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História O Contrato - Tentações


Escrita por: SofiaQuem

Notas do Autor


Oi Pessoal! Desculpem a demora, mas a vida está corrida demais! De qualquer forma continuarei escrevendo, jamais abandonarei vocês! Logo tem mais! <3

Capítulo 34 - Tentações


Fanfic / Fanfiction O Contrato - Tentações

*Georgia POV*

O dia seguinte já começou conturbado. Acordamos bem cedo para esperar os nossos novos assistentes e seria um dia normal de reunião se eles não fossem assistentes da nossa idade e se não fossem tão...

- ela é muito bonita... - sussurrei sentindo ciúmes

- é? não reparei... - Taylor respondeu

Revirei os olhos e fingi que acreditei.

- e ele é muito novo pra ser seu assistente... - dessa vez quem sussurrou foi ele

- você acha? acho normal... - dei de ombros

Taylor fez a mesma cara que eu, ou seja, não acreditou na minha resposta.

- Geo, vamos para o jardim e deixamos o escritório para eles? - perguntou Tyler, interrompendo nossa breve conversa

Taylor o olhou com certa reprovação, mas o que ele poderia fazer? Tyler era meu assistente agora.

- claro. Vamos.

Passei pela tal de Mia e só com o olhar tentei dizer pra tomar cuidado. Taylor já tinha uma dona oficial e essa dona, mesmo que fosse temporário, era eu.

Ao chegar no jardim, Tyler e eu sentamos em uma das cadeiras de sol. Ele me olhava estranho, mas eu não dei bola.

- o que temos essa semana? - perguntei ansiosa

- muito trabalho. Para ser mais exato, temos cinco sessões de fotos.

- cinco!?

Arregalei os olhos e estremeci. Uma sessão de fotos era o suficiente para acabar com o meu humor, imagina cinco.

- porque tudo isso?

- porque eu sou eficiente e consegui vários trabalhos pra você além da campanha.

- Tyler, desse jeito você vai me matar de trabalhar! Sabe o quanto é desgastante uma sessão de fotos?

Ele me olhou sorrindo, como se não ligasse para as minhas reclamações.

- sua dieta precisa ser mais restrita essa semana, apesar que...

Ele ia continuar, mas por alguma razão parou de falar.

- Apesar do que? - insisti

- você já está muito em forma.

Ele estava visivelmente encabulado e suas bochechas ficaram vermelhas, mas esse papinho de fingir ser hétero já estava me dando nos nervos. De qualquer forma, preferi não confrontar.

- ok. Vou comer alface e tomate a semana toda.

Ele sorriu e continuou a detalhar os compromissos.

*Taylor POV*

- Lautner, essa semana temos várias atividades e uma delas eu mesmo sugiro.

Levantei uma das sobrancelhas curioso em saber do que se tratava.

- e qual é?

- você precisa retomar sua vida normal. Pelo menos para quando o contrato terminar você...

- como é que é?

Pisquei algumas vezes, porque custei a entender.

- esse contrato, esse casamento, vai acabar, certo?

Cruzei os braços e mudei a fisionomia.

- quem te disse isso Mia?

- ahm, eu sei, ninguém me disse. Eu assinei um contrato de confidencialidade. Eu sei do que se trata esse casamento e...

- Mia, apesar das circunstancias o meu casamento com a Georgia é bem real. Se é que me entende.

Ela, de repente, ficou vermelha e sem graça.

- real?

- é. real, é de verdade. Eu amo a minha mulher e ela me ama.

Fui surpreendido com um sorriso sarcástico que não me agradou.

- do que está rindo?

- você tem vinte e quatro anos e está em um contrato milionário. Isso não é amor.

Eu só podia estar mesmo louco ou as pessoas enlouqueceram. Eu era o chefe e estava ouvindo insultos? Era isso mesmo?

- olha aqui Mia, se ainda quiser esse emprego eu sugiro que...

- eu entendi Lautner. Bom, vamos continuar com a agenda.

E ainda me interrompe? Humpf.

- você vai ao Nice Guy na Sexta.

- fazer o que?

- sair com os seus amigos. Os paparazzi precisam fotografar mais você. Desde o casamento você não é visto por aí e ser visto é bom para a sua imagem.

