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História O Contrato - Grávida, eu?...


Escrita por: JustBones2

Notas do Autor


Mas um capítulo pra vocês amores, deixem ai seus comentários pra mim amores, favoritem e até lá embaixo.

Capítulo 4 - Grávida, eu?...


Fanfic / Fanfiction O Contrato - Grávida, eu?...

Lauren
 
Como podia existir alguém tão idiota, fria, calculista, arrogante, mesquinha, hostil e etc no mundo? Pois é, Camila Cabello era tudo isso. Ôh sujeitinha sem sentimentos e mal encarada... Eu tinha plena consciência de meus atos, sim, eu quis transar com ela, mas não achei que ela fosse um iceberg ambulante.

Sai praticamente correndo do apartamento dela, que era bem luxuoso por sinal, na hora nem dei muita bola eu queria estar nos braços dela por mais que eu estivesse negando a mim mesma isso a todo instante.
 
Nunca me senti tão atraída por mulher nenhum nessa vida, aí chega esse mulher tão irresistível e atraente e me vira do avesso. Só que eu tinha que entender que ela não era mulher para mim, eu era uma boba romântica, eu esperava um príncipe e não uma ogra feito ela, eu queria muito que pudesse dar certo, queria que ela fosse um mulher diferente, que me amasse e me cuidasse, mas ela não era assim, então eu deveria correr, antes que eu me magoasse mais ainda. Tive que dar uma desculpa esfarrapada na faculdade e aos meus pais por não comparecer mais no estágio, eu sabia que estava perdendo uma ótima oportunidade, mas era melhor assim.
 
Durante a semana tentei não pensar nela e naquela proposta absurda de casamento por contrato. E por mais que os dias passassem, eu não a tirava de minha cabeça. Aquele mulher precisava se tratar e rápido.
 
Pela primeira vez desde que o ano começou estávamos meus pais e eu reunidos na mesa para tomar café da manhã. Meu pai passava manteiga no pão e me olhava como se quisesse dizer algo.

Tomei um gole do meu suco e pigarreei.
 
– Pai, quer falar algo? – Pergunto de supetão.
 
Ele me olha com os olhos desconfiados.

– Você não me convenceu com aquela história de desistir do estágio por que estar atrapalhando na sua concentração na faculdade.
 
Mais essa agora, sério que iríamos discutir esse assunto outra vez? Será que eu teria que dizer: “Ah papai, eu dei pra minha “chefinha” uma ogra sem sentimentos e estou me apaixonando por ela, então tive que cair fora antes que o pior acontecesse?”

Acho que não...

– Mas é isso, eu estou ficando esgotada. – Limitei-me a responder.

– Querido não discuta mais, Lauren é muito diferente de nós, você não vê que ela só está fazendo essa faculdade porque nós insistimos? – Interrompeu minha mãe.
 
Lancei um olhar furioso para ela e peguei minha mochila, se eu ficasse ali mais um minuto eu nem sei o que faria.
 
Durante a aula Dinah e Ally não paravam de tagarelar sobre Camila. Meu estômago já estava embrulhando.

– Eu vou matar aquele mulher, Laur. Como ela ousa... Argh. – Grunhiu Ally.

– Deixa isso pra lá, não quero mais vê-lá, nunca mais.

– Somos suas melhores amigas Lauren, não queremos ver você sofrer por causa daquela sacana. – Disse Dinah com ternura na voz.

Elas eram as únicas amigas que eu tinha e a única fonte de amor e afeto que eu tinha também, porque meus pais... Nem comento.

 Passei a aula toda enjoada.

– Maldito café da manhã. – Pensei alto.

– O que foi Laur? – Perguntou Ally.

– Nada, to um pouco enjoada.

– Lauren você ta pálida, você se alimentou? – Perguntou Dinah com preocupação na voz.

– Um pouco, meus pais estavam falando muito nos meus ouvidos, nem terminei de comer.

– Af, seus pais, qual é o problema deles? – Disse Ally furiosa.

– Vamos na cantina. Você precisa comer. – Falou Dinah se levantando.

– Eu vou explicar a professora. – Escutei a voz de sino de Ally falar, mas eu estava muito mal para olhar seu rosto.

Quando me dei por mim, eu já estava sentada na cantina da faculdade, Ally me olhava preocupada e Dinah se aproximava com um copo grande na mão.

– Vitamina de cereais. – Disse-me entregando o copo branco.

Levei o canudo a boca e dei alguns goles, mas logo a ânsia de vômito voltou e eu tive que sair correndo para não vomitar na mesa.

Entrei no banheiro desesperada e vomitei na privada.

Vomitei até o que eu não tinha no estômago, minha boca tinha um gosto horrível da bile.

