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História O Cheiro da Lua - Imprevisto


Escrita por: Moyashii

Notas do Autor


Perdão pela demora.

Boa leitura.

NOTAS FINAIS IMPORTANTES.

Capítulo 112 - Imprevisto


Kristine

 

Collin e Andrew estavam dormindo havia horas, e eu já estava começando a ficar com saudades das risadas dos dois quando acordados. E como se fosse mágica, Collin começa a se mexer e logo chora pedindo por colo.


- Acordou, pudinzinho? - sorrio quando o conforto em meus braços.


Em instantes ele para de chorar e abre os lindos olhos azuis, novamente pego-me pensando que os dois são muito parecidos comigo. Vejo que Andrew continua dormindo profundamente, e logo Collin irá voltar a dormir.


Respiro fundo sentindo a tranquilidade dos gêmeos e um sorriso se forma em meus lábios, como é bom quando a nossa vida está em paz. Meus olhos se fecham e minha mente volta para muito tempo atrás:


Fazia um ano que Triton e eu nos conhecíamos, a morte de Felipe ainda era um assunto muito delicado para mim, surpreendentemente Triton nunca me pressionou ou se mostrou sem paciência.


Acho que ele me compreende melhor do que ninguém, mas lá no fundo eu gostaria que Triton me forçasse a seguir em frente... porque é doloroso demais se prender ao passado.


- Kristine? - sua voz me desperta do transe.


- Oi? - pisco duas vezes e me levanto da cadeira.


Triton entra na cozinha com um pequeno sorriso, tráz consigo quatro sacolas do mercado.


- Hoje, eu serei o cozinheiro. - brinca.


- Se você insiste. - e é assim que ele consegue melhorar tudo... Sendo ele mesmo.


Duas horas se passaram, agora estávamos na sala, sentada no sofá enquanto Triton mantinha sua cabeça em meu colo. Não sei ao certo se foi algo na televisão, ou se foi a minha mente esgotava, ou se foi o fato de eu estar de TPM, mas comecei a chorar e falar sem pensar.


- Ele nunca teria morrido se eu não o tivesse envolvido! - cubro os olhos com as mãos. 


- Ei, meu anjo, a culpa não foi sua. - sinto suas mãos puxarem com cuidado as minhas.


- Foi horrível! - me sinto mal. - Eu o vi morrer por mim na minha frente, Triton! Não pude salvá-lo...


- Kristine, olhe para mim. - sua voz é calma, mas determinada.


Faço o que ele manda e vejo algo diferente em seus olhos, o choro vai cessando enquanto ouço suas palavras.


- É verdade que aconteceu o que aconteceu por que ele se envolveu no nosso mundo, é verdade que ele morreu pra te proteger... Mas nada disso é sua culpa, as escolhas foram tomadas por ele. - afirma - E Kristine, não acho que ele estaria feliz se visse você se culpando e sofrendo desse jeito.


- Eu sei disso... Mas não sei o que fazer. - choramingo.


- Você não precisa fazer tudo sozinha. - ele seca as últimas lágrimas da minha bochecha. - Você tem a mim agora.


Triton me abraça com carinho e me dá um beijo na testa, permaneço em seus braços pelo resto da noite. Felizmente, algo em mim mudou, aquele medo de ser deixada sozinha foi substituído pela confiança que tenho nesse lobo.


- Obrigada. - murmuro e ergo o rosto. - Por sempre estar ao meu lado.

 

É fato que nunca fui e nunca serei boa com despedidas, posso ser durona em relação a proteger quem amo e mostrar os meus direitos, mas quando se trata de perdas... sou um vidro fácil de ser quebrado.


- Sonhando acordada? - sou pega de surpresa pelo meu companheiro.


- Parece que sim... - dou um sorriso sem jeito.


Será que eu estava tão desconcentrada ao ponto de não notá-lo entrar, e se fosse um estranho? 


- Pare de pensar asneiras, Kristine. - ele me repreende.


Reviro os olhos, mostrando como é irritante ele sempre saber o que estou pensando.


- É a minha cara que me entrega, não é? - pergunto ao levantar.


- Sua cara, seu cheiro, seu olhar. - ele sorri daquele jeito sexy, fazendo-me esquecer do que estava reclamando. - E como estão os meus machos alfas?


- Dormindo. - viro-me para observar os dois membros mais novos da família num sono profundo.


- Hmmmmm.... - Triton faz uma cara pensativa. - Que horas são agora?


Busco meu celular e acho-o no braço do sofá.


- Cinco da tarde, por quê? - minha loba se atiça.


