhar em seus olhos. - Podemos conversar?

- Claro. - notei sua curiosidade.

- Sven e Jonny começaram a escolinha em agosto deste ano. - começei. - E logo será...

- Não. - ele rosnou, mas pareceu que não era para isso ter ocorrido.

- Não? - arregalei os olhos. - Você pretende deixá-la em casa apenas com a nossa convivência e a da alcateia até quando?

- Ela não precisa conhecer os humanos. - retrucou.

- Ela não pode conhecer apenas lobos! - respirei fundo. - Se a sufocarmos, um dia ela vai fugir.

E isso fez efeito, seus olhos se assustaram e ele grunhiu receoso.

- Por que está me falando disso agora? - ele cerrou os punhos e se sentou na cama.

- Porque ano que vem ela tem que começar a ver o mundo lá fora, então eu pensei que podíamos começar a mostrar a vida lá fora a ela. - sentei e toquei seu braço.

- Ela pode começar apenas no segundo semestre, certo? - seus olhos de fecharam com força.

- Pode, mas tem de ser ano que vem. - afirmei. - Se você preferir, podemos começar no ano que vem a interagí-la com o mundo lá fora.

- Mas ela é tão nova. - seus olhos se abriram para me fitar. - Só porque os filhos dos outros começaram esse ano, não quer dizer que eu tenha de jogá-la no mundo perigoso!

Eu entendia perfeitamente o que ele sentia.

- Eu também tenho medo do que o exterior pode oferecer a April, mas tenho muito mais medo dela crescer apenas aqui, tendo limitações enquanto vê as outras crianças falando de amiguinhos que fizeram lá fora. - expliquei. - Nós temos de ajudá-la a crescer forte.

Ele ficou em silêncio, mas seus olhos continuavam fixados aos meus, seu cheiro estava confuso, podia sentir seu medo e sua insegurança. Por isso toquei em seu rosto e sorri, Triton continuou em silêncio, mas parecia estar aceitando cautelosamente a ideia.

Entretanto, ele balançou a cabeça e se levantou, suspirei frustada e forcei-me a levantar, e no mesmo instante, Ren começou a se agitar. Respirei fundo, ficar nervosa não seria bom para a gravidez, mas eu tinha de convencê-lo de alguma maneira.

- Triton, você precisa me dizer o que está pensando. - pedi.

- O que estou pensando? - ele me encarou e segurou seu lobo interior. - Eu imaginando o quão maldosa pode ser uma criança, além de que April nem tem controle sobre suas transformações.

- Ela tem pouco, é verdade, mas você sabe que podemos ajudá-la em menos de dois meses. - argumentei. - Você mesmo disse que ela é astuta.

Ele se encolheu e negou mais uma vez, e novamente, Ren me chutou, só que dessa vez parecia ter acertado a minha coluna. Perdi o ar por um instante, mas por sorte Triton nem percebera.

- Não precisamos decidir agora... - suavizei o tom de voz. - Mas queria que você fosse pensando...

- Você diz isso, mas sei que já decidiu! - seus ombros se contraíram. 

Triton se virou de costas para mim e ficou reclamando consigo mesmo, dei um passo em sua direção, porém um dor violenta me atingiu. Ren ficou ainda mais agitado, meu coração se acelerou e minha voz não saía tamanha a dor que sentia.

Outra pontada forte me disse que estava certa sobre o que pensara: eram contrações, o bebê estava chegando. No momento seguinte, senti a bolsa estourar, minhas pernas ficaram molhadas e de minha garganta saiu um leve choramingo.

Meu lobo se virou no mesmo instante, seu rosto de surpresa foi suficiente para entender que ele sabia o que estava acontecendo. 

- Agora? - ele me segurou, ajudando-me a manter o equilíbrio.

Cinco minutos depois, nós estávamos na enfermaria, na nova ala que havia sido criada para partos. Sabia que todos os meus familiares estavam do lado de fora, e logo senti Eliza chegando.

Não me lembrava de ter sentido tanta dor quando tive a April, mas Ren estava se mostrando um desafio. Minha mão estava quase quebrando a mão de Triton, mas ele não reclamou nem por um segundo.

Elizabeth me falava palavras de força, não que eu as tivesse escutando, a dor parecia ter me incapacitado de muitas coisas. Senti lágrimas descerem pelas minhas bochechas e tentei respirar fundo, assim que ouvi Triton falando isso.

