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História O Cheiro da Lua - A Promessa


Escrita por: Moyashii

Notas do Autor


Desculpem pela demora, e esse capítulo é mais calmo, só que grande.

Boa leitura.

Capítulo 68 - A Promessa



Não chorei por pouco, e Triton fez o favor de me ajudar, ele conseguiu convencer os garotos a ajudarem a arrumar a casa. Sim, algo bem cômico, e eles fizeram isso enquanto eu e as meninas fomos até o meu quarto... Eu necessitava de um banho.

- Nós sentimos muito a sua falta. - Amanda confessou assim que a porta do quarto foi fechada.
- Também senti muito a falta de vocês. - sorri para todas.

Courtney se sentou na cama e sorriu, agora ela parecia mais sociável, talvez aquele medo - que eu podia sentir que ela tinha - deva ter sumido.

- O culpado é o Bruno. - Lyra parecia ter lido os meus pensamentos.

- Do que você está falando? - Courtney mudou de cor.

- Ihhhh... Courtney ficou vermelha. - Amanda a provocou enquanto ria.

Gargalhei, era tão gostoso estar de volta. E notei como Amanda também havia mudado muito, seu olhos já possuiam mais segurança e seu rosto parecia mais feliz.

- Vocês amadureceram bastante. - acabei falando alto e as três me encararam.

Os olhos das três começaram a marejar, pisquei duas vezes sem muito entender o que havia dito de errado. Já ia me desculpar quando Lyra e Amanda pularam em mim.

- Nós queriamos que quando você voltasse, você notasse como podíamos ser fortes como você. - Amanda murmurou ainda chorando.

- E nós até trouxemos presentes. - Lyra tentava enxugar as lágrimas.

- Ei, suas bobas. - afaguei seus cabelos. - Não é para chorar, e sim para sorrir. - afirmei.

- Mas estamos chorando de felicidade, apenas isso. - Courtney murmurou tentando esconder o choro.

Até mesmo ela havia tentado me deixar orgulhosa.

- Vocês conseguiram três coisas hoje... - brinquei.

Amanda e Lyra se afastaram um pouco para tentarem entender minha expressão, e Courtney limpou rapidamente as poucas lágrimas que deixara escapar.

- Primeiro me fizeram sentir querida e amada em casa... Segundo, estou muito orgulhosa das três... E terceiro, deixaram-me muito, mas muito curiosa! - sorri. - Quero saber que presente é esse e como vocês mudaram tanto?

- Olha, é uma longa história... A da Courtney nem tanto porque ela é a mais safada e a mais apressada. - Lyra riu.

- Ei! - Courtney cruzou os braços perplexa diante das acusações. - Vocês falam como se ainda fossem santas!

- Eu sou santa! - Amanda se defendeu.

E há um tempo atrás podia até acreditar que todas ali eram santas, talvez nem tanta fé na Courtney assim... Mas Amanda e Lyra tinham o cheiro mais puro possível, e agora seus cheiros eram uma mistura do delas com seus namorados e um pouco de amor lupino.

O que no meu caso e do Triton seria reconhecido como amor selvagem, mas prefiro pensar que elas não chegaram nesse ponto ainda.

- Você não tinha que tomar banho? - Courtney queria logo fugir do assunto de "como elas mudaram".

- Tudo bem. - levantei da cama. - Vou tomar um banho, senhorita safadinha. - brinquei.

Amanda e Lyra caíram na gargalhada enquanto Courtney as mandava calar a boca. Aproveitei a distração delas, peguei minha roupa e fui para o banheiro, mas não sem antes gritar:

- Quero saber da minha surpresa quando sair! 

*

Sempre soube que a maioria dos lobos tinha dons, porém nunca imaginei que eu podia ser tão sortuda de ganhar um presente tão divino.

- Eu não sei como agradecer! - meus olhos não saiam da capa daquele pequeno livro. - Como vocês fizeram isso?

- Bom... Foram três etapas... - Amanda começou. - A primeira foi invadir a sua casa e achar algo que você gostasse muito.

Deletei do meu cérebro a parte da invasão, elas tinham que continuar puras e inocentes na minha mente por pelo menos mais alguns anos.

