História O Contrato - Sentimentos...

Taylor ficou com cara de poucos amigos depois que Theo apareceu. Claro, ele sabia o que o assistente causava em mim. 

- esse assistente do seu namorado é um gato mesmo hein! - disse Margot

- pois é... 

- eu percebi que Taylor tem ciúmes dele.

Fiz uma cara de assustada. Até ela percebeu?

- ah é? porque diz isso?

- enquanto vocês conversavam, Taylor não tirou os olhos. Aposto que ele não prestou atenção em nada do que eu e a Mel dissemos.

- bobagem! ele não precisa ter ciúmes.

Dessa vez eu menti feio.

- fica esperta hein Geo! não vai estragar o seu relacionamento por causa de uma aventura!

Revirei os olhos.

- Taylor gosta muito de você. Isso é bem perceptível.

- Margie, eu não vou fazer nada! ficou doida? odeio traição! você sabe!

Isso era verdade.

- eu sei. confio em você e ele também!

Era só o que me faltava!

(...)

O dia passou rápido e pensar em se despedir da Margie e da minha irmã era torturante.

- é a nossa última noite aqui Geo... - Mel disse tristonha

- eu sei, mas vamos nos ver logo tá?

- Taylor disse que tinha uma surpresa pra nós... - disse Margot

Franzi a testa sem entender. O que deu nele? Tinha virado o rei das surpresas?

- eu não sei de nada! não olhem pra mim! - falei erguendo as mãos

- estou ansiosa! - disse Mel 

Durante o jantar éramos apenas risos. Começamos a contar histórias de família e Taylor contou os micos que já pagou com a família por ser famoso. Eu dei tanta risada que a minha barriga doía. 

- e a surpresa Taylor? - Mel cobrou

- Mel! - eu a repreendi

- Deixa Georgia! Tem uma surpresa mesmo! - ele disse

Ele se levantou e foi até a sala para pegar o celular. Ele fez uma chamada pelo Facetime e disse:

- Robert, eu quero que você conheça uma pessoa. Uma grande amiga que é muito sua fã! 

Mel já estava chorando.

- ai meu Deus! Edward? 

Taylor ligou para Robert Pattinson e Mel mais chorava do que falava. Essa era a surpresa! Minha irmã era muito fã da Saga e sempre dizia que não sabia se era Team Edward ou Team Jacob. Ela sempre gostou dos dois e falar com um ídolo pra ela já era demais imagina com dois?

Meus olhos estavam lacrimejados e Margot também chorava de emoção. Nunca na vida pensávamos que teríamos tantas oportunidades, muito menos de conhecer pessoas famosas.

Depois da ligação para o vampiro, Mel e Margot foram dormir. Eu tinha que admitir que Taylor estava se esforçando mesmo para ser mais agradável, mas com as meninas ele nem precisou de esforço. Ele foi simpático e atencioso do início ao fim.

Eu estava me preparando para dormir quando ele entrou no quarto. Ele estava diferente comigo desde a hora em que o Theo apareceu e eu sabia porque. 

- Taylor, obrigada pela surpresa para a Mel. Foi incrível!

Ele deu um sorriso tímido e não disse mais nada. Ele deitou e virou para o outro lado se cobrindo completamente.

Fiquei frustrada com a atitude dele, confesso. Pode até parecer meio bipolar, mas eu queria que ele tivesse tentado algo. O que a carência não faz?

- Taylor?

Eu o chamei. Eu realmente sou louca!

Ele se virou devagar e me olhou.

- o que foi?

- não vai falar boa noite? - provoquei

- boa noite.

Ele virou de novo para o outro lado.

- o que aconteceu? - insisti

- nada Georgia.

Se ele era insistente eu era bem mais! Eu o peguei pelos ombros e o virei de repente pra mim. Ele me olhou sem entender.

- ficou doida?

- fala! porque está desse jeito?

- nada ué! já falei!

- tá, mas eu quero brincar!

É, se ele era ruim eu era pior!

- porque não vai brincar com o Theo?

Eu sabia!

- pára com isso! 

Eu ria muito.

- é sério! ele está disponível! liga pra ele e vai brincar!

Parei de rir e comecei a me assustar com o que eu estava sentindo. Eu estava gostando do ciúmes dele.

- Taylor, com quem eu estou agora?

Ele me olhou ainda sério, mas baixou a guarda.

- está comigo de mentira.

Engoli seco.

- é, mas estou, não estou?

Ele revirou os olhos.

- quer mesmo brincar? - ele perguntou

Eu sabia que o lado galinha dele ia falar mais alto!

- claro! 

Ele sorriu finalmente e me puxou. Eu caí em cima dele e sorri com a atitude. Os braços dele eram fortes e o peitoral era grande. Eu tinha que me dar um troféu de resistência por ainda não ter transado com ele. 

