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História O começo de tudo - A selecção e as primeiras semanas em Hogwarts


Escrita por: Kitty-Batsky

Notas do Autor


Último capítulo por hoje! Tenho que fazer as 49 propostas (cada proposta tem pelo menos 3 alíneas) que a s`tora de matemática mandou para férias. Ainda só fiz 10, que tragédia! E estou a ficar sem tempo... professores devem achar que a nossa vida se resume ao estudo.

Este capítulo foi uma espécie de montagem. Tinha o original, acrescentei o seguinte, no meio coloquei algo que inventei agora. Enfim, se houver algum erro de coerência não hesitem em dizer nos comentários.

*Símbolos do Pottermore

Capítulo 7 - A selecção e as primeiras semanas em Hogwarts


Fanfic / Fanfiction O começo de tudo - A selecção e as primeiras semanas em Hogwarts

Eu mal conseguia ouvir o que o chapéu selecionador dizia de tão nervosa que estava. A professora MacGonagall chamou os alunos um por um e todos, todos eram selecionados para alguma das equipas, alguns mais depressa que outros. Perguntei-me, por momentos, se alguns poderiam sentir o mesmo nervosismo que eu, mas depois conclui que não, já que eram filhos de feiticeiros, tinham passado a plataforma e alguns até podiam fazer feitiços, como Hermione. Ela, pelo menos, apesar de ser também de origem Muggle, tinha a certeza da sua identidade de feiticeira.

Não conhecia quase nenhum dos alunos que foram selecionados. Hermione ficou nos Gryffindor assim como Harry e Ron. O rapaz loiro arrogante, que se chama Draco Malfoy, que me havia atacado momentos antes, ficou nos Slytherin juntamente com os seus guarda-costas, Crabbe e Goyle. O amigo do Robin ficou nos Hufflepuff e depois foi a minha vez. 

Dirigi-me lentamente para o banco onde eram selecionados os alunos e rezei para que tudo corresse bem.

- Estou a ver... tens medo de não seres feiticeira, não é verdade? – Começou ele. Sinistro, o chapéu consegue ler pensamentos. – A confiança vai ser o teu maior desafio... não te preocupes, sei exatamente onde te devo colocar. GRYFFINDOR!

Fiquei tão feliz que consegui até ignorar os comentários de alguns que murmuravam que não devia ficar nos Gryffindor, considerada por muitos a melhor equipa. Na verdade, segundo os Slytherin, eu não devia ficar em nenhuma equipa, mas, se tivesse mesmo que ser, deveria ficar nos Hufflepuff, considerados por eles uma cambada de idiotas e burros. Quando o Robin me contou que os Slytherin eram a pior equipa e que era a origem de todos os feiticeiros negros, que eram muito preconceituosos e cruéis, eu não acreditei numa só palavra, mas agora começo a pensar se ele não teria uma ponta de razão.

Quando me fui sentar com Harry, Ron e Hermione, Robin estava a ser selecionado para os Ravenclaw. Quando passou por mim parecia um pouco desiludido. Eu acenei-lhe, o que o fez sorrir ao de leve. Acho que, na verdade, ele queria ficar nos Gryffindor, mas não sei se por minha causa, se por achar mesmo os Gryffindor os melhores.

Quando foi servido o banquete, consegui esquecer tudo em menos de um segundo. Seria verdade o que os meus olhos viam? Bife, frango assado, costeletas de porco e de carneiro, salsichas, bacon, batatas cozidas, assadas e fritas, ervilhas, cenouras, Ketchup e rebuçados de mentol.  

- Viviane… não vais comer? – Perguntou Ron.

Eu voltei à realidade. Devia ter estado a olhar para a comida de boca aberta e olhos esgazeados porque todos olhavam para mim, preocupados com a minha saúde mental.

- É claro! É que eu nunca… isto é mesmo Ketchup? A minha irmã tinha falado disto uma vez mas eu nunca pensei que existisse de verdade. É o quê, mesmo? 

Se antes estavam preocupados, o que dizer agora! Eu acabei por desistir da resposta e ataquei a comida como um lobo ataca um rebanho de carneiros.

Acho que nunca na vida comi tanto! Parecia que tinha um enorme buraco no estômago e devia ser um buraco negro, porque sugava tudo o que eu comia e pensei que acabaria com toda a comida sem mesmo os outros a provarem mas os pratos voltavam a encher-se.

- Puxa, devo estar cem quilos mais gorda! Não aguento comer nem mais uma ervilha! – Disse para Ron.

Depois surgiram as sobremesas. Bolas de gelado de todos os sabores, tartes de maçã e de melaço, éclairs de chocolate, donuts com recheio de compota, triffle, morangos, gelatina, pudim e muitas mais iguarias. 

- Dizias? – Perguntou Ron, com um sorriso.

- Bem, não são ervilhas! – Respondi, servindo-me da sobremesa que estava mais próxima.

Eu começava a perguntar-me se aquilo tudo não era mesmo um sonho. Mas deduzi que não era. Nunca poderia imaginar todos aqueles sabores assim do nada.

