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História O Cheiro da Lua - Stefany e Jefferson


Escrita por: Moyashii

Notas do Autor


Depois daquele final, temos um capítulo mais suave e engraçado!

Boa leitura.

Capítulo 67 - Stefany e Jefferson



Chorei demais, tudo começou quando eu a vi na porta, Lorena segurava um bebê envolvido em cobertas. Triton sabia como preparar surpresas, ela também não me esperava e só não correu me abraçar porque a frente de sua casa estava meio escorregadia e ela carregava o seu primeiro filho.

Sim, era um menino, e muito lindo! Uma graça, parecia um boneco de pelúcia de tão gordinho e fofo. 

- Finalmente você parou de chorar. - Lorena brincou e sorriu.

Estávamos na sala e enquanto Triton conversava com o Eric, Lorena conversava comigo e eu estava apaixonada pelo bebê.

- Qual o nome? - indaguei fitando-o dormir sossegadamente.

Ele tinha alguns fios castanho escuro de cabelo e um cheiro delicioso de bebê limpinho, e o nariz dele era bem parecido com o da Lorena, pequeno e meigo, já o rosto parecia mais com o pai.

- Jonny. - os olhos dela até brilhavam, quase chorou.

- Ele é lindo! Parabéns! - meus olhos voltaram a embaçar.

- Não chore mais, por favor! - Lorena suplicava. - Já sei... Quer segurar ele um pouco?

- Posso? - arregalei os olhos.

- Claro... Você é mais cuidadosa do que eu. - riu e se levantou para me entregar o pequeno.

Assim que o peguei, senti como se tivesse ganhado um prêmio, era tão pequeno e fofo, cada movimento era mínimo, mas tão gracioso. 

- Ah.... Lorena... Eu também quero um! - choraminguei.

Mas ela apenas revirou os olhos como se eu pudesse ter um filho quando quisesse e como se fosse fácil tomar essa decisão, então ela me deixou sozinha na sala com aquela bolinha de fofura.

E enquanto eu o balançava com cuidado, parecia que Jonny estava tendo um sonho, olhei suas miniaturas de mãos e vi unhas minúsculas, tudo tão delicado.

Foi quando estava entretida no neném que Triton se sentou ao meu lado, seu hálito quente fazendo cócegas no meu pescoço. E pelo visto, Lorena e Eric estavam aproveitando um pouco do tempo que eles tinham só para os dois... Um pouco perigoso, porque podíamos roubar o Jonny.

Não... Eu gostaria de ter meu próprio filho, e sabia que Triton pensava assim também, só não imaginava se era para agora, ou para daqui trinta anos ou mais.

- É uma graça, não acha? - comentei sem tirar os olhos do pequeno.

Triton passou o braço por cima do meu ombro e me confortou, levantei a cabeça e vi como ele enrusbeceu quando o vi adimirando o Jonny.

- Você gostou, não é? - sorri satisfeita por ter visto o que vi.

- Sim... Mas eu preferia uma menina primeiro. - seu sorriso dizia que hoje mesmo conversaríamos sobre isso.

- Já consigo ver um pai coruja. - Lorena se sentou ao meu lado e riu.

Eric sentou em uma das poltronas e olhava para seu filho com um jeito todo especial, quem diria que ele ficaria assim? Sempre tão tímido e reservado, nunca achei que o veria olhar assim para alguém.

Triton rosnou baixinho, mas todos nós sabíamos que o que Lorena havia falado era pura verdade.

- Querida, pare de provocá-lo. - Eric coçou a cabeça como se pedisse desculpas.

- Ai, Eric, o Triton merece ser provocado, ainda mais agora que peguei-o no flagra! - ela mostrou a língua para ele.

Triton revirou os olhos, eu rio bem baixo e volto a minha atenção ao Jonny, parecia que estava querendo acordar, foi então que seus pequenos olhos foram abrindo, que eram verdes como o do pai.

- Parece que alguém está com fome. - Lorena comentou.

Ela levantou, levantei junto e lhe entreguei o bebê, ela o pegou enquanto falava palavras que só os pais e os filhos entendem, sorri e senti Triton me abraçar por trás. Ele também havia levantado.

- Bom... Nós vamos indo então. - ele comentou já me puxando devagar.

- Eu abro a porta para vocês. - Eric se levantou sorrindo. 

- Tchau, e manerem no sexo... Sei que agora que conheceram o meu precioso, vão querer ter um também, mas sem exagero pelo amor! - Lorena foi saindo em direção ao quarto enquanto falava.

- Pensei que ela fosse melhorar depois da gravidez. - Triton bufou.