Abri a porta e Dinah e Ally me esperavam.

– Laur você ta grávida? – Disparou Dinah.
 A olhei aturdida.

– Grávida? Eu?

– Lauren, seus sintomas... Sua menstruação está atrasada?

– Sim, mas... Não pode ser! – Falei com desespero levando as mãos ao rosto.

– Pode ser sim, e se for você vai estar encrencada. – Enfatizou Dinah.

– Lauren, vamos a um médico, você precisa fazer o exame de beta HCG. – Sugeriu Ally.

Sentei no chão totalmente desequilibrada e levei as mãos a cabeça.

– Meus pais... Vão me matar!

– Não vão, estamos com você nessa não é Dinah? - Disse Ally confiante, essa baixinha era muito otimista.

– Claro que sim! Nunca vamos abandonar a Lauren, somos um trio.

Dinah pegou em minha mão e me ajudou a me levantar.

– Obrigada meninas, eu não sei o que seria de mim sem vocês.

Seguimos para uma clínica mais próxima e eu fiz o exame de sangue beta HCG para constatar a gravidez. Eu queria muito que desse negativo. Esperei por algum tempo o exame ficar pronto eu precisava acabar com aquela agonia.

Depois de duas horas suando as mãos, enfim fui chamada para buscar o exame.

Caminhei até o enorme balcão de mármore e uma moça loira e jovial me entregou o envelope. Engoli em seco e o apertei contra o peito.

Dinah e Ally me olhavam preocupadas quando me aproximei delas.

– Prefere fazer isso em casa? – Disse Ally com voz branda.

Apenas assenti.

Elas me deixaram em casa e eu escondi o envelope. Eu estava mesmo encrencada se estivesse grávida, não sei o que seria de mim.

– Qualquer coisa liga. – Falou Dinah por fim, antes de eu entrar em casa.

– Nos mantenha informada Lauren, espero que seja negativo. – Terminou Ally.

Assenti para elas e entrei em casa. Como de costume não havia ninguém, meus pais estavam no trabalho. Subi as escadas que davam para meu quarto ligeiramente e sentei na cama arfando e com o coração na mão.

Fiquei encarando minuciosamente o envelope branco. Então o abri...

Meus olhos percorreram cada linha antes de achar o que mudaria minha vida para sempre! Em letras garrafais dizia: “POSITIVO” Tive que me segurar na cabeceira da cama para não cair pois tive uma vertigem. Grávida, eu estava grávida. O que seria de mim agora? Meus pais mal me aturavam iriam aturar meu filho? É lógico que não! Eu não podia nem cogitar a possibilidade de tirar, eu jamais faria isso com um ser inocente, e além do mais eu fui responsável por isso também, Camila não usou camisinha e eu também não me preocupei com isso, agora cá estava eu, sozinha e grávida. Meu Deus... Grávida!

Minhas mãos tremiam segurando o papel de cor azul claro.

Camila era uma idiota fria, mas... Mas pai do meu filho, e eu acho que toda criança merece um lar e ter seus pais para dar amor...

Camila havia me feito uma proposta de casamento, por um ano ficaríamos legalmente casados, ok, era só um ano, mas... Eu poderia dar um pai ao meu filho mesmo que por pouco tempo e... Quem sabe Camila não se apaixonasse por mim de verdade nesse tempo?

Andei de um lado para o outro pensando se eu deveria procura-lá ou não...

Fui tomar um banho para relaxar. Despir-me e entrei no Box deixando a água quente envolver meu corpo. Acariciei minha barriga em movimentos circulares... – Meu filho. – Sussurrei.

De repente fui tomada pela visão de um lindo garotinho cabeludo, de belos olhos castanho e cabelos castanhos. Um mine Camila...

Meus olhos se encheram de lágrimas.

Céus, eu a amava, eu já amava aquele serzinho que crescia dentro de mim. E também amava o pai, amava muito, eu precisava de Camila, precisava me sentir amada.

Quando terminei minha ducha, enrolei-me em minha toalha e fui para meu quarto. Meu coração foi parar na torre de pisa quando me deparei com meu pai com meu exame de gravidez nas mãos...

Ele me olhou frio.

– O que significa isso, Lauren? – Perguntou com ira em sua voz.

Meu corpo todo tremia agora.

– RESPONDA! – Gritou ele e eu comecei a chorar e a soluçar. Deus, eu estava perdida.

– Estou... – Fiz uma pausa por causa do choro contido na garganta. – Estou grávida pai...

– Grávida? Minha filha está grávida! – Dizia ele furioso e andando de um lado para o outro.

– Quem é o pai? Algum vagabundo, aposto!

