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História O Cheiro da Lua - April


Escrita por: Moyashii

Notas do Autor


Minna, Mo-chan is back!!

Boa leitura.

Capítulo 82 - April



Havia recebido dicas, truques e conselhos de todos os membros da alcateia, afinal já havia se passado quase três meses, ou seja, faltava cerca de dois meses para recebermos o nosso bebê.

E hoje, dez de dezembro, seria um dia maravilhoso, estava na sala esperando Triton chegar em casa para irmos fazer mais um - de vários que já fizera - ultrasom, mas esse seria para descobrir o sexo do bebê.

Ouvi um barulho de alguém se aproximando da porta, era incrível como todos os meus sentidos estavam mais fortes. Levantei devagar, mesmo que minha barriga ainda não tivesse aumentado quase nada, preocupava-me bastante.

Antes de baterem, eu a abri, Sophie estava linda como sempre e a Daphny parecia uma mulher, não aquela menina que estava toda tímida e com medo. 

- Você está linda! - Sophie sorria e tinha em mãos uma linda cesta com frutas. 

- Ahhh... Vocês têm tanta sorte! - Daphny veio me abraçar primeiro.

- Entrem. - sorri agradecida e as levei até a cozinha.

Os olhos azuis de Sophie me observavam com atenção, seu cabelo castanho havia crescido. Ela sempre foi muito madura, mesmo que tivesse apenas dezessete anos. 

- Querem comer ou beber alguma coisa? - indiquei que elas se sentassem enquanto pegava suco e alguns aperitivos.

As bochechas de Daphny estavam avermelhadas assim como seu longo cabelo, e seus olhos pareciam interessados no que eu colocava a mesa. Dei uma risada e sentei junto a elas.

- Fico feliz que tenham vindo me visitar. - confessei.

Eu amava estar grávida, mas havia muitas restrições... A pior delas era não poder me transformar, porém já me acostumei; e agora com apenas dois meses para o bebê nascer, Triton e Patrick me proibíram de trabalhar, de sair sem ninguém junto e quase me deixara longe da reforma do cantinho das crianças.

Consegui que me deixassem, pelo menos, observar o progresso, claro que pretendia ajudar em alguma coisa, Triton e Patrick nem sempre estavam por lá, e não faria nada exagerado que me forçasse demais.

- É hoje, certo? - Daphny mal conseguia ficar quieta na cadeira.

Fitei-a tentando decifrar seu entusiasmo, e como deveria ser o mesmo que o meu, confirmei com a cabeça e um largo sorriso.

- Sim, hoje, iremos descobrir o sexo do bebê! - contive um grito de ansiedade.

- Que maravilha! - Sophie começou a ficar toda romântica. - E vocês já escolheram os nomes?

- Já... Mas será surpresa para todos. - mordi o lábio inferior ao ver como isso as deixou curiosa.

Nós havíamos decidimos o nome havia um mês... Um feminino e outro masculino. Não me importava que sexo seria nem Triton, porém a angústia em saber isso era enorme.

- Assim que soubermos o sexo, vou começar a arrumar o quarto. - meus olhos deviam estar brilhando.

- Pode contar com a nossa ajuda! - Daphny exclamou.

- Mas você já limpou o quarto? - Sophie suavizou o tom de voz, agora mais calma. - Por que seria difícil para você fazer isso, Kristine.

- É verdade... Ainda mais agora que sua barriga já está mais cheinha. - Daphny parecia estar com medo dizer a palavra "cheinha".

Não era para menos, inúmeras lobas quando engravidam ficam loucas ao engordar, já que é difícil algum lupino ser muito acima do peso. Nossa constante movimentação e as transformações nos mantêm em um peso regular.

Mas eu ainda não estava gorda, só cheinha como Daphny havia dito, e minha barriga estava levemente crescida, quem me viu na rua, pensava que eu era uma mulher de vinte e poucos anos relativamente gorda.

Só quando me tocava era que podia sentir como estava sensível, além dos chutes e socos que levava, o que me faziam sorrir e rir por horas, às vezes sozinha, outras com o meu companheiro.

- Não se preocupem. - tomei um gole do suco. - Umas pessoas prometeram me ajudar, na verdade, elas me fizeram jurar que deixaria elas ajudarem a limpar.