- Ela está melhor, acredite. - comentei rindo.

Eric riu junto comigo, ele mais do que ninguém sabia como Lorena havia ficado maluca durante a gravidez.

- Aliás, terça faremos um pequeno jantar para comemorar um mês do pequeno, e só convidamos os mais íntimos... E vocês dois estão convidados. - Eric nos disse.

- Ah... Que fofo! - afirmei sorrindo.

- É a Lorena que vai cozinhar? - Triton ergueu uma sobrancelha.

- Não! - Eric fez uma cara de assustado. - Eu que vou!

- Ainda bem, se não matava todo mundo. - o incrível foi que o próprio companheiro dela concordou.

- Bom... Até mais então, e Kristine... Bem vinda de volta! - acenou.

- Obrigada! - acenei de volta e saímos.

Triton continuava segurando a minha cintura e seus olhos estavam no caminho, sabia que agora nada mais de surpresas, só iríamos para a nossa casa... Juntos.

*

Foi quando chegamos na porta de casa e que pensei em como seria a casa cheia de filhos, que me lembrei da Stefany.

- Ai meu Amaterasu! Triton! - soltei-o e quase sai correndo, mas ele me segurou.

- O que houve? - ele havia se assustado.

- Eu deixei a minha mãe na entrada da alcateia! - gritei. - Que filha mais desnaturada!

Triton arregalou os olhos.

- Olha, eu te explico tudo, mas vem comigo, por favor! - implorei.

- Claro! - ele balançou a cabeça e pareceu ter voltado ao normal.

Então corremos, minha mente me amaldiçoava por ter cometido um erro tão grave. Será que eles se sentiam assim quando faziam algo de muito errado em relação a mim? Creio que não.

- Mãe! - gritei assim que a vi conversando com o alfa. - Me desculpa!

Pulei em cima dela e quando comecei a explicar o que havia acontecido, Fernando me interrompeu.

- Já sei a quem você puxou, Kristine. - e deu um pequeno sorriso.

- Oi? - olhei-o assustada.

- Sua mãe, ela é muito esperta e se recusou a sair daqui até você voltar. - ele comentou.

- Mas é claro! - minha mãe riu. - Eu sabia que em algum momento ela iria lembrar de mim.

Corei e tentei esconder o rosto, e ainda ficou pior.

- Então, você deve ser o garoto que conquistou a minha filha. - ela disse garoto como se ele fosse um menino pequeno, às vezes, esqueço como ela e meu pai são velhos!

- Ah... Prazer, Triton. - ele estendeu a mão e sorriu, aquele sorriso que acaba com qualquer loba.

Stefany o avaliou e sorriu, aquele sorriso safado. Temi o que ela diria.

- Prazer, Stefany e está aprovado! - ela assentiu. - Só não sorria assim para qualquer uma, porque hoje em dia, o lobo sorri e a loba biscate acha que virou zona!

Ai Senhor! Ela estava falando mesmo isso? Onde estava meu pai para controlá-la?!

- Mãe! 

- Ela é bem animada. - Fernando estava quase rindo da minha vergonha.

- Passe horas não sendo você mesma, depois acorde vendo sua filha ser atacada por umas lobas retardadas, e então, fuja de uma bruxa sinistra... Ah, sim, no fim, viaje em um avião e chegue em uma alcateia desconhecida, aí me conte como você estaria... Senhor alfa. - ela deu aquela cara de me poupe!

- Perdão. - Fernando ergueu as mãos e depois suspirou. - Bom, já que ela lembrou da sua existência, foi deixar vocês se entenderem. - e saiu.

- Errr... Triton, certo? - minha mãe o observava. - Quando terei netos?

Não sabia onde me enfiar! Eu devia estar ficando com febre de tão vermelha.

- Ah... Sobre isso... 

- Kristine, não me diga que ainda não conseguiu engravidar porque vocês fazem pouco sexo! - ela disse mesmo isso?!

- Olha, com certeza esse não é o motivo... - ele riu meio sem graça, isso significava que ele estava tão envergonhado quanto eu.

Stefany abriu a boca e eu fechei os olhos esperando pelo pior, já imaginei ela perguntando como éramos na cama, ou como pretendiamos planejar essa criança. Mas graças ao meu bom Amaterasu, meu divo pai chegou com tudo!

Entendesse "com tudo" deste modo: entrando na floresta e gritando o nome da minha mãe, e ele pulou em cima dela! Sem cuidado nenhum, ainda bem que Stefany já esperava por isso e conseguiu segurá-lo sem dificuldade.

