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História O Cheiro da Lua - A decisão


Escrita por: Moyashii

Notas do Autor


Capítulo cheio de emoções!

Boa leitura.

Capítulo 72 - A decisão



Não estava nem na hora do almoço e minha cabeça parecia uma bomba pronta para explodir, aquela voz não cessava. Pensar nos meus problemas era impossível, decifrar meu sonho estava impensável e discutir com essa voz era desgastante.

- O que você quer de mim? - era a milésima vez que perguntava isso e tudo que ganhava de resposta era uma risada que me dava arrepio.

Até pensei em ligar para a Elizabeth para saber se estava tendo os mesmos sintomas, contudo, ela poderia acabar contando ao Marcos que poderia contar a muita gente. 

Ou seja, Eliza e Lorena não eram opções, Lorena por causa do Jonny, nunca atrapalharia sua felicidade com um problema meu! 


Posso te ajudar com esses probleminhas de gravidez.


O que era pior: ter essa voz a todo momento na cabeça e não conseguir pensar em mais nada? Ou ela saber sobre todos os seus maiores medos e aflições?

Os dois são péssimos e acontecem comigo. Foi quando notei como ela se contradizia, como poderia não precisar de um lobo e ainda engravidar? Balancei a cabeça pois a questão não era essa e sim o fato de eu estar começando a ficar maluca.

- Eu não quero a sua ajuda... Quero que suma! - sei que não realizaria o meu desejo, mas valia a pena tentar.

Foi então que lembrei da minha mãe, porém seu celular só dava na caixa postal, desisti assim que o barulho do celular começou a me enfurecer. Minha parte lupina estava mais agitada, todos os meus sentidos estavam ampliados e isso me assustava para caramba.

Não iria me transformar e dar início aqueles meses estúpidos de buscas pela falsa voz da lua, que na verdade, é de uma bruxa ruiva insistente!


Já que ainda se lembra de quem eu sou e sabe que sou insistente, deveria dar mais ouvidos a mim... Eu posso dar tudo que você quiser.


- Então me dê um pouco de paz! - gritei.

E por instantes achei que havia dado certo, um silêncio maravilhoso inundou a minha mente... Entretanto, durou pouco.


Brincadeira! 


E sua risada voltou a me irritar, olhei no relógio, Triton ainda tinha mais três horas de trabalho. Controlei meus dedos que queriam desesperadamente ligar em seu celular, contei até três - tentei, pois a voz me confundia - e consegui me afastar do celular.


Você é bem mais forte do que a sua amiga, qual era o nome mesmo... Ah sim, Elizabeth, se bem que agora ela é só mais uma loba.


Só mais uma loba? O que ela estava dizendo... Mesmo como loba, Eliza sabia quem era... A não ser que estivesse selvagem de novo!


Finalmente entendeu? Sua amiga já desistiu ou melhor, ela perdeu a luta!


E a voz parou, e eu senti aquela vontade louca de me transformar, mas eu me segurei, mesmo assim meu corpo começou a se contorcer. Era horrível e doloroso segurar uma transformação dessa maneira, gritei e arranhei o sofá, mas não desistiria.

Muitos ossos se quebraram tentando mudar para a nova forma, meus dentes já eram caninos bem afiados, e minhas unhas estavam prestes a virar garras. Como controlaria isso agora? 

Minha mente buscou por respostas, agora sem interrupções foi fácil conseguir controlar pelo menos a cabeça, então me lembrei do que me trouxe de volta da última vez.

O dia em que Triton me deu aquele colar, e foi preciso apenas tocá-lo para desacelerar a transformação e com um pouco mais de lembranças consegui voltar ao normal.

Metade da minha roupa estava rasgada, e por isso me troquei rapidamente antes de ir conferir o estado da Elizabeth. Minha parte lupina dizia que já era tarde e que logo eu seria a próxima, negava-me a acreditar.

Contudo ao ver com meus próprios olhos, Eliza como loba correndo como uma selvagem, buscando pela voz e só parando para me encarar. Seus olhos lupinos me avaliaram como se não entendessem o porque de eu estar ali naquela forma.

- Eliza! - gritei antes que nós a perdessemos de novo. 

Alguns lupinos se colocaram em volta dela, mas seu rosnado os assustou tanto quanto eu. Foi a sua chance de escapar, tentei correr atrás dela, mas a dor voltou.