- Depois que achamos uma caixa cheia de lembranças suas... - Lyra continuou. - Courtney teve a ideia de pegar algo e "reconstruir".

- Foi então que a senhorita restauradora de livros entrou em ação. - Courtney sorriu bem animada. - E não precisa agradecer, não depois de tudo que você já fez por nós.

As três concordaram e abriram um belo sorriso, segurei o choro e observei o livro novamente, a capa era uma casinha, uma árvore, uma casa de cachorro e um pequeno lago com flores em volta, e havia o sol e nuvens e alguns passarinhos - tudo desenhado por uma criança de quatro anos.


- Papai! Papai! - eu corria tentando alcançá-lo na floresta.

- O que uma criança faz aqui a essa hora? - um homem de barba grande se aproximou, seu cheiro era de cigarro e algo nele me assustava.

Seu olhar me fez congelar e quis gritar pelos meus pais, mas não tinha coragem... Comecei a chorar baixinho.

O homem sorriu de um jeito um pouco assustador, murmurei um "papai" e dois segundos depois, ele estava ali, parado a minha frente como um poderoso lobo.

O homem arregalou os olhos e saiu correndo, meu pai não o seguiu, mas ficou esperando que ele estivesse bem longe para poder baixar a guarda.

Imaginei que ele brigaria comigo por ter saído sozinha, mas que queria muito entregar isso a ele.

- Descul...

Fiquei preocupado com você, minha pequena. 

Sua voz entrou em minha mente, confortando-me, sorri envergonhada, papai pediu que eu subisse em suas costas, assim que o fiz, o lobo correu de volta para a nossa linda casa. A mesma que desenhara na capa do livrinho.

- Onde vocês estavam? - minha mãe parecia preocupada e me pegou no colo assim que me viu. - Você esta bem querida? E você meu amor?

- Estamos ótimos. - meu pai já havia se transformado e agora vestia apenas uma calça.

- Mamãe... Papai... - sussurei e os dois me escutaram. - Fiz um presente.

Seus olhos brilharam quando entreguei aquele livro com uma capa tão loucamente desenhada, mesmo que para eles só importasse o meu desejo em entregar-lhes algo feito por mim.

- Ficou lindo, minha pequena. - Meu pai me colocou em seu colo e abriu o livro. - Você não vai escrever aqui dentro?

Neguei. Minha mãe se sentou ao nosso lado e colocou o dedo em cima do meu nariz.

- Quer que contemos história para você escrever aí? - ela riu e me deu um beijo na bochecha.

Concordei rapidamente e isso fez com que eles rissem juntos, amava a risada deles.



Depois de anos, podia abrir esse livro novamente e conseguir entender o que havia escrito ali, tudo graças a essas três pinpolhas.

- Vocês não imaginam o quanto estou feliz e o quanto agradeço a vocês. - sorri para animá-las porque ainda não sabia como iria agradecer apropriadamente.

Então, eu as abracei bem forte e deixei que elas me contassem o que havia de novo acontecendo em suas vidas.

*

Quando voltamos a sala, os lobos estavam sentados no sofá conversando sobre marcarem de jogar futebol no fim de semana.

- Demoraram hein? - Max brincou abrindo espaço para Lyra sentar ao seu lado.

Natan fez o mesmo para a Amanda, já Triton e Bruno fizeram eu e a Courtney sentarmos em seus colos, não que pretendessemos reclamar.

- Então, o que teremos de janta? - perguntei já que meu estômago estava começando a demonstrar rebeldia.

- Bom... Não temos nada para fazer de comida. - Triton riu. - Aliás, temos que ir no mercado amanhã.

Balançei a cabeça imaginando que ele devia estar se alimentando bem mal durante a minha ausência.

- Ainda bem que trouxemos comida! - Amanda sorriu. - Surpresa!

Os outros riram enquanto eu e Triton ficamos com cara de bobos.

- Espera, quem cozinhou? - Triton tentou ser cauteloso.

- Não se preocupem... - Bruno murmurou. - Foi eu e o Max que fizemos tudo.