- Quem? - Sophie se mostrou curiosa, mas logo tapou a boca, envergonhada. - Desculpe, isso não é da minha conta.

- Tudo bem, Sophie. - observei como Daphny se deliciava com os aperitivos. - Uma certa guange vai me ajudar.

Elas logo entenderam, a famosa gangue das quarentonas era formada pelas três lupinas mais teimosas e amáveis da alcateia, eram elas: Helena, Anne e Angie.

- Ai meu Amaterasu! - Sophie levantou com tudo. - Eu esqueci de comprar o nosso jantar, Daphny!

- O quê? - Daphny levantou junto. - Mas você prometeu que faria carne na panela com batata!

Pareciam mãe e filha, quando na verdade eram muito amigas. Levantei devagar e apartei a discussão.

- O mercado ainda não fechou. - comentei. - Dá tempo de vocês irem, e de sobra.

As duas se entreolharam e começaram a se despedir, levei-as até a porta e tive de prometer que me comportaria até Triton chegar. Será que ninguém acreditava na minha inocência?

*

Sete horas e trinta e sete minutos foi o horário que Triton abriu a porta de casa, seu cheiro dizia como estava exausto, mas assim que fui ao seu encontro, seu sorriso apareceu seguido de um revigorado aroma de nozes.

- Bem vindo. - murmurei sem conter o sorriso. - Como está o pai mais lindo e gostoso do mundo?

- Ansioso demais. - ele riu e me abraçou gentilmente. - E como estão as duas razões da minha vida?

- Estamos bem, muito bem. - peguei sua mão e coloquei em cima da minha barriga.

Toda vez que ele chegava em casa, eu sabia que o bebê o reconhecia pela voz e então começava a "dançar" dentro de mim, até que Triton me tocava e os chutes e socos iam suavizando, como se apenas desejasse dizer não se esqueça de mim, estou aqui.

- Eu nunca vou me cansar de sentir isso. - seus olhos pararam sobre os meus.

Animava-me ver como Triton estava feliz, depois de sofrer tanto no passado e ficar esperando pelo dia em que teríamos uma família, finalmente, havíamos conseguido, e até conseguia imaginá-lo brincando com o nosso bebê.

- Nem eu. - sussurrei para mim mesma. - Dá tempo de você tomar um banho, se quiser.

- Acho melhor eu tomar mesmo. - ele riu e beijou a minha testa, mas sua mão continuava em contato com o bebê. - Oito e meia, certo?

Assenti, essa era a hora marcado para o exame. Assim que parou de me tocar, grunhi em lamento.

- Não se preocupe, mamãe, hoje à noite irei te mimar bastante. - beijou minha testa mais uma vez e saiu em direção ao nosso quarto.

Segui-o enquanto divagava em meus pensamentos, lembrava nitidamente do dia em que escolhemos os nomes.


Estávamos em uma das praças da cidade, era um sábado de tarde e algumas famílias faziam pique-nique, o dia estava lindo com um sol forte e um céu limpo.

Estava deitada com a cabeça apoiada em minha bolsa, com os olhos fechados senti o beijo do Triton. Ergui as mãos puxando sua cabeça para mim, seus lábios eram sutis e pediam permissão para aprofundar o beijo.

Abri mais a boca para facilitar a passagem de sua língua, apoiado nos braços, ele se mantinha colado a mim, mas sem colocar seu peso.

- Não está muito sol para você? - seu olhar estava suave. 

- Eu estou bem, juro. - fiz um bico e mordi sua bochecha. 

Assim que ele aceitou a minha resposta, ergueu o corpo e ficou sentado ao meu lado, ergui-me e fiquei sentada observando tudo e todos.

- Eu queria escolher os nomes agora. - ele murmurou baixinho.

- Então vamos escolher. - sorri animada com a ideia.

Coloquei minha mão sobre a sua e o fitei. Nós já havíamos discutido uma vez sobre isso, mas eu nem estava grávida na époce então não eram nomes definitivos.

- Primeiro o de menino. - ele disse. - Estava pensando em alguns nomes como Peter, Felipe, Luis, Mark...

- Só não gostei muito de Luis, mas os outros são lindos. - afirmei. - E o que acha de Dean, Logan, Jack?

- Hmmm... Dean e Logan são bonitos pra caramba, mas acho que Jack é muito comum. - explicou.

