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História O Contrato - A verdade sempre vem à tona.


Escrita por: SofiaQuem

Capítulo 26 - A verdade sempre vem à tona.


Fanfic / Fanfiction O Contrato - A verdade sempre vem à tona.

Aquele bilhete mexeu comigo. Da melhor e da pior maneira possível, porque acendeu o pouco de esperança em mim. Esperança de acreditar que ele realmente estava apaixonado por mim, e que até mesmo como ele disse, que me amava.

- Geo!!! - Mel gritou ao me ver

- ai que saudade!!! - falei

- Geo, o Natal foi muito legal mas faltou você! - ela disse

- eu sei, eu também senti muito a falta de vocês!

- filha! 

- pai!

Corri para abraça-lo. Eu precisava muito do abraço dele.

- ué. onde está Taylor? - perguntou

- ele não veio.

- porque? pensei que ele vinha com você...

- depois eu explico pai.

- ah, não me diga que...

Eu tinha que contar. Se eles não soubessem por mim, iam saber pela mídia.

- sim, mas não quero falar sobre isso, não agora.

Meu pai e Mel se olharam e preferiram não me perguntar mais nada. Melhor assim.

- e a Margot não quis entrar? - Mel perguntou

- Não, ela disse que ainda tinha que ir para a loja... - dei de ombros

Falamos sobre o Natal, Ano Novo e como foi esse tempo sem mim. Conversamos muito, mas eu não parava de pensar no cara mais metido e mais mandão do mundo. 

- Geo!? você está prestando atenção? - meu pai perguntou

- claro! - pisquei algumas vezes antes de responder

- o que eu acabei de dizer?

- ahm...

É, para eles era difícil mentir.

- desculpa, eu...

- está pensando nele? - Mel perguntou

Minha irmã mais nova era bem mais esperta que eu.

- sim... - respondi encabulada

- e porque não resolve isso de uma vez? - meu pai perguntou

- é complicado. Bom, eu vou dormir um pouco, estou cansada da viagem...

Fui para o meu quarto e só consegui sentir o cheiro dele. Lembrei dos dias que passamos juntos no feriado e lembrei de tudo o que aconteceu entre aquelas paredes. Comecei a sentir falta de ar de tanta saudade. E eu jamais, jamais imaginei que sentiria tudo isso! Eu estava tão ansiosa e empolgada para ter a minha vida de volta que não pensei na possibilidade de sentir tanta falta dele assim. Era como se faltasse alguma coisa, como se eu estivesse incompleta. Talvez por ter sido um ano. Foram trezentos e sessenta e cinco dias de convivência com ele, e por mais que tivesse sido péssimo no início, no fim foi maravilhoso.

Eu rolava tanto na cama que decidi mandar uma mensagem. Se ele realmente sentia o que disse, talvez quisesse saber se cheguei bem ou não.

Sorri ao ler a mensagem e fechei os olhos tentando imaginar a cara dele falando comigo.

(...)

Nos falamos todos os dias por mensagem. Eu não tinha coragem de ligar, nem ele pelo visto, mas um dia tudo mudou.

- Alô Tina?

- Oi Geo! tudo bem?

- tudo bem! você nem me ligou! estou até agora sem saber nada sobre as minhas finanças! 

- ah, eu não te liguei porque estou chegando em San Antonio essa noite e vou passar aí, posso?

- claro! isso nem precisa perguntar! vou fazer um jantar!

- hum, então mais tarde estou aí! meu voo é daqui a pouco! beijos!

Avisei meu pai e a Mel que Tina era a nossa convidada para o jantar. Quando ela finalmente chegou eu senti ainda mais falta dele. Ela me fazia lembrar de tudo e aquilo estava me matando por dentro.

- Geo, que delícia de jantar! além de ótima modelo cozinha muito bem!

- ai Tina, você é suspeita...

- bom, vamos falar de negócios? - ela disse

- vamos!

Fomos para o meu quarto para ficarmos mais a vontade.