Gaguejei. Mas nada saiu de minha boca.

– Vamos garota, responda-me, quem é o pai?

Balancei a cabeça em sinal de negação.

– Não vai contar? – Disse entre dentes.

Neguei novamente.

– Sua vagabunda. – Falou ele levantando a mão prestes a desferir um tapa em meu rosto, mas abaixou a mão logo em seguida. Permaneci imóvel.

– Então foi por isso que você deixou o estágio vagabunda? – Ele segurava meus cabelos com força agora, eu não conseguia reagir.

– Pai... Por favor... – Tentei implorar.

– EU NÃO SOU MAS SEU PAI. – Gritou irado.

De repente ele afastou-se de mim, abriu meu closet e tirou minhas coisas de lá.

– Bote tudo em uma mala! Você não mora mais aqui. – Avisou-me e saiu batendo a porta com força.

Cai sentada na beira da cama e chorei feito uma condenada.

Eu estava perdida. Obriguei-me a levantar e pus algumas roupas em uma mala preta de carrinho.

Estava decidido, eu procuraria o pai do meu filho, eu procuraria Camila...

Vesti uma blusa regata e um short jeans desfiado e desci as escadas.

Minha mãe lia um jornal, a aparência dela era tranquila.

Passei por ela e abri a porta.

– Onde você pensa que vai com essa mala? – Falou a voz fria e implacável de minha mãe.

Respirei fundo e encarei.

Ela sabia, seu tom não era tipo: “Onde você vai minha filha? O que houve?” Não, era um  tom de zombaria, arrogância. Minha própria mãe me odiava.

– Pode ficar com isso, eu não preciso. – Falei com dificuldade pois até respirar agora doía.

Larguei a mala nos pés dela e voltei á porta.

– Esqueça esse endereço cadelinha. – Falou ela por fim. Não virei para olha-lá, apenas fui embora.
 
[...]
 
Eu não tinha dinheiro nem para o táxi. Mas lembrei que eu ainda tinha meu telefone celular. O retirei do bolso e disquei o número de Ally.

Ela atendeu no segundo toque.

– Lauren! – falou a voz de sino.

– Ally... – Falei com a voz embargada pelo choro.

– Meu Deus... Aconteceu alguma coisa! Fala Lauren o que houve?

– Eu estou realmente grávida e...

– E... – Me incentivou a continuar.

– Meus pais me expulsaram de casa.

– O quê? Aquele idiotas fizeram isso? Lauren onde você está? Me conta vou pegar você agora.

– Estou em frente ao café L.A sweet-shop. Vem correndo amiga... Por favor.

– Chego aí em cinco minutos, se acalma.

Em seguida desliguei.

Ally chegou muito rápido em seu porche prata.

Ela me avistou desolada na calçada da doceria.

Logo percebi que Dinah também estava com ela.

– Lauren meu Deus... Como eles foram capazes? – Perguntou Dinah incrédula me ajudando a levantar.

Ally me deu um abraço caloroso.

– Então você está mesmo... Grávida? – Disse Ally me fitando.

Fiz que sim com a cabeça.

Dinah se ajuntou a Ally e elas me deram um abraço, mas não foi qualquer abraço foi um abraço na alma.

– Vamos, você precisa comer e nos contar isso direito. – Tagarelava Ally.

– Na verdade eu... Preciso que você ou a Dinah me empreste dinheiro para eu pegar um táxi.

– Hã? Táxi? Onde você vai? – Perguntou Dinah sem entender.

– Procurar o pai do meu filho.

– Lauren, ficou louca? Aquela ogra sem coração?

– Não Ally, eu preciso dar uma chance de meu filho ter um pai, eu preciso tentar.

– Vejo que ela está decidida Ally, vamos apoia-lá. Mas, Lauren, escuta bem, se aquele mulher te tratar mal ou fizer qualquer grosseria com você, prometa que você vai nos procurar.

– Não preciso nem prometer, vocês são minhas melhores amigas. – Falei enxugando as lágrimas de meu rosto.

Ally abriu sua bolsinha de mão e me entregou o dinheiro.

– Boa sorte! Não esqueça de nos manter informadas sobre você.

– Ally, isso não é um adeus.

– Eu sei, mas... – Ally começou a chorar, ela é tão sensível, mas sensível que eu até.

A abracei receptivamente e a acalmei.

Dinah chamou um táxi e elas ficaram comigo até ele chegar.

A noite já estava caindo e com certeza Camila já estava em casa.

Quando cheguei falei com o porteiro e ele me deixou subir sem avisar, pois já tinha me visto com Camila.

Parei em frente à porta e toquei a campainha duas vezes.

Camila abriu a porta e me encarou surpresamente.