- Mentiroso! - Courtney o confrontou. - Eu, a Amanda, o Natan e a Lyra fizemos a sobremesa.

- Meu Amaterasu! Que sobremesa precisa de tantas pessoas para ser preparada? - comecei a rir e logo Triton, Max e Bruno riram comigo.

- Prepara-se, Kristine, você irá comer a melhor... - Lyra afirmou.

- A mais deliciosa e mais linda sobremesa! - Amanda concluiu.

- Acredito em vocês. - assenti sorrindo.

- Que bom, porque eu não confio. - Triton sussurrou no meu ouvido.

- Nós ouvimos! - Natan parecia "traído" pelas nossa desconfiança.

- Bom, vamos comer para podermos ter uma avaliação do jantar? - brinquei e me levantei.

Todos, exceto o Triton, levantaram e foram em direção a cozinha, e quando me virei para observá-lo, seu olhar me avaliava de modo quente. 

- Ei, temos visitas. - lambi o lábio e estendi as mãos para ele.

De repente, Triton me puxou para si de novo e me beijou com força, meus joelhos acabaram se encaixando ao lado de suas pernas e meus braços enlaçaram seu pescoço.

Já não pretendia controlar o meu corpo e muito menos o nosso beijo, que começava a ir se tornando cada vez mais fogoso e descontrolado. Contudo, o barulho de algo caindo na cozinha nos fez "despertar" e retomar o controle.

- Quantas vezes vou ter que dizer que temos gente em casa?! - levantei apressada, arrumando a roupa que já estava quase saindo do meu corpo.

- Muitas vezes. - ele riu e levantou dando-me um beijo no pescoço. - Agora vamos ver o que essas pestes estão fazendo na nossa cozinha.

Chegando lá, ficamos parados na porta perplexos. Lyra estava com uma frigideira na mão e ameaçava o Bruno, enquanto Amanda pedia inúmeras desculpas ao Max por ter derrubada uma panela em seu pé. 

Courtney e Natan não fugiram da bagunça, ela havia visto a tatuagem de lobo no ombro direito dele e parecia encantada. Infelizmente, Amanda viu o interesse da outra loba e logo foi defender o que era seu.

- Não viaja, Amanda! - Courtney revirou os olhos. - Eu já tenho o meu lobo, aliás o meu é bem mais másculo!

- Repita! - Amanda parecia mais ousada.

- Melhor pará-los antes que coloquem fogo na casa. - avisei.

Triton concordou e foi apartar a briga feminina, enquanto eu fui acalmar a Lyra que estava se preparando para lutar com uma frigideira. Minutos depois, conseguimos manter a cozinha intacta, só o coitado do Max que teve um dos dedos do pé inchado.

- Desculpa... De verdade. - Amanda já havia dito isso milhares de vezes.

- Tá tudo bem, Mandy. - Max sorriu, ele era mesmo um doce.

- Aqui está! - Bruno colocou na mesa dois pratos, um era algum tipo de peixo todo arrumado e com um cheiro delicioso, e o outro era algo de berinjela que cheirava a comida caseira. 

Conclusão, nunca comi tanto em toda a minha vida, os dois cozinhavam tão bem quanto o Triton, mas aquela berinjela estava magnífica! Até mesmo Triton admitiu estar fabulosa.

E claro que as meninas ficaram com ciúmes porque seria difícil de comer uma sobremesa depois de tanta comida. Mas isso não era desculpa suficiente, no fim, tivemos que comer pelo menos um pedaço.

- Se eu explodir, sintam remorço. - Triton brincou, entretanto nem isso as fez mudar de ideia. Que crueis!

Havia uma única sobremesa, o que me fez questionar mais uma vez - pra que tanta gente para preparar uma única sobremesa?! - não que eu fosse insana de perguntar isso em voz alta mais uma vez.

Era um pudim de leite, e quando dei a primeira mordida senti o caramelo me deixar louca, delirando de prazer.

- Hmmm.... Vocês se superaram. - Triton afirmou com um sorriso sincero.

- Só acho que faltou um pouquinho de consistência... - Bruno falou.

