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História O colecionador de sorrisos - Perdoe-me


Escrita por: FattyKetty

Notas do Autor


Então gente <3 Mais um cap :3
Preparados? :3

Capítulo 10 - Perdoe-me


Fanfic / Fanfiction O colecionador de sorrisos - Perdoe-me

Perdoe-me 

Eu poderia acalmar meus nervos alegando a minha consciência que não haviam problemas por nós não sermos namorados. Mas mesmo que não tivesse absolutamente nenhum envolvimento com Minhyuk alguma coisa ainda parecia me deixar com o coração na boca por causa da atitude que ia tomar agora. Respirei fundo pensando bem no que fazer, enquanto tentava arrumar as taças de cristal para a visita que vinha a tarde. Jaehyo não tentou mais falar comigo desde o dia em que chegou, mas eu tinha que falar com ele, ou sentiria que tudo permaneceria incompleto pra sempre.  

Ele estava perto de mim, arrumando a mesa com cuidado. Assim como o ensinei mais cedo, ele distribuía os copos e pratos nos lugares certos. Era estranho o ter por perto, parecia mais um fantasma assombrando a minha vida. Como se a qualquer momento fosse acordar e perceber que ele nunca esteve aqui. Tomado por um lapso de coragem que esperava a três dias, soltei o tecido na pia e andei com calma na sua direção.  

-"Precisamos conversar!"- Foi o que eu disse. Meu coração batendo rápido feito um louco. Ele ficou parado por um tempo como se absorvesse o fato de eu estar falando com ele. Então virou seu rosto na minha direção. Ainda malditamente bonito. Seus olhos eram tão intensos que me arrepiei completamente. Ele não hesitava em olhar absurdamente dentro de mim, exatamente nos meus olhos, sem desviar.  

-"Já está tudo pronto para o almoço da minha vó?"- Minhyuk apareceu de repente e Jaehyo virou pra ele. Engoli em seco e vi a sombra de ciúme se escondendo atrás do sorriso simpático do homem que observei por tanto tempo.  

-"Estamos terminando!"- Jaehyo falou reverenciando levemente Minhyuk. O mesmo sorriu de lado e andou lentamente até a mesa. Seus dedos curiosos e calmos pousaram sobre cada coisa, avaliando. 

-"Você não espera que o almoço seja servido nesse tipo de mesa... Não é?"- Sua voz saiu fria e ele mantinha o semblante falso na direção de Jaehyo.  

-"Eu o mandei fazer assim!"- Falei alto sem perceber. Recebendo um olhar mortal. Eu não sabia porque decidi defende-lo, mas me senti mal por ter ensinado algo e ele estar recebendo carões no meu lugar. Eles então se encararam com força e Minhyuk mordeu o lábio, eu sabia que ele estava se segurando. 

-"Como poderia isso ser verdade quando você sempre foi exemplar? De repente a culpa é sua sendo que ele quem fez?"- Indagou com força na minha direção. Abri a boca pra responder alguma coisa, mas fui interrompido. 

-"Não é culpa dele. Eu que estava errado. Vou começar novamente!"- Jaehyo falou e Minhyuk olhou pra ele com um sorriso de canto. Engoli em seco e decidi voltar a pia. Meus pensamentos variavam entre medo e angustia. Porque a pequena possibilidade de irritar Minhyuk já me deixava assim?  

O almoço foi corrido, com uma convidada importante e estranhamente meu rei insistia em implicar com o trabalho de Jaehyo na frente de todos. Fazendo sua vó ter um pouquinho de raiva dele, ao ponto de me fazer assumir todo e qualquer trabalho durante o almoço e exilando-o na cozinha.  

Finalmente a senhora decidiu ir embora e levou a senhora Lee junto para um passeio em algum lugar que não entendi, Liu levou-as. E eu estava cansado vendo a empregada lavar os pratos, enquanto pendia sobre a cadeira.  

-"Kwonnie..."- Ouvir meu apelido na voz dele me fez encolher os ombros, assuntando-me por lembranças vividas. Olhei-o assustado. -"Minhyuk pediu para que lhe avisasse que o mesmo o deseja em seus aposentos!"- Completou e levantei da cadeira ao escutar suas palavras. Um alivio infundado por Minhyuk não estar me evitando. Jaehyo pareceu irritado quando passei por ele e sua cara estava deformada em uma careta que não entendi. Eu sabia que tinha sido de proposito. Minhyuk pediu justamente a ele para que me chamasse.  

