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História O Continente Subterrâneo: O Ressurgir De Um Grande Mal - Prólogo


Escrita por: Gabriel_Toligado

Notas do Autor


Escrevo essa história baseada num mundo que eu criei de RPG e estou mestrando uma aventura, porém eu tirei bastante aspectos de rpg, como várias raças e outras coisas do gênero. Também estou escrevendo essa história sem comprometimento, então talvez eu pare do nada caso eu não me agrade escrevendo ela, mas espero o contrário kkk Isso dito, sejam bem vindos, espero que gostem, e é claro... Tomem cuidado com o escuro.

Capítulo 1 - Prólogo


 

Um vento gélido sopra contra a feiticeira que estava parada, de frente a uma aglomeração de rochas. Seu vestido era negro com detalhes em prata, apertado contra o corpo de forma que realçava as curvas. A saia abria em “V” no lado esquerdo, facilitando os movimentos. Ele tremeluzia frequentemente com a ventania, mas a mulher não movia um músculo. Permanecia extremamente parada, de olhos fechados e as duas mãos erguidas juntas, como que em reza.

Parecia que ela própria era uma pedra. Ainda mais para quem a via de longe e ainda por cima no escuro do subterrâneo, onde o sol nunca bate. Terra que, em breve, seria palco de uma guerra de proporções inimagináveis.

O vento soprou, mais uma vez, fazendo com que um fio de cabelo prateado fosse para frente do rosto encantador da feiticeira, que não era adornado por joia alguma. Ela lentamente abriu os olhos, que brilhavam num tom carmesim, como o sangue que não corria em seu corpo. Levou ao rosto uma das delicadas mãos de pele escura, inegavelmente pertencente á um elfo-negro, e removeu o fio dali.

Obviamente, o que tirou a elfa de sua concentração não foi o mísero fio de cabelo, mas sim o som de passos vindo em sua direção. Ela se virou pra trás, fazendo a saia de seu vestido rodar, e se deparando com um semelhante de raça e crença: outro elfo-negro.

Este trajava roupas comuns para um soldado: armadura de couro com placas de metal, uma espada e um escudo na cintura e uma capa para protege-lo do frio. Logo tratou de se ajoelhar perante a feiticeira, estendendo ao mesmo tempo as duas mãos, que seguravam uma pequena joia de cor azul-pálido, cintilando levemente.

-Perdão, minha senhora. Longe de mim, desejar interromper seu trabalho, mas nossa generala, Madame Andraste, exigiu falar com você, imediatamente.

A mulher o encarou por alguns segundos, como se não o considerasse se quer um ser vivo, e por fim pegou a joia de sua mão, gentilmente.

-Está liberado. –Duas palavras, foram tudo o que usou para se dirigir ao homem.

Ele se levantou, com uma expressão de alivio, enquanto encarava as rochas, e partiu apressado após fazer outra reverência.

Com as joias em mão, a mulher voltou-se para o aglomerado de rochas á sua frente, apreciando a leve iluminação que o artefato em sua posse proporcionava. Não precisava da luz, é claro. Podia ver perfeitamente no escuro, apesar de que sem cor, graças a sua linhagem. Ainda assim, achava a luz bela. Afinal, era algo que nunca poderia ter de verdade.

Após a rápida contemplação, fechou com força a mão, esmagando a joia e sentindo uma pequena energia mágica se soltar da pedra, junto ao pó. Mas diferente deste último, que se esvaiu de suas mãos, a energia subiu em espiral até seus olhos e ouvidos, afetando seus sentidos.

A visão na sua frente se moldou para a sobreposição do que a joia queria lhe mostrar ao que seus olhos realmente viam. Ao mesmo tempo em que via o aglomerado de pedras, via também uma mulher extremamente parecida consigo, porém ao mesmo tempo muito diferente.

Seu cabelo era preso em um coque por um pente de jade e ouro. Em cada uma de suas orelhas pontiagudas, um brinco feito de uma joia verde que era revestida nas pontas por ouro. A roupa também era mais ousada, uma saia até os joelhos e com abertura dos dois lados, atém de apenas um top, as duas peças de cor branca. A escolha de vestimenta não era à toa, tinha por objetivo expor a pele negra, coberta por tatuagens verde-fluorescente, que formavam símbolos arcanos complexos até para que um especialista decifrasse. Estes símbolos cobriam as pernas, tronco, braços e costas, mas era no rosto onde se destacavam, formando na testa um losango circunscrito numa circunferência, que parecia ser trançada com milhares de micro detalhes, para completar aquela obra de arte arcana que se tornou seu corpo.

Por fim, a mulher estava sentada num trono alto e largo, feito totalmente de ouro e cravejado de joias, com almofadas vermelhas que pagariam por si só uma colheita inteira de uma pequena cidade da superfície.

A elfa sentada no trono sorriu agradavelmente quando a feiticeira utilizou a joia para firmar o contato, porém esta não mostrou intimidade, se ajoelhando e fazendo uma reverência para a mulher no trono.

-Minha senhora, Andraste. –Disse em tom solene, mantendo a cabeça baixa.

-Erga-se, minha irmã, sangue de meu sangue. Já lhe disse mil vezes para que me trate como sua igual, quantas mais terei de pedir? –Sua voz ecoava pelo salão onde se encontrava, de forma que seria impossível ao ar livre onde a feiticeira se encontrava.

-Terá de pedir pelo menos mais mil vezes, minha senhora. –Respondeu a sua superior e se ergueu. –A que devo a honra de receber sua atenção, minha senhora?

-Infelizmente, ao trabalho. Nossos homens estão impacientes, já estão prontos para ação, porém falta que sua parte seja concluída. Como estão os preparativos para o ataque?

-Perfeitos, minha senhora. Não estamos atrasados nem um dia do que o planejado. Por favor, peça aos nossos companheiros que acalmem os ânimos e aguardem o tempo combinado. Logo o ritual estará completo. Falta muito pouco.

A elfa coberta por tatuagens se remexeu levemente no trono, demonstrando interesse com a fala de sua irmã.

-Pois me diga, minha generala. Diga-me, quanto falta para que nosso trunfo desperte? Quanto do despertar já está concluído?

-Falta muito pouco, minha senhora. O consumidor de sóis em poucos dias poderá voar. Em no máximo um mês, estará forte o suficiente para destruir reinos. –E fez uma pausa, dando alguns passos á frente estendendo as mãos à rocha, a tocando. Sentiu sua mão se aquecer levemente com o contato, e em seguida o ar quente sendo expelido de duas aberturas na rocha negra. E então, fragmentos do que se julgavam rochas se ergueram, expondo dois olhos reptilianos, de pouco mais de um metro de diâmetro que brilhavam num vermelho ofuscado. –E ele está desperto o suficiente para abrir os olhos. 



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