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História O Cheiro da Lua - Bobos Apaixonados


Escrita por: Moyashii

Notas do Autor


Capítulo fresquinho, ui.. acho que vocês irão gostar desse.

Boa leitura.

Capítulo 9 - Bobos Apaixonados



Já estava começando a escurecer, logo comecei a ficar com frio, mas eu continuava andando firme sem deixar que Gregory notasse meu desconforto. Tudo que eu menos queria era que ele me abraçasse.

- Está curiosa? 

Ele pegou minha mão e parou quando paramos na frente do parque abandonado, enquanto sorria maliciosamente, puxou-me até um banco de madeira.

- Não faça essa cara. - ele alisou meu cabelo. - Quantos anos você tem?

- Vinte e cinco. - respondi a contra-gosto. 

- Então ainda não teve a maturidade. 

Ele estava se divertindo com a minha situação.

- E pensar que daqui a dois anos você estará completa pra mim. - lambeu os lábios. - Sabe quanto anos eu tenho?

- Mais de vinte e sete, com certeza. 

Era óbvio que ele já havia passado da idade da maturidade.

- Tão inteligente. - sorriu. - Minha parte lobo escolheu muito bem.

Encarei-o, ele era bem jovem assim como Triton, mas não tinha nem metade do charme dele.

- Eu tenho sessenta e sete. - lambeu os lábios mais uma vez. - É por isso que você não deve me chamar de senhor, entendeu? - puxou meu cabelo para si, cheirando-o.

- Entendi. - puxei a cabeça de volta.

- Kristine, não me desagrade. - deu-me um tapa. - Se não terei de puni-la.

Coloquei a mão na bochecha dolorida, queria dar-lhe um soco em troca, mas eu estava em grande desvantagem. 

- Vejo que entendeu.

Dessa vez, ao invés de puxar o meu cabelo, ele veio de encontro a mim, cheirando-me. Eu tremia por dentro, estava frágil e sabia que se continuasse assim, a situação ficaria nojenta.

- Você tem um cheiro maravilhoso de...

- Violeta!

Gregory pulou do banco, fiz o mesmo mais de forma mais sutil para que ele não tentasse me agarrar. Estava aliviada, eu reconheceria aquela voz em qualquer lugar, Triton não havia me esquecido por completo, eu desejava que isso fosse verdade.

- Se tocar mais um dedo nela, eu mato você! - Triton rosnou e se aproximou de Gregory.

- Ela está comigo porque quer. - Gregory o confrontou, como era bem mais alto, parecia que Triton estava em grande desvantagem.

Entretanto, Triton não se intimidou.

- Como se ela fosse sair com um louco como você. - Triton o encarava. - Qual dos amigos dela você ameaçou machucar?

Gregory recuou um passo e sua mão buscou a mim, mas me esquivei. Ele virou e me encarou, engoli em seco e fiquei parada. Triton não gostou da atitude dele e o forçou a se virar de volta, os dois estavam cara a cara e pareciam dois machos em disputa.

- Eu acho que está na hora de você ir embora, lobinho. - Gregory riu.

- Está na hora de você calar a boca. - Triton rosnou.

Gregory puxou Triton pela gola da camiseta e deu-lhe uma cabeçada, fiquei surpresa pelo sorriso que Triton esboçou depois de ser atingido.

- Agora o conselho não vai reclamar se eu fizer isso!

Eu nem vi direito como Gregory foi parar no chão, o que eu sei foi que ele estava com muita dor na mão que ele havia usado para segurar o Triton, prestei mais atenção e sua mão parecia estar bem torta. 

- Já desistiu? - Triton ajustou a camiseta. - Não pense que você vai sair impune depois de tudo o que você fez. 

Foi sinistro quando eu vi o sorriso maldoso de Triton, observei enquanto Gregory se levantava, depois ele tentou dar um soco com a mão boa, porém ele era muito desajeitado e até eu teria conseguido desviar. 

Então, em um movimento rápido, Triton torceu o pulso dele e deu-lhe uma joelhada na barriga, Gregory caiu de joelhos e cuspiu um pouco de sangue.