- eu trouxe o relatório das suas finanças. Aqui está tudo o que você ganhou na campanha e é exatamente este valor que está na sua conta. ah! tome! aqui estão os seus cartões de crédito e de débito. Eles já estão desbloqueados.

- eba! que maravilha! bom, deixa eu ver o que ganhei com tudo isso... 

Comecei a ler e percebi que tinha algo estranho. A data de depósito de todo o dinheiro era a data do último dia do contrato. E os depósitos anteriores?

- Tina, tem algo errado aqui...

- o que?

- esse dinheiro todo que está na minha conta foi depositado de uma vez só e no último dia do contrato!

- é isso mesmo.

- mas, e os outros depósitos? quer dizer, desde o dia que o contrato começou? 

- este é o único depósito Geo.

Olhei pra ela sem entender nada.

- mas, como as despesas do meu pai foram pagas durante este ano? e as despesas da casa, da Mel, da Margot? estamos falando de um ano de contas!!

Tina me olhava com carinho e parecia saber muito mais do que eu imaginei que ela soubesse.

- Geo, a campanha pagou tudo de uma vez só. Eles disseram que só iam pagar quando você cumprisse o contrato. Você cumpriu e eles pagaram.

- ué! mas eu só entrei nessa história toda porque eu precisava logo do dinheiro! meu pai tinha as despesas do hospital, da cadeira de rodas, das enfermeiras! Tina, quem pagou tudo isso então?

- eu disse que você ainda ia se surpreender com o Lautner. 

Minhas pernas cambalearam e eu comecei a sentir falta de ar de verdade.

- não me diga que...

- sim, ele pagou tudo. 

Sentei na cama perplexa com tudo. Eu nunca imaginei nada disso, nunca!

- mas... ele pagou tudo neste um ano? tudo?

Eu ainda não acreditava.

- tudo Geo. Cada despesa com o seu pai, com a casa, com a sua irmã e com a Margot. 

- meu Deus Tina! e você não me disse porque?

- ele me proibiu de dizer.

Eu ainda estava atordoada e perplexa.

- eu... Deus do céu...

- Geo, viu o quanto ele estava sendo sincero?

- mas, ele me odiava no começo! porque quis pagar tudo? ele foi obrigado por alguém?

- deixa de ser boba! ele não foi obrigado por ninguém! 

- então me fala! porque?

- quando ele soube que a campanha só pagaria tudo no final ele ficou preocupado com a sua situação e com a situação da sua família. Ele já sabia do seu histórico. Sabia que você tinha entrado nessa história por causa do seu pai. 

- e porque ele me tratou tão mal?

- porque ele estava inseguro. Ele não achava que ia se envolver demais e foi a forma que ele encontrou de lutar contra esses sentimentos. Assim como você ele não queria se apaixonar, mas ele não resistiu aos seus encantos...

Tina ria enquanto eu me desesperava ainda mais.

- quanto foi? quanto foi toda essa despesa? eu preciso devolver a ele!

- eu não sei quanto foi. Ele não disse e nem vai dizer. Considere um presente.

E então, sem mais forças para ser forte, comecei a chorar. 

- Geo, calma!

- ele... ele foi tão generoso... - falei entre soluços

- generosidade é a principal qualidade dele. Agora eu sei. - ela completou

- e eu o tratei tão mal...

- você o tratou mal, porque ele também tratava você assim Geo. Quanto à isso você não deve se culpar...

- eu neguei esse sentimento dentro de mim todo esse tempo Tina! Neguei porque eu achei que ele não sentia nada por mim! Achei que era tudo fogo de palha, desejo, sexo, sei lá, tudo menos amor, menos sentimento. Ele nunca me disse! Esperou eu ir embora para me dar um bilhete e finalmente dizer que me amava... porque?

- Geo, nem todo mundo tem o mesmo jeito. Cada um tem uma forma de se expressar, de falar sobre os sentimentos. Ele não é diferente. Ele tem as particularidades dele.

- por isso que ele me disse sobre agir e não falar. Ele me deu a maior prova de amor e eu nem sabia!

- fala com ele.

- Tina, porque ele não me disse? porque ele não me disse tudo antes de eu ir embora? eu teria ficado lá! 

