- fala logo Taylor!
Eu já estava angustiada e a cara dele de "falo ou não falo" me deixava ainda mais nervosa.
- Geo, você precisa prometer que não vai fazer nada a respeito disso, okay? Deixa, que eu tomo conta de tudo!
- fazer o que? fala logo caramba!
Ele se aproximou e sentou ao meu lado na cama.
- a Liz ameaçou colocar a boca no trombone sobre o nosso contrato.
Arregalei os olhos.
- eu sabia! Aquela vaga...
- Geo, calma! deixa eu falar!
- fala!
- naquele dia, no resort, eu fui falar com ela e disse que não poderíamos mais ficar juntos. Ela bateu boca, gritou, disse que me amava e que precisava de mim.
- nossa, ela precisa tanto assim de você?
- será que eu posso continuar?
- tá, continua...
- bom, daí eu pedi para ela explicar o porque do escândalo e o porque de precisar de mim. E então, ela disse que estava com uns projetos como modelo e que depois do nosso contrato ela ia precisar de mim para promove-la.
- ah, claro, vagaba!
Ele riu do "vagaba".
- só você mesmo pra me fazer rir nessas horas...
- continua Lautner!
- Eu recusei, claro. Eu disse que o nosso contrato era uma coisa completamente diferente e que o que ela queria era me usar pra se promover da pior maneira possível. Foi então que ela começou as ameaças.
- mas você fez tudo isso comigo por causa dela? não dá pra você falar sobre isso com os patrocinadores?
- se eles souberem que eu contei a ela, daí estamos mesmo perdidos! era segredo pro mundo todo, lembra?
- viu o que dá você ser um galinha? porque contou a ela?
- Georgia, antes de você aparecer eu estava com a Liz há um bom tempo! Eu achei que ia rolar algo mais sério, mas...
Ele ficou sem graça e não terminou de falar.
- continua...
- bom, ela ameaçou e eu não posso deixa-la fazer isso. não até esse contrato terminar.
- deixa eu ver se entendi. A Liz quer que você fique com ela agora e depois do contrato é isso?
- é isso.
- mas ela não pensa que depois que o nosso contrato terminar você pode pular fora?
- Geo, depois que o nosso contrato terminar podemos fazer o que quiser! dizer que ela é louca, que isso é tudo coisa da cabeça dela, enfim... a minha preocupação é com o agora!
- mas você está aqui comigo hoje! ela aceitou isso?
- eu disse que era parte do plano. Eu disse que não suporto você e que eu estava sendo obrigado a vir aqui.
- o que não é mentira... - revirei os olhos
- Georgia, você ouviu tudo o que eu te falei?
- claro que eu ouvi!
- pois não parece! eu acabei de falar o motivo de eu estar assim com você desde a nossa viagem! não foi porque eu quis! foi por ela!
Eu nem sabia mais o que pensar. Se aquela louca colocasse a boca no mundo eu e meu pai estaríamos perdidos.
- está com tanto medo assim de manchar a sua carreira? - perguntei
Ele se aproximou mais, a ponto de sentirmos a respiração um do outro.
- não. Eu estou preocupado com a multa que você terá que pagar e com os cuidados que o seu pai deixará de ter.
Quando ele disse isso eu desabei. Não segurei o choro que estava entalado desde a hora em que eu o vi colocando o meu pai na cama.
- hey, calma... - ele disse me abraçando
- eu não sei o que pensar, estou confusa...
- eu sei.
- e o que vamos fazer com ela? - perguntei
- vamos deixar as coisas como estão. Ela precisa acreditar que eu odeio mesmo você e que você não quer me ver pintado de ouro.
- isso é fácil fazer.
- nossa, obrigado.
- você acha que o Theo está envolvido nisso?
- acho, mas não posso provar. Eu não contei a ele e não quero envolve-lo nisso diretamente.
- a Tina sabe?
- não. Só você. Eu, você e a louca da Liz.
Ele ficou me olhando, como se quisesse dizer mais coisas.
- tem mais coisas pra falar? se tiver, já fala logo! - eu disse
- não.
E eu achando que ele ia se declarar.
- tá, então... agora vamos dormir!
Entrei debaixo das cobertas, mas antes que eu pudesse me deitar completamente ele me puxou.
- acha mesmo que eu não teria mais nada para falar?
- fala então!
Ele sorriu de um jeito totalmente diferente. Estava aparentemente nervoso e envergonhado.
- eu... bom, esquece tudo o que eu já te falei até hoje, sobre estar louco por você e etc...
- há! eu sabia que era tudo mentira.
- espera! deixa eu falar!
Revirei os olhos.
- esquece tudo o que eu já te falei e presta atenção no que eu vou te dizer agora...
- estou prestando Lautner...