- O que você disse, Bruno Giole? - Courtney o ameaçou com um olhar.

E Bruno, sendo um lobo dominante, não deixou essa ameaça barato. 

- Faltou firmeza no pudim! - reafirmou.

Max engoliu em seco e protegeu o pé já machucado. Murmurei um cuidado para o ruivo, ele estava justamente ao lado do Bruno que estava ao lado da loira enraivecida.

- Vamos nos acalmar.. - Natan começou, mas recebeu um olhar tão mortal da loira que engasgou com a própria saliva.

- Fala sério! - Lyra reclamou. - Dá para o casal irritadinho baixar a bola? 

Jurei que vi Courtney pegar fogo, e Lyra se assustou tanto com a reação da loira que acabou jogando a frigideira - que estava em cima da pia e perto dela - na cabeça da Courtney.

A coitada caiu desacordada no chão, Bruno logo a socorreu e ficou meio perdido sem saber para onde levá-la. E no alvoroço, ele acabou correndo para fora, provavelmente, fora levá-la a enfermaria.

- Ele enlouqueceu? - Max ergueu uma sobrancelha.

- É o que a convivência com a Courtney faz. - Amanda confessou.

- Está se autochamando de louca? - Lyra a fitou.

Amanda pensou um pouco e quando viu a besteira que fez, soltou uma risadinha e mudou de assunto.

- Mas então, Kristine, como está o pudim? 

Senti vários olhares em mim e quase engasguei, dei um pequeno sorriso e falei a verdade.

- Está muito bom mesmo... E eu amei a calda. 

- Uhuuu!!! - Lyra e Amanda pularam juntas. - Arrasamos!

Triton deu sua risada alta e se levantou, Max e ele começaram a arrumar a mesa enquanto as meninas me enchiam de perguntas. 

- Err... Vocês não estão preocupados com a Courtney? - Natan indagou bem confuso.

Todos se entreolharam e fizeram cara de não, por que deveríamos? Natan pareceu ter entendido, já que virou a cara e deixou o assunto de lado.

*

Silêncio. Só havia nós dois em casa agora, Triton estava tomando banho enquanto estava deitada de costas na cama, com os olhos fechados lembrava de como foi vê-lo de novo.

E como havia sido gostoso o dia de hoje, descontando a viagem de avião. E só parei de relembrar quando senti um beijo na minha bochecha e tão logo um corpo cobrir o meu.

- Que cheiro gostoso. - murmurei beijando seu pescoço. - Amo quando você toma banho e já vem me mimar. - brinquei.

- Eu fiquei pensando em como cuidar de você... E acho que antes disso temos que conversar. - ele rolou para o meu lado da cama e ficou de lado.

- Temos? - ergui uma sobrancelha, realmente sem saber o que ele estava planejando.

Virei-me de lado e fitei-o, seu sorriso ainda estava em seu rosto e sua barba ainda não havia sido feita.

- Fale. - fiz um biquinho.

- É sobre a nossa promessa. - comentou e me observou. - Eu quero muito conversar com você sobre isso... 

- Foi por isso que a primeira coisa que você fez quando voltei, foi me levar até a Lorena. - afirmei.

- Na verdade, não foi bem por isso... Eu queria muito que você visse o bebê dela, só isso... E ela me pediu que assim que você voltasse para eu te arrastar até lá. - confessou.

Observei-o esperando por mais.

- Mas... Assim que eu vi como você olhava para o Jonny fiquei meio que pensando... E então, você pegou ele no colo e parecia tanto que você queria um bebê...

- Eu quero muito um filho, porque quero construir a nossa família... - senti minhas bochechas esquentarem um pouco. - Só não sabia como você reagiria... Ou o que você pensa sobre isso...

- E você quer saber? - seu olhar, novamente, me avaliava.

- Quero. - arrisquei.

- Um dos meus maiores desejos é construir uma família com você, Kristine. - sorriu. - E assim que você disser que está pronta e que quer tentar, eu vou fazer de tudo para dar certo.

- Eu só preciso saber de uma coisa pra dizer se estou pronta. - comentei.

- E o que seria? - sua perguntava estava cheia de ansiedade.