- Verdade... - concordei com a cabeça. - Então, desses que falamos eu ficaria com Ren ou com Dean, e você?

- Eu acho que Felipe ou Ren seriam os mais indicados. - seu sorriso mostrava sua felicidade e ansiedade. - Pelos resultados, se for menino será Ren, certo?

- Ren Moore Cerutti. - ri vendo quão entusiasmados estávamos. 

- Agora, os nomes para uma menina... - era impressão ou ele parecia ainda mais ansioso?

- Dessa vez eu começo. - parecia uma criança e não me envergonhava disso. - Eu acho os nomes Karinna, Lindsey, Elise, Gabrielle lindos!

- Só acho o Lindsey meio estranho... - mencionou de forma tranquila. - E o que você acharia de Caroline, Simone, Megan, April?

- Todos são lindos. - respirei fundo. - Diga dois que você escolheria...

- Bom, adoraria ter uma filha chamada April ou Elise. - falou. - E você?

- Nossa... Que escolhe difícil, mas acho que April ou Karinna. - assenti pensativa. 

- Portanto... April Moore Cerutti, estou certo? - ele brincou rindo.

- Certíssimo! - acompanhei-o na risada.



Nem notei que já estava sentada em nossa cama, atualmente, as minhas memórias eram tão vivas, como se estivessem acontecendo no presente. Por isso, eu acabo me deslocando do mundo real e voltava sem saber como havia parado em tal lugar.

- Já estou pronto! - ele saiu do closet, vestia uma calça jeans e uma camiseta polo.

- Eu também. - levantei e peguei minha bolsa que estava em cima da cama.

Respirei fundo controlando a ansiedade que tentou me dominar pelo dia inteiro, Triton me estendeu a mão e eu a segurei com prazer, finalmente, iríamos saber o sexo do nosso bebê.

*

Patrick era sempre pontual, e assim como nós, ele estava eufórico, suas bochechas estavam mais vermelhas do que o habitual e suas mãos quase não paravam quietas.

Mas assim que começou o ultrasom, ele se acalmou e detalhou o que estava mostrando, o bebê estava praticamente formado, agora só faltava alguns dias para que ele ou ela começasse a crescer.

- Estão preparados para saber? - ele começou a fazer suspense. 

- Claro! - respondemos juntos.

- Mas só se vocês me contarem os nomes...

- Patrick! - Triton o encarou mortalmente.

- Tudo bem, sem mais enrolação... - ele começou a mexer aquele sensor em minha barriga, e logo parou. - Kristine, eu receio dizer que o Triton será um super pai coruja.

Isso significava o que eu estava pensando?

- Vamos ter uma menina? - quase gritei e só não me levantei porque Patrick me segurou.

- Exato. - ele sorriu. - Parabéns, mais uma vez. - riu.

- April... Daqui dois meses a April vai nascer. - Triton estava em transe.

- April? Amei esse nome! - Patrick terminava o ultrasom verificando sinais vitais juntamente dos batimentos cardíacos da neném. - Posso ser o médico dela também?

Triton revirou os olhos e Patrick não deve ter notado, porque ele pedia a permissão a mim.

- Claro. - sorri.

Patrick ficou muito satisfeito e nos mostrou várias imagens da pequena April.

- Bom, vocês podem ir... E lembrem-se, qualquer mal estar, me liguem e venham para cá, sempre há médicos disponíveis. - afirmou. - Mas eu sei que a Kristine me ama demais para ser atendido por outro. - brincou.

- Quando precisaremos voltar? - Triton ignorou o charme do amigo.

- Daqui duas semanas, já podem marcar o próximo ultrasom, está bem? - ele abriu a porta enquanto Triton me ajudava a sair da maca. - Cuidem-se e nada de sexo ainda! - e saiu correndo.

- Ele vai ver só... Depois que a April nascer, eu acerto as contas com esse Patrick. - murmurou, mas nada afetaria o seu humor, pois Triton ainda sorria.

- Não seja mal, ele cuidou muito bem da minha gravidez. - isso era totalmente verdade, Patrick fazia de tudo para cuidar de todas as nossas necessidades. - Você pode marcar, por favor? - perguntei assim que saímos da sala.

- Claro, fique sentada ali enquanto isso. - beijou minha bochecha e se dirigiu para o balcão onde a cada dia uma pessoa trabalhava.

