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História O Cheiro da Lua - A Pequena Boneca e o Jovem Lobo


Escrita por: Moyashii

Notas do Autor


Fiz esse capítulo para vocês leitores lindos!!!

Escrevi hoje mesmo esse especial de Natal!


Boa leitura.

Capítulo 59 - A Pequena Boneca e o Jovem Lobo


Fanfic / Fanfiction O Cheiro da Lua - A Pequena Boneca e o Jovem Lobo


O sol já havia se posto, as luzes vermelhas e verdes já iluminavam todas as casas, enfeites em todos os jardins, risos felizes de crianças esperançosas. Era assim o natal em Fotrest, uma cidade tranquila com um majestosa floresta chamada Trevarch.

Neste dia, vinte e quatro de dezembro de 1987, a cidade preparava-se para receber muitos turistas, de vários lugares... Até mesmo um jovem e solteiro lobo estava presente, a curiosidade o convidou a celebrar o Natal em uma das cidades mais animadas do mundo.

Incrivelmente, neste Natal, Fotrest estava com um clima especial... Nevava, e fazia anos que isso não acontecia.

Em seus cento e noventa e quatro anos, a rebeldia lhe caia bem, por onde andava era motivo de suspiros de mulheres, seu charme era sem igual, não que ele se arrumasse para impressionar... Era apenas algo natural.

Seus olhos não estavam nas lojas ou nas mulheres que tentavam chamar a sua atenção, mas sim na grande árvore natalina que estava no centro da praça. Ele estava ali há duas, três horas... Não se cansava... As luzes e os enfeites lhe lembravam do último natal que teve com seus pais.


Estavam na pequena casa que fora feito pelos próprios pais, a árvore estava perto da lareira, seu pai que a havia cortado e a sua mãe enfeitado. 

Escutou sua mão o chamar, assim o pequeno lobo voltou correndo para a casa, mas continuou do lado de fora, brincando com a neve. Sua mãe apareceu na porta e começou a rir quando notou a felicidade do pequeno.

- Venha tomar um banho para comermos! - ela o chamou mais uma vez. - E onde esta seu pai?

O lobo continuou brincando, mas quando ouviu um barulho nos arbustos logo soube que seu pai estava a caminho, em seguida, um homem apareceu com uma sacola, e pelo cheiro, Trito soube que eram presentes.

Mas se conteve e correu pular em sua mãe, que com facilidade o segurou e o carregou até a banheira. Já era quase hora de celebrar o Natal.



Respirou fundo e fechou os olhos, para ele, o natal tinha um cheiro diferente... Não era pelas luzes nem pelos enfeites, mas sim pelas famílias... 

- Ohhhh... Olha o tamanho dessa árvore! - um pai fazia sua filha dar risada. 

O jovem lobo tinha de concordar a árvore era imensa, mas seus olhos pararam na pequena que estava andando a frente dos pais, deveria ter no máximo cinco anos. 

Ela ria e dançava, seu cabelo era preto e brilhava, seus olhos azuis pareciam ver o infinito, e sua felicidade estava fazendo com que o jovem desse o seu melhor sorriso.

Mas quando a pequena parou de dançar, notou que seus pais haviam sumido, ele também percebeu que agora ela estava sozinha e temeu... Não sabia o porquê de tanta preocupação.

A pequena fez um bico e começou a olhar em volta, seus pequenos e gentis olhos pararam no jovem lobo, ela o avaliou como se estivesse encantada... Ele tinha um lindo sorriso branco assim como o de seu pai, e parecia um daqueles atores dos filmes de que costumava assistir.

Ela o havia achado lindo, porém seus pais sempre avisaram para ficar longe de estranhos... Mas nunca falaram sobre ficar longe de estranhos com olhos caramelos tão encantadores.

Então se aproximou e o jovem lobo achou interessante, pois parecia uma boneca andando, sua bochecha agora estava rosada e seus olhos tímidos pousaram na mão do jovem.

Não queria assustá-la, começou sentando-se no chão onde ele pareceria menos intimidador.

- Oi... - incrivelmente, foi ela quem começou a falar. 

- Oi. - ele respondeu suavemente. 

- Você não é daqui... - ela afirmou ainda pensando se podia se sentar ao seu lado. - Seu cheiro é novo...

O jovem lobo sentiu que isso era uma frase de lupino, seria possível uma armadilha para que ele entregasse tudo ou era apenas uma humana com sentidos mais aguçados do que o normal... Ou ela poderia ser da sua espécie.

- Meu cheiro? - ele indagou segurando o riso. - Eu cheiro tão mal assim?

A pequena pareceu não ter ouvido a sua pergunta pois seus olhos e ouvidos estavam concentrados no pequeno coral que começara a cantar. Seus pequenos pés começaram a seguir a canção e seus lábios sibilavam algumas palavras.

Ele seguiu o olhar dela e depois voltou a observá-la dançar sutilmente, ele deu uma risada alta daquelas que fazem os outros encará-lo, mas ele nunca se importava com isso.

A boneca de cabelo preto parou sua dança e aproximou-se do jovem, ficando a sua frente, em pé ela conseguia ser da altura de seu ombro. Ele foi o único que notou isso.

- Então você é daqui? - parecia mais uma afirmativa. - O que faz aqui sozinha?

- Não estou sozinha. - ela murmurou, hipnotizada pelos olhos do mais velho. - Caramelo.

Sorriu ao ver como a pequena estava se comportando, porém ele tentava se conter, adoraria brincar com ela, porém isso poderia afugentá-la... Era tudo que ele menos desejava, afastá-la...

- Gosto dos seus olhos. - ela corou e ficou sem jeito.

- E se eu disser que gosto da sua dança? - ele estava se divertindo. - Dançaria para mim?