- Sinceramente, estamos prontos para isso... O que você acha? - perguntei seriamente.

- Eu creio que estamos. - sua voz era firme. - Pense por tudo que já passamos... E mais, nós aproveitamos tudo que essa época pode nos oferecer, então penso que é mais do que justo termos um filho... Além de que somos lupinos, temos a alcateia para nos ajudar no desconhecido que enfrentaremos.

Não sabia como responder, pois ele estava completamente certo... E eu nunca havia pensado dessa maneira.

- Preciso refazer as contas... - sorri.

- Contas? - sua cara foi bem engraçada, ele não estava compreendendo.

- Temos que saber se continuo regulada, não é? - sorri maliciosamente.

Seus olhos brilharam e um sorriso brotou em seus lábios, nunca o havia visto tão contente, minto, já o havia visto assim quando nos unimos.

- Sabe que pode contar comigo pra qualquer coisa, certo? - ele também sorriu maliciosamente.

- Você já vai ter um papel bem importante, não se preocupe. - comecei a rir.

Em seguida, ele me puxou para si e me beijou, suas mãos apertavam as minhas costas e bunda, sorri entre seus lábios sentindo o desejo que ele tinha por mim.

Mordi seu lábio arrancando um gemido rouco dele, a pressão entre nossos corpos estava ficando mais forte, sem demora, estávamos sem roupa. Meu corpo ansiava por isso, cada toque me queimava, cada provocação entre nós era uma chama acessa.

Não precisamos de muitas preliminares, tão logo já estávamos transando, a primeira transa foi  rápida e forte, já a segunda foi mais devagar e mais gostosa. Mas a terceira foi a melhor, o ritmo era variado e parecia acertar o momento certo de ser mais profundo.

Todo o meu corpo entrou em ebulição segundos antes de ter meu orgasmo, Triton logo gozou e acabou pesando o corpo por cima do meu. Meus olhos continuavam fechados e nossas respirações estavam bem descompassadas.

- Dois meses... é muito tempo. - comecei a rir.

- Concordo plenamente. - ele riu comigo e se jogou ao meu lado.

- Mais ainda acho que devíamos nos controlar... Pelo menos quando temos visitas! - encarei-o com uma cara séria.

- Está bem... Mas só quando tivermos visitas. - sorriu. - Ainda mais agora que decidimos engravidar a Senhorita Cerutti.

- Receio avisar que a Senhorita Cerutti precisará de muito amor e carinho. - mostrei-lhe a língua.

- De acordo. - assentiu. - Mas você se esqueceu de muito sexo também.

- Isso a gente já faz sem tentar ter filhos. - lembrei-o.

- Tem razão. - ele ficou pensativo. - Talvez devessemos fazer mais vezes...

- Triton! - encarei-o e ele começou a rir.

- É brincadeira... Mesmo que você goste da ideia.

Corei e fiz um bico, era uma ideia tentadora, mas não podíamos viver de sexo!

- Linda... Ei, vermelhinha... - puxou meu rosto. - Eu te amo mais do que você possa imaginar.

- Possa não imaginar, mas sei que eu te amo mais do que qualquer um nesse mundo possa imaginar. - toquei em seu rosto.

A barba, ainda sem fazer, fez cócegas em minha mão, e seu toque em meu cabelo fez tudo parecer tão fácil, deixando-me com uma sensação de segurança.

- Acho melhor você descansar. - ele comentou assim que viu meus olhos de fecharem.

Eu estava exausta, o dia parecia ter tido mais de vinte e quatro horas. 

- Acho uma boa. - balbuciei.

Triton puxou um cobertor e nos cobriu, depois me puxou até grudar em seu peito, ele estava com um cheiro delicioso de pós-transa misturado com nozes. Foi bem fácil dormir... A nossa casa, a cama, o travesseiro e o contato, cheiro e calor do meu companheiro... O que mais eu podia pedir?

*

Acabei acordando antes que ele, mas foi impossível sair da cama já que seus braços e pernas estavam enrolados em mim. Sem reclamar, continuei encaixada ali mesmo, fechei os olhos e deixei que seu cheiro me aquecesse.