Ainda imóvel, olhei de soslaio para Triton, estava bem nervoso e não parecia mais notar a minha presença. Fiquei um pouco desapontada, confesso que eu gostaria que ele tivesse nos achado porque estava preocupado comigo, porém é fato que a história não foi essa. 

Balanço a cabeça, o que havia acontecido com a minha decisão de nada de homens por um tempo? 

- E o que você vai fazer? - Gregory riu. - Me matar?

- Minha tarefa é descobrir quem estava causando tumulto e resolver a situação. - Triton comentou, estava um pouco mais calmo. - Temos duas opções, ou você pode ser ajudado e se tornará um lobo bom, ou você não tem salvação e eu terei de te matar.

Ele disse aquilo com tanta tranquilidade que meus pelos dos braços se arrepiaram, eu nunca havia visto alguém falar tão friamente assim, essa deve ser mais uma prova de que o tempo todo ele só estava se divertindo comigo... Como fui tão idiota de achar que ele queria mesmo que eu fizesse parte da sua alcateia?

- Você vai me matar? - Gregory continuava rindo.

E foi confirmado que ele é louco, entretanto, o pior de toda essa situação é que eu tenho quase certeza de que Triton irá matá-lo.

- Não se preocupe, não pretendo te matar. - Triton sorri. - Porque eu devo primeiro ver se você tem salvação, então você vai comigo pra casa da minha amiga que veio, gentilmente, me ajudar.

- Você é tão incompetente que não consegue cuidar de uma missão sozinho? 

Pelo visto, Gregory estava pedindo para ser morto.

- Eu só vou com você. - Gregory ficou sério de repente. - Se a Kristine vier junto comigo. - sorriu maliciosamente.

Eu teria lhe dado um soco se Triton não tivesse feito isso por mim, depois, rangeu os dentes e segurou Gregory pela gola da camisa. Triton era realmente muito forte e admito que isso me assusta um pouco.

- Diga mais um vez o nome dela com essa sua boca imunda e você vai se arrepender! 

O caramelo dos olhos de Triton estava tão forte que até a mim estava amedrontando.

- Espera, eu já entendi... - Gregory voltou a rir. - Você está com ciúmes, não é?

Triton não respondeu, respirou fundo e pegou seu celular, parecia que ele estava lendo uma mensagem.

- Que azar o seu. - Triton sorriu. - O conselho decidiu que você não tem mais jeito, porque você já matou quatro inocentes e parece que essa é a segunda cidade onde você comete esses homicídios.

- Eu só consegui matar três na outra, a segurança de lá era muito maior que a daqui. - Gregory comentou. - Essa cidade é uma maravilha, tem pessoas tão descuidadas, foi fácil matá-las.

Trinquei os dentes, como ele podia ser tão desumano? Queria me aproximar e lhe dar uma surra, mas estava com medo de perder o controle ou de irritar Triton mais do que ele já estava. 

- Mas sabe o que foi o melhor mesmo? - Gregory sorriu. - Achar uma loba tão raivosa e sedutora quanto a Kris..

Mais um soco, eu devia estar com pena, mas eu estava adorando vê-lo apanhar. Ele merecia por tudo o que fez e mesmo assim eu me sentia um monstro vendo ele sofrer e não fazer nada.

- Triton... - minha voz saiu tão baixa que nem eu mesma escutei. - Já chega. - foi um pouco mais alta.

Triton estava muito tenso, mas assim que ouviu minha voz, ele relaxou os músculos e suspirou. Então, sem demora, ele usou as duas mãos e virou o pescoço de Gregory, quebrando-o. 

O corpo caiu, Triton continuou parado sem olhar para mim, aproximei-me devagar, tirei um lenço da minha bolsa e limpei um pouco de sangue que lhe havia nas mãos. 

- Obrigado. - agradeceu baixinho.

- Eu que tenho que agradecer. - dei um pequeno sorriso.

Fitei-o, ele estava parecendo um lobo domado, a cor de seus olhos estava menos intensa. 