- Hoje é sexta-feira, Kristine. - e lá vinha aquele sorriso de novo, derretendo-me por dentro.


Um minuto! Sexta é o dia que a mãe do Triton vem cuidar dos meninos para que possamos ter uma noite só nossa.


- Ahhhhh... - dou um sorriso seguido de uma risada.


- Você esqueceu! - Triton parece indignado. - Kristine Moore Cerutti, eu passo o dia achando maldade deixar você sozinha numa sexta, pensando que você estaria ansiando sozinha.


- Eu não esqueci... Só criei uma ilusão para que não ficasse ansiosa antes do tempo. - tento parecer séria, mas ele me agarra e morde o meu pescoço, fazendo-me soltar um arquejo.


- Vou fazer você nunca mais esquecer das noites de sexta... porque está será inesquecível! - ele ri alto e me beija com força. - Ahhh como eu te amo!


Estava pronta para responder e beijá-lo sem parar quando um dos bebês começou a chorar. Collin estava com os olhos abertos e chorava pedindo por atenção, peguei-o no colo e em seguida Andrew começou seu showzinho de ciúmes.


Triton o pegou e momentaneamente os dois se calaram e começaram a rir, e repito, risada de bebê é um som maravilhoso.


*


Já fazia mais ou menos meia hora que Julie ficara com as crianças, Triton e eu fomos logo dar um passeio lupino pela floresta. Primeiro apostamos uma corrida que eu ganhara mais uma vez.


A cada dia você parece mais rápida. Triton grunhiu e sacudiu o corpo.


Só sei usar a floresta ao meu favor. Respondo e uivo bem alto, Triton me acompanha e depois pulo em cima dele.


Rolamos um pouco só, levanto depressa e me coloco em cima de uma pedra, o vento frio atiça todo o meu corpo. Sinto seus olhos me observando e minha loba se inquieta. 


Desço da rocha e me coloco ao seu lado, mordisco uma de suas orelhas e rosno baixinho. Onde vamos jantar hoje?


Estava pensando naquele restaurante de massas que você tanto gosta. Responde ao lamber o meu focinho. O que acha?


Acho uma ótima ideia. Então decidimos dar mais uma volta e depois voltarmos a forma humana para irmos jantar, afinal já estávamos com fome.


O restaurante estava cheio, mas como sempre, Triton já tinha se precavido e reservado uma mesa. 


- Nunca me decepciona. - comento orgulhosa.


- Eu não me perdoaria se a decepcionasse. - sorri dominante.


- Será que não podemos pular para a sobremesa? - lambo os lábios e sei que consegui o que queria.


- Você está jogando um jogo perigoso, Kristine. - seu olhar me pega desprevinida.


Coro um pouco, mas mantenho nossos olhos focados, mordo o lábio de leve e sinto seu lobo se manisfestar.


- Vamos falar da sobremesa depois que nos alimentarmos. - ele se controla muito bem.


- Está tendo aulas de auto-controle em algum lugar? - brinco, mas finjo desconfiada.


- Eu tenho uma família de três filhos, uma filha e uma mulher incrivelmente sedutora... Quer mais aula de auto-controle do que isso? - ele sorri.


- Bom argumento. - seguro o riso. - Mas seria uma pena se essa mulher também estivesse se controlando em casa, certo?


- O que você está tramando? - Triton bebe um pouco do vinho que está a sua frente enquanto me observa cautelosamente.


- Eu? - faço a cara mais ingênua possível. - Nada, meu amor.


Triton quer prolongar o assunto, porém o garçom chega com a nossa comida. Mas enquanto comemos, sinto seu cheiro se intensificando, tenho vontade de sentar em seu colo e fazê-lo se render a mim agora mesmo.


Respiro fundo e tomo outro gole do vinho, e em minha mente desejo que o jantar termine logo.


*


Mal chegamos no quarto do motel e já estávamos agarrados, seus braços me prendendo contra seu corpo, suas mãos pressionando minhas costas e puxando meu cabelo. 


Sua boca não desgrudava da minha, e por mais que o beijo fosse possessivo, ainda era devagar e carinhoso, rosnei ao sentir meus lábios serem mordidos. Empurrei-o para trás apenas para poder arrancar o meu casaco, Triton aproveitou para tirar a sua jaqueta de couro e a camisa, deixando a mostra seu peito e abdômen.


Minha loba rosnou, mandando-me entrar em ação, aproximo-me rapidamente e mordo seu pescoço, vou descendo em uma trilha sinuosa, beijando cada parte sem excessão.


Triton arqueja quando começo a abrir-lhe o zíper da calça, demoro-me aproveitando cada momento de poder. Ele rosna insatisfeito com tanta demora e rio diante tal afronta.