Cai de joelhos no chão e me abracei, todo o meu corpo tremeu e lágrimas disputavam espaço com o suor. E mesmo quando senti mãos firmes tocarem em meus ombros, nada mudou.

- Ligue para o Triton! - pedi, era algo que me arrependia de ainda não ter feito. - Por favor!

Patrick assentiu e pegou seu celular do bolso, assim que ele discou fiquei atenta à conversa, parecia que isso me mantinha aqui com eles. Tão logo Triton confirmou que já estava chegando, meu coração se acalmou, porém a voz sabia que estava perdendo, então ela voltou a agir.


Você é minha agora, volte para a sua mestra! Você quer ser livre, correr, caçar e não precisar de ninguém!


Então eu gritei, desse jeito, nem mesmo eu poderia escutar aquela voz. Patrick se assustou e quando achei que fosse tombar, braços fortes me levantaram. Triton estava ofegante e me segurava no colo.

Agradeci-lhe mentalmente e incrivelmente parei de sofrer e minha mente parou de ouvir coisas. A voz estava enganada... Não era a minha mestra nem podia me dar o que eu queria, pois eu já tinha o melhor companheiro do mundo que era tudo que poderia querer nesse mundo.

*

Acordei em alguma cama, e não era a maca do hospital, meus olhos pareciam meio dormentes e senti dificuldade em abrí-los, tão logo ouvi a voz de Patrick e Triton.

E assim que meu olfato voltou ao normal, soube que estava mesmo em casa.

- Ela acordou. - Patrick murmurou e vi os dois entrando no quarto.

Tentei erguer a cabeça, mas me senti um pouco tonta, então Triton me ajudou a sentar na cama.

- Não se esforce muito. - Patrick alertou.

- Estou bem. - respondi com um meio sorriso. - O que aconteceu depois daquilo?

- Bom... Se você quer saber sobre a Eliza... Nós conseguimos pegá-la. - Patrick respondeu.

Triton parecia abalado demais para se pronunciar, até que ele se virou para o Patrick.

- Patrick, pode nos deixar a sós, por favor?

- Claro... Já vou indo, porque ela parece estar bem. - ele de despediu e saiu.

Triton esperou ouvirmos a porta da frente se fechar para começar a falar.

- Você está bem mesmo? - sua voz era bem sincera. - Não se preocupe, não vou deixar ninguém te prender ou te levar para a enfermaria.

- Eu estou bem... Sério. - afirmei. - E por que me prenderiam?

Triton se encolheu um pouco como se tivesse dito algo que não devia.

- A Eliza está presa?! - quase gritei. - Como assim?!

- Ela não volta ao normal... Continua como uma loba selvagem. - explicou. - Não podemos soltá-la...

- Aquela maldita! Eu vou matá-la! - rosnei. 

- Quem? - Triton arregalou os olhos.

- Aquela bruxa estúpida! Ela anda mexendo com a gente com aquela voz irritante! - joguei toda a informação para fora.

- Espere um instante... Essa bruxa estava falando com você? Desde quando?! - agora ele parecia zangado.

- Desde hoje...  Assim que você saiu começou... - omiti alguns fatos.

- E por que não me ligou? - suz voz começou a ficar alterada. - Você sabe o quanto me preocupo com você e você simplesmente escondeu isso!!

Fiquei sem reação, Triton estava muito bravo e chateado, com razão, mas ele tinha que entender como eu estava me sentindo.

- Poderia ter sido você! - gritou. - Foi por isso que quando cheguei você estava tendo uma transformação forçada.

Ele se levantou, claramente, tentando controlar a íra.

- Eu sinto muito. - murmurei. - Juro que ía te contar, mas eu estava esperando você voltar...

- Você ía mesmo me contar? - sua pergunta doeu.

- Claro que íá! - agora eu que estava brava. - Só que você precisa entender que eu estava tentando saber o que estava acontecendo comigo! Eu pensei que estivesse louca! LOUCA!!!

Foi quando levantei e soquei a parede, estava pronta para esganá-lo... Sei que demoro a contar as coisas, mas é porque preciso compreender para poder passar a informação.

- Você quer saber? Vou falar tudo então! - tirei a mão do pequeno buraco que formou na parede. - Eu estou com medo, morrendo de medo na verdade de nunca, NUNCA, poder engravidar!

Seus olhos estavam arregalados e ele não sabia como responder.