Quando finalmente subimos para os dormitórios, raparigas para um lado e rapazes para o outro, mal podia esperar para cair na cama. Mas algo estava a incomodar-me.

- Hermione!

- Sim?

- O que é sangue de lama? – Perguntei, com alguma curiosidade.

Hermione olhou para mim espantada.

- Nunca ouvi falar disso! Porquê?

- Por nada!

E, dando uma volta na mais confortável cama em que eu alguma vez tinha estado, adormeci profundamente.

****************************************************

Acordei muito cedo na manhã seguinte, e por isso decidi ler um pouco de "Hogwarts: Uma história" que estava pousado na mesa de cabeceira de Hermione. De certeza que ela não se importaria desde que eu tivesse cuidado para não retirar o marcador do lugar.

Ainda tinha muito que aprender sobre este enorme castelo e sobre as quatro equipas. Tinha uma curiosidade especial pela minha equipa, obviamente.

Ao ler a história da formação de Hogwarts, uma parte do texto surpreendeu-me.

Era-me difícil acreditar que Godric Gryffindor e Salazar Slytherin tinham sido amigos. Afinal, estão para nascer equipas mais diferentes uma da outra. Até para mim que sou novata dá para perceber a tensão existente entre as duas equipas.

Hum, quanto então coragem, ousadia e poder...

Sinceramente acho que o chapéu selecionador teve uma avaria enquanto me selecionava (não que eu lhe vá reclamar). Não me sinto nada corajosa, nem consegui encarar aquele sujeitinho arrogante que me abordara na noite passada. E quanto ao poder... só podem estar a ser cínicos. Bem, talvez eu esteja a exagerar, talvez esteja a ser muito queixinhas... afinal, estamos no início e como bem disse Ron quando eu o abordei sobre as minhas, até então, fracassadas tentativas de me integrar no mundo mágico: «Ninguém aqui me parece grande mestre em feitiços». Talvez com o tempo eu me venha a revelar uma excelente feiticeira. E o chapéu dissera que eu só precisava de confiar nas minhas capacidades. Então, devo deixar-me de pensamentos pessimistas.

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Nos dias seguintes à minha chegada a Hogwarts, tive as mais variadas aulas de magia. Tinha mais disciplinas do que eu imaginara ser possível. Encontrar o caminho para às aulas era um desafio. Tudo parecia estar em constante movimento!

Todas as quartas-feiras tínhamos de estudar o céu nocturno e eu, que tantas vezes olhara para as estrelas à noite, não conseguia identificar as constelações, tão pouco decorar os nomes das estrelas e os movimentos dos planetas. Em Herbologia estudávamos as plantas. É uma aula bastante interessante mas mais trabalhosa do que eu imaginara. História da magia é a disciplina mais chata de todas. O professor Binns é um fantasma e faz os factos históricos parecerem aborrecidos e lentos. Toda a turma sente o mesmo e passam a maioria das aulas a dormitar ou a fazerem o jogo da forca. Eu, por mais que tente prestar atenção, acabo sempre muito mais atenta à mosca que voa perto da janela ou aos aviões de papel que passam como setas à minha frente. Tínhamos também Encantamentos e Transfiguração, as aulas de «magia» propriamente ditas. Só Hermione conseguia demonstrar algum talento nas duas pois o resto da turma não conseguiu produzir uma só faísca, incluindo eu. Mas as aulas de que eu menos gosto são Defesa contra a magia negra, a sala tinha sempre um cheiro pestilento a alho, e Poções.

O professor Snape não pareceu simpatizar muito comigo. Na verdade, acho que ele me despreza. Na primeira aula, quando estava a fazer a chamada saltou o meu nome e eu tenho a impressão que foi de propósito. Olhava para todos os alunos com o seu olhar frio e, no entanto, nunca olhava para mim. Mandou-nos preparar uma poção básica para curar furúnculos. Eu segui as instruções à risca e constatei com agrado que era mais fácil do que julgara. No final, Snape rondou as mesas para avaliar o nosso trabalho e criticava quase todas as poções, menos a de Draco, com quem parecia simpatizar. Porque é que eu não estou admirada?

Quando passou por mim, avaliou cuidadosamente a minha poção, com os lábios cerrados. Parecia estar verdadeiramente irritado.

- O fumo devia formar espirais que se cruzassem, Melmarine. – Disse com azedume.

Eu olhei para o fumo e para o manual em segunda mão que arranjara e constatei que não havia nenhuma instrução que dissesse que o fumo deveria sequer formar espirais e, por um momento, desconfiei se Snape inventara isso só para poder criticar a minha poção.

Eu não estou a exagerar. Pior que a minha situação, só a do Harry. Snape pura e simplesmente odeia-o. Conseguiu tirar, injustamente, dois pontos aos Gryffindor logo na primeira aula e tratou Harry de maneira tão cruel que eu até dei graças por ser ignorada. Pois, mas ser ignorada por Snape é apenas uma das razões para eu odiar as aulas de Poções. A outra é o facto de ter que conviver com Draco e as suas ofensas a todo o momento.