- Vou ser boazinha dessa vez. - brinco com um sorriso malicioso.


Ajudo-o a tirar a calça e jogá-la para o lado, sinto seu membro em minhas mãos e Triton agarra um tufo do meu cabelo. Lentamente eu o coloco na boca e Triton geme rouco, não preciso olhá-lo para saber que estou no controle agora.


Chupo o mais fundo que consigo e volto bem devagar, repito o processo várias vezes, até que Triton sussurra meu nome e sinto sua mão puxar meu cabelo com mais força. 


Deixo-o gozar e me levanto devagar, deixando-o me admirar, afasto-me um pouco e começo a tirar a blusa de mangá comprida, seus olhos param no meu sutiã. Em seguida, tiro a calça, Triton filma todos os meus movimentos, seus olhos completamente em chamas. 


Seu rosnado é o único sinal de que acabou a brincadeira, sua boca me cala enquanto suas mãos jogam meu sutiã longe e retiram rapidamente a minha calcinha, sinto seus dedos dentro de mim e jogo a cabeça para trás. Seu dedão pressiona meu clitóris me deixando sem ar.


- Deixe o seu lobo cuidar de você agora. - sorri e me joga de costas na cama, sinto seus lábios carnudos e quentes tocarem a minha intimidade.


Não sei o que é melhor, seus dedos ou sua língua, agarro o lençol com força e gemo alto quando chego ao limite. Triton sobe me beijando, dando-me alguns segundos para me preparar para a melhor parte.


- Já cansou? - ele está me provocando, sei disso, mas ainda assim, sou tentada a respondê-lo.


- Estou cansada de esperar pela noite inesquecível que me prometeu. - rosno totalmente insana, pois sei que essa resposta me custara umas boas dores amanhã.


Triton não responde, mas seu cheiro é um sinal claro de que a noite será muito, mas muito boa. A primeira estocada é rápida e funda, seguida de outras ainda melhores. Puxo seu rosto e o beijo longamente, enquanto nossos corpos se entrelaçam. 


Coloco as pernas em volta da sua cintura e sinto-o cada vez mais fundo, mal tenho fôlego para gemer quanto menos falar. Triton morde o meu pescoço e deixo minhas mãos firmes em seus braços.


Fecho os olhos e sinto-o beijar o meu queixo, pedindo para que o olhe. Ouso-o gemer baixinho e o fito, seus olhos queimando cada gota de controle que usara nesta noite. 


- Espero que amanhã você se lembre que me provocou. - ele diz encostado ao meu ouvido. - Na verdade, espero que você nunca mais se esqueça das nossas noites de sexta. - rosna e sinto-o me pressionar ainda mais.


- Eu com certeza vou lembrar. - consigo murmurar e ele ri. 


Sinto aquele familiar formigamente por todo o meu corpo, cravo minhas unhas em seu ombro e gozamos juntos. Em seguida, seu corpo me amassa de um jeito confortável, abraço-o sentindo seus músculos relaxarem. 


- Eu ainda me pergunto como você ainda consegue ser deliciosamente apertada. - murmura antes de erguer o rosto para me fitar.


Sinto minhas bochechas queimarem, esse não era um assunto novo, mas sempre me deixava assim... envergonhada e sem palavras.


- Você é a companheira, mãe dos meus filhos, mais linda, cheirosa e gentil que eu poderia pedir. - seu beijo é carinhoso enquanto suas palavras me aquecem por dentro.


- Eu te amo mais do que qualquer um possa imaginar. - afirmo sorrindo.


- Que bom que o sentimento é recíproco. - nos beijamos mais uma vez, e mais outra, e outra.


*


Até que não estava muito dolorida, na verdade, só estava com um pequeno desconforto no meio das pernas.


- Certo... Você vai com certeza lembrar da nossa noite, mas talvez eu tenha exagerado. - murmura meio que arrependido.


- Nem ouse fazer essa cara. - rosno. - Só fazia tempo que não éramos tão ousados... Só isso.


Triton me observa e respira fundo, e então faz o que mais quero, me chama para seus braços. Como uma criança que ganhara um doce, aceito o convite e aconchego-me em seus braços, encostando a cabeça em seu peito.


Fecho os olhos e tudo parece tão perfeito, estou quase dormindo quando minha loba acorda eufórica. Sento na cama e Triton me encara confuso, algo está errado.


- Kristine?


- Pegue meu celular, por favor. - digo sem muita explicação. - Está na bolsa. - aponto para uma poltrona.


