Marco Reus POV
- Você continua com essa ideia? - perguntei a Manuel.
- Marco eu não irei desistir - ele diz.
- Essa sua ideia é muito idiota. Não preciso de nenhuma mulher para controlar a minha vida - digo revoltado.
- A Ann não irá controlar nada, apenas irá acalmar as coisas para o seu lado e fazer companhia - ele diz.
- Não preciso da companhia dessa Ann - digo.
- As suas atitudes não deixam margem para outra solução. Você está com um rendimento péssimo o que irá atrasar a sua recuperação. Nem preciso de falar sobre a sua imagem que está cada vez pior – ele continuou.
- É só uma fase e eu vou voltar ainda melhor. Você nem ninguém entendem o meu lado - falei irritado.
- As lesões não são justificações para você levar essa vida. Lesões todos os jogadores passam. Já lhe disse tudo. Amanhã chega a Ann a Dortmund. Quero você em casa quando a for buscar para explicar tudo. Entendido? - ele disse.
- Isso não vai correr bem - falei.
- Vai sim, se você não quiser destruir a sua carreira. E aviso você, é para tratar bem a Ann - ele diz se aproximando da porta de saída.
- Só basta ela não se meter no meu caminho - eu revidei.
- Adeus Marco - fala batendo com a porta.
Eu não acredito que Manuel me vai obrigar a fingir que namoro com uma garota que ele descobriu sei lá onde. Sei que não estou a atravessar a melhor fase da minha carreira mas depois de ficar fora do euro tudo mudou. Só queria que entendessem o meu lado fiquei fora do mundial e agora o euro. É o pior para um jogador com a qualidade que eu tenho. Quero aproveitar a vida e não será uma garota que fará mudar de ideias.
Pego no meu telefone e ligo ao Marcel.
- Oi Marco - ele diz ao atender.
- Oi Marcel. Você tem planos para hoje? - perguntei.
- Tou no mesmo local de sempre: Cocaine - respondeu.
- Apareço aí entretanto - eu disse.
- Você não tem treino amanhã? - ele perguntou.
- Tenho mas preciso de distrair - digo revirando os olhos.
- Toma cuidado. Você já viu as capas dos jornais de hoje?
- Não ligo para isso. Tchau Marcel - disse e desligo a chamada
Só me faltava o Marcel para encher a minha cabeça.Subo para o quarto. Tomo um banho e visto umas calças jeans, uma camiseta preta e um blazer. Saio de casa para mais uma noite.
Acordo com o toque irritante do telefone. Atendo sem ver de quem era a chamada.
- Tou? -digo irritado.
- Marco tou a ir para o aeroporto buscar a Anna. Quero você pronto quando chegar aí a sua casa - Manuel diz num tom autoritário.
- Esta bem Manuel - digo e desligo a chamada.
Olho para o lado e reparo que existe uma loira ao meu lado, não lembro de como foi a noite anterior, nem do nome da garota. Preciso de me arrumar rápido, o Manuel não pode ver essa mulher aqui.
- Ei garota! - tento acorda lá.
- Bom dia Marcinho - tenta me beijar e eu a afasto - Que você tem?
- Esqueça o que se passou entre a gente, foi um erro. Nunca mais me volte a dirigir a palavra. Você entendeu? – ela assenta que sim - Vou ao banheiro quando sair quero que você tenha saído de minha casa. Tchau.
Me levanto e sigo para o banheiro para tomar um banho.
Ann POV
Pego na minha mala e caminho pelo aeroporto à procura do Manuel. Reparo que ele se encontra ao fundo e sigo até ele.
- Bom dia Ann. Fez uma boa viagem? – ele pergunta.
- Bom dia Manuel. Dentro dos possíveis fiz – respondo.
- Vou levar você até à casa de Marco - diz enquanto pega nas minhas malas - Ele estará à nossa espera.
Saímos do aeroporto em direção ao carro que estava na porta de entrada do aeroporto.Me acomodo no banco do passageiro colocando o cinto de segurança. Olhava para a janela e percebi que Dortmund era uma cidade calma e diferente de Bamberg. Fizemos o caminho todo calados. Todo esse silêncio atormentava os meus pensamentos.
Entramos num condomínio e percebi que era a aqui o local onde Marco morava. O condomínio era a cara de qualquer jogador de futebol, casas enormes, seguranças e uma vista incrível. Senti o carro parar em frente de uma casa, seria a minha casa nos próximos meses. Saímos do carro e Manuel voltou a ajudar me com as malas. Dirigimos até à entrada e ele tocou à campainha. Uma senhora de meia idade abre a porta e percebo pelas suas roupas que é a governante.
- Bom dia senhor Manuel – a senhora diz.
- Bom dia senhora Maria. Viemos falar com o Marco – ele diz.
- Entrem – faz sinal para nós entrarmos - Eu vou avisar o senhor Marco que já chegaram – a senhora abre um sorriso.
- Antes quero que conheça a Ann, a rapariga que lhe falei ontem – ele diz sorrindo para nós duas.
- Prazer em conhecê-la – digo.
- Vou avisar o Marco que vocês chegaram – ela diz e sobe as escadas.
Entramos pela casa, é uma casa grande e bem decorada. Sentei me no sofá com Manuel. O meu corpo todo tremia Manuel percebeu o meu estado de nervos.