Hoje era a Alice - que quase sempre trabalhava ali para ficar perto do namorado - e incrivelmente, ela já sabia da novidade. Podia escutar de onde estava os gritos felizes da mulher, Triton tentou controlá-la, ma era impossível. Logo todos saberiam mesmo, do mesmo modo que em dois dias, a alcateia inteira ficou sabendo que engravidei.

Depois de alguns minutos, Triton voltou e estava falando ao celular, ficou parado a minha frente e gesticulou para que fossemos embora. Levantei e fiquei ao seu lado, escutando a conversa.

Pena que ele desligou assim que saímos pela porta, curiosa mais do que já era, perguntei.

- O que Charlie queria? 

- Nos avisar para não esquecer que a união dele com a Hena será no sábado. - bufou. - Ele acha que somos o que para esquecer uma data dessas?

- Acho que ele só te ligou porque esperava dicas suas. - ri pois isso seria típico do brincalhão que Charlie era.

- Dicas? E como eu poderia? - revirou os olhos. - Mas chega de falar dele.

Triton parou a minha frente e me beijou, um beijo rápido e gostoso, depois pegou em minha mão e prosseguimos o caminho. Mesmo de noite, o calor estava me irritando, odiava quando me sentia suar, abafada pelo clima quente sem vento.

- Qual a programação da noite? - perguntou sabendo que eu gostaria de compartilhar a mais nova novidade com algumas pessoas.

- Ahhh... Eu pedi que algumas pessoas fossem em casa às nove e meia. - fiz uma cara travessa.

- Kristine do céu... Que pessoas? - ele estava se divertindo.

- Lorena, Eliza, Destiny e Giulia... Juntas de seus companheiros. - assobiei disfarçando a última parte.

- Você convidou o meu arqui-inimigo e não me falou antes? - ele lambeu os lábios já pensando em como provocar o coitado do Travis.

- Estou contando agora. - brinquei. - Sabia que você deixaria eu convidar algumas pessoas.

- Claro que deixaria. - ele riu e me abraçou apertado. - Só me prometa que não vai se esforçar muito, aliás, como você fez o jantar?

- Eu fiz sozinha... Fiz uma lasanha suficiente para dez pessoas, e também comprei dois frangos assados...

- Você o quê? - ele me soltou e ficou me encarando. - Você ficou quanto tempo fazendo essa lasanha? Não, não... Você foi até a cidade sozinha?

- Não demorou tanto tempo e Kaya me ajudou a fazer. - expliquei. - E não fui sozinha! Pelo amor de Amaterasu, você acha que sou estúpida de andar sozinha?

- Então com quem você foi? - seu olhar era duro.

- O Tyrone foi comigo. - afirmei.

Ele respirou fundo e eu passei por ele continuando o caminho, Triton voltou a andar ao meu lado, mas eu estava nervosa e até magoada para olhá-lo.

- Tudo bem, eu exagerei... Mas você podia ter me avisado que ía sair, não é? - sua voz era sincera. - Me desculpe por ter sido rude com você.

- Eu não estou brava com você... Eu só, ah... Sei lá. - balancei a cabeça e continuei andando.

- Está brava sim. - ele suspirou e me parou segurando o meu braço. - Vem aqui...

Queria resistir, mas meu corpo se moveu ao seu comando e se encostou em seu peito. 

- Tem vezes que você me sufoca... - confessei. - Sei das minhas limitações, mas...

- Eu sinto muito. - acariciou o meu cabelo fazendo gestos amáveis. - É que eu não sei como agir, tenho medo de relaxar demais e algo te ocorrer... Algo acontecer a vocês duas.

Afastei-me um pouco e vi o arrependimento em seus olhos, suspirei e toquei seu rosto com as mãos e sorri.

- Tudo bem, vamos dar um jeito nessas rédeas que você colocou em mim... Mas amanhã, certo? - disse.

- Certo. - ele me abraçou mais uma vez, porém ainda parecia chateado com a nossa pequena discussão.

Então eu puxei seu queixo para mim e ri, depois seleu nossos lábios e sussurrei só para ele.

- Eu sei que o que está fazendo é para o meu bem e agradeço por você se preocupar tanto, mas teremos de confiar mais um no outro daqui para frente, tudo bem? 

