1. Spirit Fanfics >
  2. O Cheiro da Lua >
  3. Bryan Hall

História O Cheiro da Lua - Bryan Hall


Escrita por: Moyashii

Notas do Autor


Capítulo de presente pro feriado de amanhã!!

Boa leitura.

Capítulo 77 - Bryan Hall



Uma semana se passou e a alcateia não mudou muito com a partida de Dylan e Verona, e mesmo depois de uma votação, Fernando ainda seria o nosso alfa. E com a saída de Dylan do conselho, tivemos de eleger um novo membro e Marcos foi escolhido.

E meu braço já estava bem melhor, ainda estava machucado, mas a carne queimada já havia sumido e só faltava a pele se curar sozinha. Sobre a minha vida sexual... Estava bem ativa, porém estava conseguindo controlar quase sempre o meu lobo e grande parte das vezes que eu cedia era por esperança de ficar grávida.

Falando em grávida, Giulia teve o bebê, mais um menino na alcateia, seu nome era Sven e estávamos indo vê-lo pela segunda vez. Que culpa eu tinha se não resistia a um pedido de ajuda da Giulia? Era estranho, mas tinhamos ficado bem íntimas nos últimos dias, ela até nos escolheu como padrinhos.

Triton estava surpreso e contente, quando chegamos em sua casa, vi a perfeição, tudo estava em seu lugar e o cheiro de limpeza me deixou com inveja, porém esqueci a casa quando ela veio com o pequeno Sven no colo.

Ele tinha fios loiros e lindos olhos azuis, sem demora, Giulia deixou que eu o segurasse um pouco. 

- Pronto, agora vocês dois podem ir investigar aquele negócio lá. - Giulia parecia irritada.

- Que negócio? - indaguei.

- Sobre isso... Triton, preciso que você faça uma rápida viagem comigo. - Fernando informou. - Ele pode, Kristine?

Estranhei e olhei para o meu companheiro que deixou a decisão em minhas mãos.

- Se ele quiser, ele pode ir sim. - murmurei. - Só não esqueçam de darem sinal de vida.

- Muito bem lembrado! - agora entendia porque ela estava tão brava.

- Tudo bem, então eu vou com Triton até a casa dele para pegarmos suas coisas e já estamos partindo. - Fernando se despediu da loba.

Triton me abraçou por trás e me beijou demoradamente, ele tomou o cuidado de não acordar o bebê.

Então eles saíram e Giulia disse que eu iria dormir ali até eles voltarem, concordei sem problema algum.

*

Estava apaixonado pelo pequeno Sven, até mesmo mais do que fiquei quando conheci o Jonny. Giulia deixava eu ficar com ele sempre que podia, eu até cheguei a trocar a fralda dele e lhe dar um banho.

E sua mãe era um doce, e eu sempre achando que ela me odiava e que era uma má pessoa. Na verdade, confessamos que achavamos isso uma da outra, o que tornou mais fácil ficarmos amigas.

Mas esse cenário estava começando a demorar a acabar, Triton me ligada todos os dias, duas vezes no mínimo, e adorei saber que ele se importava em me manter informada.

Giulia achava a mesma coisa, só estava começando a ficar irritada com a demora da volta deles, os dias passavam e faziamos coisas de mulheres lobas e, na maioria das vezes, de mulheres lobas com bebês.

Então depois de duas semanas, Lenalee nos encontrou pela alcateia, havíamos acabado de voltar do mercado, e ela parecia nervosa.

- Eles encontraram alguma pista? - ela nos parou.

- Você diz Triton e Fernando? - Giulia mudou de expressão na hora, pensei que isso só ocorresse durante a gravidez.

- Como assim pistas? - indaguei. - Lenalee, do que você sabe?

Ela notou que havia falado demais, mas agora não tinha escolha se não a de nos contar tudo.

- Fernando me disse que ía ir atrás da informação que achei. - afirmou.