Bati sete vezes na porta. E entrei. 

-"Você não precisa bater na porta Kwonnie..."- Comentou entretido com alguma coisa na sua mesa de coleções. Andei calmo até ele e percebi serem botões brancos, eram cinco.  

-"O que é isso?"- Perguntei me referindo aos botões. Minhyuk tirou seus óculos e olhou na minha direção.  

-"Minha coleção com os botões das suas camisas... Faltam dois para que eu tenha sete..."- Comentou simples e então fechou a pequena caixinha preta onde os guardava. Respirou fundo por um momento e pegou uma agenda ao seu lado.  

-"Meu diário?"- Perguntei enquanto recebia a agenda e abri enquanto andava até sua cama e sentava sobre ela. Me sentindo intimo o bastante para isso. Ele permaneceu na sua cadeira me observando.  

Passei a mão pela capa, fazia tempo que não escrevia nada ali. As folhas pareciam velhas demais e depois de mexer naquilo por um tempo percebi várias páginas faltando, obviamente arrancadas.  

-"Eu andei pegando algumas coisas pra mim..."- Minhyuk comentou olhando na minha direção. 

-"Percebi... Infla seu ego que eu fale de você?"- Perguntei colocando o diário de lado. Esse tipo de coisa nem mesmo mexia comigo. Usava o diário com um único objetivo de falar sobre o que enchia minha mente. Ousei sorrir quando seus olhinhos apertaram e duas covinhas afundaram em suas bochechas pelo sorriso que ele lançou em minha direção.  

-"Amo suas covinhas."- Comentei devolvendo seu sorriso e involuntariamente levantando as mãos na sua direção, como se o chamasse. Ele me olhou. 

-"Porque conversa tanto com Jaehyo?"- Perguntou ao se levantar. 

-"Somos colegas de trabalho..."- Falei cansado. 

-"Acredito que ele vá ser demitido em menos de algumas horas..."- Brincou e revirei os olhos. 

-"Você realmente precisa parar de implicar com ele!"- Avisei e ele finalmente chegou perto o suficiente, baixando sua cabeça para me ver já que eu estava sentado.  

-"Soube que você não resiste a minha bunda... Isso pareceu-me um pouco doentio!"- Minhyuk falou numa falsa careta e revirei os olhos novamente.  

Me sentia cada vez mais próximo dele. Cada vez mais perdido entre suas brincadeiras, seu ar casual que usava apenas na minha frente. Era como se fossemos o segredo um do outro. Sentia-o como algum tipo de planeta que me atraia cada vez mais dentro de sua orbita.  

-"Pra isso você queria ler? Pra usa-lo contra mim?"- Indaguei deitando as costas na cama e ele resolveu deitar ao meu lado.  

-"E desde quando isso é uma desvantagem? Minha bunda realmente é irresistível!"- Comentou completamente sério sobre isso. Não consegui segurar uma risadinha.  

-"Eu sempre imaginava como seria ficar assim com você! Como seria retirar-lhe os muros e sombras. Ter nem que fosse um vislumbre de quem realmente escondia-se de baixo daquelas coleções e manias bizarras... O pior que pensei que isso me acalmaria..."- Foi mais um pensamento alto do que realmente uma confissão.  

Suas mãos macias foram até minha barriga massageando de um jeito tão sensual que estava arfando em segundos. Ele desabotoou dois botões com elegância e depois puxou minha camisa para o lado, meu botões como sempre voaram na frente dos meus olhos. E lá se ia a minha última camisa branca de botões, preciso comprar novos. Num pulo ele estava em cima de mim, seu corpo pesando sobre o meu, suas mãos pendendo aos lados da minha cabeça. Fazendo-o sustentar meu olhar perto demais. Minhas mãos invadiram sua camisa, tocando-lhe a pele e levando-a pra cima com cuidado. E era como um sonho. Sua pele era de uma macies viciante que me fez morder os lábios em deleite. Minhas pernas abriram para aconchegar-lhe involuntariamente.  