- ele não queria que você ficasse só por isso Geo. Eu também perguntei isso a ele.

- e o que ele respondeu?

- ele disse que queria que você ficasse se o amasse, se sentisse falta dele. Enfim...

Chorei ainda mais. Tudo aquilo quebrou as minhas pernas.

- o que você sente por ele?

- eu me apaixonei por ele Tina e você sabe. Até ele sabe disso! Eu já falei faz tempo!

- não estou falando de paixão Geo. Ele disse que te ama! E você?

- eu nunca amei ninguém, então é difícil saber se é amor...

- descreve o que você sente... quem sabe eu não posso ajudar a decifrar?

Engoli seco.

- eu sinto falta de ar quando penso nele. Ainda sinto o cheiro dele por toda essa casa. Queria que ele estivesse aqui comigo. Queria dormir com ele hoje e todos os dias. Quero saber o que ele está fazendo e se está sentindo a minha falta. Falamos todos os dias por mensagem e todos os dias eu olho o celular de cinco em cinco minutos para ver se ele respondeu. Penso se ele está com outra ou se alguma vadia já está no pescoço dele.

Ela riu.

- e se fosse ao contrário? você pagaria tudo pra ele também? você faria algo pela família dele?

- claro! eu...

Deus do céu! Minha garganta queimava.

- ...eu me imaginei muitas vezes fazendo parte daquela família de verdade e não como uma namorada de mentira...

- então você o ama! parabéns, finalmente descobriu! bom, agora eu preciso ir. Você tem todas as informações e muito dinheiro no banco! Aproveite!

- onde você vai!?

- tenho uma reunião amanhã e preciso dormir cedo. Semana que vem nos falamos sobre os seus próximos trabalhos!

- eu já tenho novos trabalhos?

- claro! e todos em Los Angeles. Ah! Você precisa pensar em várias coisas: se vai levar sua família de uma vez para L.A., se vai comprar algum imóvel por lá e no bonitão do Lautner. Pense e me avise! Eu ainda sou a sua assistente!

E então, ela jogou um beijo e saiu.

*Taylor POV*

Merda! Eu amo essa garota! Como eu fui deixar isso acontecer? Tanta coisa acontecendo na minha vida, eu não podia me preocupar com isso! Mas quem disse que eu conseguia me livrar desse sentimento? Ela era tudo o que eu precisava. Ela era o oposto de mim e era exatamente por isso que eu me apaixonei. Cada atitude dela me intrigava. Cada resposta, cada passo, cada beijo, enfim, cada detalhe dela me deixava ainda mais encantado. E a nossa última noite? Eu não posso negar que eu penso em como é o sexo com ela e que levei isso em consideração. Porra! É muito bom! 

Depois que ela se foi eu mal saía de casa. Eu não estava a fim de ir para um bar, ou um restaurante... Eu queria mesmo era ficar em casa e esperar uma mensagem dela, ver um filme, comer pipoca e imaginar ela cozinhando alguma coisa. Eu ia precisar de um tempo para entrar em outra. Eu precisaria de um tempo para me envolver de novo com alguém. 

Liz me procurou, mas eu não dei bola. Theo eu demiti. Não aguentava mais olhar para a cara dele. Eu, na verdade, queria distância daquela família. 

O que estava me deixando intrigado é que de uns dias para cá, a Geo não respondeu nenhuma mensagem minha. Mandei várias e nenhuma resposta. Acho que o pior aconteceu. Ela se distanciou para não alimentar algo que não tem volta. Mas, um dia, tudo isso mudou.

- Alô?

- Taylor?

- oi Tina!

- oi! pode falar?

- manda!

- Eu estava em San Antonio semana passada e visitei a Geo.

Sentei no sofá e engoli seco.

- ah é? e como ela está?

- está bem, ahm, preciso te falar que...

- ah não Tina! não me diga que...

- eu tive que contar a ela, Taylor, desculpe.

- mas eu te pedi e te proibi de falar! eu não quero que ela fique comigo por pena, dívida ou algo assim! poxa Tina eu confiei em você!

