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História O Cheiro da Lua - Lua de Mel


Escrita por: Moyashii

Notas do Autor


Owo, esse veio rápido, shaushausha

Ah, estarei fazendo um concurso de fics, se alguém se interessar por falar comigo que eu aviso quando fizer tudo bunitinho

Boa leitura

Capítulo 31 - Lua de Mel



O resturante era chique, grande, muito iluminado e, por ser grande, não havia mesas muito grudadas as outras. Como Triton já havia visitado esta cidade antes, ele jurou que eu amaria este lugar e devo dizer que ele estava certíssimo.

- Eu tenho que admitir. - dou um sorriso enquanto somos levados pelo garçom até a nossa mesa. - Você é ótimo em escolher restaurantes.

- Eu sou só ótimo nisso? - sussurra.

- É claro que não. - brinco.

- Aqui é a mesa, por favor, sintam-se à vontade. - o garçom se retira.

Nossa mesa ficava do lado de uma grande janela de vidro, e como ficamos no andar mais alto, conseguíamos ver a iluminação da cidade. As ruas podiam estar bem iluminadas, mas não conseguia tirar a minha atenção do lobo que estava a minha frente.

- Eu te amo. - afirmei com um sorriso.

- Eu te amo muito. - retribui o meu sorriso. - Kristine Moore Cerutti.

Sempre achei que meu nome ficou lindo, mas quando Triton o pronuncia... parece que tudo fica mais gostoso. Ah, ele está tentando ganhar o jogo.

Eu ía provocá-lo, mas o garçom voltou para anotar nossos pedidos, deixei que Triton pedisse já que ele sempre acerta o que eu gosto.

Assim que o garçom saiu, lembrei-me de como eu era meio tarada por bundas de garçons. Atualmente, sinto-me muito feliz com as nádegas do meu companheiro.

- Lorena me contou sobre como você estava nervosa no dia da união. - ele comenta com um sorriso travesso.

- Ah... eu estava mesmo. - coro e faço um biquinho. - Você não estava?

- Eu estava bem ansioso, admito. - afirma. - Mas o Patrick estava bem pior, parecia que era ele quem ia se unir.

- Por quê? - pergunto curiosa.

- Não sei... mas ele não parava quieto e quase teve um ataque quando o seu cheiro começou a chegar em nós. 

- O Patrick é muito fofo. - afirmo. - Ele é bem engraçado. - sorrio.

- Será que foi essa "fofura" que fez a Alice se apaixonar por ele? - indaga.

- Mas como você sabe disso? - fito-o. - A Lorena também me falou isso.

- Kristine, se tem uma coisa que você vai acabar aprendendo na alcateia, é que quanto mais tempo fazemos parte dela, mais nós sabemos sobre os outros. - explica. - Se bem que não precisa conhecer muito a Alice para ver que ela está apaixonada pelo Patrick. - revira os olhos.

- Ahh... eu não reparei. - murmuro.

- Mas você nem teve tempo de reparar em muitas coisas. - ele ri. - Você chegou, apresentou-se, fugiu no dia seguinte, voltou machucada, foi pra luta, voltou mais machucada, teve repouso absoluto, uniu-se comigo e depois veio a lua de mel. - comentou. - Acho que você teria que ter um clone para ter feito tudo isso e ainda conhecer, nem que fosse um pouco, os membros da alcateia.

E mais uma vez ele estava certo, concordo com a cabeça e suspiro.

- Ei, não se preocupe. - coloca a sua mão sobre a minha. - Quando voltarmos, eu prometo te apresentar como minha pra todo mundo. - e ri.

Dou um grande sorriso, porque do mesmo jeito que eu sou dele, ele é meu.

- Então, eu aproveito e insisto no fato de que você é meu, apenas meu.

Passo a língua pelos meus caninos e vejo Trinto morder o lábio, pelo visto, nosso jogo ainda está "rodando".

*

Houve menos provocações do que eu esperava no jantar, agora, andávamos pela rua mais movimentada da cidade. O que não era tão aglomerado assim já que a neve fazia com que as pessoas preferissem ficar em casa.

- Fazia anos que eu não via neve. - comento com um grande sorriso no rosto. - Eu amava fazer bonecos de neve.

- Eu nunca entendi porquê as pessoa gostam tanto de bonecos de neve. - Triton murmurou.

Parei e o fitei, nossas mãos estavam entrelaçadas, senti como se ele nunca tivesse feito um boneco de neve, ou já e teve uma experiência não muito agradável.

- Você nunca fez um boneco de neve, não é? - indaguei enquanto observava a sua reação.

Negou e deu de ombros, como se isso não o afetasse.

- Pois então... nós iremos fazer um boneco! - pulo e beijo sua bochecha. - Mas não hoje, porque tem que ser um dia com mais neve.

- Realmente, hoje quase não está nevando. - ri e me abraça. - Mas eu ainda não entendo porque você quer tanto o boneco.

- Eu também não sei.. - murmuro.