-"Você é uma das únicas pessoas que me fizeram sentir confiante o suficiente para ser sincero. Quando sinto isso... O problema é me fazer parar de ser sincero agora..."- Suas palavras saíram suaves e me perdi no calor do seu corpo contra o meu. Queria abraça-lo e senti-lo para sempre.  

Talvez eu entendesse um pouco da sua premissa em colecionar. Talvez eu quisesse colecionar momentos com ele. Talvez quisesse decorar cada parte de seu corpo.  

-"Mesmo que diga que é sincero e mesmo que realmente sinta que é... Eu me sinto mais inseguro e confuso do que jamais senti na vida..."- Confessei esperando que ele me oferecesse uma solução como sempre.  

-"Você gosta de mim?"- Ele perguntou olhando-me nos olhos. Com um ar sério no seu rosto.  

-"Claro!"- Soltei sem pestanejar e ele sorriu, meneando a cabeça negativamente.  

-"Não perguntei se sente desejo por mim, perguntei se gosta de mim, da minha personalidade, da minha conversa. Se sou o único que faz seu coração bater mais rápido!"- Indagou e mesmo que isso me assustasse, foi impossível responder tão rápido quanto a última pergunta.  Não que não gostasse da sua personalidade ou da sua conversa, mas infelizmente a imagem de Jaehyo passou na minha mente quando perguntou se era o único.  

Me assustei com minha própria mente e franzi o cenho. Minhyuk que esperava uma resposta parecia ter seu sorriso morrendo aos poucos, eu queria falar alguma coisa, mas me parecia que nada seria uma boa desculpa para a demora em responder.  

-"Eu gosto de você... Mais do que imagina."- Confessou baixinho e se abaixando sobre mim, tomou meus lábios com um carinho desconhecido. Fechei os olhos sentindo a macies dos seus lábios contra os meus. Era tão diferente de tudo que ele já entregou a mim. Um beijo calmo, que não anseia por mais do que o contato em si. Apenas carinho no seu estado mais puro. Minhas mãos que ainda estavam dentro da sua camisa apertaram sua cintura durante o beijo, como se o quisesse mais próximo que qualquer coisa do universo.  

O beijo era tranquilizador, como se estivesse flutuando em algum lugar silencioso. Aconchegante. Suas mãos acariciavam os lados do meu rosto com suavidade. Nunca me senti tão precioso em toda a minha vida. Tirei minhas mãos dele e enfiei-as em seu cabelo, forçando-o contra mim. Bagunçando seu cabelo perfeito. Em um pedido silencioso pra que ele me salvasse. Pra que ele me fizesse esquecer qualquer outro toque antes do seu. Mesmo que ele decidisse me jogar fora logo depois, isso parou de importar na minha mente. Só queria que usasse seus poderes em mim. De fazer-nos alheios a qualquer coisa, a qualquer um.  

... 

Sorria bobo quando deixei Minhyuk na cozinha comendo seu bolo de cenoura clássico das sextas feiras. Poderia finalmente dormir. Mesmo que a sua proposta de dormirmos juntos de novo fosse tentadora, eu precisava descansar ou ia enlouquecer. Minha camisa ainda estava aberta, pela falta de botões, mas o sobretudo fazia um bom trabalho em esconder isso. Teria que lembrar de pedir linha agulha e botões pra alguma das meninas mais tarde.  

No corredor para meu quarto meu coração quase sai pela boca ao perceber uma sombra encostada a minha parta, mas meu sorriso abriu ao imaginar que poderia ser Minhyuk magicamente parado lá. Minhas esperanças foram massacradas ao me aproximar e perceber Jaehyo olhando na minha direção. Tive que prender a respiração para tentar ter algum tipo de controle sobre meus nervos.  

-"Você queria conversar..."- Ele falou quase num sussurro, suas mãos estavam nas suas costas e ele parecia inocente. Eu realmente disse isso. Mas não sabia que ele viria tão rápido ao meu quarto desse jeito.  

-"Tudo bem..."- Falei meio confuso, sem saber por onde começar.  

-"Posso entrar...?"- Sugeriu apontando para minha porta, fiz careta e olhei-o.  

-"Não é uma boa ideia!"- Falei com calma, ele olhou pra mim e suspirou.  