- dá pra você me escutar?

Suspirei alto e respondi.

- fala.

- ela gosta de você e não é por gratidão. 

- há. tá bom.

- é sério. E eu tive que falar porque ela perguntou detalhes do dinheiro, uma hora ela ia perceber!

- e o que ela disse sobre isso?

- Tay, eu preciso desligar, depois conversamos okay?

Ah mas era só o que me faltava! Bom, então era por isso que ela não respondia mais as minhas mensagens! Deve ter ficado com ódio de mim por fazer uma coisa escondido dela e ainda mais para a família dela. Que droga! Que merda!

Joguei o celular longe e fui para o jardim. Deitei na cadeira de sol, mas estava tão frio que eu quase congelei. 

- ela vai me odiar pra sempre... eu sei que vai... - pensei 

- eu nunca vou odiar você Lautner...

Dei um pulo da cadeira tão grande que quase caí. 

- Geo!?

Comecei a ficar gelado, mas não era de frio.

- oi...

Deus do céu. Ela estava tão linda.

- o que faz aqui? quer dizer... está em Los Angeles?

- claro que estou! eu não sou uma alma penada como você, sou eu, de carne e osso.

Sorri de nervoso e cocei a cabeça. Ela me fazia perder todos os sentidos.

- Olha Geo, eu não quero que você tenha vindo só porque eu paguei as...

- não estou aqui por isso. 

Ela me olhava tão intensamente que me dava medo, mas era um medo bom.

- eu fiquei preocupado com a situação do seu pai e eu soube que o pessoal da campanha não ia pagar e...

- eu sei. Eu sei de tudo isso. 

- e não está mesmo me odiando por não ter falado nada?

- Taylor...

Uau! Ela me chamou de Taylor!

- ... eu estou aqui porque eu preciso responder o seu bilhete, mas por mensagem, por telefone ou até mesmo por carta é muito impessoal. 

Comecei a rir. Eu só podia estar sonhando.

- o que está no bilhete é sincero. - falei

- eu sei. Agora mais do que nunca eu sei e eu nunca pedi para você provar nada. Você simplesmente fez porque quis e porque tem um coração bom, aliás, coisa que eu jamais imaginei que você pudesse ter...

- ah, nossa, obrigada pela parte que me toca...

Ela sorriu de um modo único. 

- e... eu estou aqui para dizer que sinto o mesmo...

Minha nossa. Parece que uma tonelada foi tirada das minhas costas. Respirei aliviado e sorri.

- mesmo? e porque não me disse antes? - perguntei

- e porque você não me disse antes? porque teve que escrever um bilhete quando eu já tinha ido embora?

- porque eu sou assim! já falei que não sou bom com as palavras e...

- tá, okay. Eu não vim aqui para brigar. Vim aqui para dizer que sinto o mesmo e para transar com você.

Não consegui segurar o riso.

- ainda bem que você me ama, porque senão eu me sentiria usado, com certeza.

Ela se aproximou finalmente, entrelaçou os braços no meu pescoço e me beijou. Aquele beijo que não queremos parar. Aquele que só faz você perceber o quanto é louco pela pessoa. Aquele que você quer levar para o quarto.

- espera... - falei parando o beijo

- o que foi?

- você disse que sente o mesmo, mas não disse "eu te amo". - respondi

- ah, por favor... 

- é sério Geo!

- e você? você por acaso me disse? eu apenas li em um papel... - ela disse cruzando os braços

- Eu amo você Georgia.

Ela descruzou os braços e sorriu tímida.

- viu? nem doeu... - eu disse

- eu...

Ela parecia nervosa. 

- eu amo você.

E finalmente tudo o que eu quis ouvir em um ano, ouvi naquele segundo.

(...)

- mais rápido, por favor...

Ela pedia enquanto eu me mexia em cima dela. Eu não sei como não tínhamos nos desidratado ainda, mas não queríamos parar. Estávamos com saudade, com desejo e já tínhamos exposto os nossos sentimentos. Não faltava mais nada.