Passou-se apenas um minuto e o celular dele começou a tocar, na verdade, imagino que seja o despertador. Triton se remexeu e xingou um pouco até conseguir desligar o barulho.

- Desculpa... Esqueci de desligá-lo. - resmungou ainda de olhos fechados e membros agarrados em mim.

- Não se preocupe, já estava acordada. - confessei e beijei sua bochecha. - Mas por que do despertador?

- Segunda-feira...

Ah... Ele tinha que trabalhar, e mesmo que eu desejasse mantê-lo em casa, sabia como Dylan ficaria furioso se Triton faltasse no trabalho.

- Ei, minha noz gostosa... - chamei-o suavemente. - Quer que eu te prepare um café?

Era o jeito mais sútil de informar que ele tinha de ir trabalhar.

- Quem disse que pretendo acordar? - continuou de olhos fechados e me apertou mais um pouco.

Ótimo, agora nem eu poderia sair da cama.

- Triton.. - choraminguei. - Dylan vai ficar uma fera se você não for na empresa hoje... E ele vai achar que foi minha culpa.

Ele abriu os olhos, sua expressão era a de quem estava avaliando os fatos e as consequências.

- Talvez você esteja certa... Ele pode acabar colocando a culpa em você... - seus olhos agora estavam bem abertos e atenciosos. - Tudo bem, eu vou...

Levantou relutante e caminhou até o closet, e antes de começar a se trocar murmurou:

- E aceito a sua oferta do café.

Sorri animada em vê-lo pela manhã, ele sempre acordava tão sexy e aquela barba para fazer o deixava com uma cara de sedutor. Arrepiei-me e levantei num pulo, saí do quarto e fui fazer o café que prometi.

*

A casa ficou tão quieta que quase me arrependi de tê-lo obrigado a ir trabalhar, mesmo que minha mente ficasse o tempo todo falando que havia agido certo.

E como fiquei sozinha, acabei pensado na Elizabeth... Como ela estaria? Provavelmente tão feliz quanto eu. E será que ela já havia voltado a sua rotina? Talvez sim... Não que eu pretenda voltar a minha tão cedo.

Já que não queria ficar parada, comecei a fazer uma faxina na casa, o que lembrou-me do tempo em que minha mãe arrumava a casa enquanto cantava. Claro que não herdei a voz dela.

Mas isso não me impede de colocar uma música para tocar. Conectei meu Ipod numa caixa de som e deixei tocando, as músicas eram bem animadas tornando a limpeza da casa mais divertida.

Sem perceber, havia acabado quase a casa toda, só faltava o quarto de hóspedes. Sem demora, entrei e fiquei observando como estava bagunçado, olhei em cima da cama e comecei a imaginar que teríamos de tirar essa cama de casal e comprar dois beliches. 

Nossos filhos teriam que dormir neste quarto, no começo todos dormiriam juntos, e eu decoraria todo esse quarto de novo. Provavelmente, pintaria as paredes com um azul claro, que é uma cor tanto para meninos quanto para meninas.

Depois, compraria um tapete bem fofo onde eles pudessem rolar e brincar, um guarda roupa grande para caber todas as roupas deles, o único problema seria quanto tivéssmos mais de quatro filhos... Se bem que um casal - para começar - estava ótimo.

- Acho que um beliche só estava bom... - pensei em voz alta. - Por que no começo, eles vão dormir em seus berços e no nosso quarto.

Dizia como se alguém estivesse conversando comigo, talvez isso fosse loucura... Acredito mais que seja a ansiedade.

E foi quando estava sonhando acordada que ouvi a campainha tocar, desliguei a música e fechei a porta do quarto. Corri atender a porta.

- Se não é a minha paciente mais presente! - Patrick brincou.

- Ahh... Oi! - acenei vendo que Patrick, Alice, Hena e Charlie haviam vindo me ver. - Podem entrar.

Convidei-os, animei-me por ter visitas, assim não ficaria sozinha por um tempinho.


Notas Finais


haha, Max sempre se dando mal coitado.

E vocês acham que eles vão cumprir a promessa logo logo?


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