- Que informação? - Giulia a encarou.

Lenalee não sabia se devia continuar, embora o olhar ameaçador da Giulia estivesse dando medo até em mim, eu entenderia se ela não contasse nada.

- É a Melissa... Ela está fazendo uma aliança com uma outra alcateia, e ela quer vingança da nossa alcateia. - explicou.

- Vadia do inferno! - Giulia pigarreou esquecendo que seu filho estava em seu colo.

- Mas por que você sabia disso? - os pedaços estavam tentando se encaixar.

- O cara que me transformou e matou a minha família, ele é dessa alcateia e eu o estava investigando quando descobri sobre ela estar envolvida. - comentou.

- E por que só aqueles dois foram ver isso? - Giulia estava prestes a explodir.

Peguei Sven de seu colo e ela me agradeceu com o olhar, em seguida, ela gritou o nome de Lorena e Elizabeth. As duas surgiram em minutos.

- O que houve? - Eliza estava realmente preocupada.

- O que foi? Quem mexeu com o Sven? Pode deixar que eu quebro os dentes do filho da... - Lorena estava se exaltando, mas viu Sven dormindo tranquilamento e fechou a boca.

- Vocês sabiam sobre a missão suicída do Triton e do Fernando? - Giulia perguntou séria. - Sem mentiras! 

- Que missão? - Lorena não estava entendendo nada.

- E-Eu sabia... - Eliza afirmou. - Marcos me contou antes de ir.

- Espera um segundo... Marcos também foi? - agora eu estava irritada.

- Sim, e o Eric também... E o Charlie... Foram os cinco e mais a Evanie. - Eliza confessou com medo.

Giulia respirou fundo e Lorena estava vermelha de raiva.

- Ele me disse que ía numa viagem de negócios por causa da ex-empresa do Dylan! - ela gritou e acordou o Sven que começou a chorar.

- Não chore pequenino, sei que a Tia Lorena é uma loba histérica, mas não precisa chorar. - comecei a balançá-lo e ele foi acalmando.

- Sério, você devia trabalhar como babá... Todos os bebês param de chorar no seu colo. - Lorena estava emburrada.

E enquanto elas discutiam como torturariam cada um deles - pois não podiam matá-los, viver sem eles era impossível - eu fiquei mimando o pequeno Sven e imaginando se Triton teria um bom motivo por ter escondido isso de mim.

*

Aguardei calmamente pela sua ligação e quando ligou, atendi fingindo não saber de nada, e assim que ele estava me dando boa noite, soltei a seguinte frase:

- Cuidado com alcateias raivosas, dizem que pimenta as incita. - e desliguei na cara dele.

Em seguida, ele voltou a ligar, atendi e esperei que ele falasse.

- Kristine, você está bem?

- Você está me perguntando se eu estou bem quando fui traída? - meu tom era bem sério e mal humorado.

- Tudo bem, precisamos conversar... Olha... eu descobri isso no dia e quando ele disse que a Melissa estava envolvida, eu não podia deixar ela machucar você de novo...

- Então você mentiu e me machucou mesmo assim...

A linha ficou muda.

- Que bom, era isso que eu queria saber. - desliguei mais uma vez.

Ele ligou a noite inteira, até que desliguei o celular, eu estava tão nervosa que podia quebrar uma parede com um chute, então eu respirei. 

- IDIOTA! - Giulia sentou no sofá ao meu lado e jogou o celular longe, por sorte ele caiu em uma das almofadas.

Não perguntei o que foi, porque era óbvio que Fernando também havia cagado.

- Vamos viajar? - ela disse... do nada.

- Pra onde? - ergui uma sobrancelha.

- Podemos ir para qualquer lugar, que tal sua cidade natal? - foi um choque, mas fiquei com vontade de visitar Fortrest e até dar uma volta em Trevarch.

- Seria uma boa, mas só nós duas? - perguntei, torcendo para que ela falasse sim.