- não consigo segurar mais... - admiti

Ela me apertou mais e chegamos ao ápice juntos. Como sempre. 

- você não achou diferente? - ela perguntou

- diferente como?

- foi a primeira vez que fizemos de verdade, sem contrato, sem mentiras...

- eu nunca lembrava do contrato. Todas as vezes que eu fiz com você foi de verdade...

- ain, você meigo fica tão mais lindo Lautner... ops... Tay...

- ah, achei que depois de toda a nossa declaração de amor você ainda ia continuar me chamando pelo sobrenome!

- eu vou me esforçar...

- e o seu pai? e a Mel? o que eles falaram quando você disse que vinha até aqui?

- meu pai adorou e a Mel mais ainda.

Suspirei alto com orgulho de mim mesmo.

- o que você tinha dito a eles? que tínhamos terminado?

- eu tive que falar. Meu pai perguntou de você assim que eu cheguei lá. Eu tinha medo que eles soubesse algo pela imprensa antes.

- o comunicado não saiu. A Tina pediu para eu pensar em algo, mas não consegui. - confessei

- nem eu...

- meus pais não sabem de nada. Acham que ainda estamos juntos e...

- mas nós estamos juntos. 

Sorri encabulado e feliz. Escutar ela admitindo o nosso relacionamento era demais pra mim.

- Tay... preciso procurar uma casa pra mim aqui em Los Angeles. Tina disse que eu tenho muitos trabalhos marcados e que não vou conseguir ficar viajando toda hora. Você tem algum corretor para me indicar?

Eu não sabia se ria ou se gargalhava.

- jura que você vai morar aqui em L.A.?

- juro...

Não teve como segurar, então eu a abracei forte e a beijei também. Era felicidade demais.

- Tina ainda não sabe que eu decidi morar aqui na cidade. Vou contar a ela e pedir ajuda com isso também... - ela disse

- claro! nós vamos te ajudar! 

*Georgia POV*

Depois das nossas declarações de amor e de muita conversa, decidimos ir para a cozinha. Taylor fez questão que eu cozinhasse o Spaghetti a Carbonara. Eu fiz com o maior prazer, claro, até porque eu estava muito, mas muito feliz. 

As vezes eu olhava pra ele e nem acreditava que estávamos ali, juntos, como namorados de verdade. Estávamos mais leves, mais soltos um com o outro, mais verdadeiros. Era tanto assunto para colocar em dia que nós nos perdíamos entre uma conversa e outra e ríamos das coisas que lembrávamos deste um ano de contrato. 

- tá, agora eu quero saber, quando você descobriu que me amava? - perguntei curiosa

- hum, não sei te dizer ao certo quando foi, mas eu tive certeza no Natal...

- no Natal? porque?

- ah, sei lá, eu vi você toda linda com a minha família e eles te adoram...

- xi, você é daqueles caras que só gostam da garota se ela se der bem com a mãe. é isso?

Ele riu.

- claro! quem não quer que a namorada seja bem vinda na família?

- se meu pai e a Mel não gostassem de você eu continuaria com você do mesmo jeito.

- por isso que os seus outros relacionamentos não deram certo.

E mais uma vez ele tinha razão.

- é... pode ser... - respondi encabulada

- vem aqui...

Ele me chamou para sentar no colo dele e eu arrepiei só de encostar.

- está com frio? - ele perguntou com um sorriso safado no rosto

- você me deixa assim...

- ah é? bom saber namorada...

- hum, vai me chamar assim agora? 

- é uma opção.

- antes era só "Georgia, não faça isso. Não mexa na minha cozinha, nem na minha TV". Parecia um robô!

- vai ficar me zoando?

- não. porque agora você é meu namorado e...

- eu escutei a palavra namorado!?

Demos um pulo de susto.

- ai Tina! caramba! - exclamei

- eu não acredito que vocês se acertaram finalmente! - ela disse eufórica

- finalmente Tina! Somos um casal sem contrato, sem falsidade... somos de verdade agora!

Taylor estava orgulhoso disso e eu mais ainda.