Ficamos parados no silêncio, não ventava muito e a neve era fina e suave, Triton ainda me abraçava e o calor do seu corpo deixava-me muito feliz.

- Eu queria que a nossa lua de mel nunca acabasse. - ele afirma.

- Seria muito bom se pudessemos ficar só nós para sempre. - sorrio. - Mas tenho certeza que sentiríamos falta do pessoal.

Mesmo que eu ainda não conheça muitas pessoas, porém Lorena, Elizabeth, Charlie, Patrick, Alice e Verona já fazem com que eu me sinta fazendo parte de uma família de novo.

- Eu falei que você ía gostar da alcateia. - ele dá um grande sorriso.

- O que posso fazer? - brinco. - Tem você lá.

Triton me pega pela cintura e me levanta, enlaço seu pescoço e beijo sua testa.

- Então... o que faremos agora? - indaga depois de dar um beijo no meu pescoço. - Já deve ser mais de onze horas.

Lua estava fraca, mas podia sentí-la pedindo para que eu a acompanhasse esta noite.

- Você também está sentindo? - paro de olhar o céu e encosto meu nariz no dele.

- A lua nos chamando? - sorri e beija meus lábios. - Acho que não podemos recusar esse convite.

- Concordo plenamente. - rio e ele me coloca no chão.

- Senhorita Cerutti, você prefere a floresta do leste ao a do oeste? - estende a mão para mim.

- Diga-me sua preferência que eu o acompanharei, Senhor Cerutti. - sorrio e seguro sua mão.

- Já que insiste. - brinca. - Eu prefiro a do oeste. 

Damos meia volta e começamos a caminhar em direção a floresta, a qual é mais densa e mais gelada do que a leste.

Enquanto andamos, Triton conta uma de suas aventuras quando criança - quando ele ainda tinha os pais junto a si.

- Você me fez lembrar na primeira vez em que eu vi neve. - riu. - Foi como se o mundo tivesse parado e tudo se resumisse a flocos brancos caindo do céu.

Observei-o, de sua boca brotava um sorriso sincero e bonito, seus olhos até brilhavam e sua feição estava suave. Era sempre essa a sua expressão quando o mesmo falava sobre os seus pais.

- Mas eu saí do transe quando uma vizinha mesquinha jogou uma bola de neve na minha cara. - revirou os olhos, mas continuava com o sorriso. - Eu não ía revidar, porque minha mãe sempre dizia que eu devia ser calmo.

Noto que ele segue essa lição até hoje, porque é difícil vê-lo alterado.

- Mas, aquela menina irritante tinha que se gabar... - riu. - Então eu deixei que ela continuasse falando, mas de baixo de um morro de neve.

- Você soterrou uma criança humana? - fico boquiaberta.

- Ela só ficou uns minutinhos lá e naquela época eu não fazia ideia do potencial da nossa espécie. - explicou. - Eu sempre soube que devíamos manter tudo em segredo, porém não imaginava que éramos tão diferentes assim.

- Sério mesmo? A gente tem duas formas na qual uma delas é um animal, coisa básica, com garras, pelos, caninos afiados, olfato e audição melhores.. mas tudo bem... - rio.

Triton faz um haha daqueles bem sarcásticos e depois morde a minha bochecha.

- Você é um bobo. - brinco. - Na verdade, o meu bobo.

- Lembre-se que você é desse bobo. - ri.

- Mas e aí... continua a história, quero saber o que houve com a vizinha iritante. - comento.

- Bom... minha mãe a desenterrou. - dá um grande sorriso. - Eu já falei como ela era linda, não é? - suspira. - Você já deve estar de saco cheio...

- Nem um pouco... na verdade, eu amo quando você fala dos seus pais. - afirmo um pouco corada.

Num primeiro momento, ele não diz nada, porém logo sinto minha mãe ser pressionada um pouco mais e quando o fito, vejo que está me admirando... o que me deixa mais corada ainda.

- Você é tão linda quanto ela. - afirma e dá um beijo na minha testa. 

- Obrigada. - sorrio. - E você me fez lembrar de uma coisa. 

- E o que seria? - pergunta curioso.

- Lembrei do dia em que os meus pais deciciram que iríamos andar de avião. - sinto um arrepio. - Foi horrível.

- Por quê? Até hoje não entendo esse seu medo. 

Sinto que Triton está me observando, e agora terei de contar toda a história.

- Bom... eu era bem pequena e fofa, sabe? - mostro a língua. - E meus pais nunca foram muito responsáveis. - afirmo. - E isso foi completamente provado naquele dia.

- O que eles aprontaram pra te traumatizar até hoje? - ele soa um pouco espantado.

- Ah, eles só fizeram três coisas de errado. - brinco.

- Três?! - arregala os olhos. - E por que eu acho que posso me surpreender mais?

- Acredite, você vai. - comento. - Primeiro, meu pai me colocou para pesar, como se eu fosse uma bagagem. - afirmo. - Ainda bem que a atendente percebeu.