-"Claro... Se Minhyuk visse seria seu fim, certo? Ele te trata como a porcaria de um cachorro! Como se fosse seu dono!"- Jaehyo protestou e meu coração apertou ao ouvi-lo falar assim.  

-"Eu não me importo com o que pensa Jaehyo."- Minha voz saiu mais magoada do que o planejado e ele parou de falar desviando seu olhar. -"Eu só queria entender... O que faz aqui?"- Indaguei realmente ofendido. Me sentia humilhado pela sua presença.  

-"Eu queria um emprego..."- Falou calmo.  

-"A sua mania de mentir ainda continua presente? Eu sei que Liu te contou sobre mim e é muito estranho que tenha decidido tão de repente depois de saber que trabalho aqui, que seria um bom emprego!"- Soltei minhas perguntas o fazendo realmente arregalar os olhos. Jaehyo não estava acostumado a esse Yu Kwon. Ele nunca entenderia o quanto doeu.  

-"Tudo bem... Eu queria conversar com você de novo..."- Falou olhando pra mim com um expressão que eu facilmente acreditaria ser sinceramente dolorida. Caso não conhecesse suas manias.  

-"Como assim...?"- Indaguei nervoso. As palmas das minhas mãos suavam com feridas recentemente fechadas, prestes a abrir. Suas mãos acostumadas a me possuírem tocaram meus braços num movimento tão rápido que me assustei. Ele buscava meu olhar com aquela intensidade típica.  

-"Eu nunca encontrei ninguém como você na minha vida... Eu nunca consegui esquecer seu beijo... Amo você e sei que errei Kwonnie..."- Ele começou e meu estomago embrulhou com suas palavras. Interrompi seu discurso forçando-o a largar meus braços. Encarei-o com força.  

-"Você não sabe o que é amor Ahn Jaehyo."- Me sentia a beira de um colapso nervoso. E o odiava com todas as forças, eu estava tão satisfeito com Minhyuk a um segundo atrás e agora nem sei se vou conseguir dormir pensando no que me disse.  

-"Quem não sabe o que é amor é você Kim YuKwon!"- Gritou, mordi minha mandíbula e gesticulei para que ele falasse baixo.  

-"Como pode dizer uma coisa assim? Logo você?"- Respondi entre dentes. 

-"Se soubesse realmente o que é amor você não teria me esquecido! Você teria me perdoado! Você nunca me amou de verdade Kim Yukwon!"- Falou mais alto e cheguei perto dele, forçando minha mão contra sua boca com raiva, querendo que ele ficasse calado.  

Sua mão segurou minha cintura e a outra afastou minhas mão da sua boca. Num segundo nossos lábios estavam colados. Um selo receoso e quebradiço. Eu não sentia nem mesmo uma sensação boa vinda de seus lábios. Só conseguia sentir vontade de chorar.  

Afastei-o usando minhas duas mãos e minhas pernas estavam tão fracas que bati minhas costas contra a parede contrária, apoiando-me nela. Tentando respirar em meio a tantas feridas que decidiram abrir.  

-"Sinto que não me esqueceu YuKwnon... Você me amava de verdade assim como eu te amo..."- Falou aproximando-se. Estendi minha mão para impedi-lo de se aproximar demais. Numa suplica para ele calar a boca e sumir.  

-"Não..."- Sussurrei sentindo meus olhos encherem de lágrimas. 

-"Me diga com segurança Kim Yu Kwon, olhando nos meus olhos... Você não sente nada por mim? Eu desisto de você caso realmente não sinta... Mas se sentir... Não vou te deixar de brinde para aquele esquisito!"- Falou com aqueles olhos impostores sobre mim. Abri a boca para responder-lhe, mas tornei a fecha-la sem saber como falar.  

Era a segunda vez que batia contra essa pergunta no dia e ainda não tinha como responder.  

-"Essa foi uma resposta boa o suficiente pra mim... Espero que ele aproveite você enquanto eu ainda não te peguei de volta, porque com certeza vou conseguir."- Falou e virou de costas andando com força. Fechei os olhos e inspirei com dificuldade. Numa tentativa sôfrega de voltar a respirar direito.


Notas Finais


Eitaa Giovanna!!! O forninho caiu~


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