Ann POV
Acabo de ver o filme e subo no quarto. Entro no quarto e olho a meu redor. A decoração era muito simples mas elegante ao mesmo tempo. A cor cinzenta predominava no quarto. Existia uma cama grande à minha frente. Tomo um banho. Visto apenas uma camiseta larga e uma calcinha.
Me deito na cama e vem à cabeça tudo o que aconteceu nos últimos dias.
Era uma simples garota que morava numa cidade pequena, tinha poucos amigos, sou pessoa de não fazer muitas amizades, é difícil de confiar nas pessoas. Apenas tive dois namorados de longa duração. Formei me em ciências contaveis, era responsável pela área financeira de uma empresa. Dois meses atrás despediram me com a desculpa que encontraram alguém com mais experiência do que eu. Desde aí fui procurando emprego mas nada aparecia. Até que num dia apareceu em minha casa o agente do Marco e me levou até ao seu escritório e me fez a proposta.
Me lembro de como foi difícil contar à minha mãe onde tinha conseguido o dinheiro para os tratamentos.
----Flashback on----
Depois de ligar ao Manuel, saio do quarto e volto à sala. A minha mãe ainda continuava chorando sentada no sofá. Me sento ao lado dela e coloco meu braço sobre o seu pescoço.
-Mãe, consegui o dinheiro para os tratamentos - os seus olhos arregalam - não se preocupe o pai vai receber os tratamentos.
-Como? Como você conseguiu? - ela pergunta aflita.
-Não se preocupe, eu consegui. Isso que importa - digo.
-Me diz filha como? A quantia é enorme para você conseguir de um momento para o outro. É algo ilegal? - pergunta assustada.
Não tinha outra hipótese se não contar toda a verdade a ela, conhecia e sabia que não iria descansar até eu lhe contar.
- Vou contar para a mãe. Mas você vai me prometer que não irá contar a ninguém - assenta que sim - uns dias atrás um senhor veio ter comigo e fez me uma proposta.
-Que proposta ? Garota de programa? - perguntou aflita.
-Não mãe. Nada disso.
-Que proposta é essa?
- Fingir ser a namorada de um jogador de futebol - ela ergue as sobrancelhas.
-Você me explique melhor - a minha mãe pede.
- Só terei que ser a falsa namorada do Marco Reus, a mãe sabe quem é, joga no time do Bvb. Marco não está a ultrapassar uma fase legal na sua carreira e o seu agente teve a ideia de arranjar uma falsa namorada para tentar que Marco melhore e volte a ser o que era antes dos problemas todos - ela abaixa a cabeça.
- E porque você?
-Me disseram apenas que sou a mulher que eles procuram - dou de ombros.
-Você não pode aceitar - ela diz num tom autoritário.
-Mãe já aceitei. Um ano é o tempo deste falso namoro. Um milhão de euros é quanto eles me pagam.
-Quanto ? Muito dinheiro envolvido.
-Não se preocupe, vai tudo correr bem. Daqui a um ano estaremos eu, você e o pai juntos nessa casa - digo tentando tranquilizar.
-Tenho uma sensação que isso não irá correr bem para o seu lado filha - diz colocando as suas mãos sobre as minhas.
-Não existe outra saída. O pai não pode morrer.
-O que iremos dizer ao seu pai? Não será boa ideia ele saber dessa sua proposta.
-Isto fica apenas entre a gente. O pai vai ficar a pensar que irei para um trabalho melhor em Dortmund. Será isso que lhe vamos dizer. Entendeu mãe?
-Sim, tem a certeza que é isto que quer? Você é muito nova não tem idade para ficar presa a duas pessoas de bastante idade.
-A decisão tá tomada. Me prometa segredo.
-Não se preocupe. Não contarei a mais ninguém - dito isto a abraço.