- Por enquanto, só o seu pai se mostrou irresponsável.

- Depois disso... minha mãe estava comigo no banheiro, mas do nada ela saiu porque sentiu cheiro de chocolate... eu nem tinha começado a fazer xixi!

- Realmente, os dois não são responsáveis.

- E por último. - suspiro. - Nós já estávamos voando e até aí tudo bem, mas meu pai abriu a janelinha e disse: Olha, filha, está tendo uma tempestade. Nisso, um raio caiu. Aí minha mãe disse: Não é emocionante?

Triton estava incrédulo e eu não o culpo, porque quando contei essa história a Judely, ela fez a mesma cara.

Como assim mostrar a tempestade para uma criança que nunca andou de avião? Até eu ficaria com medo, e olha que eu já andei muito de avião.

- Mas o melhor foi quando começou as turbulências... porque aí que eu fquei com muito medo!

- Eu estou com muita dó de você. - comenta. - Meus pais eram tão preocupados, até demais às vezes.

- Na verdade, meus pais eram uns fofos... mas eles não sabiam cuidar de uma criança. - afirmo. - Só que eu não acho que eles deviam ter ido embora. - murmuro.

- Ei... - puxa-me para mais perto. - Pense assim... tudo isso que aconteceu, foi bom porque você se tornou essa mulher que é hoje.

- E você gosta dessa mulher? - indago, querendo ouvir um sim

- Eu amo essa mulher. - dá seu sorriso encantador.

- Ainda bem, porque eu sou louca por você. - afirmo com um sorriso sincero.

Continuamos conversando sobre os meus pais, foi bem gostoso lembrar de algumas coisas... Triton até me perguntou como eles eram.

- Ah, os dois eram lindos demais. - digo. - Minha mãe era bem baixinha, ela era loira de olhos azuis, e como loba era meio, como diria, ligada demais ao seu sentido lupino.

- Como assim? - pergunta enquanto me observa.

- Bom... ela, às vezes, esquecia da parte humana e virava uma loba mesmo... ela chegou a ficar duas semanas transformada sem nos reconhecer muito bem, nunca nos atacou, mas não conversava quando estava nesse "transe".

- Deve ser por isso que você é tão ligada a lua, Kristine. - comenta.

- Mas todos nós somos.

- Sim, mas com você é mais forte do que o natural.

- Jura? - coço a cabeça. - Mas se você diz...

- É uma coisa boa, acredite... seus extintos são os melhores e sua parte lupina é surpreendente. - afirma. - É claro que eu acho que você ainda necessite treinar um pouco mais a sua parte lupina.

- Você diz isso por causa do que ocorreu na guerra? - murmuro.

- É... você também sabe que perdeu um pouco do controle.

- Eu sei.. mas como iremos treinar isso? 

- Pensaremos nisso mais a frente, tipo quando voltarmos.... não é algo grave, e você até conhece uma loba que aprendeu a se controlar.

- Conheço? - vasculho informações com alguma semelhança.

- Sim, a Elizabeth já foi uma loba bem problemática. - ri. - Você é um anjo perto do que ela era.

Arregalo os olhos, é bem difícil imaginar a Eliza sendo problemática.

- Viu só? - dá um beijo na minha bochecha. - Não vai ser difícil ajudar você... e não é grave o seu caso, ainda mais porque você conseguiu retomar o controle.

Assinto e penso um pouco sobre o assunto, porém só um pouco porque Triton me pergunta sobre o meu pai... como ele era.

- Ah... ele era do seu tamanho, cabelo preto com olhos azuis... ele tinha um sorriso arrasador. - rio. - Minha mãe morria de ciúmes.

- E como lobo? - indaga rapidamente querendo fugir da conversa sobre ciúmes.

Imagino que Triton tenha feito isso devido a nossa briga por causa de ciúmes.... não tenho toda a culpa, porque ele que ficou dando bola para aquela Melissa.

- Bom... ele era bem atrapalhado, várias vezes quando ele estava correndo, ele batia a cabeça em uma árvore. - comento. - Ah, uma fez ele caiu em areia movediça, foi tão complicado tirá-lo de lá.

- Uma pergunta... com a sua mãe eu entendo a semelhança, mas e com o seu pai? - pergunta.

Espero que ele não esteja se referindo apenas ao ciúmes - que é uma das coisas que eu puxei da minha mãe.

- Tia Ju sempre disse que eu sou carinhosa como o meu pai. - afirmo com um sorriso.

Isso eu não podia negar, eles podiam ser irresponsáveis e imaturos, porém eles me amavam, sempre me diziam isso... e eu sabia que era verdade porque os dois eram muito amorosos.

- Chegamos. - Triton respira fundo. - O cheiro daqui é ótimo, ainda mais com essa violeta junto.

- Prefiro a mistura com nozes. - brinco e vejo uma imagem dos meus pais sorrindo antes de entrar na floreta.
 


Notas Finais


Nada de notas finais MUHAHAHA

brinks... e Mo-chan não terminou em drama


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