Triton se levanta e sem demora me entrega o celular, pego-o e nenhuma chamada perdida. Meu coração martela contra o peito.


- Ren não me ligou ontem à noite. - as palavras saem antes que tenha tempo de explicar melhor.


- Você está preocupada só porque ele não te ligou? - ele ergue uma sobrancelha.


- Triton, Ren me liga duas vezes por dia, de manhã e de noite, todos os dias desde que viajaram. - afirmo firmemente. - Algo aconteceu.


- Calma. - ele me segura na cama. - Por que você acha isso?


- Triton Cerutti, eu sou mãe de quatro filhos e possivelmente dois estão com problemas, além do meu irmão. - rosno. - Então eu sugiro que você não duvide do meu sentido e muito menos da minha loba.


Era uma das raras vezes que via Triton com receio, levantei-me e em seguida ele me acompanhou, ambos se trocando rapidamente. 


- Vamos para casa, fazer uma mala rápido e partimos. - digo em tom de ordem.


Triton apenas assente e me ajuda a verificar se não esquecemos nada, sinto seu lobo instável e respiro fundo. Não sei se quero acalmá-lo, pois não sei se precisaremos desse lado mais selvagem dele.


*


Já havia perdido a conta de quantas vezes tentara ligar para Ren ou para a April ou para o Steve, Julie ficou ligeiramente assustada com a nossa aparição, mas não desconfiou de que precisávamos que ela cuidasse dos bebês.


Era difícil saber quem estava mais tenso entre nós dois, já estavamos no avião em direção ao último lugar que eles estiveram, cada um de nós possuía uma mochila com o essencial. 


Estava sem conseguir controlar o nervosismo até que olhei para os lados e percebi que a aeromoça e alguns passageiros próximos estavam com medo da gente. 


- Triton. - cutuco-o. - Acho que precisamos nos acalmar um pouco.


- Você acha que conseguiremos nos acalmar? - ergue uma sobrancelha.


- Não, mas pelo menos disfarçar, não quero estranhos me interrogando. - murmuro.


Ele assente e com muito esforço conseguimos camuflar nossos sentimentos, e depois de algumas horas que pareceram anos chegamos ao nosso destino. Assim que saímos do aeroporto, procuramos pelo hotel em que Ren me disse que eles passaram a noite. 


Foi fácil achar o quarto deles e abrir a porta, infelizmente, estava vazio e os cheiros não eram muito recentes.


- Eles não vem aqui faz umas 24h. - Triton rosna. - Acha que podemos achá-los pelo cheiro?


- Talvez. - olho em volta, o quarto estava normal então não foi aqui que houve uma possível briga. - Vamos até a floresta na saída da cidade.


Saímos do quarto e em menos de cinco minutos chegamos na floresta, o cheiro deles estava muito mais forte por lá.


- Por que seu primeiro palpite foi aqui? - indaga me fitando.


- Porque para o Ren não me ligar, existe duas opçãos mãos amarradas ou morte. - minha garganta arde e meu peito dói. - E para isso, eles devem ter encontrado caçadores... Só espero que seja a primeira opção apenas.


- Kristine, nós vamos achá-los. - ele me abraça e me seguro para não desmoronar.


- Nós vamos. - assinto e começamos a nos transformar para achá-los .


Nós dividimos e logo acho o rastro de April, eles pareciam estar caçando, uivo chamando meu companheiro que logo me encontra.

 

Eles caçaram um coelho e depois de comer foram por aqui. Começo a seguir o cheiro da April e paro quando suas pegadas acabam no meio do nada. Como assim? Acabou as pegadas, mas o cheiro continua naquela direção.


Foram carregados. Triton grunhi dando sinais do cheiro de prata. Caçadores estiveram aqui.


Eu vou estrasalhar cada um deles. Rosno e Triton não tenta me parar, rosna e me segue até onde o cheiro nos leva.


Assim que avistamos a casa de madeira, trocamos um rápido olhar antes de nos transformar de volta. Enquanto Triton espera atrás de uma árvore, bato na porta para obter mais informações, um homem baixo e careca atende a porta, e suas roupas fediam a prata.


- O que você quer? - ele portava uma espingarda.


- Desculpa, mas queria saber como sair da floresta. - digo fingindo inocência.


- Ah, pode entrar que te explico. - o olhar de predador sexual me enojou, mas sorrio e entro como se não notasse as suas intenções.


Havia uma sala e uma cozinha, e duas portas, uma delas devia ser o quarto e da outra vinha o cheiro dos meus filhos. Meus caninos queriam aparecer, mas forcei-os a esperar mais um pouco.


- Nossa, você mora sozinho nessa floresta? - finjo surpresa.