- Você está bem? - ele perguntou, ainda sem olhar para mim.

- Estou. - respondi ainda o fitando. - Mas você não parece tão bem.

- É porque eu perdi o controle, até que ouvi você falando comigo. 

Finalmente ele me olhou, deu um pequeno sorriso e colocou, delicadamente, uma mão na minha bochecha dolorida.

- Foi ele, não foi? 

- Não se preocupe, eu estou bem de verdade. - coloco minha mão em cima da sua.

Depois pego suas duas mãos e percebo que uma delas está começando a inchar, presumo que os socos foram bem fortes, então me lembro de que ele levou uma cabeçada.

- Sua cabeça dói? - perguntei já colocando a mão em sua testa. - Vocês, homens, realmente não sabem discutir sem brigar.

Ele ri um pouco e aperta a minha bochecha que não está machucada.

- Vamos... Eu vou te levar pra casa. - segurou uma das minhas mãos e me puxou com cuidado.

- Mas e o corpo? - parei e ele parou em seguida.

- A Lorena vai cuidar disso. - ele afirmou e me puxou, abraçando-me. - Vai ficar tudo bem de agora em diante, Lorena sabe como cuidar disso sem que a imprensa saiba a verdade. 

Fiquei sem palavras por causa de um abraço, foi a coisa mais estúpida que já me ocorreu em toda a minha vida. Mas eu aproveitei e o abracei de volta, ele me afundou mais um pouco em seu peito, sentir seu cheiro de tão perto foi muito bom. 

Quando ele me soltou, abaixei a cabeça para que ele não me visse tão corada e caminhei ao seu lado, só imaginando como seria a nossa despedida.

*

Estava muito frio quando chegamos na minha casa, insisti para que ele entrasse pois queria cuidar dos seus ferimentos. Ficamos sentados na sala, Triton com um pouco de gelo na mão e eu com gelo na bochecha. E estávamos sem dizer uma única palavra e algo me dizia que teria de ser eu a quebrar o silêncio. 

- Sua testa não está doendo mesmo? - perguntei, meio sem graça. - Se quiser posso pegar mais gelo pra você.

Ele não me olhou nem respondeu, suspirei pois não estava mais aguentando esse silêncio, fiz menção de levantar, mas ele segurou meu braço e quando o olhei, seus olhos estavam fixos nos meus.

- Não precisa, eu estou bem. - soltou devagar o meu braço.

Afundei-me mais no sofá e respirei fundo, eu queria iniciar uma conversa mais nada me vinha a mente.

- Eu te avisei para tomar mais cuidado... Mas você é teimosa. - ele argumentou.

Não acreditava que era sobre isso que íamos conversar.

- Eu sou teimosa, tá bom. - retruquei. - Mas você ficou dando uma de machão pra cima de mim.

- Eu não fiz nada disso.

- Então quando você disse que eu não ajudaria indo junto com você procurá-lo foi tipo algo amigável de se dizer?

- Eu já pedi desculpas...

- E depois nem apareceu pra gente conversar direito!

Era por isso que eu não queria conversar sobre isso, mas ele tinha que tocar justo nesse assunto. Levantei e joguei o pano com gelo na mesinha de centro, Triton me observou e se levantou devagar, parecia que estava com medo de que eu fugisse.

- Eu juro que eu estava vindo pra cá. - ele explicou, colocando o seu pano com gelo na mesinha. - Mas a Lorena me ligou e disse que eu precisava ir até a casa que ela alugou, e eu não tinha como te avisar... Não tenho seu celular.

- Um peso a menos pra você, certo? 

- Por que você diz isso?

- Porque é obvio que eu fui uma tola, nem sei porque ainda estou conversando com você. - levantei as duas mãos. - Olha, pode ficar aí que eu vou ficar quieta no meu quarto, aí quando acabar o gelo e você estiver se sentindo melhor, você pode ir embora, já que você deve estar louco para voltar pra sua alcateia.

- Por que você não entende? - ele me sacudiu de leve. - Você não é uma tola e muito menos um fardo para mim.