- Você não precisa de ter medo, isto será bom para vocês dois - ele diz de modo a me tranquilizar mas sem sucesso. Apenas abro um sorriso .
Começo a ouvir passos a descerem as escadas e percebo que ele chegou.
- Bom dia - o meu corpo arrepia se com a voz dele e tento arranjar forças para me levantar.
- Bom dia Marco. Esta é a Ann – Manuel fala e aponta para mim.
- Oi Ann - ele diz e olha para mim de alto a baixo.
- Oi - levanto me e apenas abro um sorriso que é ignorado por ele.
- Vocês sentem se para eu vos explicar tudo
Eu e Marco sentamos um ao lado do outro no sofá e olhamos para o Manuel .
- Para isto correr bem vocês têm que se conhecer e criar amizade entre vocês. Mais ninguém pode saber deste acordo. As únicas pessoas que têm o conhecimento são a mãe da Ann e a senhora Maria. Vocês vão se esforçar para corra tudo bem. Um ano passa rápido. Não estão proibidos de ter outras pessoas mas têm que ser discretos pode existe jornalistas a seguirem vos. Vocês entenderam?
- Sim - dizemos ao mesmo tempo.
- Qualquer coisa é só me ligarem. Qualquer dúvida vocês me digam. Vou me embora e vocês aproveitem para falar e se conhecerem - abano com a cabeça em sinal positivo - adeus, amanhã ligo para um de vocês para saber como as coisas estão a correr.
Ficamos os dois na sala e um silêncio toma conta da sua casa.
-Então você... - digo nervosa na tentativa de iniciar a conversa.
-Você fique a saber de uma coisa não tenho nenhum interesse em você estar aqui. Isto é uma ideia idiota do meu agente - ele diz com uma voz firme e com desprezo.
-Ok, mas... – ele interrompe.
-Mas nada! Você faça o que quiser. O seu quarto é a primeira porta à direita. Não fale comigo e nem entre no meu quarto se não for urgente. Você entendeu? - abano a cabeça em sinal afirmativo- tenho coisas para fazer. Adeus – ele diz e saí de casa.
Olho à minha volta e sinto uma solidão enorme invadir o meu corpo. Pego no telefone e ligo para a minha mãe.
- Mãe? – digo quando ela atende.
- Como você está filha? – diz preocupa.
- Tá tudo bem, cheguei bem - digo e respiro fundo para prender as lágrimas que querem sair.
- Como é que é o Marco? Tratou bem você? A casa é confortável – abro um sorriso com a preocupação dela.
- A casa é fantástica. Tá tudo a correr bem. Marco é uma pessoa simpática – minto, não quero que ela se preocupe mais - E o pai? – falo mudando de assunto.
- Vai começar dentro de dias os tratamentos. Muito obrigada minha filha
- De nada mãe. Preciso de desligar amanhã ligo para você. Tchau
- Adeus, beijos – ela diz e desligo a chamada.
Pego nas malas e subo no quarto. Abro a porta e olho para quarto enorme e bastante bonito. O meu quarto em Bamberg é bem menor que este. Coloco as malas perto do closet e decido tomar um banho e descansar um pouco por conta da viagem. A distancia entre Bamberg e Dortmund é um pouco grande.
- Menina Ann - abro os olhos lentamente e vejo a senhora Maria ao lado da cama.
- Sim – respondo.
- O jantar está pronto.
- Jantar? Dormir quanto tempo? - falo assustada.
- Algum. Ainda vim chamar a menina para o almoço mas você estava a dormir tão bem que decidi não acordar - fala com uma voz calma e serena.
- Desço já - ela assenta - Marco já chegou?
- Não querida. Ele teve treino à tarde é provável que jante por lá – ela responde e encolhe os ombros.
- Entendo – digo e dou um leve sorriso.
Levanto me e sigo em direção à sala de jantar. A mesa apenas tem um prato. Me acomodo na cadeira da mesa e a senhora Maria entra na sala com o jantar.
- Senhora Maria você pode responder a uma pergunta? – peço.
- Você pode me tratar por Maria apenas. E respondendo à sua pergunta, claro que pode.
- Como é o Marco como pessoa? – pergunto.
- O menino é boa pessoa, apenas está numa fase menos boa – ela diz triste - Mas eu acredito que você pode ajudar a superar isto tudo.
- Não sei Maria – abaixo a minha cabeça e olho para as minhas mãos - Nem consegui ter uma conversa com ele.
- Tempo, o tempo ajuda tudo querida – ela diz sorrindo e volta para a cozinha.
Acabo de jantar e coloco um filme que encontrei perto da televisão, sempre será melhor do que ficar a olhar para as paredes desta sala enorme.
Sinto a porta abrir-se e entra Marco. Olho para ele. Reparo que a sua roupa não é a mesma de hoje de manhã. O equipamento do BVB assenta no seu corpo de uma forma fantástica.
- Algum problema? - Marco diz num tom alto e sou afastada dos pensamentos que estava a ter.
- Não. Pensava que você jantasse comigo – digo irritada.
- Não é por você estar aqui que eu tenho que jantar com você - diz de uma maneira ríspido e sobe as escadas.
- As coisas não são assim Marco. Nós precisamos de falar sobre como serão as coisas daqui para a frente - digo alto e Marco me ignora fechando a porta do seu quarto com força.
- Isto não vai ser nada fácil - digo para mim mesma frustrada e continuo a ver o filme.
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