- pode ser. - assenti

- e então? Vamos para o primeiro trabalho?

- vamos.

- vamos no meu carro. Eu dirijo. - ordenou

Revirei os olhos e concordei. E antes de sair fui até o jardim falar com Georgia. Ela mais parecia estar em um bar, do que em uma reunião com o assistente, de tantos risos que dava.

- Geo?

- oi!

Ela se assustou com a minha voz, mas logo veio na minha direção para um beijo rápido.

- estou indo para uma sessão de fotos.

- ah, tudo bem. Eu também vou para uma daqui a pouco, Tyler vai me levar.

- claro que vai. - ironizei

Ela franziu a testa como se não tivesse entendido a minha ironia.

- comportem-se. - falei

- vocês também.

Sorri de lado e olhei para a cara de pau do tal do Tyler. Ele não me encarou, claro.

*Georgia POV*

Tyler não largava do meu pé. Até na hora de trocar de roupa para tirar as fotos eu tinha que expulsa-lo.

- uau. Você está...

- Tyler, chega de elogios.

- você é durona mesmo.

- só não gosto de bajulação.

- deveria estar acostumada. Os homens bajulam muito você, aposto.

- Errou.

Ele me olhou sem entender.

- ah! Esqueci de avisar que na Sexta você tem uma festa para ir.

- onde?

- é uma festa de modelos.

- não sou esse tipo de modelo Tyler. Eu não vou.

- claro que vai! Vai ser bom para a sua imagem e para os próximos trabalhos.

- que chatice.

- e você também precisa retomar a sua vida.

- retomar minha vida?

- esse contrato vai acabar um dia, não vai?

Mas o que estava acontecendo com esse cara?

- hey! Esse casamento não é...

- você tem que entrar no estúdio. Depois falamos.

Tyler saiu das minhas vistas e nem me deu a chance de contestar. Ninguém botava fé nesse casamento. Nem as pessoas envolvidas, nem muitas pessoas que não acreditavam no nosso amor.

Todos os dias eu lia nos noticiários algo sobre isso. Que tudo era falso, que tudo era fachada. Se eu me incomodava? Nem um pouco, até porque, meus planos de me divorciar ainda estavam de pé. Eu quero muito ter um relacionamento normal com Taylor. Eu quero namorar, quero conhece-lo de todas as formas e ir com calma, nem que tenhamos que mentir para a mídia e dizer que reatamos, porque achamos melhor nos dar uma segunda chance. Eu já tinha tudo em mente e estava tranquila com relação a isso.

*Taylor POV*

A semana passou voando. Eu estava exausto, mas mais exausto ainda só de pensar em ter que sair na Sexta. Eu só queria minha casa e ficar com a Geo assistindo um filme. Nós casamos e nem coisas de casados tínhamos tempo de fazer.

- Geo, você não vai se trocar? - perguntei

- ah é! vou... ficarei pronta em uma hora! você já foi nessas festas de modelo? eu acho tudo isso uma chatice, mas você já deve estar acostumado e...

- festa de modelos? - perguntei sem entender. - No Nice Guy?

- Nice Guy? Mas o Tyler me disse que era em um espaço de convenções...

Ficamos nos olhando sem entender se estávamos falando do mesmo local.

- Geo, pra onde exatamente você vai?

- para uma festa de modelos neste tal centro de convenções. e você?

- eu vou para o Nice Guy, que pelo o que a Mia disse é um encontro com amigos.

- então não vamos para o mesmo lugar.

- é, pelo visto não.

- poxa, mas hoje é Sexta! eu disse ao Tyler que não estava a fim de ir para essa festa chata!

- e eu só queria ficar com você em casa e assistir um filme. - confessei

- e nós achando que íamos para o mesmo lugar. Bom, pelo menos ficaríamos juntos. - ela disse se aproximando mais, envolvendo suas mãos em meu pescoço

- vai com ele? - perguntei

- claro! ele é a minha sombra agora.

- eu não sei porque, mas não tenho um bom pressentimento em relação a ele.

- Taylor, ele é gay.

Soltei uma risada repentina.

- sério? como você sabe?

- claro que é. Quem é assistente de celebridades com a idade dele? ele só pode ser gay!