- Tudo bem. - ele deu um beijo em meu pescoço e me soltou devagar para que continuássemos o caminho de volta.

Agora sim, Triton havia entendido e não estava mais com aquele olhar de cachorro derrotado, sorri aliviada pois conseguia imaginar como ele ficava todos os dias... Tendo de trabalhar e ficar seis horas fora sendo que havia uma grávida em casa.

- Sinto muito por ter exagerado também. - admiti e enlacei nossos dedos. - Eu te amo demais, sabia disso?

Triton deu sua risada alta, fazendo cócegas em meus ouvidos.

- E como eu sei... - sorriu e me beijou na bochecha mais uma vez. - E espero que saiba que você e a pequena são a minha vida.

- Eu sei. - sorri para ele, olhei em frente e vi os quatro casais, que foram convidados, parados em frente a nossa casa.

*

Não teve uma pessoa que não elogiou a minha lasanha, e isso era um jeito de me deixar de ótimo humor. Depois do jantar, os homens foram para a sala para ver algumas lutas que estavam acontecendo do UFC, já as mulheres foram comigo até o jardim que ficava atrás da casa.

O calor fez com que nós nos sentássemos na grama, até mesmo eu fiquei por lá, Lorena segurava o pequeno Jonny no colo e Giulia o pequeno Sven. Isso me lembrou do tempo que Steve havia ficado em casa, e eu já estava com muita saudade daquele pinpolho.

- Quantos meses eles estão? - Destiny perguntou, bem curiosa.

- Jonny está com seis meses e o Sven com quatro. - Eliza quem respondeu com um sorriso lindo.

- Então... Conte-nos sobre o sexo do bebê! - Lorena rugiu.

- Lo... Contenha seus intintos selvagem, por favor. - brinquei. - Estão preparadas?

Imitei Patrick e vi suas caras de loucas, será que eu havia feito a mesma cara?

- Uma menina! - exclamei.

- Ela vai ser linda! - Destiny batia as palmas. - Levando em conta os pais.

- Já sabem o nome? - Eliza tentava se manter parada, mas não estava obtendo muito sucesso.

- April. - pronunciei, e como era gostoso falar o nome da minha filha.

- Por favor, não chore! - Giulia pediu. - Se não eu choro junto, e aí já viu... Vai começar o berreiro.

- Mas eu não consigo segurar. - lágrimas já desciam dos meus olhos.

Demorou menos de três segundos para que as cinco começassem a chorar, ainda bem que os bebês não começaram a chorar junto, e depois de alguns minutos conseguimos nos controlar.

- Vou pegar uns lenços. - Eliza se levantou e entrou na casa.

- Eu também quero um bebê! - Destiny choramingou.

- E por que ainda não tentaram? - indaguei, já devia fazer cem anos que eles estavam juntos.

- Travis disse que ainda não está preparado. - resmungou. - E eu até acho que também não esteja, mas... Ahhhh....

- Voltei. - Eliza nos entregou lenços e sentou-se em seu lugar.

- Obrigada. - Giulia se recompôs. - Destiny, acho que está na hora de você conversar sério com ele...

- É verdade. - Eliza era muito esperta e já havia entendido o que se passava.

- Tudo bem, vou falar com ele hoje assim que chegarmos em casa! - seu olhar parecia fogo, e como cada um de seus olhos era de uma cor, parecia que as chamas se mexiam.

- Mas voltando a April... - Lorena limpou todas as lágrimas. - Acho justo o meu Jonny namorá-la.

- O-Oi? - engasguei e rezei para que Triton não ouvisse isso.

- Está louca? - Giulia revirou os olhos. - Meu Sven é muito mais apto para cortejar a April.

Elas estavam loucas?! April nem havia nascido ainda e queriam controlar o destino da minha filha!

- Meninas... Acho que vocês estão exagerando. - Eliza usou sua voz calma tentando controlá-las.

- Vocês estão enganadas. - Destiny fez cara de sou uma diva. - Com certeza, a April vai se casar com o meu filho!

- Você nem engravidou ainda, espera que a April aguarde quanto tempo? - Giulia riu.

Por sorte, ou não, Travis adentrou no jardim gritando e quando viu sua companheira, gritou mais alto:

- Des, nós iremos ter um bebê, porque se o Triton consegue criar uma filha, eu também consigo. - Travis parecia o bad boy  mais engraçado que eu já vira.