- Eu fiquei assim também. - rosnei. - E você queria que eu simplesmente contasse isso? Eu, euzinha, ainda não me convenci de que posso nunca ter um filho seu, e muito menos de que tem uma voz de uma louca na minha cabeça... E sabe por quê?

- Kristine..

- Agora você vai me ouvir! - gritei mais uma vez. - Porque eu quero que fique como está! É pedir demais por uma vida lupina normal? Por uma família que nunca me abandonasse? Por uma Kristine que não seja selvagem?

E como sempre, comecei a chorar sem perceber, só notei quando senti as lágrimas tocarem em meus lábios. Por que a gente estava brigando?! 

- Me desculpa... - balancei a cabeça. - Eu não devia estar descontando isso em você...

Triton suspirou e veio até mim, mas antes que suas mãos me tocassem eu a ouvi mais uma vez.


Vá ajudar a sua amiga, e voltem para mim. AGORA!


Foi como uma lança sendo enfiada na minha coxa, meu corpo queimou e logo a dor da transformação voltou. 

- ME DEIXE EM PAZ!!!! - gritei muito alto e de repente a dor parou.

Minhas unhas estavam cravadas no chão, e eu não sabia como havia parado no chão, Triton estava com as mãos nas minhas costas e me chamava.

- Eu preciso matá-la... Já chega. - murmurei.

- Você está louca? - Triton me ajudou a levantar. - Você e eu contra uma bruxa?

- É lutar, ou eu enlouquecer até me transformar e virar mais uma de suas servas... O que você prefere? - minhas palavras eram duras e más, porém eram a verdade.

Triton ficou em silêncio enquanto nos encaravamos, ele estava avaliando a situação e por pior que parecesse, sabia que nunca me deixaria entrar em uma luta.

- Precisaremos de ajuda. - murmurou ainda pensando no caso. - Não podemos ir sozinhos e precisamos de mais informações.

- Stefany pode nos ajudar. - comentei aproveitando que ele estava aberto a sugestões.

- Verdade... Mas você tem que prometer que se vamos fazer isso, vamos fazer juntos! - ele segurou meu rosto fazendo nossos olhos se alinharem.

- Eu prometo. - não conseguia parar de fitá-lo, aqueles olhos caramelos que sempre me hipnotizavam, junto com o cheiro viciante de nozes.

Finalmente, voltava a acreditar no nosso destino juntos, na nossa futura família.

- Precisamos nos preparar e rápido. - foi tudo que me veio à mente.

Pelo menos, agora, era a minha verdadeira mente mandando no meu corpo.

- Então temos que ir falar com o Fernando. - Triton usou sabiamente a palavra "temos", pois não tinha condições de ficar sozinha.

Assim ficou combinado: conversaríamos com o Fernando, depois iríamos descobrir o estado da Elizabeth e ver quem eram os mais aptos a virem conosco.

- E partimos o mais rápido possível, e você precisa ligar para a sua mãe assim que terminarmos de falar com o Fernando. - Triton falava enquanto andava de um lado para o outro.

- Triton, olhe para mim! - segurei seu rosto e o mantive parado. - Vai dar tudo certo, não sei como... Mas vai dar certo.

- Eu sei... - seu ser estava esgotado. - Eu só achava que tinha acabado.

Doeu saber que a minha vida o estava machucando tanto.

- Eu não queria que fosse assim, sinto muito mesmo. - murmurei. - Mas eu vou ser egoísta, porque não consigo nem quero me separar de você... Mesmo que essa situação seja por minha causa, eu não quero que você me deixe, então eu vou fazer de tudo para que dê certo... Porque simplesmente não posso viver sem você.

Depois de me declarar, esperei pelo pior... Um não posso continuar vivendo assim ou seria melhor para nós dois...

Mas ao invés disso e de algo pior, Triton me puxou para um beijo, fechei os olhos e deixei que o momento se demorasse, cada parte do meu corpo queria ser tocada por ele.

Tão logo, ele nos deitou na cama e seu corpo cobriu o meu por inteiro, em seguida, nossas roupas foram jogadas longe. Sua boca beijava-me devagar, provocando arrepios deliciosos por todo o meu rosto, e suas mãos me pressionavam contra si.

Puxei de leve seu cabelo quando o senti dentro de mim, uma sensação de estar completa... Tomei conta do beijo, acelerando um pouco o ritmo e mordendo levemente seus lábios.