- Sim, só nós duas... - murmurou. - Mas vou avisar as garotas de que vamos viajar.

No mesmo instante, ela pegou seu celular - que havia sido arremessado - e avisou a todas as garotas e ao Patrick de que elas iriam viajar.

Ninguém foi contra, na verdade, todas apoiaram a ideia e concordavam que os nossos lobos haviam sido os mais vagabundos de todos. Na mesma noite, pegamos o trem que levava até a minha cidade natal.

*

Estava frio, mas não tão frio quanto Luktend e o hotel onde ficamos era tão aconchegante, era de madrugada quando nos instalamos. Giulia dormiu tão rápido que ela parecia o seu filho, que vinha com um botão de soneca.

Não conseguia dormir pois estava com o peso na conciência, depois de tudo que ele fez, não podia simplesmente viajar sem contá-lo? Então eu liguei o celular de novo e ele tocou no mesmo instante, atendi.

- Oi.

- Kristine do céu! Você quer me matar?

- Matar não, torturar. - afirmei.

- Tudo bem, entendo que esteja brava e magoada, mas me diga o que você faria se eu tivesse te contado?

Era uma pergunta fácil... Só não sabia se ele gostaria da respostas.

- Eu diria pra você me levar junto.

- Exato! E eu não poderia fazer isso, porque não quero colocar você em risco.

Ele fazia parecer que estava certo, então, entrei no jogo.

- Tudo bem, não estou mais brava...

- Jura? 

- Juro. - menti.

- Tá... Mas quando eu voltar, eu te explico tudo, prometo. - sua voz estava mansa.

- Ah... Sobre isso, quando você volta? - soei o mais santa possível.

- Provavelmente daqui a algumas semanas... Tipo, três... - ele estava com muito medo da minha reação.

- Sem problemas, mas quando chegar na alcateia me avisa que aí eu e a Giulia voltaremos. - comentei.

- Espera! O que você disse? Vocês não estão na alcateia? - agora ele estava preocupado.

- Não, pensamos em dar uma desestressada. - falei calmente. - Por quê, algum problema?

- Não, só me diga que vocês foram com algum homem. 

- Sim.

- Graças a Amaterasu!

- Sven veio conosco, estamos eu, Giulia e Sven. - segurei-me para não rir.

- Kristine, pare de brincar! ­- e agora ele estava bravo.

- Não estou brincando, nós viemos para Fotrest e estamos apenas relaxando, só isso. - isso era verdade.

- O que vocês tinham na cabeça? - ele estava tentando se controlar, mas estava louco para gritar comigo.

- Pergunto o mesmo quando mentiu para mim.

- Então é isso? Você queria me provocar? - ouvi seu rosnado. ­- Pois bem, você conseguiu, agora volte para a alcateia onde estará segura!

- Eu não vou voltar e estou segura aqui, esta é a minha cidade natal e vou ficar aqui até quando bem entender. - havia exagerado, mas eu estava possessa.

Triton sabia que não adiantaria discutir, então consegui ouví-lo respirar fundo enquanto Charlie pedia que ele se acalmasse.

- Tudo bem... Justo. - por fim cedeu. ­- Mas continue atendendo ao celular, por favor.

Como ele havia sido educado, iria ser gentil e sensata de continuar com a nossa comunicação.

- Tudo bem, boa noite então... Tome cuidado. - era a minha parte loba protetora, estava muito preocupada com ele. - Eu te amo.

- Eu a amo mais que tudo... Então me desculpe pela mentira. ­

- Tudo bem... Eu meio que entendo. - estava sendo sincera, mesmo que doesse ser enganada... Ele tinha um bom motivo para me querer longe da Melissa.

- É por isso que não vivo sem você, boa noite, meu anjo. - senti seu carinho de longe.