Fiquei parada boquiaberta esperando que ele continuasse.

- Eu fui rude naquele dia porque eu não queria que você se machucasse. - explicou. - Eu não suportaria ver você machucada ou... perder você, Kristine.

Foi inesperado, meu coração começou a bater mais rápido e eu senti algo dentro de mim ficar mais forte. Ele me fitava com carinho e havia algo mais, seria paixão essa ardência que estava passando entre a gente?

- Triton.. Você está querendo me dizer que...

- Que minha parte lobo foi atraída por você e então eu me apaixonei. - ele sorriu corado. - Demorou muito pra acontecer comigo e eu, realmente, não sei como agir nessa situação, nem como cuidar de você.

Minhas bochechas esquentaram, eu estava confusa e contente, e não sabia como reagir.

- Acho que você não é muito sortudo, não é mesmo? - fiquei meio cabisbaixa.

- Por quê?

- Porque demorou e quando acontece é justo com uma garota que não sabe nem controlar suas transformações. - brinquei. - Além de que você pode ter se enganado.

- Não sabia, você quer dizer. - ele levantou meu queixo e sorriu. - E eu não me enganei, você não tem ideia de como foi bom te conhecer e ter todos aqueles momentos a sós com você.

Eu não sei se dava, mas me senti mais vermelha ainda, recuei um passo e olhei para o chão. Ele suspirou, parecia magoado, então dei dois passos em sua direção, mas ainda olhava para o chão. Eu podia não estar vendo, mas algo me dizia que ele estava sorrindo.

- Não se preocupe, eu não vou pressionar você. - ele falou no meu ouvido. - Um dia, talvez, você me aceite... Acho que consigo esperar até lá.

- Talvez você não tenha que esperar muito. - comentei.

Ergui a cabeça e vi que ele estava surpreso.

- É que eu não entendo muito dessas coisas, mas eu me sinto diferente desde que te conheci. - confessei. 

Seu olhar e seu sorriso me deram coragem para continuar.

- E eu acho que seria interessante se você pudesse me ajudar mais uma vez... Antes de ir embora. - mordi o lábio, receosa.

- E como eu poderia te ajudar? - seu sorriso era malicioso.

- Não sei, você que é o experiente... Talvez me mostrando. - brinquei, já mais confiante.

- Lembre-se que foi você que pediu.

Não precisei ficar na ponta do pé quando ele me puxou e me beijou, mas não foi um beijo calmo e doce, foi algo ardente que me fez enlaçar seu pescoço e grudar em seu corpo enquanto ele me segurava pela cintura, pude sentir seu desejo aumentando ao passo em que aprofundávamos o beijo. 

Meu coração estava disparado, meu corpo estava sensível a qualquer toque dele, porém eu não era a única, pois ao massagear seu pescoço, ele soltou um gemido abafado e depois voltou a me beijar, dessa vez com mais paixão. 

Eu não sabia como eu havia parado deitada no sofá em baixo dele, o que eu sabia era que eu o queria e ele me queria também. Não iria mais me segurar e acabei arranhando seu pescoço, ele parou de me beijar e começou a morder de leve meu pescoço, controlei-me para não gemer, a sensação de seus lábios grossos em meu corpo era algo sem igual. 

Soltei seu pescoço para arranhar suas costas, eu estava quase rasgando sua camiseta, foi aí que ele começou a passar a mão em baixa da minha blusa e tão logo estava com a mão no meu sutiã, sutilmente, passou a mão por de baixo do bojo e acariciou meu seio. 

Gemi e puxei seu rosto de encontro ao meu, beijei-o fogosamente, dessa vez eu estava no comando, eu sentia um desejo inexplicável de dominá-lo, parei e mordi seu lábio, mais um gemido dele, senti-me tão poderosa. 

De repente, ele tirou a camiseta e me ajudou a tirar a minha blusa, e antes que ele voltasse a me beijar, observei seu peito e abdômen tão sexys, corei de leve ao perceber que ele me analisava. 