Triton mantinha devagar os movimentos, mesmo quando uma sensação maravilhosa nos preencheu. Tivemos nosso orgasmo, ele se jogou ao meu lado, mas não esqueceu de nos cobrir. Meus olhos permanceram fechados enquanto ele me puxava para dormir em seu peito.

Talvez não fosse a hora de descansar, mas nunca iríamos conseguir enfrentar todas essas "batalhas" sem nos entendermos completamente, claro que o sexo não era a resposta, embora tenha sido a nossa relação mais calma e a que mais consegui sentir a nossa união.

- Você também sentiu, certo? - sua voz estava suave.

- Sim. - sabíamos do que estávamos falando, era como se o nosso laço tivesse se fortificado.

Eu estava sentimental demais? Acho que sim, mas quem liga? Foi quando eu comcei a rir que Triton ergueu a cabeça e ficou me olhando confuso.

- Desculpe. - parei de rir. - É que as coisas parecem estar se encaixando, sabe?

- Sei. - ele sorriu e me beijou de leve. - Mas ainda acho que podemos nos encaixar melhor.

Então ele me puxou com força, colando seu peito ao meu, era como se nada no mundo pudesse nos derrubar... E era com essa força que íamos acabar com aquela bruxa.

*

A conversa com o Fernando não foi das mais agradáveis, começou com um mal-humor fenomenal e para convencê-lo a conversar conosco foi complicado.

Mas Triton deu um jeito e conseguiu que entrássemos em sua casa, o alfa nos levou até a sala e mandou que sentássemos, sua sala estava bem arrumada para quem vivia sozinho.

Enquanto Triton contava tudo que era necessário, tomando o cuidado de não proferir nada que o desagradasse, fiquei imaginando como seria a vida de casal deles... Como era antes, quando a Giulia estava presente. E tive até vontade de falar sobre o meu sonho, porém Triton me aconselhou a não tocar nesse assunto.

Isso me lembrou de como foi bom poder contar ao Triton sobre tudo, pois foi isso que ele me incentivou a fazer antes de sairmos de casa. Fiquei contente e animada por compartilhar os meus sonhos com ele, e Triton pareceu aliviado e feliz com a minha confiança nele.

- Então vocês querem ir em busca de uma bruxa e levar alguns dos nossos? - Fernando dizia como se fosse uma péssima ideia.

- Sim. - Triton concordou com a cabeça.

Mordi o lábio tentando esconder o nervosismo, mas nada passava despercebido pelo alfa. 

- Quem vocês pretendem levar? - sua pergunta era direta.

Deixei que Triton a respondesse pois ele saberia quem escolher.

- Bom... Pensei na Evanie, Leonardo, Bruno, Lyra, Lenalee... 

Ele ficou em silêncio e julgando pela falta de emoções, diria que seria um pedido negado.

- Boa escolha. - Fernando se levantou. - Pode levá-los, mas me deixe avisá-los... Quando vocês partem?

A surpresa foi tanta que Triton ficou sem responder, então tive que tomar a frente.

- Pretendiamos sair a meia-noite. - comentei.

- Tudo bem, e onde será o ponto de encontro? - seu olhar estava me assustando.

- Na entrada... Ao lado da grande árvore. - Triton voltou a falar.

- Certo. 

Nos levantamos e o seguimos até a saída.

- Eu ligo confirmando a participação desses cinco. - e abriu a porta. - E Kristine... Não nos desaponte, nós acreditamos em você. - e ele sorriu.

Fiquei parada decifrando a informação, até ouvi Triton agradecer por nós e me puxar para fora, e só quando a porta começava a se fechar que me virei para falar.

- Nós vamos voltar! E inteiros! - sorri de volta.

Fernando acenou e se trancou, novamente, em seu solitário mundo.

- Eu sinto pena dele. - comentei mais alto do que queria.

- Todos estão sentindo. - Triton suspirou. - E a cada dia fica mais difícil acreditar que ela vá voltar.

- Ela vai. - disse com fé. - Acho que ela está nos esperando.

- Esperando? Para quê? - ergueu uma sobrancelha.

- Nos mostrar como derrotar a bruxa. - afirmei. - Não sei como sei, mas ela tem a resposta. 

Triton não parecia convencido, mas não reclamou nem iniciou uma discussão sobre as minhas loucuras.

- Bom, agora preciso que você ligue para o meu pai e consiga mais informações, sei que eles não vão querer ir conosco... Eles gostam de trabalhar a dois. - revirei os olhos. - E enquanto isso, vou dar uma checada na Eliza.