Assim que desliguei, o sono veio e fiquei aliviada por ter tido aquela conversar com ele. Pensando bem, nós sempre nos entendiamos depois de atitudes extremas, que era quando decidíamos conversar... Coisas de casais loucos e apaixonados.

*

Foram quatro semanas maravilhosas, a vontade de matar o meu companheiro havia passado e a saudade começava a reinar, porém, ele ainda não dava sinais de que voltaria logo.

Até aquele sexta-feira à noite.

- Olá. - atendi o celular.

- Cada dia eu sinto mais saudade. - ele parecia... frágil?

- Eu também. - sentei no sofá, nossas conversas sempre eram longas. - E como estão as coisas?

- Tenho boas notícias! - podia vê-lo sorrindo. - Fernando conseguiu entrar em contato com o alfa da outra alcateia e entraram em um acordo.

- E a Melissa? - que esteja morta, que esteja morta.

­- Eles disseram que ela sumiu a dois dias... - Podia ser uma boa ou má notícia. - Voltamos amanhã de manhã para a alcateia, tudo bem? Só a Evanie que voltou mais cedo, porque ela tinha uns assuntos pendentes, ela disse.

- Então, amanhã arrumo as malas e a gente volta também. - murmurei, sabia que era o que ele queria ouvir.

- Se quiser continuar aí, posso ir direto para onde você está. 

- Não... Quero voltar pra casa.

- Se você diz... Estarei esperando-a na estação, me ligue quando sair dai.

- Sim, senhor Cerutti, irei ligar. - brinquei.

Ele riu animado com o nosso reencontro.

- Eu te amo, minha violeta.

- Eu te amo, minha noz gostosa.

E desligamos, era um pouco triste conversar com ele durante semanas desse jeito, mas o que poderia fazer? Isso era uma missão para proteger a alcateia, não só para castigar Melissa, ou qualquer outra coisa.

Teria contado a Giulia a novidade, porém cuidar de um neném estava lhe esgotando todos os dias, e isso que eu a ajudava bastante. Sorri e fui dormir, amanhã teria muita coisa para arrumar e tinha de me despedir apenas de Bryan, já que Vivian e seu marido estavam viajando.

Fechei os olhos e me enrolei no cobertor, o sono e o cansaço também tiveram efeito em mim.

*

Quando acordei, Giulia estava cantando para o Sven, ele ria e batia palmas, uma graça! 

- Fernando te contou? - arrisquei.

- Sim, eles voltam hoje. - ela estava muito feliz. 

- Ainda vai torturá-lo? - segurei o riso e me aproximei do Sven que sorriu ao me ver.

- Pode apostar que sim. - ela riu com maldade.

- Posso ver isso? - sorri maliciosamente.

- Não, você vai ficar cuidando do meu pequeno enquanto tortura o pai dele até a última gota de sangue. - ela parecia uma serial killer.

- Você está assustadora. - confessei.

- Eu sei. - ela deu um pulo e me entregou panquecas. - Eu que fiz!

- Então devem estar boas! - Giulia era uma ótima cozinheira.

Depois que comi, escovei os dentes e me troquei, fui até a pequena sala ver se Giulia iria comigo se despedir de Bryan, ela disse que ainda tinha muita coisa a guardar, então eu a deixei terminar suas malas, por sorte, as minhas estavam prontas.

Como marcamos, encontrei Bryan na praça que estava cheia de crianças felizes, não iria demorar, mas ele era meu amigo mais antigo e insubstituível.

- Vou sentir sua falta. - afirmei. - Você faz a diferença sabia?

Bryan sabia que falava em amizade, ele mesmo tinha deixado isso bem claro, pois tinha medo que eu o evitasse por achar que ainda me amava.

- Você também, mini Moore. - ele me provocava chamando-me de pequena.

- Posso ser pequena, mas aprendi uns golpes novos. - brinquei.

- Ele fez um bem danado a você. - seu olhar era voltado a nossa infância, eu sentia isso.