- Geo, eu já tive vários assistentes héteros, inclusive o Theo, que você conheceu bem.

- mas o Tyler é gay, tenho certeza.

- fico mais aliviado, então.

- engraçadinho. Enquanto eu não fico nada aliviada com essa tal de Mia.

- ela é inofensiva.

- mas os hormônios dela não.

Soltei mais uma risada. Dessa vez mais alta.

- não é para rir Lautner. Agora você é um homem casado.

- Uau. Pra quem não queria ouvir a palavra casamento até que você está levando isso bem a sério.

- pelo menos até o contrato acabar. Depois voltaremos a ser namorados.

- ainda com isso Georgia?

- sim, e você ainda vai me agradecer. Namorar é bem mais legal.

Revirei os olhos e terminei de me trocar. Enquanto Georgia se trocava também percebi o quanto ela estava maravilhosa. Muito mais do que quando a conheci.

- o que está olhando?

- estou olhando o quanto você está deslumbrante.

- obrigada. - agradeceu sorrindo encabulada

- estou pronto. Mia está lá embaixo me esperando. Você vai ficar bem?

- vou. Quero sair da festa o quanto antes.

- manda uma mensagem, se eu puder fugir... - dei de ombros

Me aproximei, mas a maquiagem perfeita não permitiu que eu a beijasse.

(...)

Desci as escadas com a mínima vontade possível. Mia e Tyler estavam na sala e pareciam indiferentes um com o outro.

- vamos?

- vamos! meu carro já está aqui na frente. - respondeu

Antes de sair me aproximei do assistente da minha mulher com uma cara de poucos amigos.

- vocês vão de carro? - perguntei

Ele me encarou respondendo:

- sim.

- e você vai beber? espero que não.

- se eu beber, peço para um motorista nos trazer.

- e porque você beberia se estará a trabalho?

Ele deu um sorriso torto, que me tirou automaticamente do sério.

- não se preocupe Lautner. Eu sou profissional. Sei o que estou fazendo.

Continuei olhando pra ele e se não fosse Mia ter me chamado eu teria quebrado os dentes dele.

- Taylor, vamos!

E lá fomos nós para o Nice Guy.

*Georgia POV*

Desci as escadas com todo o cuidado do mundo. Tropeçar e cair não estavam nos meus planos.

- uau. Geo, você está...

- obrigada Tyler.

- vamos?

- vamos. E por favor, prometa que voltaremos cedo.

- voltaremos só depois que você for bem notada nesta festa.

- o que eu menos quero é ser notada, mas se é pelo bem da minha carreira... Se é que eu posso chamar isso de carreira.

- não se cospe no prato que come.

- e você não é pago para me dar lição de moral Tyler. Vamos de uma vez!

(...)

Fiquei quinze minutos no tapete vermelho. Quinze! Meu maxilar já estava doendo de tanto sorrir e fazer poses. Tyler me esperava do lado de dentro e eu só conhecia ele. Todos aqueles rostos pra mim eram desconhecidos. Não havia amigos, nada. Como eu sentia falta da Tina e da Margot nessas horas.

- e ai? sobreviveu? - Tyler perguntou sorridente

- como sempre...

- vamos entrar. Temos uma mesa reservada.

- Tyler, não quero ficar sentada a noite toda com pessoas desconhecidas.

- quem disse que você ficará sentada com pessoas desconhecidas? Você ficará sentada comigo.

- eu sei, mas ter mais alguém na mesa que eu não conheço dá na mesma.

- Geo, só eu e você.

Ele me olhou nos olhos com intensidade, o que me fez arrepiar automaticamente. Droga! Eu era uma mulher casada e estava arrepiando com o olhar matador do meu assistente gay?

- okay.

Caminhamos até a mesa e os olhares estavam em mim. As pessoas desse meio se interessavam por quem estava no auge e eu, recém casada com um dos atores jovens mais cobiçados de Hollywood, era o auge naquele momento.

- pronto. Está acomodada?

- sim. Acomodada e com sede.

- o garçom vai passar para nos servir.

- você está adorando não é, Tyler?

- eu? é, eu gosto do que faço...

- adora uma badalação. Eu sei.

Ele me olhou sem entender.