Assim que ele sorriu, aprovando-me, levantei o dorso e o beijei, continuei o empurrando até que inverti nossas posições, ele não resistiu e me puxou enquanto uma de suas mãos acariciava minha bunda, arranhei um pouco seu peito e remexi meu quadril fazendo seu desejo por mim aumentar, mais um gemido abafado, sorri e lhe mordi o pescoço. 

Meu corpo estava muito quente, eu estava quase perdendo o controle e me entregando a este homem. Gemi e ele me beijou como se eu fosse única, nunca havia me sentido tão desejada e nunca havia desejado alguém assim antes.

- Você deveria tirar essa roupa. - comentou enquanto beijava meu pescoço. - Você tem um cheiro delicioso. 

Arrepiei-me, eu estava quase cedendo, mas algo me dizia que era cedo demais. 

- Por que você não tira a minha roupa. - atrevi-me enquanto erguia a cabeça e o fitava.

- Você acabou de me descontrolar por completo. - sorriu maliciosamente.

Triton se sentou, colocando-me em seu colo, abri as pernas e as prendi em seu corpo, beijei-o com desejo mostrando minhas intenções verdadeiras, ele gostou e abriu o zíper da minha calça, e eu não sei de onde tirei controle de segurar sua mão.

- Acho que já fomos longe demais. 

Estávamos com os lábios bem próximos, ele não insistiu e quando abri os olhos, ele estava sorrindo e me deu um beijo caloroso, sorri de volta e esperei que minha respiração voltasse ao normal para me levantar. 

Triton também estava ofegante, segurava minhas costas nuas, acariciava-me com os dedos em movimentos circulares, só dificultando meu auto-controle.

- Acho que consegui entender melhor. - brinquei.

- Se ainda estiver em dúvida, eu posso te ajudar quantas vezes quiser. - deu sua risada alta.

- Eu amo quando você ri assim. - comentei dando-lhe um leve beijo nos lábios.

- Melhor eu nem falar o que eu amo em você. - colou seus lábios nos meus. - Se não você vai achar que eu sou um chato que só fala.

- Eu nunca te acharia um chato. - enlacei seu pescoço. - Mas eu nunca achei que você poderia ser tão amoroso.

- Esqueci que você só conhece o meu lado mal. - sorriu e começou a me beijar de novo.

Devagar, deixei que ele aprofundasse o beijo, agora era algo mais calma e contido, cheio de carinho. Passei a mão pelo seu cabelo rebelde e o acariciei, ele soltou minha boca e me deu vários beijos pelo rosto.

- Eu estou me controlando muito, você não faz ideia. - riu baixinho.

Eu fazia sim, estava sentada no seu colo e podia sentir algo bem avantajado. Ri, levantei-me e arrumei meu cabelo, Triton me observou, sorri e ele me puxou para beijar minha barriga, mordi o lábio e o empurrei de leve.

- Desculpe.. É que você está tão sexy assim. - ele lambeu os lábios.

- Pare de me provocar. - brinquei pegando sua camiseta e colocando na sua cara.

Sentei ao seu lado e coloquei minha blusa, prendi o cabelo em um rabo de cavalo, era o melhor jeito de arrumá-lo agora. Virei-me e olhei como ele estava radiante, dei risada, era bom saber que eu tinha esse poder.

- O que foi? - ele fez uma cara confusa.

- Nada. - parei de rir. - Eu só estava pensando em como você está feliz.

- Eu nunca me senti tão feliz na vida. - deu-me um beijo na bochecha. - E olha que eu já sou bem velho.

Eu ia me encostar nele para sentir mais de perto o seu cheiro de nozes, mas meu celular começou a tocar. 

- Já volto. - levantei e fui até a cozinha.

Peguei minha bolsa que estava em cima da mesa e tirei meu celular de dentro, olhei no visor e era Vivian ligando, atendi.

- Oi, Vivian. 

- Kristine do céu! - ela gritou. - Você está bem? Fiquei super preocupada depois de te ver naquele estado ontem.

Sempre sincera e exagerada, essa é Vivian Calesta.

- Eu estou bem. - dou uma risada para convencê-la. - Um amigo me ajudou bastante.