Não respondi apenas assenti. Então um vento levantou meu cabelo e logo em seguida Bryan pareceu nervoso.

- O que foi? - perguntei preocupada.

- Kristine, preciso que você me conte a verdade... - ele explicou. - Preciso ouvir da sua boca.

- O quê? - tremi por dentro.

- Você é mesmo uma espécie de mulher que vira loba? - perguntou com receio.

Não conseguiria mentir para ele e isso estava certo quando demorei a responder.

- Bryan, quem te disse isso? - tentei parecer calma, e olhei para os lados, ninguém suspeito.

- A Amy, mas eu achei que ela estava louca... - explicou. - Então a Vivian me disse que você não tinha mudado, que você sempre fora assim, só que eu não sabia que você tinha nascido assim...

- E por que agora você acha que é verdade? - algo estava estranho.

- Ontem a noite eu vi uma loba passando na minha rua, e ela parecia tão racional... Não que os lobos não pensem, mas essa era diferente. - tentou não parecer nervoso.

- Bryan, não estou brava com você, e se quiser saber a verdade, eu digo... Sou uma lupina, o que você chamou de mulher que se transforma em loba. - expliquei. - Triton também é...

- Ele é uma mulher? - seu olhar se espantou.

- Não! - comecei a rir. - Ele é um lupino.

- Ufa, que susto. - respirou fundo. - Mas como funciona?

- Bom, nós temos uma família que chamamos de alcateia e levamos uma vida normal só que mais longa... - comentei.

De repente, um alarme estava ecoando na minha cabeça, Bryan disse ter visto uma loba passar em sua rua.

- Bryan, a loba que você viu... Como era? - de certa modo, parecia urgente.

- Errr... Ela era média e castanha clara, e quando ela passou pude jurar que senti um cheiro forte de pimenta, até comecei a espirrar. - assim que ele terminou de falar, eu soube que nunca deveria ter deixado Giulia sozinha.

- Bryan, eu preciso ir... Acho que essa loba que você viu pode tentar machucar a minha amiga. - alertei e preparei-me para sair.

- A Giulia e o Sven? - ele pareceu tão preocupado quanto eu. - Vou ajudar!

Seria inútuil impedi-lo, então deixei que me seguisse. Pelo menos a sua companhia diminuía o meu medo.

*

A porta estava arrombada! As malas estavam perfeitamente prontas, mas Giulia não estava ali e muito menos Sven, se aquela piranha fizesse algo ao Sven ou a Giulia, eu mesma a mataria.

Bryan percebeu a minha íra e ficou meio assustado, porém eu me acalmei ao ouvir o choro de um bebê.

- Será que? - corri até seu quarto e abri o guarda roupa, e nada. Mas o choro continuava, entrei no banheiro e o barulho ficou maior, mexi em um cesto de roupas e logo o achei.

Meu coração se acalmou um pouco, mas ainda estava preocupada com Giulia.

- Ela o protegeu. - Bryan estava chocado.

- Segure-o pra mim, preciso ligar para o Triton. - minhas mãos tremiam, tinha até medo de derrubar o Sven.

De repente meu celular tocou, era o próprio Triton, quando atendi, ele me pediu que tomasse muito cuidado porque Evanie desconfiava que Melissa estava em Fortrest, procurando-me.

Então, quando contei o que aconteceu, sua calma se foi, ele ficou louco e implorou para que eu não fizesse o que estava pensando em fazer, mas era óbvio que eu o faria, nunca deixaria uma amiga para trás.

Desliguei o celular e coloquei na vibração, ele ficaria me ligando e isso poderia custar a minha vida quando achasse o esconderijo da Melissa. Bryan tentou ir comigo, porém eu o forcei a ficar em sua casa e cuidar do pequeno Sven, eu devia estar raivosa pois ele me obedeceu.