- Georgia, eu estou apaixonado por você.
Pois é. Se eu achava que eu era durona, me enganei completamente ao ouvi-lo dizer essa frase. Minhas pernas começaram a tremer e minhas mãos também, apesar de eu ter ficado parada igual a uma estátua olhando pra ele.
- impossível. - eu disse
- como assim impossível?
- olha pra mim! não tenho nada a ver com você!
- claro que tem! eu adoro o seu jeito e você é linda!
Senti meu rosto queimar.
- por favor, não me diz que tudo isso é mentira e que tudo isso é um erro, que você...
- Geo, olha pra mim.
Ele pegou meu rosto com as duas mãos.
- eu estou completamente apaixonado por você. Não é mentira. Não é um erro. Quero que nós dois sejamos mais do que um contrato. Quero rasgar logo aqueles papéis e ficar com você de verdade e quem sabe assim você possa acreditar em mim.
- Lautner, se eu acreditar em você de novo e você me decepcionar, quem vai colocar a boca no trombone sou eu! entendeu?
- Espera! isso quer dizer que vamos ficar juntos?
A cara dele de felicidade era inédita pra mim.
- Se for só ficar, tudo bem. - dei de ombros
Ele abriu um sorriso gigante.
- vamos parar de brigar? - ele perguntou
- você que sempre foi um grosso! eu não tenho culpa!
- Geo, vamos ou não parar de brigar?
- tá, vamos.
- e você vai parar de me chamar de Lautner?
- não é o seu nome?
- quero que me chame de Tay.
- ai Deus... tá... - bufei
- e agora eu posso te beijar?
Eu não estava esperando esse tipo de pergunta. Eu ainda estava tão insegura que não sabia se o agarrava ou se dispensava de uma vez. Aquilo tudo jamais ia dar certo, mas como eu sou burra e teimosa resolvi arriscar.
- pode! mas com uma condição!
Ele me olhou sem entender e perguntou:
- que condição?
- vamos ficar quando eu quiser e como eu quiser. Também quero TV, quero cozinhar quando quiser e quero a piscina. Ah! e massagem!
Ele ficou me olhando e rindo de mim. Eu, porém, me mantive séria.
- eu também tenho uma condição. - ele disse
- há! era só o que faltava! - bufei
- okay, então, sem beijos.
Ele disse se afastando de mim e virando para o lado. Eu era mesmo muito burra! Não aguentei e o virei pra mim.
- fala! que condição?
Ele riu como um cretino!
- as massagens serão feitas por uma mulher ou por mim.
- só isso?
- não. claro que não. quero também que você durma no meu quarto quando a Liz não for lá.
Quando ele tocou no nome dela eu gelei.
- isso não vai dar certo. - reclamei
- e também quero que você me responda: está apaixonada por mim ou não?
Uau. A pergunta mais difícil que ele poderia me fazer. A mais difícil e a mais constrangedora também.
- eu tenho a noite toda... - ele disse esperando uma resposta
- não me pressiona!
- só quero que você me fale a verdade!
- tá, eu estou apaixonada por você! pronto! satisfeito?
- ahhhhhhhhh agora sim tudo faz sentido pra mim!
- ué! tudo o que?
- eu sabia que você me amava!
- eu não disse que amo você! paixão e amor são coisas completamente diferentes!
- tá, que seja! eu não quero brigar com você nem mais um minuto!
E depois disso ele me atacou. Literalmente.
(...)
Beijos, amassos, roupas jogadas pelo quarto. Assim foi o nosso primeiro contato de verdade depois de todo esse bafafá.
Ele me beijava com intensidade e suas mãos percorriam cada detalhe do meu corpo. Eu precisava me policiar para não fazer escândalo, afinal, minha irmã e meu pai estavam no quarto ao lado.
- senti tanto a sua falta sabia? - ele disse entre um beijo e outro
- mas nem estávamos juntos... - balbuciei
- senti falta de você assim perto de mim Geo...
As palavras dele eram o que mais me excitava.
- ah, mas que droga! - ele disse parando os beijos
- o que foi?
- não tenho camisinha... você tem alguma aqui?
- não... mas eu tomo pílula.
Eu não queria transar com ele sem camisinha, mas naquela altura do campeonato eu não estava mais pensando corretamente.
Ele sorriu e voltou a me beijar, mas eu o interrompi:
- quer mesmo fazer isso assim? - perguntei
- claro! porque não?
- sei lá, você é uma celebridade e celebridades podem achar que mulheres como eu querem dar o golpe da barriga!
Ele gargalhou.
- você não vai dar o golpe da barriga e você também é uma celebridade agora, acostume-se.
É, acho que ele tinha razão.