Começamos a nos beijar e não paramos mais. Nem lembro há quanto tempo eu não beijava assim. E por incrível que pareça nós nem brincamos, apenas nos beijamos e conversamos. Tínhamos muitas coisas para conversar, afinal, nós nem nos conhecíamos! 

- quando você faz aniversário? - ele perguntou

- em Julho, dia três. E você?

- Fevereiro. Onze.

- o que você vai dar de presente para a sua super namorada? quero jóias para postar no Instagram! - brinquei

- se tudo entre nós é falso o presente também será.

- ai, credo! que frieza!

- estou brincando boba. Não sei. O que quer ganhar?

- eu que estou brincando. Não precisa dar nada! 

- até lá eu faço uma surpresa.

- o que você tem com surpresas em Lautner?

- eu gosto! sou uma pessoa normal Georgia...

- ah claro, bem normal... - zombei. - porque não conseguimos ficar sem brigar? parecemos duas velhas! - falei rindo

- você que é chata! 

- eu!? tenho certeza que eu sou a namorada mais legal que você já teve!

- há! certeza... - bufou

- eu posso garantir que você é o namorado mais bonito que eu já tive.

Ele me olhou com os olhos arregalados.

- espera! você me fazendo um elogio? o mundo vai acabar!

- engraçadinho...

- seus namorados eram tão feios assim?

- eram horríveis! eu sempre fiz caridade e viu onde cheguei!? estou com um ator de Hollywood agora!

Ele sorriu.

- você faz caridade porque quer. 

- hum, agora você que me elogiou... - falei fazendo cócegas nele

- eu já lhe fiz vários elogios!

Taylor era um cara agradável e gato, muito gato. Era difícil ficar do lado dele, em uma cama, sem querer nada. E como eu não sou besta eu o ataquei. Nossos beijos ficaram urgentes e a vontade falou mais alto.

Ele tirou a camiseta, o shorts e a me ajudou a tirar a camisola. Nos olhamos por um instante e rimos um para o outro. Já sabíamos onde aquilo ia parar, quer dizer, se eu não tivesse amarelado.

Assim que ele levantou para pegar uma camisinha eu comecei a pensar em milhões de coisas. Eu já estava começando a me sentir diferente em relação a ele. Eu já estava gostando demais dessa história de brincar e de ficar com ele de verdade, sem mentiras. 

- o que foi?

Ele percebeu o meu desespero.

- acho que é melhor não fazermos nada.

- porque? eu quero, você quer, qual é o problema?

Minha cara de assustada deveria ter sido filmada.

- eu já sei. - ele disse 

- o que?

- está com medo?

Uau. A minha cara não escondia nada mesmo!

- sim.

Eu tive que ser sincera.

- não quero forçar você a nada. - ele disse acariciando meu rosto

Fechei os olhos para apreciar o momento. Ele sabia ser gentil e carinhoso e aquilo já acendia algo em mim que era muito perigoso.

Qual é o problema transar? Nenhum! Mas eu sabia que se eu gostasse muito e que se ele continuasse desse jeito eu ia me apaixonar! E me apaixonar não estava nos planos! Muito menos por ele!

E se eu transasse com ele todas as minhas chances com o Theo estariam perdidas! Isso era fato! E se ele também só quisesse isso comigo? E se essa história de ser simpático fosse apenas para conseguir o que queria?

- vamos dormir? - pedi

- tudo bem.

Ele guardou a camisinha no mesmo lugar e se vestiu. Senti uma pontada de frustração comigo mesmo. Eu precisava conversar com a Tina! Precisava de conselhos com urgência!

(...)

No dia seguinte eu acordei triste por vários motivos. Mel e Margot iam embora e eu era uma verdadeira molenga! Poxa! Eu não estava acreditando que eu já me deixei levar! Será que eu estava virando mulher de malandro?

- Geo, obrigada por tudo! Vamos sentir tanto a sua falta! - disse Margot

Eu já estava aos prantos e Mel também.

A despedida foi péssima e eu nem pude ir ao aeroporto. Taylor não saiu do meu lado o dia todo, mesmo que não tenha falado muita coisa. Ele apenas me fez companhia.

- quer alguma coisa? sair? ver um filme?

- não, obrigada. Eu só quero deitar um pouco. 

Minha cabeça martelava de tanta dor!

(...)

Depois de algumas horas Margot me ligou para falar que chegaram bem. Fiquei mais aliviada e aproveitei para falar com o meu pai. Ele estava super bem e super bem tratado. Que bom que meu dinheiro estava servindo para alguma coisa.

Aproveitei que tinha melhorado e tirei minhas coisas do quarto dele. Voltei para meu antigo "lar" e me senti melhor, afinal, eu também gostava de privacidade.