- Pelo menos podemos falar dos caras bonitos da festa, apesar de eu achar que ninguém é páreo para o meu marido.

- como assim falar dos caras?

- dos caras oras. Aquele ali, por exemplo, é bonito.

- Que? Geo, ficou maluca?

- não adianta me enganar Tyler.

- você ainda acha mesmo que eu sou gay?

- claro.

Ele bufou e aparentemente se incomodou. Claro, assumir nunca era fácil.

- eu não sou gay, quer que eu prove?

Minha nossa. Engoli seco e fechei a cara.

- esse não é o tipo de conversa que eu quero ter com o meu assistente.

Assistente muito gato.

- então não afirme uma coisa que não sabe, oras.

Tá, ele tinha razão.

- desculpe, eu só achei que...

- eu gosto de mulher Georgia, e muito.

Engoli seco de novo. Ele já começava a me deixar desconcertada.

- okay, eu já entendi.

- ótimo. Agora podemos ter uma conversa mais agradável?

- tudo bem. - dei de ombros

- que tal nos conhecermos melhor? eu sou seu assistente, mas há pouco tempo. Não conheço você direito. Não sei muito dos seus gostos e...

- e porque quer saber?

Eu já estava ficando preocupada. Aquilo estava mais parecendo um encontro do que um jantar de trabalho.

- porque sendo o seu assistente eu gostaria muito de conhecer você melhor, para poder ajuda-la no dia-a-dia.

- tudo bem, faz sentido. Pode começar o interrogatório.

*Taylor POV*

Durante o caminho até o carro Mia estava quieta. Achei estranho, mulheres costumam falar muito e as assistentes, então, mais ainda.

- porque está quieta?

- quer que eu fale?

- não sei. Foi só uma observação.

- você é muito observador então.

- normalmente sim.

- Você vai chegar ao Nice Guy e vamos direto para um local reservado. Já tem alguns paparazzi na porta, então, sorria e acene.

- como se eu já não fizesse isso normalmente.

Ela me olhou com reprovação. Nem parecia uma recém formada.

- desculpe.

- seus amigos estarão lá, Daniel, Christopher, Paul...

- Paul? Que Paul?

- Paul Billman.

- eu só o vi uma vez! ele não é meu amigo.

- mas está na mídia.

- Uau.

Esse era o meu mundo. Não tinha como reclamar.

(...)

Já no restaurante, depois de passar pelos paparazzi, falei com os meus amigos - e com o Paul - e logo começamos a tomar alguma coisa. Até que o ambiente e as companhias estavam agradáveis, mas eu sentia falta da Georgia. Ela era a minha melhor companhia em um ano.

- quem é essa gata? - perguntou Paul

- minha assistente.

- Uau. Eu não seria fiel com uma assistente dessa.

Danny e Chris se olharam e riram.

- quer conhece-la? - ofereci

- se não tiver problema.

- eu falo com ela.

E por falar em Mia, ela se aproximou.

- e ai? gostando da sua noite com os amigos?

- está agradável, mas eu preferia estar em casa, com a minha mulher.

- Lautner, você parece um velho de setenta anos. Porque não aproveita?

- eu já aproveitei muito Mia, apesar de ter apenas vinte e quatro.

- aposto que você tem ainda muito o que aproveitar.

Confesso que fiquei desconcertado, mas mudei de assunto.

- Paul está interessado em você.

- o que?

- Paul está interessado. Ele tem chance?

- esses seus amigos estão no cio?

- ele não é meu amigo. Eu avisei.

- claro que não. Nenhum tem chance.

- tá. Eu falo pra ele.

- quer dizer... um teria chance...

- quem? o Danny? ele está solteiro.

- Não. Pode parecer loucura, mas eu tenho quedas por homens comprometidos.

Minha nossa.

- Chris?

- não seja tão inocente Lautner.

- você é minha assistente, não devia ter esse tipo de conversa comigo.

- desculpe, mas eu sou sincera acima de tudo.

- eu amo a Georgia.

- eu também amava meu ex namorado.

- ela não é minha namorada, ela é minha esposa.

- tanto faz.

Eu estava impressionado com a cara de pau da minha nova assistente, mas respirei fundo e não dei muita bola.