- ahm, vocês já jantaram? - ela perguntou

- sim! - respondemos juntos

- podemos ir na sala conversar?

Eu e Taylor nos olhamos. Tina estava com uma cara estranha e sabíamos que vinha bomba por aí.

Fomos para a sala e a conversa começou:

- Geo, e sobre você morar em L.A.? Como vai ficar esse assunto? - ela perguntou

- eu decidi morar aqui na cidade e quero a sua ajuda para comprar uma casa. Meu pai e a Mel também morarão comigo.

- ai que boa notícia! Mas eles não vão poder morar com você, quer dizer, não se vocês aceitarem o novo trabalho que tenho para vocês.

Taylor me olhou sem entender.

- trabalho? que trabalho? - ele perguntou

- vocês não tem ideia do quanto as marcas venderam neste ano que passou! Vocês juntos são o casal mais top e o que mais dá dinheiro também. Eles estão eufóricos e querem estender o contrato por mais um ano!

Eu já tinha muito dinheiro, mas dinheiro acaba e eu ainda tinha meu pai e a Mel para sustentar. 

- se vamos continuar, por mim tudo bem, estamos namorando mesmo... nada vai mudar. - respondi

- por mim também! agora não temos nada a esconder de ninguém! - Taylor completou

- ah, mas era sobre isso mesmo que eu queria falar... 

A cara dela não era tão animadora.

- fala logo Tina! - pedi

- o contrato vai mudar, quer dizer, eles querem mais um ano e não querem vocês como namorados...

- ah não. eu me recuso a terminar. - Taylor disse cruzando os braços e eu não pude conter o riso

- Tina, estamos bem agora, se eu e ele nos separarmos vai ser a maior confusão e...

- gente! vocês não precisam se separar! aliás, nem é isso que eles querem! pelo contrário!

- eu não estou entendendo nada... - Taylor disse

- eles querem que vocês se casem. - ela disse

Eu que estava sentada senti o sofá ceder ao meu peso. Meu coração acelerou e comecei a sua frio. Eu tinha pavor há muitas coisas, mas a maior delas era pavor a casamento.

Taylor me olhou assustado e também engoliu seco. Não era só eu quem estava nervosa ali.

- deixa eu ver se entendi... eles querem que eu e a Georgia...

Nem ele conseguia falar. Eu fiquei muda de vez.

- sim. O contrato novo inclui: noivado e casamento. - ela disse lendo um papel

Eu travei. Não conseguia falar.

- e depois? - ele perguntou

- depois vocês podem se separar e continuar namorando. - ela disse como se fosse a coisa mais normal do mundo

- esse casamento não pode ser falso? quer dizer, os papéis? - Taylor perguntou 

- se isso for falso vão descobrir. Você sabe que descobrem e isso arruinaria a carreira de vocês e a carreira dos patrocinadores também.

- olha, eu amo a Georgia e ela sabe disso, então...

Ele respirou fundo e disse:

- eu topo.

Confesso que tive vontade de beija-lo na hora, mas a palavra casamento ainda atormentava a minha cabeça naquele momento.

Eles ficaram me olhando esperando a minha resposta. Deus do céu! Eu achava que finalmente teria paz, mas pelo visto, nesse mundo das celebridades, paz é uma palavra que não existe.

- vocês não acham que eu...

Não pude continuar e nem pude deixar de rir.

- vocês são mesmo engraçados...

Eles continuaram sérios e continuavam esperando uma resposta. 

- Geo, vai ser muito importante para a sua carreira e para...

- Tina! e depois? e depois que o ano terminar? eles vão querer que a gente tenha um bebê? era só o que me faltava!

- ah, um bebê metido igual ao pai não ia fazer mal a ninguém... - Taylor zombou

- engraçadinho...

- Geo, um ano! Depois disso você terá dinheiro suficiente para não pensar em trabalhar. 

- com esse valor que eles pagaram eu posso ficar tranquila, mas não por toda a vida! - falei

- é, mas eles aumentaram o valor... - ela disse

- aumentaram? pra quanto?