Não faço ideia de quanto tempo durou, mas de repente, a dor passou e um alívio fez meu corpo ceder na maca do hospital. Quando soltei a mão do meu lobo, notei que havia quebrado alguns dedos.

- Não se preocupe. - ele sorriu, notando meu olhar de desculpas. - Estamos juntos.

- É um menino gordinho. - Eliza sorriu e me entregou o bebê. - Parabéns!

Era bem maior do que a April quando nascera, e tinha uns kilos a mais. Triton se aproximou e deixou que Ren segurasse seu dedo não quebrado.

- Ele também tem os cachos de quando a April nasceu. - comentou. - Da mesma cor.

Ren tinha apenas um pequeno cacho da cor castanho claro, e como seus olhos permaceram fechados, ainda não sabíamos se ele seria como a April, de chamativos olhos azuis.

- Ele está inchado. - comentei rindo. - Tão lindo.

- Bom trabalho. - Triton beijou a minha testa. - Mamãe.

*

Quase toda a alcateia havia me visitado, nossos familiares haviam acabado de sair quando os padrinhos de Ren entraram.

- Posso segurar o meu afilhado? - Lorena tremia de ansiedade.

Jonny estava segurando um cobertor e a mão do pai, Eric sorriu como sempre e Triton começou a conversar com ele, enquanto Lorena se mantinha ao meu lado.

- Ele é lindo! - ela teria gritado se Triton não a tivesse encarado. - Seu lobo continua tão chato. - resmungou.

- Ele só está se comportando como pai coruja. - lembrei-a.

- Aliás, onde está a April? - perguntou, mesmo que estivesse com os olhos fixos em Ren, que dormia profundamente.

- Ela acabou de sair junto com a Julie. - comentei. 

- Ahhh, Kris. - seus olhos ficaram marejados.

- Não chore, por favor. - pedi pois sabia que acabaríamos chorando juntas.

- Estou tão feliz por vocês terem nos escolhido como padrinhos desse menino lindo. - ela piscou afastando as lágrimas.

De repente, Ren se mexeu e abriu os olhos, que eram caramelos como os do pai. E de certo modo, Ren era a cara do meu companheiro.

- Ele é a cara do pai! - Lorena encarou o Triton, que ficou vermelho na hora. - Eric, já que perdemos a princesa April, podemos ter uma filha para ganhar o príncipe Ren!

- O que você disse da April? - Triton rosnou.

- Pais... tão tapados. - ela sussurrou para mim. - Triton, o destino já foi laçado, sua filha e Joshua combinam.

Por sorte, Ren começou a chorar fazendo Triton esquecer, momentaneamente, o comentário desagradável de Lorena. Se bem que imagino que ela não saiba como o incidente ocorrera, e como a relação de Triton e Travis não existe mais.

- Você quer a mamãe? - Lorena o colocou em meus braços.

- Ei, meu lobinho, por que está chorando? - notei que Triton estava nos observando. 

Balancei-o levemente e isso o fez minimizar o choro, mas Ren continuava com uma cara de desconforto. Triton veio até nós e fez um cafuné na cabeça do filho.

- Garotão, não chore muito perto da mamãe. - ele piscou e os olhinhos curiosos de Ren se arregalaram.

Em seguida, Ren sorriu e começou a rir, esticando os braços na direção do pai. Meu lobo me fitou, como se pedisse por permissão, com um sorriso fofo respondi a sua pergunta.

- Ele é nosso filho, pode pegá-lo quando quiser. - lembrei-o quando Ren estava em seu colo.

- Eu sei disso... - mandou-me um beijo. - Mas como ele nasceu há algumas horas, meu lobo concorda que a sua loba deve estar em modo alerta.

- Interessante. - mordo o lábio. - Significa que a minha loba tem um grande poder sobre o seu lobo, logo, eu tenho sobre você.

- Resumidamente, é isso. - ele riu e Ren adorou isso.

- Ele gostou de ouvir você rindo. - Lorena piscou para nós. - Será que o Triton já foi fofo assim?

Lorena estava decidida a provocar o meu companheiro, porém hoje ele estava se comportando como um pai responsável. 

- Cadê a tia Kris? - Jonny perguntou ao pai.

- Ela está ali, quer falar com ela? - Eric o pegou no colo, trazendo-o até mim.