Escutei batidas na porta e eu já sabia o que ele queria. Com certeza ia pedir para eu ficar no quarto porque queria transar.

- oi... - falei ao abrir a porta

- porque está aqui? - ele perguntou

- como assim?

- você saiu lá do quarto com todas as suas coisas de repente...

- melhor ficar aqui. Eu e você precisamos de privacidade.

Ele me olhou sério.

- você vai ficar bem? - ele perguntou

- claro! eu não vou sair do quarto.

- que!?

Ele pareceu não entender.

- eu sei que você não quer que eu saia do quarto, então não vou sair.

Ele sorriu sem graça.

- Georgia, eu não vim pedir pra você não sair do quarto. Eu só vim saber se você estava bem.

Uau. Mais uma surpresa!

- ah, obrigada. Estou bem.

Eu ia fechar a porta, mas ele voltou.

- ahm, quer ver um filme?

Há tanto tempo eu não via um filme decente...

- não me diga que é Lua Nova, por favor!

Ele cerrou os olhos e bufou.

- claro que não! vem! eu vou escolher um legal.

E lá fui eu. Realmente o filme era bom, mas eu não lembro o nome. Eu estava sonolenta e cansada de tanto chorar o dia todo. Estávamos sozinhos em casa, então não precisávamos sentar próximos um do outro, mas ele fez questão. Ele me abraçou e eu me aninhei no colo dele. Era cômico se pensarmos que há alguns dias atrás eu queria matá-lo!

- é bom ter um namorado de mentirinha às vezes... 

Ele riu e me abraçou mais.

- você pode me alugar se quiser. 

- seu cretino! você já está sendo bem pago pra isso!

De repente, o celular dele toca. Ele pede licença e sai para atender. Era mulher, claro. Ele falava tão baixo que quase sussurrava. Depois de um tempo ele volta e me abraça de novo.

- se quiser sair ou receber alguém aqui fique a vontade hein! - eu disse

- hoje não.

Senti uma pontada no peito, o que seria um leve ciúmes, e me xinguei mentalmente por sentir isso.

- amanhã temos algum compromisso? Tina não me disse nada...

- parece que temos um evento beneficente daqui dois dias. - ele respondeu

- ai meu Deus! como eu vou me comportar? nunca fui nesses eventos!

- calma. Eu te ajudo. E a Tina estará lá também.

Respirei mais aliviada e comecei a rir. 

- porque a risada?

- você dizendo que me ajuda. Isso é engraçado. - zombei

- eu não sou um monstro Georgia e eu espero que você já tenha percebido isso.

- é, estou começando a me convencer disso.

(...)

O filme finalmente terminou e eu até que gostei. 

- bom o filme.

- ah Lua Nova é bem melhor... - brincou

Revirei os olhos.

- vou dormir. Boa noite! - falei dando um beijo na bochecha dele

Ele sorriu e me acompanhou até o quarto.

- você parece o namoradinho deixando a namoradinha na porta de casa... - brinquei

Ele sorriu lindamente.

- está entregue então!

- obrigada por ter me animado hoje Lautner. Se não fosse você e o filme eu estaria chorando até agora!

- às ordens. 

Ficamos nos olhando como nunca tínhamos nos olhado antes. Era como se não quiséssemos ir embora ou como se não quiséssemos dizer boa noite. 

- boa noite Taylor.

- é... boa noite!

Fechei a porta rápido para não cometer uma loucura! Ele podia ser feio e desdentado! Ia ser tão mais fácil! Me joguei na cama e comecei a murmurar:

- eu sou muito idiota mesmo! o cara é o maior gato e eu me fazendo de difícil! eu posso transar com esse gostoso por um ano! um aaaaaaannnnnnoooooo! 

Eu estava praticamente me autoflagelando... até ouvir batidas na porta.

- não! não é possível que ele vai transar com uma vadia agora!? - reclamei em voz alta

Levantei rápido e abri a porta. Ele estava com uma cara estranha.

- oi! - ele disse

Franzi a testa sem entender.

- oi... - falei

- Georgia... eu voltei porque...

- tenho que ficar no quarto? 

Ele riu.

- na verdade eu quero sim ficar no meu quarto...

Eu sabia! 

- vai lá! divirta-se! - resmunguei

- hey! eu posso terminar de falar?

- fala...

- eu quero ficar no meu quarto com você.

Ai não! Minha nossa! Minhas pernas amoleceram e eu soltei um riso idiota.

- comigo?

Eu ainda perguntei pra ter certeza de que não era uma brincadeira.

- seu nome é Georgia Banks?

- é...

- então é você mesmo.

E todo o medo que eu estava sentindo eu deixei de lado. O cara era gato, gostoso, simpático e sabia ser gentil quando queria. O que eu queria mais? Pra quem só pegou caras feios na vida eu precisava de novas experiências! 