----Flashback off----
Todos estes pensamentos não me saem da cabeça. Dou várias voltas na cama. A cama é bastante mais confortável do que a minha, os lençóis brancos eram bem macios. Mas sentia falta da outra cama. Irei demorar a me habituar a esta cama, aliás a toda esta nova vida. Apago a luz do abajur. Dou várias voltas na cama até pegar o sono.
Acordo com os raios de sol a bater na cara. Hoje faz sol em Dortmund. Levanto-me da cama e sigo para o banheiro e tomo um banho. Decido vestir um vestido verde água. Passo apenas rímel e dou um jeito ao meu cabelo.
Sigo para a cozinha para tomar o café.
-Bom dia Maria - digo e lhe dou um beijinho na cara.
-Bom dia Ann - ela retribui.
-O Marco já acordou? - pergunto.
-Não. Já deveria de estar tomando o café, tem treino daqui a uns minutos. Vai chegar atrasado mais uma vez.
-Isso não posso ser assim. Ele tem que começar a se comportar como um jogador profissional. Vou lá a cima acordar aquela pessoa. Qual é o quarto dele? - pergunto pois apenas sabia onde era o meu quarto.
-A primeira porta à esquerda. Mesmo em frente ao seu. Mas tome cuidado, acorde o menino com calma, ele não gosta muito que o acordem.
-Não se preocupe terei todo o cuidado acordando o Marco - digo subindo no quarto com um sorriso imaginando o cuidado que irei ter.
Abro a porta.
-Marco! - falo alto enquanto o abano, mas ele pega pesado o sono - Marco, acorde já! - digo ainda mais alto enquanto abro as janelas
-Que gritaria é esta? - fala irritado - Quem você pensa que é?
-Sou alguém que está a ser paga para o meter na ordem. Você tem treino dentro de minutos e ainda está a dormir. Dessa forma você nunca voltará a ser o que era. - digo me aproximando dele com raiva - pensava que você fosse um jogador profissional - digo é percebo que toquei no seu ponto fraco.
-Você não é ninguém para me dar ordens! Está na minha casa, aqui quem manda sou eu! Eu sou um jogador profissional - diz continuando irritado.
-Você pare de falar e vá tomar um banho - ele levanta se e percebo que ele está apenas de boxers, tento não olhar para o seu corpo. Nunca me tinha apercebido que ele tinha assim um corpo. Também nunca tinha tomado atenção para ele.
-Você quer tocar? - e aponta para a parte abdominal.
-Você é muito idiota! Lhe dou 5 minutos para estar na cozinha e tomar o café - saio do quarto irritada.
Marco POV
Visto o equipamento do Bvb e desço as escadas.
-Bom dia Maria - digo entrando na cozinha e lhe dou um beijo na cara.
-Bom dia Marco - Maria diz com calma e serenidade, como sempre. Ela trabalha para mim desde que eu saí de casa dos meus pais.
Sento me na cadeira da mesa e começo a tomar o café.
-Hoje você vai comigo para o CT - digo para a Ann - Manuel me disse que era importante você conhecer os outros colegas do time.
-É treino aberto? - ela pergunta lhe com calma, nem parece a mesma pessoa de à uns minutos atrás quando me acordou.
-Não, os jornalistas não irão lá estar - respondo - Manuel acha que a melhor altura para os jornalistas saberem da sua existência será no próximo jogo.
- O que ele achar por mim tudo bem - ela diz.
-Vou só pegar a minha mala e saímos já - aviso a.
-Só vou subir no quarto e pegar a carteira. Me espere no carro - apenas lhe digo que sim.
-Até mais tarde Maria.
-Bom treino.
Entro na garagem e decido que hoje irei no Aston Martin. Me sento e coloco o cinto de segurança, enquanto espero por Ann. Ela entra na garagem e olha para todos os meus carros e revira os olhos soltando um sorriso.
-Precisa de tantos carros assim? - pergunta enquanto entra no carro colocando o cinto.
-Gosto de carros, se posso comprar compro - digo.
-Mania dos jogadores de futebol - ela diz.