- Tudo bem. - assentiu. - Eu vou ficar do lado de fora e você tenta entender o que está acontecendo com ela ou o que essa bruxa quer.

Então pegamos nosso caminho, Elizabeth estava presa em uma casinha que ficava ao fundo da alcateia, ela apenas era utilizada em casos extremos como o de agora.

*

Foi uma "visita" triste, mas foi necessária e consegui algumas informações, Eliza estava fora de controle, seu rosnado era algo assustador e não sei como, mas consegui fazer com que me ouvisse por pelo menos alguns minutos.

Foi assim que descobri a localização da bruxa e o que ela pretendia, infelizmente, a viagem demoraria doze horas de avião ou quatro dias de trem. Escolheria pelo mais demorado por causa do meu medo, entretanto, não estava em posição de benefícios.

Pelo que entendi, a bruxa já estava no local planejado, só faltava a hora certa... Ela estava causando o tumulto entre alcateias velhas e as mais novas, e estava mudando o curso da situação para começar uma guerra.

Claro que ela deve ter se aliado a alguns caçadores, porém essa informação nunca poderia chegar a cabeça de suas servas. Sinto-me mal em chamar a minha amiga de serva.

Ja quanto aos meus pais, Jefferson só colaborou com o Triton quando ele contou o que estava acontecendo comigo, e só assim ele concordou em ajudar para que pudessemos ir atrás dessa bruxa.

Mas ele fez Triton prometer que cuidaria de mim e que devíamos todos voltar sã e salvos. Esse meu pai, sempre tão preocupado, pelo menos minha mãe estava sobre controle, parece que a bruxa não estava mais conseguindo entrar em sua cabeça.

Infelizmente, ela não fazia ideia do motivo, mas se descobrisse me contaria e tentaria me ajudar, Triton também descobriu que o verdadeiro objetivo da bruxa é ter o mais poderoso exercíto do lobas, e depois que ganhasse a confiança dos caçadores, elas os aniquilaria.

Assim ela seria a rainha das lobas e tão logo mais lobos e lobas se juntariam a ela, uma história meio clichê... Pensei que ela seria mais criativa.

- O Fernando me ligou... Está tudo certo. - Triton explicou. - Todos os cinco irão nos encontrar a meia-noite no local combinado.

Suspirei um pouco mais aliviada, seria bom ter lobos habilidosos... Triton me contou sobre as suas escolhas: Evanie, Bruno e Leonardo eram bons lutadores, Lenalee e Lyra seriam as melhores estrategistas, e nós dois seriamos a dupla de ataque e defesa, prontos para qualquer problema.

- É verdade?! - o cheiro de ambrósia chegou mais rápido do que a voz. - Vocês vão mesmo partir nessa missão suicída?

- Lorena... - balbuciei com medo de encará-la. 

- Sei que não posso impedí-los, mas jantem comigo e com o Eric e com o Jonny, por favor. - sua voz implorava por isso.

Triton e eu nos entreolhamos e acabamos por concordar.

- Mas sabe que não poderemos ficar muito tempo. - comentei.

- E você vai ter que aceitar a nossa partida. - Triton continuou. - Sabe disso, certo, Lorena?

- Eu entendo... Mas preciso conversar com vocês antes de irem.

- Nós vamos então. - prometi. - Mas antes vamos até em casa arrumar umas coisas, que da sua casa iremos direto. 

- Vou fazer sua sobremesa favorita, Kristine. - e me abraçou.

Nenhuma de nós choraria agora, porém não nos largamos muito cedo, Lorena tinha se tornado uma irmã mais velha, louca e confiável, como isso? Quem vai entender?!

E ela não esqueceu de abraçar o meu lobo, que ficou bem sem jeito e me forçou a esconder o riso, e antes de nos desperdimos com um até logo, Lorena deu um soco no braço de Triton e o ameaçou:

- Melhor cuidar dela, hein?! - e saiu correndo.

Sabia que ela queria disfarçar, mas nós dois vimos as lágrimas preenchendo os seus olhos.

- Vamos arrumar as coisas. - murmurei quase chorando também.

- Vamos. - Triton pegou em minha mão e me guiou até em casa, já que as lágrimas começavam a embaçar a minha visão.


Notas Finais


Quem quer me ajudar a matar uma certa bruxa ruiva?

Gente, cada dia eu amo mais o Triton!! haha


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