- ela está caidinha por você. - falou Danny ao se aproximar

- está tão na cara assim?

- está. E se a Georgia souber...

- a Georgia não vai saber, até porque eu não mando nos sentimentos das pessoas, o que importa é que eu não estou a fim.

- ela é muito gata e além de gata é gostosa. Precisa ter muito sangue frio.

- você tem razão, mas eu não vou decepcionar a Geo por causa de uma aventura.

- até agora não entendi porque você se casou tão cedo, cara. Na verdade, ninguém entendeu.

- ninguém precisa entender, eu quis, ela quis, nos amamos, qual o problema?

- vocês mal namoraram, claro que é estranho.

- eu fiz a coisa certa.

- isso por acaso não é contrato publicitário, é?

Arregalei os olhos como se me sentisse ofendido, mas fiquei mesmo preocupado. As pessoas não podiam perceber.

- óbvio que não! Eu jamais casaria por causa de um contrato publicitário!

É, eu menti, mas em partes fui sincero. Eu amo a Georgia e por isso aceitei ir em frente com toda essa maluquice, se fosse outra eu não teria aceitado.

Danny pareceu acreditar, mas quem não botava mesmo fé nos meus sentimentos era a minha assistente, que não saiu do meu pé a noite toda.

(...)

- tá, já chega! Já bebi demais! - falei entredentes

- Taylor, deixa de ser mole! Você sempre bebeu! - completou Chris

- é, mas agora eu sou um homem comprometido. Mia, vamos pra casa?

- está a maior tempestade lá fora. É melhor esperarmos.

- tempestade!?

- é. Eu não vou dirigir com essa chuva e você bebeu demais.

- mas eu não vou ficar aqui esperando passar.

- porque vocês homens são tão impacientes?

- eu vou de táxi.

- Taylor, eu trouxe você e levarei de volta.

- é assim que se fala!

*Georgia POV*

- estou muito cansada Tyler, vamos?

- está chovendo muito Geo. Parece que é uma grande tempestade...

- e vamos ficar aqui até passar?

- sim.

- eu vou de táxi.

- Geo, eu levo você, mas temos que esperar passar.

Bufei de raiva e mandei uma mensagem para Taylor.

GEORGIA: OI! TUDO BEM?

TAYLOR: TUDO E VOCÊ? ONDE ESTÁ?

GEORGIA: QUERO IR EMBORA, MAS ESTÁ CHOVENDO DEMAIS!

TAYLOR: MIA JÁ ESTÁ INDO ME LEVAR, PEDE PARA O TYLER FAZER O MESMO.

Então ele já estava indo para casa? Se estava é porque a tempestade não era tão forte assim.

- Tyler, vamos! Taylor também está indo pra casa, então a chuva não deve estar tão forte.

- como você é impaciente! vamos!

Sorri satisfeita com a resposta. Ser impaciente dava certo, muitas vezes.

(...)

Eu não conseguia enxergar nem um palmo diante de mim. Minha nossa! Era mesmo uma tempestade!

- Tyler, você está conseguindo enxergar?

- claro que não, mas a culpa é sua!

- hey! deixa de ser insolente!

- Se tivesse esperado mais um pouco na festa não estaríamos no meio do nada, sem ver nada...

- pára de reclamar e dirige!

- Geo, vamos ter que parar! é muito perigoso e a pista está escorregadia demais!

- parar? onde?

- ali! acho que aquilo é um hotel!

Paramos no local que Tyler avistou e era mesmo um hotel. Um lugar bem simples, mas que nos salvaria pelo menos até a chuva passar.

- estou toda molhada! - reclamei

- eu também! vem! se corrermos não nos molhamos tanto!

E lá fomos nós! Tirei os sapatos e corri. O estacionamento era longe da entrada, o que nos deixou ensopados.

- estou parecendo um pinto molhado!

Tyler riu e durante o riso me abraçou. Novamente senti um calafrio. Ele ficou sem graça e me soltou, de repente.

- ahm, vem, vamos ver se tem um quarto.

- um quarto? não vamos ficar aqui!

- pelo menos para nos secar! 

Assenti. Estava morrendo de frio e se não me secasse poderia pegar uma pneumonia, e como eu tenho medo de médicos e agulhas preferi não discutir.