Não lhe respondo. Fica um silêncio no carro. Olho para ela e reparo que vai de vestido.
-Você não tinha outra roupa para vestir? - pergunto.
-Que eu saiba o contrato não me proíbe de sair com vestidos - ela responde, apenas solto um suspiro irritado. Ela vai para um lugar só de homens. Sei como eles são e vão começar com comentários para cima de mim.
O resto do caminho o silêncio entrou dentro do carro. Chego ao CT do BVB estaciono. E levo Ann até às bancadas. Ninguém ainda está treinando, não cheguei muito atrasado.
-Você vai ficar aqui. Vou me trocar. Não saia daqui, não quero andar à sua procura, isto aqui é enorme. Entendeu? - ela assenta que sim e saio do pé dela.
Vejo que alguns os rapazes já estão a ir para o campo.
-Bom dia - digo.
-Bom dia Marcinho - diz o Mário - você hoje até que não chegou muito atrasado. O que se passou?
-Se chego atrasado falam se venho quase a horas falam. Vocês saíram uns chatos - digo.
-Estou a ver o seu motivo - Schürrle fala.
-Conta - diz o Mario empolgada.
-Ali nas bancadas - olham os dois para as bancadas.
-O Marco convidou o lance da noite para assistir ao treino - Auba entra na conversa - isto aqui é um local decente.
- Não. Aquela ali parece diferente - disse o Mário.
-Onde você foi buscar lá? - pergunta Schürrle.
-É a minha namorada e sim é diferente de todas as outras - digo - acabou aqui a conversa. Vocês vão treinar.
Saio de ao pé deles, consigo ouvir os risos deles. Sabia que esta ideia do Manuel é muito idiota.
-Marco! - Thomas Tuchel chama e viro para trás - Charles já está à sua espera, arrume se rápido - digo que sim.
Charles é a fisioterapia que tratou da minha lesão. Já estou bom da lesão mas Charles decidiu que tenho que fazer uma parte do treino com ele e outra com o time.
O treino correu bem. Tomo banho rápido, não estou com cabeça para ouvir os comentários sobre a Ann. Vou em direção as bancadas e vejo que Ann está acompanhada.
Ann POV
Quando Marco me disse que ia assistir ao treino dele pensei que seria uma seca. Mas até que achei legal assistir. No final do treino, todos os jogadores já estavam a ir para o vestuário quando reparo que o Mário vinha para as bancadas. Era a única pessoa que estava nelas lógico que vinha ter comigo.
-Oi - diz ele.
-Oi - falo envergonha.
-Prazer em te conhecer, me chamo Mário.
-Eu sei - rimos os dois - me chamo Ann.
- Você e o Marco estão juntos à muito? - fico nervosa com a pergunta dele porque ainda não tínhamos combinado do que iríamos dizer às pessoas.
- É recente - peço mentalmente que não me faça mais perguntas.
-Como se conheceram? Marco nunca me falou de você - boa pergunta.
-Longa história - abro um sorriso para ele não entender o meu desconforto.
-O que você faz da vida Ann?
- Estava trabalhando como responsável pela área financeira de uma empresa em Bamberg - digo fazendo com que ele arregale os olhos.
-A sério? - pergunta admirado - Nada de modelo ou algo do tipo? - digo não com a cabeça - Marco arranjou uma namorada diferente - fico sem jeito - no bom sentido.
Olho para o meu lado e reparo que Marco se dirige a nós.
-Ann vamos embora - Marco fala chegando ao pé de nós - estamos atrasados - percebi que algo se passava pela sua cara.
-Prazer em conhecer Mário - digo para Mário.
- Adeus Ann. Tchau Marco - Mário fala.
Vou atrás de Marco que estava andando apressado.
-Onde iremos? - pergunto curiosa.
-Com você? - olha para mim e manda um riso - A lado nenhum.
-Mas você acabou de... - ele me interrompe.
-Entre no carro e cale-se - Marco diz e decido não dizer nada.
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