- leia... - Tina disse me dando o papel

Minha nossa mãe de Deus! Era muito dinheiro!

- isso é sério? - perguntei perplexa

- sério.

- Tay, você nem quer saber o valor? - perguntei

- não estou pensando nisso Geo. Eu me casaria com você mesmo sem esse contrato... um dia...

Pois é. Ele sempre tinha razão e sempre me deixava sem resposta.

- uau. bom, depois dessa vocês vão para o quarto, não é? - Tina zombou

- quando eu preciso responder? - perguntei

- agora.

- agora? como vou responder se vou me casar ou não agora!?

- Geo, até parece que você vai casar com um estranho! eu sou seu namorado agora e de verdade, esqueceu?

- vocês dois bateram a cabeça! falam como se isso fosse a coisa mais normal do mundo!

- Mas Georgia, você já assinou uma vez esse contrato! Já namorou um cara que você nem conhecia! o que custa assinar esse? 

- Tina, é um casamento! meu pai vai me matar e vai estranhar! quem é que pede a namorada em casamento com um ano de namoro? quem?

Taylor fez uma cara de "é, até que você tem razão".

- Geo, muitas pessoas se casam, velhos, jovens, vocês não seriam os primeiros, ainda mais nesse mundo das celebridades. Depois de um ano vocês se separam oras!

- e eu vou ser uma divorciada, é isso?

- eu também serei Geo, quer dizer, talvez eu não vá querer ser...

- Tay, a gente se ama, isso já confessamos um para o outro, mas nem nos conhecemos ainda e já teremos que nos casar! isso é loucura!

- Geo, escuta...

Ele se aproximou e pegou na minha cintura.

- todo esse ano já foi uma loucura e eu sei que isso assusta. Eu também estou assustado, afinal, eu também vou ter que falar com a minha família. A diferença agora é que estamos juntos de verdade, eu amo você, você me ama, vamos nos conhecer melhor, viajar, sei lá, tirar um momento para nós dois e...

- ahm, só um detalhe: vocês terão que tirar muitas fotos ainda, então viajar só se... - Tina ia continuar, mas Taylor a cortou

- tá, que seja... nós somos um casal agora Geo. Um casal de verdade e vamos estar juntos nessa! E se você não me amar mais em um ano, podemos mesmo nos separar...

- e se você não me amar mais? - perguntei

- eu serei sincero oras. 

- não vai deixar um bilhete de despedida pedindo o divórcio, não é?

Ele riu.

- não. Prometo que o divórcio eu peço pessoalmente...

Olhei para Tina que ainda esperava a resposta.

- eu só posso estar mesmo doente... - bufei. - tá, onde eu assino?

Tina abriu um sorriso enorme e Taylor fez cara de satisfeito.

- Vou imprimir o novo contrato e trago para vocês assinarem! os patrocinadores vão adorar essa notícia! 

Revirei os olhos.

- mais tarde eu volto e... até mais futura senhora Lautner!

- hey! eu não vou mudar meu nome!! - gritei, mas ela saiu rindo

- até parece Georgia. Vai mudar sim. 

- claro que não!! não sou mulher de casar e se vou fazer isso obrigada que pelo menos eu mantenha meu nome!

- Georgia, você vai ser uma Lautner e ponto. 

- lá vem você ser mandão! 

- não sou mandão... só acho que...

E a conversa foi longe, quer dizer, até irmos para o quarto para fazer o que estávamos com vontade. Eu amava esse mandão, mas não a ponto de casar com ele! Eu só podia estar maluca quando aceitei tudo isso, mas mais uma vez eu não pensei só em mim. Pelo meu pai, pela Mel e até pela Margot, que era praticamente da família, eu seria uma Lautner. 

*FIM* 

Quer dizer, fim da primeira parte, porque esse casal vai voltar, nem que seja por causa de um contrato...

... vem aí "O Contrato - Parte 2"...

Aguardem!


Notas Finais


COMENTEEEEEMMMMM!!!!!!!!! AMO VOCES!!! OBRIGADA POR CADA COMENTÁRIO! A PARTE 2 VEM AÍ!!!


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