- Eu? - ela olhou em volta com um jeito de criança travessa. - Não sei dançar.

O jovem lobo já ía implorar quando uma bola de neve bateu nas costas da pequena, fazendo-a cair de joelhos no chão. Não foi preciso procurar os culpados, um grupo de crianças ria maldosamente.

A pequena se levantou e fingia que nada havia ocorrido, ele a fitou esperando que ela chorasse, mas nada aconteceu. Foi então que uma segunda bola veio, dessa vez acertando a cabeça da menina e enchendo seu cabelo de neve.

Ele ergueu o braço e limpou gentilmente a cabeça da boneca, ela agradeceu com um olhar e sentou-se a frente do mais velho. Ele sorriu feliz por ter a companhia dela, mas seu instinto protetor queria soterrar algumas crianças.

Uma terceira bola de neve estava sendo planejada, ele sabia disso, então rapidamente acertou uma bola de neve em cada criança, sem dó nem piedade. Elas choramingaram e gritaram antes de saírem correndo:

- Devia ter ficado em Trevarch!!! Estranha!!!

- Obrigada. - ela sussurrou envergonhada e com medo.

Já estava repensando sobre soterrar aquelas crianças abusadas, mas continuou sentado quando a pequena começou a fazer pequenos bonecos de neves.

Novamente, ele se sentia bem, a companhia daquela boneca o estava animando mais do havia esperado. De repente, ele voltou a lembrar de seu último natal com seus pais.


- E o que será que temos debaixo da árvore? - seu pai fazia um tipo de "hohoho" natalino.

- Presentes! - o pequeno batia palmas e pulava.

A mãe o pegou no colo e ajeitou mais uma vez o cabelo rebelde do filho, ele estava ansioso e ficou encantado quando seu pai lhe deu um presente.

Era grande e colorido, a fita que o prendia era vermelha com alguns toque verdes. O sorriso do filho era o melhor presente que os pais poderiam pedir.

- Ele não é lindo? - a voz de sua mãe enchia o pequeno.

O pai apenas concordou observando o filho abrir o presente, e assim que chegou ao recheio o pequeno gritou de tanta felicidade, havia ganhado um tremzinho de brinquedo.



- Moço! - a pequena o chamava pela segunda vez. - Tudo bem?

- Ah... Desculpe. - ele voltou a realidade. - O que estava dizendo?

O jovem lobo reparou que a boneca odiava ser ignorada, então ela cruzou os braços e fez um bico. 

- Vai ficar brava comigo? - ele perguntou já ciente da raiva da pequena.

Ela não respondeu, ele cutucou a testa dela e tentou lhe chamar a atenção, até mostrou-lhe a língua e isso a revoltou. 

- É feio mostrar a língua! - ela estava menos brava e parecia querer brincar.

- Agora você fala comigo? - ele começou a rir. 

- Só por causa dos seus olhos. - ela tocou na testa dele e lhe deu um leve peteleco.

Mais uma vez ele sorriu, estava gostando do jeito da pequena boneca, ficando curioso em descobrir se era uma humana ou uma lupina...

Usou seu olfato, mas não conseguiu diferenciar os muitos cheiros que alia haviam, teria de continuar com essa dúvida? Parecia que sim.

- Por que veio para cá? - ela parecia se referir a cidade e não a praça.

- Sabia que sua cidade é conhecida por ser a mais comemorativa? - ele estava adorando conversar com ela.

- É? - seus olhos brilhavam, sua atenção agora estava na grande árvore.

- Quer ir até lá? - ele perguntou tomando o cuidado de não parecer suspeito.

Ela fez que sim, mas logo mudou e fez que não. O jovem lobo sabia que ela estava com medo e não pretendia força-la, na verdade, ele não precisou... Logo, a pequena se levantou e pegou na mão dele, forçando-o a se levantar e a seguí-la.

A árvore era realmente gigante, de perto eles pareciam formigas, ele acabou se distraindo e perdeu a boneca de vista. De início ficou preocupado, porém logo a viu com seus pais.

Havia sido bom o quanto durara, mas era uma pena que esquecera de perguntar o nome da pequena boneca, talvez um dia a reencontrasse... Poderia voltar ali em outro natal, para ver ela crescida. Seria uma boa oportunidade de conhecer novas pessoas, talvez.

Mas não havia ficado de todo triste com a partida da pequena, pois ela voltou para lhe dar um bombom como presente de natal.

- Feliz Natal! - ela o puxou pedindo que se abaixasse e depositou um rápido beijo em sua bochecha. - Tchau, caramelo!

A pequena saiu aos pulos correndo para os braços de seu pai, que não reparou que a filha estava com um estranho... O jovem lobo não teve tempo de agracecer, porém não sabia que ainda a veria de novo e muito menos que a pequena boneca se transformaria numa linda e charmosa lupina.

- Você sumiu! - uma mulher bem pequena e com feições fortes apareceu atrás de si. - O que é isso?

Ela apontava para a mão do jovem lobo onde estava o bombom.

- Apenas um presente de Natal. - seu sorriso relatava que estava mais do que contente.

- Ahhh... Olha essa árvore! - os olhos azuis da mulher faziam contraste com seu cabelo loiro.

Por sorte, ela esquecera sobre o bombom, e o jovem lobo decidiu por não comentar sobre isso. Queria que a pequena boneca estivesse apenas em suas memórias.
 


Notas Finais


E então? Vocês acham que o nosso lobo lembra disso? E se sim, por que ele ainda não contou a nossa lupina?

Nyah, Feliz Natal!! Muitas festas, amor e paz!! Se cuidem, hein?
Aliás, o que acham de termos um especial de ano novo?


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