E como se fosse mágica, uma mensagem chegou do celular da Giulia, claro que era a Melissa. Dizia para encontrá-la agora na cachoeira de Trevarch. Eu fui, sem medo de me machucar, mas com muito pavor de matar alguém.

A floresta pareceu sorrir quando cheguei e ao mesmo tempo me alertar do perigo, devagar e com cautela cheguei onde ela queria, senti o cheiro mais rápido do que a vi.

Ela continuava igual só que mais magra, rosnou e vi quando apontou para uma corda que estava amarrada na ponta da cachoeira, Giulia estava no final da corda, suspensa, sem se mexer para não cair nas pedras.

- Deixe-a ir... Eu fico. - sugeri.

- Você vai ficar de qualquer jeito, Kristine. - ela disse meu nome com nojo. - É um jogo simples, você me mata a tempo e salva a sua amiga... Ou eu te mato e espero a vaca ali morrer... Ou você não a salva a tempo e em seguida eu te mato quando estiver se corroendo de culpa.

Respirei bem fundo, a vida da Giulia dependia do meu comportamento.

- O que ela fez a você? - perguntei.

- O mesmo que você, colocou o Fernando contra mim. - rosnou e jogou uma faca em minha direção, peguei-a antes que me atingisse.

Melissa não gostou do que presenciou e se transformou, não fiquei parada esperando ela me atacar, transformei-me e pulei em suas costas, rolamos um pouco e voltamos a nos atracar.

Dessa vez, não havia pausa ou um tempo para pensar no que fazer, eu tinha de ser rápida para não perder ninguém precioso. A primeira ação a tomar era morder-lhe a pata e foi o que fiz, Melissa caiu atordoada pela força da mordida.

Tentou se reerguer, mas o relevo não a ajudou, ela não estava acostumada a isso, eu a teria matado, porém não conseguiria. Então me afastei e fui ajudar Giulia, contudo ela já não estava mais na corda!

Olhei para baixo, ela não havia caído... Farejei e senti o cheiro do Bryan, de um bebê e de mais alguma coisa... Jasmim! Evanie estava presente.

Tão logo vi todos surgirem correndo atrás de mim, Evanie estava como loba e rosnou quando viu a Melissa impotente ao chão. Minha boca estava cheia do sangue dela e isso me enojava.

Bryan correu me abraçar, o que foi estranho... 

- É você, certo, Kristine? - seu olhar estava encharcado de lágrimas. - Pare de me preocupar assim, droga!

Enquanto ele limpava as lágrimas, notei como Evanie o fitava, estava como loba, mas seus sentidos estavam todos ligados a ele... Seria possível ela ter tido uma afeição pelo meu melhor amigo?

- O que vamos fazer com ela? - Giulia estava calma demais para quem havia corrido perigo a alguns isntantes.

- Vocês vão matá-la? - Bryan pedia que não.

Neguei porque não era o que faríamos, mas ela tinha que ser presa e punida de algum modo. A situação teria ocorrido desse jeito, se Melissa não tivesse arranjado força de algum lugar para pular e gadanhar no ombro esquerdo do Bryan, o pior foi que o sangue da sua pata entrou diretamente no machucado aberto do meu melhor amigo.

E não fui eu quem a matou depois disso, Giulia me manteve controlada, na verdade, ela fez de tudo para me segurar... Quem matou a Melissa, foi Evanie que sentiu como se ela mesma tivesse sido ferida.

Realmente, ela tinha sentido algum laço com Bryan e isso começou a ficar mais emocional quando ele não parecia responder a transformação em lupino. Amaterasu não o deixaria morrer, deixaria?

Comecei a grunhir e a passar mal, eu não queria perder mais ninguém, e ali de novo! Naquela floresta, por quê?! Meus olhos começaram a escurecer e em seguida meu corpo tombou, e minha mente entrou num profundo vazio.


Notas Finais


Podem falar, ela merecia isso, não acham?

E desculpem a falta de ação, inspiração tava difícil.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...