- O que você quis dizer com isso? - Triton apareceu logo atrás dele com uma cara de eu te odeio.

- Viram só? Suas tontas! - Destiny se levantou. - Meu filho que irá se casar com a April! - e começou a rir loucamente.

- Mas você nem sabe se será um menino... - Eliza estava muito confusa.

- Nada disso! - Giulia se levantou. - Sven é quem irá cortejá-la, já está decidido!

- Calem a boca! - Lorena se levantou, não que fizesse muita diferença dela sentada e em pé. - A April vai se chamar April Moore Cerutti Perez Prespott! - e riu maleficamente.

- Nem por cima do meu cadáver!!! - Triton rosnou e eu vi uma desgraça acontecer. - Minha filha nem nasceu e vocês querem amarrá-la a um desses pitoquinhos?

- Calma lá... - Fernando entrou na briga. - Meu filho vai ser grande, tenho certeza!

- Isso aí, amor! - Giulia parecia estar bêbada. - Kristine, o que você acha?

- Errr... Eu acho que vou me levantar e caminhar pacificamente para fora dessa loucura. - comentei, mas sabia que seria impossível sair dali, pelo menos Eliza me ajudou a levantar.

- Fiquem aí discutindo enquanto eu e Travis vamos fazer uma criança. - Destiny disse em voz alta sem vergonha nenhuma.

O casal saiu como um foguete, e Travis só teve tempo de dizer algo no ouvido do Triton... Algo que o deixou bem irado.

- O cacete que a minha filha se entregaria ao seu filho! - gritou, mas eles já haviam ido embora.

- Como podem ver, o mais indicado é o meu filho e ponto final. - Lorena riu vitoriosa, não que eu tivesse concordado com alguma coisa.

- Vocês beberam? - Eliza gentilmente perguntou.

- Eu estou com cara de bêbada? - Lorena a encarou.

- Pior que não. - Eliza sorriu. - Bom, nós vamos indo... Certo, Marcos?

- Claro, claro. - ele entendeu o olhar de suplícia da companheira e os dois partiram antes que a situação ficasse ruim.

- Então, Kristine, você pode levar a April todos os dias lá em casa, assim ela e o Jonny já vão se intimidando, porque aí quando eles cresceram não vai ter muita dificuldade na primeira vez.


Arregalei os olhos e me senti tonta, ela estava falando da minha filha transar com o seu filho!

- Querida, acho que você exage... - Eric tentou dizer, mas o rosnado do Triton o cortou.

- Lorena Perez, eu juro que se o seu filho tocar nem que for no cabelo da minha filha... Ahhh... Eu o esgano! - Triton bravejou. - Eu juro que o faço em pedaços!

- Só tente. - Lorena o desafiou. - Kristine, estamos combinadas?

- Pare de reclamar, a April será minha nora! - Giulia ficou de frente para a Lorena.

As duas estavam discutindo tão alto que minha cabeça começou a doer, não tinha como pedir que parassem, ergui o olhar procurando pelo caramelo, assim que Triton me viu, ele soube e veio correndo me segurar.

- Você está bem? - ele se preocupava comigo e toda a sua fúria havia ido embora. 

Eric e Fernando silenciaram suas lobas e consegui me acalmar.

- Obrigada. - murmurei. - Só estou tonta.

- Tudo bem, venha cá. - ele me pegou no colo e me carregou até o nosso quarto, colocou-me na cama e murmurou baixinho. - Vou te trazer um copo de vitamina, tudo bem? Já volto.

Assenti e ouvi o barulho de pessoas indo embora, também ouvi quando Lorena e Giulia se desculparam, Triton foi gentil, mesmo que não tivesse gostado nem um pouco da brincadeira.

Minutos depois, ele voltou e me ajudou a sentar na cama, tomei a deliciosa vitamina e minha cabeça desligou a bomba que havia dentro. Depois, Triton me ajudou a colocar o pijama e, novamente, me deitou, em seguida, senti seu corpo me abraçar e não demorou muito para que adormecesse no conforto de seus braços.
 


Notas Finais


Gostaram do nome?

E com quem a April poderia ficar num distante futuro? shaushauhsuahsua


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