Eu literalmente pulei no colo dele e entrelacei as pernas em sua cintura. Ele riu com a minha atitude e foi me beijando até o quarto dele. 

- eu não acredito que vou poder pegar na sua bunda hoje. - ele disse 

Soltei um berro!

- pára! senão eu me desconcentro! - pedi ainda rindo

O que veio depois foi uma sequência de beijos molhados e quentes, muito quentes. Nossas roupas foram parar longe e eu nem lembrava como tinha tirado a calcinha.

Ele me olhou por inteiro e foi se encaixando entre as minhas pernas. Eu estava mais preocupada em ver o "Lautinho". Sim, eu apelidei assim, para ter uma referência. Ele ainda não tinha tirado a cueca, então eu estava ansiosa. Eu queria saber logo o que eu tinha que encarar. 

Camisinha a postos e eu também, Taylor começou a tirar a cueca. Pois é. Eu poderia descrever o momento, se eu realmente conseguisse. Pequeno? Jamais! E isso eu já tinha comprovado nos amassos anteriores, mas ver de verdade é outra coisa! Puta merda! Por isso que ele transa com uma por dia e nenhuma mulher nega sexo a ele! Ele é todo lindo!

Dei um sorriso como se o parabenizasse por aquilo tudo e ele sorriu de volta. Estávamos ansiosos para transar, isso era fato, então não ficamos enrolando. Ele me beijou com vontade e enquanto me beijava tentava colocar a camisinha. Eu sabia que aquilo não ia dar certo.

- porque não coloca a camisinha primeiro e depois me beija? - resmunguei

- e porque você é chata até nessas horas? - ele disse rindo

É. Não tinha como não rir. Ele fez o que eu pedi e voltou a me beijar. Só aquele beijo já me levaria para o céu, mas ele fez o favor de me penetrar bem devagar e então, eu senti o que era estar no céu de verdade. Cada centímetro meu foi preenchido por ele e da melhor maneira possível. Ele não era só bonito, ele também era bom de cama, definitivamente. 

- Tay...

Eu já estava delirando e já não respondia mais por mim. Ele começou a intensificar os movimentos e isso só fez com que o orgasmo chegasse mais rápido. Mas antes do meu ápice eu escutei algo que me surpreendeu ainda mais. 

Desde o dia em que eu o conheci eu tinha certeza de que ele gozava primeiro e não se importava com nada além do seu próprio prazer. Mas longe disso tudo. Eu me enganei. Ele me deixou gozar primeiro, e isso eu percebi, porque ele se esforçou muito para segurar a vontade dele e me deixou ir na frente. E, além disso, ele me chamou de:

- você é linda...

Bem no meio da transa e olhando nos meus olhos. Isso nunca tinha acontecido antes! Com nenhum cara! Poxa! E porque logo com ele? Pra eu me apaixonar de vez, é isso? Não! Eu não ia me deixar levar por um elogio na hora do sexo. Nem pensar!

Ele caiu exausto ao meu lado enquanto eu tentava me recuperar do melhor orgasmo que eu já tive na vida. Talvez por ele ser muito bonito e por fazer muito bem, não sei, só sei que foi o melhor. 

Ele me olhou e sorriu. Eu fiz o mesmo, afinal, ele me proporcionou minutos muito agradáveis. 

- não vai mais parar de rir? - brinquei

Ele ainda mantinha um sorriso largo no rosto.

- sabe porque eu estou rindo? - ele perguntou

- porque acabou de gozar?

- não sua doida! estou rindo porque hoje, pela primeira vez, você me chamou de Tay.

Franzi a testa sem entender.

- eu!?

- é. Você!

- magina! você está delirando ainda...

- claro que chamou Georgia!

- que horas?

- agora! enquanto eu mostrava pra você o que é sexo de verdade!

Eu não pude conter o riso.

- como você é convencido Lautner! 

- vem aqui... 

Ele me puxou para mais perto e me beijou devagar. Eu não sabia quantas camisinhas mais ele tinha. A única coisa que eu sabia é que eu usaria todas com ele. E isso me preocupava.

- vou ao banheiro. Já volto. fica aí!

Como se eu fosse pra algum lugar.

Enquanto ele estava no banheiro eu sorria igual uma idiota. Além de lindo era bom de cama, como pode isso? Eu desdenhei e agora eu estava literalmente ferrada!

- voltei!

O sorriso dele era radiante. 

- eu preciso mesmo ir ao seu dentista. - falei

- isso é um elogio, não é?

- claro! 

Ele me beijou de novo e eu realmente comecei a ficar preocupada. Eu estava gostando de ficar ali com ele e isso não era um bom sinal.