- consegui! quarto quinhentos e quinze.

- ótimo, estou morrendo de frio!

*Taylor POV*

- você está enxergando alguma coisa Mia?

- não, mas eu sou uma boa motorista.

Foi apenas completar a frase que sentimos o carro tremer.

- o que foi isso?

- o pneu furou, certeza! - exclamei irritado

- tem um motel aqui perto. 

- motel? vamos pedir um táxi!

- Taylor, não tem táxi no meio dessa tempestade!

Bufei e assenti. 

(...)

Alguns minutos depois estávamos no tal do motel.

- esse lugar é horrível, mas teremos que ficar aqui.

- Mia, você fica, eu vou embora.

- Lautner, deixa de ser infantil. 

Arregalei os olhos. Os chefes não tinham mesmo mais autoridade.

(...)

Mia conseguiu um quarto, que mais parecia um cubículo. 

- aqui tem toalhas, podemos nos secar. - ela disse

Comecei a me secar e olhar a vista da janela. Não tinha nada, apenas umas árvores e um grande estacionamento. Mas, quando eu me viro, Mia está só de calcinha e sutiã, o que me fez assustar.

- credo, parece que viu um fantasma!

- dá pra você se vestir, por favor?

- minha roupa está molhada! 

- e daí? a minha também está e eu não estou pelado!

- eu não estou pelada... parece que nunca viu uma mulher de lingerie...

- não mulheres que eu não me envolvo...

Ela sorriu e continuou me encarando. Ela estava me provocando?

- vai ficar ai parado? eu vou para debaixo das cobertas. 

- eu fico na cadeira.

- vai dormir na cadeira?

- não vou dormir aqui. assim que a chuva passar eu vou embora.

- Lautner, você não ouviu o que o cara da recepção disse? a chuva não vai parar tão cedo.

- eu não vou me deitar aí com você. ficou louca?

- sou sua assistente e apesar de querer atacar você eu sou profissional, vem!

Soltei uma gargalhada espontânea.

- vem logo caramba!

- você é maluca!

Fiz o que ela disse, mas tentei ficar o mais longe possível. 

- vai deitar na cama com a roupa molhada?

- não provoca Mia.

*Georgia POV*

- me sinto bem melhor.

Eu já estava com um roupão do hotel e encostada na cama. Tyler me encarava sem parar, o que já estava me deixando nervosa.

- quer parar de me olhar?

- não posso admirar você?

Preferi não responder.

- tem mais um roupão no banheiro. Se eu fosse você colocaria, pelo menos até secar a roupa.

Ele fez o que eu sugeri e saiu do banheiro apenas com aquele grande roupão de algodão. Engoli seco. Tyler era um cara bonito e extremamente sexy. Eu precisava dar um jeito de espantar os maus pensamentos da mente.

- posso me deitar aqui?

Pisquei algumas vezes para ver se tinha entendido a pergunta. Só tinha uma cama. Eu estava mesmo perdida.

- contanto que não encoste em mim... - dei de ombros

- nossa, quanta grosseria.

Sorri encabulada e o observei se aproximar.

- não vou encostar em você. 

Deus que me perdoe, mas eu quis que ele encostasse em mim.

- vamos tentar dormir, assim teremos a sensação de que a tempestade vai passar logo. - sugeri

De repente, lembro-me de Taylor e resolvo ligar para ele, mas a ligação caiu direto na caixa postal.

- droga!

- a cidade toda deve estar com o sinal ruim. Nem adianta ligar.

- é, deve ser...

- você está comigo e...

Tyler ia completar a frase, mas o celular dele tocou.

- alô?

Não prestei atenção no que ele disse, mas já tinha em mente como zombar da cara dele.

- era um paquera?

- paquera?

- um cara... 

Essa história dele ser gay me divertia.

- quantas vezes eu tenho que dizer que não sou gay?

- eu sei, mas me diverte.

- tá okay. já chega. vou provar que não sou gay e que gosto de mulher.

Eu não vi mais nada. Só vi e senti o vulto dele se aproximar de mim como um relâmpago. Ele me derrubou na cama, ficou em cima de mim, e me beijou.


Notas Finais


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