História O Contrato - Who are you ?

Corro para o quarto. Tomo um banho bem rápido. Abro o roupeiro e decido vestir uma roupa bem provocante mas ao mesmo tempo sexy sem parecer vulgar. Marco vai surtar quando me vir mas essa é a minha intenção.

O telefone toca e vejo que é uma mensagem de Mário.

"Cheguei Ann" - Mário.

"Descendo" - respondo.

Dou uma olhada em mim no espelho que estava à saída de casa.

-Que o jogo comece - digo para mim e saio de casa.

-Oi - digo entrando no carro.

-Oi. Agora percebo a razão do Marco não deixar você ir à festa. Se fosse comigo também ficaria com ciúmes - diz Mário olhando para mim.

- Vou levar isso como um elogio seu. Obrigado Mário - falo envergonhada.

-Só digo as verdades. Você já foi alguma vez ao Cocaine? - ele diz ligando o carro.

-Nunca. Quando vinha ter com o Marco a Dortmund ficávamos sempre na casa dele - falo o que me vem à cabeça.

-No Cocaine é o sítio onde acontece as melhores festas de Dortmund. Aquilo está sempre ao rubro - ele fala empolgado.

-Posso imaginar que está cheio de jornalistas à entrada - digo.

-Sabe normalmente estão lá sempre pessoas conhecidas o que motiva o interessa pelos jornalistas. Mas se você preferir eu posso estacionar num sítio mais escondido e entramos pela parte de trás da boate.

-Se não você muito incomodo para você, eu agradecia - digo.

-Não é nenhum incomodo. Se para mim às vezes é constrangedor lidar com eles. Imagino você que não está habituado a estas coisas.

-Acho que nunca irei habituar. Gosto bastante da minha privacidade.

-Estando ao lado de Marco ou de outro jogador privacidade deixa de existir - ele fala meio tristonho.

-Ainda falta muito? - digo tentado mudar de assunto.

-Estamos mesmo chegando.

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Entramos pela porta de trás da boate que dá acesso à área VIP. Olho a meu redor e percebo a razão deste lugar acontecer as melhores festas. A música estava muito boa, o ambiente também.

-Ann - Mário me chama ao ouvido.

-Desculpe estava distraída - Digo olhando para ele.

-Vamos ter com os rapazes ali naquela mesa - ele fala apontado para mesa onde posso ver que já estão a maioria dos jogadores do bvb.

-Já vou ter com vocês. Vou buscar uma bebida - digo pois ainda não era altura do Marco saber que estou aqui.

-Um shot- digo para o barman  - obrigada - bebo a bebida rápido. Viro o banco do bar onde estou sentada para a pista da dança. Me levanto do banco e vou para o meio da pista dançando mesmo estando sozinha.

Marco POV

Cocaine está como sempre: ao rubro. Quase todos os rapazes do time já chegaram e outros estão chegando. Estamos juntos em roda numa mesa na área VIP. Reparo que na pista está se passando algo, não consigo perceber bem o que é, mas só vejo uma rapariga que está dando um show na pista. Não consigo ver a cara dela, mas aquilo que consigo ver dela me parece bem gostosa.

-O Mário tinha razão, a Ann é bem diferente das outras - Schurlle diz.

Eu olho para ele fazendo cara séria. Este tipo de comentários não fazem o meu gosto. Sei que o que eu e a Ann temos é apenas um contrato mas algo em mim não gosta que os rapazes fazem estes tipos de comentários.

-Marco se eu fosse você ia lá ter com ela. Mulher assim não fica muito tempo sozinha - Auba diz para mim fazendo com que eu me irrite mais.

Olho para Mário e ele faz me sinal com a cabeça para a pista. Quando olho percebo que a rapariga que está dando o show é nada menos que a Ann. Se antes já estava irritado muito mais agora estou. Ann está vestida de uma forma provocadora, por que razão ela está vestida dessa maneira, o pouco que a conheço este não é o seu estilo de roupa. Os rapazes que estão na pista não estão tirando os olhos do corpo dela. Ann vira se para o meu lado e os seus olhos encontram se com os meus. E como se não estivesse acontecendo nada, ela apenas me pisca o olho e sorri para mim continuando logo a dançar. Mas que porcaria é que esta garota está tentando fazer comigo? Aquele sorriso foi a gozar com a minha cara. Vejo que um rapaz se aproxima dela colocando as duas mamas em cada lado do corpo de Ann.

-Marcinho 0! - Auba fala.

-Você já perdeu. Era sorte a mais para você ter aquela mulher do seu lado - Schurlle fala.

Ignoro os comentários dos rapazes me levantando da mesa em que estava e andando apressado para tirar aquele homem do que é meu.

Cada vez que me aproximo vejo que Ann está dizendo algo ao ouvido do homem. Chego ao pé dela tirando rápido ela de ao pé dele colocando por trás de mim, ficando eu de frente com o homem.

-Você está com algum problema? - digo firme.

-Nenhum - o homem fala aproximando cada vez mais de mim - Você é que deveria de aproveitar a garota que tem ao seu lado. Nenhum namorado deixa a mulher sozinha num bar dançando daqui forma e tendo o corpo que ela tem.

-Marco - Ann diz tentando me fazer calar.

-Você lave a boca antes de falar da MINHA namorada - digo carregando na palavra minha - você não tem nada a haver sobre a minha relação. Você vá tentar flertar com outras raparigas com esta não de certeza.

-Chega Marco. Se você continuar só vai atrair à atenção de mais pessoas. Tudo o que precisamos neste momento são de escândalos - Ann diz fazendo com que olhe para ela.

