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História O Cheiro da Lua - Uma família


Escrita por: Moyashii

Notas do Autor


Boa leitura.

Capítulo 117 - Uma família



Kristine

Assim que April voltou para casa, houve uma reunião muito importante, pois Fernando pediu para cada líder de familia decidir como participaria dessa confusão. O plano era simples, ir até a cidade para decidir se eles podem ser de confiança ou se temos de confrontá-los e expulsá-los do nosso território. 

Triton explicou que era importante não deixar a alcateia desprotegida, por isso pediu que eu e o Ren ficássemos enquanto ele e April íam para a cidade. No começo, admito que fiquei nervosa e só o Ren foi capaz de me acalmar.

- Enfim, quando faremos isso? - April pergunta.

- Amanhã cedo. - ele nos informa. - Temos que resolver isso logo, e tem que ser antes da lua cheia.

Assim que a conversa terminou, Ren me contou que toda a família da Lidia ficaria em casa, já que Patrick era o médico principal e a Alice era uma flor nem um pouco feita para batalhas. Acho que foi uma tentativa do meu filho de me tranquilizar ou me fazer permanecer fora da batalha.

*
Acordar no dia seguinte para mandar duas pessoas da família até uma reunião suspeita não era bom para uma mãe como eu. E para completar recebo uma ligação nem um pouco amigável.

Só foi por isso que tive que acordar o Ren.

- Eles já foram? - esfrega os olhos.

- Saíram faz umas duas horas. - explico. - Fique com eles um pouquinho, preciso verificar uma coisa.

- Mãe, o que está acontecendo? - ele se levanta rapidamente e sei que está desconfiado.

- Nada, apenas o Patrick me pediu para ir na casa dele. - digo, o que não era mentira, mas falta informações.

- Tudo bem. - diz um pouco mais leve.

Dou-lhe um beijo na testa e um abraço para que tudo fique bem.

- Prometo não fazer nenhuma loucura, só vou ver o que o Patrick quer e volto para vocês. - sorrio brevemente antes de me virar e sair pela porta.

Hora de defender o nosso lar.

*

A parte mais difícil foi convencer o Ren de que tudo estava bem, mentir não era o meu forte e de todos os meus filhos, Ren é o que mais me conhece. Chego em frente a casa do Patrick e dois cheiros desconhecidos deixam a minha loba atenta.

Bato na porta e quem atende é Lidia, sua bochecha direita estava inchada como se tivesse levado um tapa e os olhos vermelhos e chorar. 

- Onde eles estão? - seguro o rosnado pois a culpa não é dela.

- Você não trouxe o Ren. - não consegui entender se ela ficou feliz ou triste, talvez uma mistura. - Eles estão na sala.

Lidia me dá passagem e entro na sala, Patrick está em pé bem em frente a televisão enquanto Alice está sentada no sofá no meio de dois lupinos bem fortes. O que me surpreende é ver a Giulia sentada em uma das poltronas, infelizmente ela também parece surpresa ao me ver.

- Maravilha. - um dos homens levanta, ele é bem alto e careca, primeiro lupino careca que conheço. - Agora temos as mulheres dos dois lobos mais problemáticos.

- Toque em mim e arranco seus dedos. - rosno deixando a loba se mostrar.

- Gostei de você. - ele afirma sorrindo. 

- Soltem a Alice! - Giulia se levanta e se coloca ao meu lado. - Já estamos aqui, deixem essa família em paz.

- Trato é trato, Jin. - o outro se levanta e puxa a pequena Alice consigo. - Tome! - e a joga em direção ao Patrick que a segura.

- Eu sinto muito. - ele diz para mim e Giulia.

- Nós entendemos. - assinto pois faria o mesmo pela minha família.

- Não se preocupe, sabemos nos cuidar. - Giulia rosna para os inimigos.

- Muito legal, mas acabou a brincadeira. - o outro que tem cabelo loiro é rápido e está a nossa frente em segundos. - Coloque as algemas nelas.

Não podendo iniciar uma briga agora, faço um sinal para a Giulia se acalmar e nós deixamos que eles coloquem as algemas de prata, no início queima bastante, mas depois a dor fica suportável.

- Adeus, lobinhos de merda. - o loiro sae da casa rindo e somos forçadas a seguí-lo enquanto o careca nos empurrava.

*
O plano deles era simples, levar as duas lobas mais "importantes" da alcateia até a cidade e nos usar como vantagem na reunião com o Fernando. Para a nossa sorte, nossos captores eram desatentos e não notaram como eu e Giulia estávamos montando um plano.

Na primeira oportunidade, Giulia fingiu tropeçar numa raiz grossa e caiu como se tivesse se machucado. Enquanto os dois a verificam, aproveito para pular as algemas, pois elas estavam prendendo meus braços nas costas, e uso a corrente para enforcar o careca.