- Não, meus irmãos foram pegar lenha. - sorri mostrando pelo menos três dentes amarelos. - Nós somos em quatro.


Quatro caçadores, podíamos dar conta. 


- Quer alguma coisa para comer? - ofereceu passando a mão na cabeça.


- Aceito, por favor. - pisco duas vezes como uma moça indefesa.


O homem se vira para ir até a cozinha, dou-lhe uma rasteiro e ele bate a cabeça no chão, subo em cima de seu corpo e vejo que está apenas tonto.


- Você vai desejar nunca ter se tornado caçador. - rosno e quebro seu pescoço. 


Triton abre a porta em seguida vendo-me levantar, aponto para a porta e a abrimos, acendo a luz e acho April e Steve amarrados e amordaçados. Nós os soltamos e April começa a chorar enquanto Steve tenta falar algo desesperadamente.


- Eles tiraram o Ren daqui faz uns dez minutos. - Steve está em pânico.


- Falaram algo sobre ver até que ponto ele resistia. - April continua chorando desesperadamente.


Minha loba rosna e não preciso olhar o meu lobo para saber o que vai acontecer em seguida. Triton se transforma e pula pela janela. 


- Quero que vocês dois fiquem aqui, mas não abram a porta para ninguém, vou com seu pai resgatar o Ren. - falo com a maior calma que consigo e só quando eles assentem que saio correndo pela mesma janela.


Achar Triton não foi difícil, ele já estava no rastro dos outros três caçadores. Um grito perfura o silêncio da floresta. Corremos e chegamos a uma caverna imensa que dava para um outro pedaço da floresta, meu coração para quando o avisto.


O rosto todo machucado, os olhos fechados, os braços presos nos troncos da árvore e o tronco amarrado em volta da mesma. Ren está semi-morto, posso ver sua respiração diminuir daqui. 

 

Rosno e chamo a atenção dos três, Triton entra em ação, pulando no que tenta me esfaquear, e eu admito que nunca o vi tão assustador, ele destroçou o adversário em segundos. Os outros dois recuam um pouco, mas pulo na frente de um deles e quebro sua mão que segura uma arma. 


- Monstrons! - grita antes de Triton abocanhar seu pescoço e deixá-lo morrer com a perda de sangue.


- Mãe... - Ren abre os olhos e me fita aliviado, sua voz está fraca, mas ele está vivo.


- Mamãe já vai te soltar, querido. - sorrio e o caçador corre em sua direção.


- Pelo menos vou levar um de vocês junto comigo! - grita com a faca pronta para matar o meu filho.


Triton me surpreendeu, sua agilidade e força quase arrancaram a perna do caçador fora, ele urrou de raiva e chutou a cara do meu lobo. 


- Já chega! - rosno e enfio a mão em seu peito, puxando o coração para fora. - Ninguém mexe com a minha família! - jogo o coração.


Limpo a mão na grama e corro soltar o Ren, seu corpo está pesado e ele mal consegue ficar em pé. Sento-o de encosto na árvore e lhe pego um pouco de água do lago.


- Pensei que fosse morrer... Que nunca mais fosse ver vocês. - ele se permiti chorar.


- Mamãe está aqui agora. - faço-lhe um afago e dou uma olhada geral em suas feridas, a maioria foi feita por prata então ele não conseguiria andar sozinho por uns dias.


- O que houve com o papai? - pergunta ao olhar para o lobo protetor ao seu lado.


- Bom, ele vai demorar um pouco pra voltar a forma humana. - digo dando um agrado no meu lobo. - Espere ele se acalmar e voltaremos para casa.


Ren assente e volta a fechar os olhos, fico lhe fazendo carinho para que consiga descansar sem medo enquanto espero Triton retomar o controle do seu lobo.


Notas Finais


Pessoal, quero fazer uma proposta para vocês. Bom, essa fic vai terminar em uns 5 caps, sei, é triste terminar uma fic de 3 anos, sim, fez três anos no dia 3 de janeiro *O*
Mas enfim, eu estava pensando em continuar essa história, mas com os gêmeos de protagonistas eu diria, só que antes disso fazer um tipo de "filler" com um capítulo para cada essas pessoas (Ren, April, Steve, KrisTri) como se fosse num futuro onde os gêmeos já tivessem 20 anos por exemplo. Ai depois de tudo isso, pensei em fazer uma nova fic dos gêmeos, uma fic que eu começaria do zero o/
Queria saber o que vocês acham disso que falei, por favor
E se achariam estranho em misturar a família da GabiJake (Fanfic Dominante) com a dos gêmeos?


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