Voltamos a fazer o que estávamos fazendo e posso dizer que senti-lo me preencher novamente e sem nenhuma borracha, foi uma coisa de outro mundo.
Naquele momento pensei no que Margot me disse e decidi inovar. Eu o empurrei de leve e o virei para ficar em cima dele. Ele sorriu de um jeito safado, que me deixou mais do que excitada.
- que linda visão eu tenho daqui... - ele disse enquanto eu me encaixava nele
- sério? - perguntei abaixando-me para falar em seu ouvido
- sério... - ele respondeu ofegante
Eu nunca gozei tão rápido em toda a minha vida e pelo visto, ele também.
- uau. - ele disse caindo exausto ao meu lado
- espero não ter acordado a casa toda... - falei
- estou me sentindo mais leve. - ele disse
- porque?
- é bom dizer o que se sente e é bom contar a verdade. eu não aguentava mais ter que fingir que não gostava de você.
- entende agora porque eu odeio toda essa mentirada? estou nisso só pelo dinheiro e me sinto horrível por isso também!
- mas é seu pai Geo! é sua família! eu faria o mesmo, acredite.
- Tay...
Ele me olhou todo sorridente.
- que bom ouvir você me chamar assim...
- quando se apaixonou por mim?
- hum... acho que foi quando eu vi você assistindo televisão pela primeira vez...
- se apaixonou por mim, porque me viu assistir TV?
- quando você disse "vem aqui, vem ver você na TV", enfim, você estava tão linda e empolgada, estava tão natural...
- estava acostumado com mulheres artificiais, é isso?
- é isso.
- achei que tivesse se apaixonado por mim quando eu comi a banana... - falei rindo
- quando comeu a banana? - ele perguntou como se não lembrasse
- é! lembra que eu estava na cozinha e comi uma banana em câmera lenta na sua frente?
- ahhhhh lembrei! - ele gargalhava
- achei que tivesse se apaixonado por mim naquele dia!
- não. Naquele dia eu senti vontade de transar com você.
Senti meu rosto queimar.
- aquela cena foi patética! - eu disse
- foi sexy...
- sexy? pelo amor de Deus...
- claro que foi! eu não estou acostumado a ter uma mulher linda na minha cozinha e comendo uma banana daquele jeito!
Gargalhei.
- se você fizer comigo o que fez com aquela banana eu peço você em casamento, eu juro!
- pára de me fazer rir! - minha barriga doía
- é verdade!
- que exagero!
- é sério! aliás...
- aliás nada! não vou fazer!
- porque?
- tenho vergonha.
- vergonha? eu já fiz em você! e logo na primeira vez que transamos!
- vai ficar jogando na minha cara?
- não, mas quero que você pense no assunto.
- tá, vou pensar.
- vem aqui... - ele disse me puxando
Deitamos de conchinha, mas não dormimos. Ficamos conversando e lembrando de todas as vezes que quase nos matamos e era hilário saber a versão dele.
- naquele dia em que fomos ao Nice Guy, você lembra? - ele perguntou
- claro que lembro! que dia horrível!
- pois é! quando você sentou no meu colo, do nada, e começou a fazer aquela voz de telesexo, eu armei a barraca...
- você o que???
Escutar ele falar assim era muito inusitado pra mim. Ele sempre foi tão sério e tão bravo que vê-lo descontraído era como se eu tivesse vendo outra pessoa.
- você não sentiu?
- claro que não! seu tarado!
- fiquei morrendo de vergonha de você. Achei que tivesse percebido!
- como eu ia perceber se você congelou o meu cérebro naquele dia com aquele ar-condicionado maldito!
- desculpa.
- tudo bem.
- Geo, semana que vem precisamos ir na casa dos meus pais.
Ai Deus. Estava tudo tão bom.
- eu vou.
- eles são legais, você vai ver.
- se me tratarem como você me tratou no começou, estou perdida!
- claro que não. É bem provável que eles te tratem melhor do que me tratam.
- tá, vamos ver...
E então recomeçamos de onde paramos. E a minha noite, por incrível que pareça, não podia ter sido melhor.
(...)
- Meninos, o café está servido!!!
Dei um pulo assustada e olhei para o lado pedindo para tudo aquilo não ser um sonho. Respirei aliviada ao vê-lo ali ao meu lado e dei um sorriso radiante.
- hey... Taylor...
Ele acordou devagar e sorriu ao me ver.
- bom dia.
- bom dia... Margot já gritou para irmos tomar café da manhã...
- hum, o cheiro eu já estou sentindo e está bom... - ele disse me fazendo rir
- você parece outra pessoa, sabia? - falei
- e isso é bom?
- claro! se você mudar eu mato você! - falei rindo
Ele sorriu e levantou para ir ao banheiro. Fiquei olhando todo aquele homem seminu e senti um calafrio. O tempo estava passando rápido e eu sabia que logo ficaria sem aquela sensação para sempre.