O loiro começa a gritar comigo, mas antes que ele consiga chegar até mim, Giulia lhe passou uma rasteira e ele desmaiou ao bater a cabeça no chão. Quando ao careca... não teve tanta sorte.

- Que estrago. - Giulia bufou e se levantou com calma. - As chaves estavam com o nojentinho aí.

Logo entendi que era do loiro que falava, então peguei as chaves e soltei a nós duas. 

- Temos que avisar o Fernando. - Giulia afirma com uma cara de poucos amigos. - Eles querem o nosso território.

- Só por cima do meu cadáver. - rosno.

Ouço gemidos e vejo o loiro começar a acordar, mas para o seu azar, quem estava algemado agora era ele.

- Suas...

- Não termine essa frase se quiser manter as partes íntimas. - Giulia estava realmente muito irritada.

Entretanto, o loiro continuou gritando e xingando como se nos afetasse, simplesmente viramos as costas e fomos em direção a cidade.

*

Não foi difícil achar os lupinos, afinal não havia como deixar passar a aura dominante de dois alfas. Felizmente, os humanos não costumam se aproximar de áreas com tamanha tensão. April foi a primeira a perceber a nossa aproximação, seus olhos se arregalaram em choque e sua boca se abriu sem proferir nenhum som.
- Kristine? Giulia? - Triton estava claramente tenso. - O que...

- Os seus capangas falharam, parsa. - Giulia estava definitivamente fora de si.

O outro alfa rosnou, mas logo parou quando Fernando rosnou em resposta defendendo a sua companheira.

- O que aconteceu? - Fernando parecia cem anos mais velho de tanto estress.

Rapidamente Giulia os informou sobre o que havia ocorrido, notei pelo canto do olho que o outro alfa estava tramando alguma coisa.

- Giulia! - gritei assim que percebi que um dos lupinos desconhecidos estava se transformando.

Os segundos seguintes foram uma confusão de pelos, um barulho de rosnados e cheiro de sangue. Achei Triton no meio de uma luta com um lobo do mesmo tamanho que ele.

- Dane-se a luta justa. - deixo os caninos aparecem e corro em direção ao conflito.

Sem pensar muito e com um ângulo adequado, consigo arrancar o coração do lobo em segundos. O lobo de Triton grunhi saia do conflito, Kristine e aponta para onde April está, ou seja, longe da "guerra".

- A alcateia é a minha casa e vou defendê-la, quera você ou não. - rosno e saio na direção da Giulia.

Mas antes que a luta prossiga, o uivo dos alfas cessa o confronto e inicia a disputa pelo poder, o mais dominante levará a alcateia. O lobo de Triton se coloca ao meu lado e minha mão se fecha em seu pelo, depois de tudo pelo que passamos, não seria tudo em vão, certo?

*

Nunca gostei de assistir lutas sem poder ajudar, e posso afirmar que essa disputa foi horrível, porque por mais cansados e machucados que estivessem, os alfas prosseguiam se matando até que Fernando conseguiu submeter o outro.

- Agora precisamos cuidar dos nossos feridos e continuar a vida. - Fernando suspirou assim que entramos na alcateia.

O grupo de lupinos havia saído do nosso território e agora podíamos ter um pouco de paz. Ao entrar em casa, fui bombardeada com muitas perguntas por todos menos os gêmeos, e só porque eles não sabem falar ainda.

- Já entendi! - gritei e eles ficaram em silêncio. - Mas tudo ocorreu bem, estou viva, meu companheiro está vivo e meus filhos estão vivos. - suspirei ao me jogar no sofá. - Já me desculpei, e não sei porque não confiam em mim.

- Kristine... - Triton respira fundo antes de se sentar ao meu lado. - Nós confiamos em você, apenas não queremos que você sofra mais.

- É, mãe. - Ren me observa com cautela. - Você já fez muito pela família, então só queríamos que você não tivesse que enfrentar tudo sozinha.

- Somos uma família e devemos resolver tudo em família. - April sorri e parecia que todo o peso tinha sido tirado dos meus ombros.

- Eu amo vocês. - afirmo sem conter algumas lágrimas. - Amo muito.

- Nós também te amamos. - os três respondem e os gêmeos começam a rir, como se falassem não esqueçam da gente!
 


Notas Finais


Ultimo capítulo pessoal... não sei o que dizer.. apenas agradeço a todos esses anos de inspirações e de leitores tão amáveis e fieis... Talvez esse ano eu volto com fics novas, mas de kpop.

Desculpem, mas não pretendo mais fazer a continuação dessa história, eu meio que não estou mais animada para com isso, talvez num futuro... longo.


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