Entretando, o mais extraordinário foi quando ele me viu, aí sim foi algo surreal. Jefferson Moore, simplesmente, voou em mim, só não cai pois Triton estava atrás de mim e conseguiu nos segurar.

- Jeff! Vai matar a nossa filha! - Stefany bufou.

- Ah... Desculpe, mas é que senti tanto a sua falta! - seus olhos estavam marejados.

Era sempre assim, minha mãe sempre a mais durona e meu pai era o coração mole da família. Eu amava muito os dois.

- Também senti sua falta. - sorri tentando segurar as lágrimas. - Mas sem chorar. - disse a ele.

- Seu pai nunca chora. - fungou o nariz. 

- Não... Quem foi mesmo que chorou no nosso casamento? E quando eu disse que estava grávida? E quando a Kristine nasceu? E quando ela disse a primeira palavra? E quando ela andou? E quando ela se transformou pela primeira vez? E quando...

- Já entendemos, mãe. - eu e meu pai falamos juntos e depois rimos.

Até agora Jefferson ainda não havia notado que Triton era meu companheiro, dizem que as lobas unidas carregam um pouco do cheiro do seu compromisso com o lobo.

- Kristine, Stefany... Quem seria este aqui? -  e apontou para o Triton.

Maldita mente grande!

- É o companheiro da Kristine, seu bobo! - minha mãe disse diretamente.

Meu queixo caiu e meu pai me olhou como se eu o tivesse traído. 

- Calma, é muito para o papai! - e começou a fazer drama.

- Ah, não, Jefferson Moore, nada de drama queen! - minha mãe respirou fundo.

- Não é drama! - ele piscou duas vezes e depois se voltou para nós dois. - Só não estava preparado para saber que a minha pequena havia amadurecido tanto.

Então, minha mãe pulou nas costas dele e gritou:

- Logo teremos netinhos!

Essa conversa era mesmo para ter sido efetuada aqui na entrada da alcateia? Por Amaterasu que estava começando a escurecer e esfriar, assim todos os lobos estavam em suas casas, quentes e confortáveis.

- Netos?! - Jefferson começou a rir de felicidade.

Triton e eu nos entreolhamos, e eu pedi desculpas pela minha família louca.

- Mas espera! - meu pai tirou minha mãe de cima e nos encarou, melhor dizendo, encarou o Triton. - União mais lua de mel acarreta em relações sexuais... Você seduziu a minha filha?!

Meu pai rosnou e minha mãe murmurou um desse jeito nunca terei netos! 

- Pai! - chamei-o. - Eu tenho trinta anos, você não queria que uma loba fosse virgem até agora, certo?

- Não diga isso! - meu pai estava em um conflito interno e depois encarou o Triton mais uma vez. - Você vai ser pai e vai saber o que estou passando neste exato momento!

- Então quer dizer que você aprova os netos? - minha mãe deu pulinhos de alegria.

- Bom... Não posso impedí-los, mas posso ameaçá-lo, certo? - perguntou a minha mãe que concordou! Ela concordou! 

Eu era mesmo filha deles?!

- Um minuto, estou preparando meu discurso de pai ultra-mega-hiper-protetor que acabou de rever a filha. - ele limpou a gargante e começou. - Meu caro, é o seguinte, faz anos que não vejo minha pequena, e ela continua sorrindo e saudável, na verdade, ela está magra! Você a estava escravizando?! Por que se estiver, ahh... ahhh... Ste, me segura!!!

E eu achando que as coisas iam ficar melhores quando ele chegasse!

- Err, desculpe, senhor Moore, mas eu nunca escravizaria a sua filha, além de que é mais fácil eu ser escravo dela do que o contrário. - Triton sorriu.

Meu pai pareceu ter se acalmado um pouco.

- Bom... Voltando... Espero que quando eu a rever, e quando vier visitar os meus netos...

- Netossssss! Papai aprovou mais de um! - minha mãe estava dançando?!

- Ste! - meu pai a chamou. - Controle-se.

- Falou o exagero em pessoa. - ela pigarreou.

Aí, como eles se amam.

- Mas então, quero minha filha bem linda e saudável sempre! Entendeu?

- Claramente. - Triton assentiu, mas não estava sendo intimidado, ele só queria ganhar a confiança dos meus pais.

- Jeff! - minha mãe gritou. - Temos que ir!

- Por quê? - eu e meu pai falamos, mais uma vez, juntos.

- Primeiro, eles acabaram de se reverem, então eu acho que eles querem um pouco de momento a sós... Segundo, sabe quantas semanas estou sem sexo? - ela disse aquilo ali, sem enrolação.