(...)
Depois do café da manhã ficamos conversando na sala. Mel estava ansiosa, porque ia receber as amigas em casa e elas eram muito fãs do Taylor.
- Mel, desse jeito você vai passar mal... - falei rindo
- ai, elas não chegam logo! - ela disse aflita
- Mel, só vamos embora amanhã, não precisa ter pressa. - Taylor disse
- é eu sei, mas eu quero ver a cara delas quando verem você!
Ficamos rindo das palhaçadas da Mel e finalmente a campainha toca. Ela deu um pulo que quase caiu.
- elas chegaram!!! - ela gritou
- Geo, agora você perdeu o namorado de vez! - zombou Margie
Taylor sorriu e foi para a cozinha. Achei estranho e o chamei.
- hey! onde vai?
- vou me esconder e fazer surpresa para elas.
Achei fofo e comecei a rir.
- espero que elas não caiam duras no meio da sala... - falei
- Geo! onde ele está?? - gritou Mel
- ah, ele foi embora... - menti
A cara das meninas eram de desespero coitadas.
- pára de brincadeira Geo! - disse Mel brava
- eu sabia que isso era lorota da Mel! até parece que Taylor Lautner estaria aqui! - disse uma das meninas
- ah é? então quem seria esse daí atrás de vocês? - ironizou Mel
- Boo! - Taylor disse e as meninas deram um pulo
- ai meu Deus!!! é ele!!! aaaahhhhhhh!!!!
Os gritos eram tão finos que eu tive que me afastar para não ficar surda.
- calma gente! ele está aqui, é de carne e osso e é um cara normal, okay? - dizia Margot tentando fazer com que elas se acalmassem
Taylor ficou lá com elas, respondendo todas as perguntas da Saga, dando autógrafos e tirando fotos. Quando elas finalmente foram embora eu disse:
- espero que elas não espalhem pelo bairro que você está aqui.
- vamos embora amanhã. até descobrirem algo já estaremos longe. - ele disse
Meu pai nos olhou triste e eu tentei amenizar a situação.
- Pai, eu volto logo, eu prometo!
- Senhor Banks, vamos voltar assim que tivermos uma folga!
Olhei para Taylor como quem diz "vamos?". Pensei que era só eu que fazia parte daquela família. Ele sorriu e me abraçou. Eu definitivamente não estava acostumada com esse novo Taylor.
(...)
Como era de se esperar o dia passou rápido. Meu coração já diminuiu só de pensar por quanto tempo eu não veria meu pai e a Mel.
- no que está pensando? - Taylor perguntou se aproximando
- já estou com saudade deles, só isso.
- quem sabe conseguimos voltar logo?
- como assim nós? você vem também?
- claro! não somos namorados?
- é, mas com certeza eu só voltarei aqui depois que o contrato terminar.
- e o que é que tem?
Comecei a rir.
- acha mesmo que ficaremos juntos depois desse contrato?
Ele fechou a cara.
- só se você não quiser. - ele disse sério
Dei um sorriso discreto e mudei de assunto. Eu até queria, mas eu sabia que não ia dar certo.
- Tay, e amanhã? E a Liz? E essa história toda de ameaça? será que vamos conseguir levar numa boa?
- precisamos conseguir Geo.
Senti um frio na espinha só de pensar no que essa louca poderia fazer. Eu, meu pai e Taylor estávamos literalmente ferrados se essa louca decidisse falar algo para a imprensa ou para quem quer que seja.
- e o Theo? eu vou precisar fingir que estou a fim dele!
Taylor me olhou sério e bufou.
- aquele idiota vai adorar.
- é, mas não vai ter outro jeito. Se eu fizer isso a irmã vadia dele vai achar mesmo que nós nos odiamos e que não temos nada a ver juntos.
- é, tudo bem, mas não exagera hein Georgia!
- eu? exagerar? e ela que vai dormir no seu quarto? você vai colocar um cinto de castidade por acaso?
Ele gargalhou.
- só você mesmo pra me fazer rir.
- não se faça de louco Taylor! quero só ver! se você transar com ela eu transo com o Theo!
- pára com isso Georgia!
- e se ela quiser? o que você vai fazer?
- sei lá! vou inventar uma desculpa...
- ah, e ela vai acreditar que um cara como você não vai querer nada?
- como assim um cara como eu?
- galinha...
- eu não sou galinha!
- mas é bonito, o que dá na mesma.
- não vai acontecer nada. Confia em mim.
- não estamos namorando de verdade, faça o que quiser fazer.
- tem que ter muita paciência com você, não é Georgia?
Comecei a rir, mas ele parou o meu riso com um beijo de tirar o fôlego.
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