O cumprimento habitual dele quando nos cruzamos inevitavelmente nos corredores é:

- Ainda não foste expulsa, sangue de lama?

Era tão irritante cruzar-me com ele a todo momento, que passei e evitá-lo. Hermione bem me dizia que não devia demonstrar fraqueza e devia enfrentá-lo ao invés de fugir, mas ele intimidava-me demasiado. E a "alcunha" com que me taxara era bastante forte. Ron, após alguma insistência da minha parte, lá me dissera o que era um "sangue de lama", o nome mais degradante que se pode dar a alguém que descende de Muggles. Ficara receoso que, agora que eu sabia do que a designação se tratava, esta me fosse magoar mais, mas foram preocupações vãs. Eu não crescera a ouvir aquilo, não ficara em mim o pudor enraizado à palavra. Mas não deixava de me magoar, evidentemente.

Os dias corriam depressa. Ainda não me habituara à rotina, veio um novo acrescento imiscuir-se nesta. Apareceram afixados na sala comum, poucas semanas depois de se ter iniciado o ano lectivo, avisos que diziam que iríamos começar as aulas de voo às quintas-feiras com os Slytherin! Toda a gente estava entusiasmadíssima e eu não pude deixar de criar alguma ilusão em volta do tema, já que a minha primeira (e única) magia fora voar de um penhasco a 50 metros de altura.

Mas tive uma enorme desilusão! A aula de voo não podia ter corrido pior! Quando, quinta-feira, madame Hootch, nossa professora de voo, apareceu no campo, ordenou:  

- Estendam a vossa mão direita ao longo da vassoura e digam «De pé»!

Poucas vassouras responderam de imediato a este comando, sendo a de Harry uma delas. Mas, pouco e pouco, todas as vassouras planaram hesitantemente para as mãos dos seus donos. Todas… menos a minha!

Madame Hootch aproximou-se, levantou a minha vassoura do chão e disse-me sem rodeios.

- Se não conseguir controlar a sua vassoura, nunca poderá aprender a voar. Isto nunca aconteceu antes, bem que o Dumbledore avisou que poderíamos ter alguns problemas consigo.

Senti um nó na garganta. Dumbledore tinha avisado os professores de que eu iria dar problemas? O que quereria isso dizer? Que eu não era uma feiticeira capaz como os outros?

Olhei de soslaio para a turma. Como calculava, todos olhavam inevitavelmente para mim, a maioria espantados, alguns com pena, alguns com aversão. Ao olhar para Draco, senti-me ainda pior! Ele encarava-me com aquele sorriso de desdém no rosto como se dissesse: «O que é que eu te disse?»

Felizmente, não chegamos a descolar do chão, porque Neville teve um acidente e foi parar à enfermaria. Descobri que tanto Draco como Harry sabiam realmente voar em vassouras. Os dois tiveram uma espécie de competição para ver quem conseguia ficar com o Lembrador (um objecto que te diz quando te esqueces de algo) que Neville deixara cair na hora do acidente (Harry para devolvê-lo ao próprio, claro!). Quem ganhou foi Harry e, ainda por cima, a professora McGonagall ficou impressionada com as habilidades dele e nomeou-o para a equipa de Quidditch. Valeu a pena eu ter ido à aula de voo, assim pude ver a reacção do Draco! Ele que tanto reclamara da regra que ditava que os primeiros anos não podiam jogar Quidditch, tinha agora que ver Harry com uma permissão especial e com uma nimbus dois mil só para ele (um presente da professora McGonagall).

Mais alguns dias se passaram e a minha disposição piorou. Além de não conseguir descolar do chão sem ter um acidente, todos os outros começavam a praticar feitiços simples, e apenas eu não conseguia sequer transformar um fósforo numa agulha. Eu bem que tentava, mas a única coisa que conseguia fazer com a minha varinha brilhante era agitá-la de um lado para o outro (e nem uma fagulha saía da sua ponta).

Se, por um lado, a minha carreira como feiticeira ia para o buraco, por outro a minha vida social estava em alta. Tinha muitos amigos e, geralmente, as pessoas pareciam simpatizar comigo. Nunca, na minha vida toda, estivera incluída num grupo tão grande de pessoas, uma espécie de mini-sociedade de estudantes. Sentia, à medida que me começava a ambientar ao local, a minha timidez a ser descascada. Dava-me principalmente com Harry, Ron, Hermione e Robin. Claro que a dada altura, eles repararam que a até então alegre e sempre sorridente Viviane dera lugar a uma desanimada e triste que só pensava de si para si se as coisas poderiam ainda piorar. Sim, sim podiam! E iam piorar muito mais!


Notas Finais


Para mais informação sobre Hogwarts: http://alohomora-pt.50webs.com/HogwartsSchool.htm

Música capitular – I`ll try (Jonatha Brooke)


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