Triton até engasgou com a própria saliva, e eu fiquei perplexa. 

- Está certo, vamos deixá-los a sós... Mas garoto, cuide da minha menininha.

- Vou cuidar com certeza. 

Meu pai me agarrou e me deu um beijo na testa, mesmo jeito que ele fazia quando eu era pequena.

- Nada de chorar, minha menina. - dizia isso, mas seus olhos estavam transbordando de lágrimas. - Papai te ama muito, e sinto muito por ter deixado você por tantos anos... Sinto mesmo, queria poder pedir suas desculpas, mas eu não as mereço.

- Seu pai tem razão, Kristine, nós te amamos demais, só que nunca estivemos, de verdade, prontos para ter uma criança. - minha mãe sorriu e me abraçou. - Mas isso não quer dizer que não te amamos e que não sentimos sua falta todos os dias.

- Nós tínhamos medo de que se voltássemos e pegássemos você, poderíamos retardar o seu crescimento e colocar você em perigo futuramente... Por isso, uma coisa eu posso dizer... Só tenham filhos se estiverem cem por cento certos disso, tudo bem? - meu pai confessou.

Depois de tudo que eles disseram, pulei nos dois - já que estavam um do lado do outro - e sussurrei:

- Eu os desculpo, porque amo vocês incondicionalmente e agora compreendo o que vocês fizeram, e até meio que agradeço, pois me tornei essa loba que sou hoje e conheci pessoas maravilhosas. - afirmei e depois soltei-os.

Dessa vez, até minha mãe estava chorando, e claro que me juntei aos dois.

*

- Obrigada. - já havia perdido a conta de quantas vezes eu o havia agradecido.

- Já disse que você não precisa agradecer. - Triton me abraçou levantando-me.

E ele sempre respondia assim, mesmo que eu ache que convidar meus pais para jantar conosco amanhã era algo surreal de tão bom. E o mais interessante foi que o Triton quem teve a ideia.

- Já disse que você é o melhor lobo do mundo? - meu sorriso era enorme.

- Sim. - beijou-me devagar.

Depois, Triton me colocou de novo no chão para que pudessemos continuar o nosso caminho de volta para casa. Já estava escuro e o frio começava a mostrar a sua força.

- Parece que o inverno esse ano será para valer. - comentei sentindo sua mão, que segurava a minha, aquecer-me.

- Sabe que é difícil que nós passemos frio. - deu sua risada alta.

De fato, não só por sermos lupinos e termos uma temperatural corporal mais elevado do que a dos humanos, mas como também somos muito ligados um ao outro, e isso parece aumentar o "calor".

- Você não tem ideia de quantas noites passei sem dormir, ou quando dormia no sofá... - murmurou como se tivesse que desabafar.

- Agora você vai voltar a dormir na nossa cama. - beijei sua bochecha. - Ou quem sabe, a gente nem durma hoje. - brinquei provocando-o.

- Imagina! - sorriu. - Seria um reencontro e tanto, não?

- Nem pense nisso! - reclamei. - Você precisa dormir! Ainda mais depois do que acabou de me dizer... - bufei.

- Oh... Está preocupada comigo? - ele tentou me provocar.

- É claro que estou! - abaixei a cabeça. - Ainda mais depois do que eu fiz com você...

Triton ergueu meu queixo e beijou minha testa, suave e terno, depois pegou minha mão de novo e voltou ao nosso caminho. Ele não precisava falar, seu olhar e seu toque me diziam tudo... Transmitiam como ele estava se sentindo e como havia me perdoado.

Não sei dizer se todo a dor de tê-lo abandonado pode ser esquecida... Pelo menos, por agora, devemos seguir em frente.

Quando dei por mim, já estávamos na frente de casa, respirei fundo e abri a porta, Triton logo atrás de mim, segurava minha cintura dando-me apoio... Há muito tempo eu não entrava em uma casa, fazia semanas que não dormia em uma cama e parecia anos que não sentia o cheiro delicioso do meu lobo.

- BEM VINDA DE VOLTA!!! - muitas vozes e uma luz sendo acessa, foi isso que aconteceu quando entramos na sala.

- Como vocês? - Triton estava tão surpreso quanto eu.

Amanda, Lyra, Courtney, Max, Natan e Bruno... Estavam todos ali, em pé e sorrindo, segurei para não chorar... Como eu podia ter me esquecido deles?


Notas Finais


Gente, o que acharam dos pais da Kristine?

E do nenêm da Lorena? Muito fofo demais!!!


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