- Então é esse o amigo que o Felipe ficou tagarelando sobre. - ela faz um “hum”. - Me conte mais sobre esse amigo.

- Eu vou contar, mas tem que ser pessoalmente. 

Sorrio ao perceber como estou bobamente apaixonada.

- Então o rapaz é bom!

Rimos juntos e depois nos despedimos, e Vivian me fez prometer que amanhã depois da faculdade, eu passaria na sua casa. 

Voltei para a sala, Triton estava sentado com os olhos fechados e um sorriso bobo, sentei ao seu lado e lhe dei um beijo demorado na bochecha. Sem abrir os olhos, ele me puxou e encostou o nariz em meu pescoço, causando-me leves arrepios. 

- Você nunca vai parar de me provocar? - ri e lhe fiz um cafuné na cabeça. 

- Eu não posso prometer nada. 

Deu-me um beijo no pescoço e depois se afastou para poder olhar em meu rosto, corei ao ver como ele estava me admirando, eu me senti tão estranha, mas de um jeito bom.

- O que é isto que estou sentindo? - perguntei com vergonha.

- Se é o mesmo que estou sentindo... Eu não sei explicar, mas é muito bom. 

Passou a mão com cuidado na minha bochecha dolorida.

- Se eu fosse mais cuidadoso, isso não teria acontecido com você. 

- Já disse que estou bem. - mostrei-lhe a língua. - E acabou... Não temos mais que nos preocupar...

- Eu nunca vou parar de me preocupar com você. - ele confessou. - Não até que você esteja segura comigo na alcateia.

- Você não está pensando em me forçar, está?

- Não... Mas eu gostaria que você fosse comigo algum dia pra lá. - explicou, tirando a mão de meu rosto. - E se você não gostar, tudo bem... Eu não vou te forçar.

- Eu não me importaria de ir conhecer, mas...

- Você quer terminar a faculdade. - ele concluiu. - E eu acho que você está certa quanto a isso, foi por isso que eu disse que podia esperar.

Era incrível como ele estava disposto a fazer tanto por mim e eu não sabia como retribuir, ou talvez eu saiba e só não tenha coragem para agir.

- Eu não sei como te agradecer...

- Agradecer? - ele riu. - Não seja boba, Kristine.

- Mas você me ajudou demais! - afirmei.

- Verdade, mas não fui obrigado, eu fiz de livre e espontânea vontade. 

- Parece que o Triton rebelde está de volta. - brinquei.

- O que posso dizer? Faz parte da minha natureza selvagem.

Ele se aproximou e mordeu meu lábio, rosnei baixinho e ele riu.

- Eu não vou desistir de você. - afirmou. - Por isso eu acho que vou ficar aqui até você terminar a faculdade, se você quiser é claro... Se não, eu posso voltar pra alcateia e...

- Você pode ficar aqui em casa. - dei um leve sorriso.

Eu o havia surpreendido, ele estava boquiaberta e me segurei para não rir.

- Você precisa de um lugar para ficar e eu de uma companhia. - confessei. - Me sinto muito sozinha e você consegue me alegrar facilmente.

Ele sorriu, aquele sorriso que me faz sentir as pernas mole e a bochecha vermelha.

- Você não se importa de dormir no quarto que foi da minha tia, ou se importa? - indaguei.

- Não, por mim tudo bem... Além de que eu presumo que não passarei muito tempo naquele quarto. - deu-me um selinho demorado.

- Tenho que concordar. - ri e o beijei.

Eu estava tão feliz que não me importava mais com o horário, nem mesmo me importei de que eu não havia jantado ainda. Entretanto, minha barriga acabou me entregando e Triton deu aquela sua risada alta, mordi sua bochecha e corri até a cozinha, parecia que eu teria de fazer algo para nos alimentar. 

E vou ser sincera, não foi ruim cozinhar com Triton me abraçando e me dando beijinhos no pescoço, ele estava parecendo um bobo apaixonado... Assim como eu.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado.

Hmm.. o que acharam da declaração do Triton?


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