- Oi, Jonny. - sorri do jeito que as crianças mais gostavam.

- Tia Kris! - ele bateu palmas. - Quando você e a April vão lá em casa?

- Acho que semana que vem. - respondi dando uma rápida olhada para Triton. - Quer que a tia leve um doce?

- Um bolo?! - ele fez uma cara de surpresa. - Eu quero!

- Eu desisto. - Lorena revirou os olhos. - Ele ama mais a Kristine do que eu.

- E tem como alguém te amar e não amar a minha loba? - e aí estava o troco do meu lobo.

- Engraçadinho. - Lorena rosnou e seu celular fez um ruído.

Ela o abriu e fez uma careta.

- Eric, precisamos ir, o Fernando disse que precisa falar comigo. - então ela me deu um beijo na bochecha. - Cuide do meu segundo precioso! - e saiu arrastando o companheiro e o filho.

Nesse tempo, Triton colocou Ren ao meu alcance e suas mãos mexeram em meu cabelo, virei-me e beijei seu rosto, o pequeno sorriu.

- Quer ir com a mamãe, não é? - Triton riu. - Menino esperto, quer ficar com a chefia.

- Subi de cargo? - ri de leve e recebi Ren em meus braços. - Você sabe quando eles vão me dar alta?

- Patrick disse que sua recuperação vai ser bem mais rápida dessa vez, considerando como a gravidez foi mais sossegada. - senti que ele afastou o ocorrido na minha primeira gravidez. - Então é provável que você saía hoje à noite.

- Uma ótima notícia. - suspirei aliviada e notei que Ren estava procurando por algo. - Com fome de novo?

- Esse garoto vai ser como o pai. - Triton beijou a minha testa.

Com um sorriso no rosto, deixei que Ren mamasse de novo, enquanto Triton me contava como meu pai fez um drama no corredor.

- Ele não tem jeito. - revirei os olhos. - Lobo velho não tem mais conserto. - brinquei.

- Está me chamando de velho, senhorita? - Triton sorriu maliciosamente. - Porque se for esse o caso, o velhinho aqui pode lhe mostrar coisas que você jamais fez antes na cama.

- Isso é uma ameaça ou você está prometendo me levar a algum tipo novo de prazer? - sorri de um jeito provocativo.

- Toda engraçadinha hoje, não é? - ele rosnou, daquele jeito possessivo.

Ficamos nessa provocação até que o lobo de Triton rosnasse de verdade, como se tivesse detectado um inimigo. Pelo menos Ren já havia dormido novamente, pois os cheiros que se aproximavam, indicavam que Triton ficaria bem irritado.

*

Quando eles entraram, Triton colocou uma mão em cima da minha coxa, tentando não cerrar os punhos. Destiny foi a primeira a perceber a desconfiança dele, e seus olhos se abaixaram levemente como se ela fosse culpada de algo.

- Triton. - chamei-o, mas seu lobo estava no comando agora. - Ei.

Consegui segurar Ren com apenas um braço e usei a mão livre para tocar na mão dele, foi como uma troca rápida de personalidade e Triton voltara a ser ele mesmo.

Ainda com um cheiro de desconfiança, porém menos assustador. Destiny subiu o olhar e Triton lhe deu um sorriso de desculpas, isso a fez respirar fundo e vir ao meu encontro.

- Menina, como você desinchou rápido! - sua risadinha era um alívia para os meus ouvidos.

- Se viu? - sorri e voltei a segurar meu pequeno com ambos os braços. - E como você está?

- Bem, mas me sentindo tra... - tenho certeza que ela diria traída, mas pensou rápido e mudou a palavra. - ...palhada!

- Filhos dando muito trabalho? - mudei rapidamente de assunto.

- Então, Skye está conversando com todos os seus parentes ali no corredor e o Joshua, menina, ele grudou na April assim que a viu. - comentou e só então percebemos que Travis também havia entrado no quarto.

O lobo de Triton estava pronto para mostrar suas garras quando April também entrou no quarto.

- Papai! - ela grudou em suas pernas. - Vovó disse que eu podia dar aquele notícia para a mamãe agora.

- Você quer contar a mamãe? - todo a raiva sumiu em questões de segundos. - Venha cá. - ele a pegou no colo, colocando-a em minha frente.

- Mamãe. - ela fez um biquinho. - Papai me disse que ano que vem eu vou fazer amigos novos.