Olho para trás e percebo que o rapaz percebeu qual é o seu lugar aqui dentro. Neste momento preciso de saber qual a razão da Ann estar a ter esta atitude.

- Você vem comigo - digo a ela agarrando a sua mão puxando para uma pequena sala do bar que só eu e o Marcel tínhamos acesso.

Fecho a porta e fico a olhar seriamente para a cara dela.

-Aconteceu alguma coisa? - Ann fala normalmente passando algum tempo.

-Se aconteceu alguma coisa? Claro que não - digo irônico.

-Então qual a razão daquela atitude? - ela pergunta.

-Você só pode estar gozando com a minha cara - digo passando a mãos pelo cabelo ainda mais irritado.

-De jeito nenhum - ela diz calmamente.

-Você não ouviu o que eu lhe disse no estádio? Você não podia vir aqui à festa  - digo respirando fundo tentando me acalmar.

-Que eu saiba está festa não é a sua festa. A festa está aberta ao público. Você veio festejar a vitória do seu time. Eu vim curtir a noite. Simples - Ann diz.

-E para curtir a noite é necessário vir assim vestida dessa forma - digo apontando para a sua roupa - você está...

-Linda? Gostosa? - ela diz baixinho.

-Isso não interessa. O problema foi você estar a dançar agarrada a outra pessoa - digo.

-Em primeiro lugar não estou vendo nenhum problema. Em segundo, como você pode ver eu estava dizendo algo a ele antes de você chegar e ter aquela atitude. Eu estava dizendo que não podíamos estar ali a dançar daquela forma porque eu não podia, mas se ele quisesse iríamos para outro sítio mais calmo. Em terceiro...

-Como assim outro você ia para outro lugar mais calmo com ele? Você está comigo, não pode ser vista com outro - digo elevando o meu tom de voz.

-Que me lembre, Manuel disse que podíamos ter outras pessoas, apenas tínhamos que ser discretos. Era isso que eu estava tentando fazer.

-Você seria capaz de ter outras pessoas? Você tem que me respeitar - digo olhando nos seus olhos.

-Marco ouça o que lhe vou dizer. Você que quis que as coisas fossem assim. Apenas estou jogando o seu jogo - ela diz séria - Se você quer respeito então me respeite - ela continua e quando acaba apenas se dirige a porta de saída.

-Onde você vai? A nossa conversa ainda não terminou - digo agarrando no seu braço.

-Tire a sua mão. Está me magoando – ela.

-Desculpe - digo tirando a minha mão do seu braço - Mas temos que conversar. Vamos para casa - eu peço.

-Não Marco. Você quis assim - ela diz abrindo a porta e volta para a festa.

Eu não posso acreditar nas palavras que ela me acabou de dizer. Sei que podemos ter outras pessoas só que eu não quero Ann ao lado de outro. Nem consigo compreender a razão de estar a ter estas atitudes. Ann é apenas um contrato, toda a nossa relação é falsa, nada se pode construir quando não existe a verdade entre nós. Ann tem razão. Deveria de a ter respeitado e não sair à noite quando ela chegou a Dortmund. Mas ela tem que compreender que as coisas não são fáceis para mim, ela tem que perceber o meu lado.

Saio da sala voltando para a mesa dos rapazes. As palavras de Ann não me saiam da cabeça. Olho em redor no bar e não consigo ver onde pode estar Ann.

-Marco, eu dei boleia à Ann para vir à festa - Mário diz.

-Então foi você - digo.

-Marco eu conheço você à muitos anos para conseguir perceber que algo se passa, desde que você a levou para assistir ao treino eu vi que algo se passava na vossa relação - Mário fala.

-É complicado – digo baixando a cabeça para o chão.

-Eu não estou a dizer isso para você se sentir obrigado a contar o que se passa - ele fala - estou a dizer como seu amigo e para alertar você.

-Sei disso. Você é dos poucos em que posso confiar - digo.

-Mas vou ter que avisar você para algumas coisas - Mário diz e eu faço sinal para que ele prossiga - É difícil encontrar mulheres como a Ann. Não deixe que os seus ciúmes idiotas, o medo e esses problemas deixem que o que vocês estão construindo acabe.

-Você tem razão. Mas só desta vez - digo a ele.

- Eu tenho sempre razão, você é que nunca me quer ouvir – ele diz.

-Vou ter para ela. Em casa falamos melhor do que aqui - digo me levantando e indo para casa.

-Já? Isto só agora é que começou - Marc Bartra fala.

-Problemas... - digo

-Boa sorte - ele diz.

Saio dali o mais rápido possível e sigo até casa na esperança que Ann estivesse lá. Ela conhece muito pouco de Dortmund por isso deve de ter ido para casa descansar.

-Ann! Ann! Entro em casa e chamo por ela. Não existe resposta apenas um silêncio na casa. Decido ligar para ela mas ela não atende. Tento mais uma vez, quando ao quarto toque a chamada é atendida.

Chamada on

-Ann? - digo.

-Não. Eu vou lhe passar o telefone - atende a voz de um rapaz o que me deixa de volta bastante nervoso - Ann acorda - consigo ouvir ele a chamar ela. Mas depois já não consigo ouvir mais nada.

-Desculpe, Ann está ocupada agora. Quer que eu deixe recado? - ele pergunta.

-Quem é você? - pergunto.

-Não lhe interessa. Você quer deixar... - ele diz.

-Fiz lhe uma pergunta. Quem é você? E onde está Ann? - pergunto impaciente.