- Jura? - era muito bom para ser verdade. - E onde você vai fazer esses amigos?

- Na escolinha! - ela bateu palmas.

Eu o fitei e seu rosto ruborizou, era uma surpresa maravilhosa a aceitação do pai.

- Mas teremos que treinar algumas coisas antes, lembra que o papai falou? - ele ainda estava receoso, mas sabia que era o certo.

- Sim!

- Ela parece que está encantada com a ideia. - Destiny comentou sorrindo. - Joshua morre de medo de conhecer pessoas novas. - sua voz soou triste.

- Ele vai se acostumar um dia. - fitei meu pequeno. - Vocês só precisam estar lá para quando ele mais precisar.

- Obrigada. - Destiny respirou fundo. - Bom, eu já vou indo, tenho algumas coisas a fazer em casa... Trabalho de dona de casa nunca acaba.

- Triste verdade. - concordei. - Se bem que faz alguns meses que estou afastada da minha própria cozinha!

Dei um olhar mortal para o meu lobo, Triton não se encolheu, apenas me encarou com aquela cara de e deixar você ficar em pé para cozinhar, vá sonhando.

- Boa sorte. - Destiny murmurou enquanto saía do quarto.

Do mesmo jeito que entrara, Travis havia saído sem que eu o notasse.

- Não sei porque ele precisava entrar. - Triton resmungou e April mordeu sua bochecha. - Papai é tão gostoso assim? - novamente, a íra se foi.

- Ele só estava fazendo o que um lobo faz... Ficar ao lado de sua companheira. - expliquei.

- Mamãe! - April se esticou em minha direção. - Quero ficar com o meu maninho!

- Calma, meu amor. - Triton negou com a cabeça se divertindo com a situação.

April sentara no meu colo com as pernas em volta da minha cintura, seu pescoço se esticou o máximo para poder ver o irmão, por isso eu o abaixei, deixando-o encostado nas pernas da April.

- Ohhhh... Posso brincar com ele? - seu biquinho quase me fez dizer sim.

- Ainda não, panquequinha. - sorri. - Seu irmão está dormindo e ele ainda é muito novo para brincar assim.

- Mas eu vou cuidar dele. - ela vez voz de choro. - Vovô disse que eu podia brincar de babá.

- Seu pai tem ideias surpreendentes para crianças de três anos. - Triton suspirou. 

- Fato. - assenti e Ren se remexeu, parecia que estava tendo um sonho.

- Mexeu! - April se agitou. - Papai, o Ren mexeu!

- Ouço as vozes das minhas pacientes favoritas! - Patrick entrou sorrindo e April, literalmente, se jogou em seus braços.

Triton rosnou, controlado pelo ciúmes.

- Papai, vamos acalmar o dominante aí, por favor. - Patrick o encarou. - Não sou pedófilo e já tenho uma linda filha de um ano.

- Tio Pat num gosta mais de mim? - April ía começar a chorar, mas Patrick a beijou na bochecha, várias vezes, até que ela começasse a rir.

- É claro que eu gosto de você, panquequinha Moore. - ele sorriu e em seguida a entregou ao pai coruja. - Cuide bem dela, vai fazer sucesso quando mais velha.

Triton afastou esse pensamento, sempre que alguém se referia ao futuro da April, ele dizia:


Vai demorar muito ainda, quero curtir a minha filha pequena.


Três anos passaram bem rápido até.

- Como está se sentindo? - Patrick voltou a ser profissional.

- Muito bem. - digo. - Não sinto nenhum desconforto nem nada.

- Nesse caso, já pode ir para casa, seus exames estão ótimos. - seu sorriso e sua piscadela sempre faziam Triton rosnar. - E pelo amor do Deus Amaterasu, tire esse macho dominante fedendo a ciúmes da minha enfermaria!

Comecei a gargalhar enquanto Patrick continuava falando o que Triton estava causando no local, ele até comentou sobre o que os nossos parentes estavam fazendo no corredor. E nem mesmo depois de tanto barulho, Ren acordara.


Notas Finais


Amados leitores, preciso dar uma notícia um pouco ruim, só vou conseguir postar a fic uma vez por mês, a faculdade está apertando muito e só consigo escrever de fim de semana.
Mas prometo não abandoná-la, porque vocês me apoiaram até aqui, obrigada pela carinho!


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