– O que... – Ela tentou falar, mas eu interrompi.

– Deixe-me entrar, por favor, precisamos conversar.

Camila abriu a porta e esperou que eu entrasse.

Só agora percebi que ele estava apenas com uma calça de franela cinza e top preto.

– Você andou chorando menina? Seus olhos estão inchados?. – Perguntou-me Camila.

Sentei-me em seu sofá que era em “L” e a encarei.

– Eu aceito me casar com você. Eu aceito o contrato!

Camila estava com os braços cruzados me fitando minuciosamente.

– Eu já encontrei outra pessoa para fazer isso. – Falou com a voz fria.

Por fora eu tentei manter a calma, mas por dentro eu estava desesperada, como assim ela já tinha outra pessoa?

Tentei fazer a linha “Confiante” e então disparei.

– Pois trate de desmarcar com a fulana.

– E por que eu faria isso?

– Por que eu estou grávida!

Camila ficou pálido, seu tom de pelo moreno tomou um tom muito branco.

Ela não falava nada, parecia que estava em transe.

Seus olhos fitavam um ponto imaginário há sua frente.

– Não vai falar nada? – Perguntei lânguida.

– Você tem certeza disso? – Finalmente falou.

– Tenho!

– Fez exame?

– Claro!

– De sangue?

Não, imagina, fiz exame de balística mesmo, sou uma criminosa.

– Claro que fiz.

– Pode me mostrar?

– Não está comigo, eu fui expulsa de casa, meu pai viu o exame. Você precisa assumir o que fez, Camila.

– Pois bem... – Camila sentou no sofá branco, há minha frente.

– Eu não sou nenhuma irresponsável, vou assumir o que fiz, claro. Mas você quer mesmo se casar comigo?

Apenas assenti.

– Você sabe que esse casamento só durará um ano não sabe? Sabe que eu não amo você e que jamais amarei?

As palavras de Camila entraram cortando o meu pobre coração que já estava em frangalhos.

Tentei conter o choro e assenti mais uma vez.

– Ótimo! É bom que você lembre-se disso.

– Por que você é assim... Tão fria... Nada abala você? – Perguntei olhando naquele mar de chocolates escuro.

– A vida me fez assim, Lauren. É minha natureza. Onde estão suas roupas?

– Minha mãe não me deixou trazer nada.

– Que espécie de mãe você tem?

– Tinha! Acho que eu nunca tive uma mãe verdadeiramente.

Camila pigarreou.

– Amanhã vamos fazer outro exame de beta HCG.

– Hã?

– Isso mesmo, preciso saber se é realmente verdade.

Ah Claro, onde eu tava com cabeça quando achei que ela iria acreditar em mim?

– Tudo bem. – Falei tentando parecer calma.

– Vamos providenciar roupas também. Está com fome?

Ela estava mesmo me perguntando isso?Eu estava faminta.

– Estou.

– Venha! – Ordenou.

Segui seus passos até a charmosa cozinha. Uau! O apartamento de Camila parecia mais uma mansão.

Sentei em um dos bancos de aço que havia perto do balcão e fiquei admirando Camila enquanto ela servia o jantar.

Eu estava perdidamente e irrevogavelmente apaixonada por esta mulher!

Camila pois o prato de porcelana perto de mim me tirando de meus devaneios e ordenou que eu comece tudo.

– Coma tudo!

Apenas assenti e saboreei o delicioso estrogonofe.

Decidi quebrar o silêncio.

– Foi você que fez? – Perguntei.

– Não, eu não sei cozinhar, Lauren.

– Então quem foi?

– Berta.

Berta...

- E quem é Berta?

- Uma senhora que me ajuda em praticamente tudo. – Disse ela secamente.

Ok, ela não estava afim de conversa. Mas quando esteve?

Quando terminamos insisti para lavar a louça, mas Camila não deixou.

– Por favor... Se eu vou ficar eu tenho que fazer alguma coisa... – Insistia eu.

– Eu pago para que façam isso, não se preocupe. Agora vá dormir, vamos acordar bem cedo amanhã.

Ah claro... O exame!

Ela estava duvidoso quanto á minha gravidez.

– Onde fica o banheiro? – Perguntei.

– Segunda porta à direita. – Respondeu-me friamente enquanto pegava o celular do bolso.

Caminhei até encontrar o banheiro e procurei por uma escova de dentes, achei uma que provavelmente seria de Camila e a usei, já que não tinha outra.

Ao terminar voltei á sala e Camila falava ao telefone, aproveitei para admira-lá, ela estava impecável... Mesmo vestindo só aquela calça de franela caída nos quadris e aquele top preto.

Mordi os lábios ao sentir um calor se instalar entre minhas pernas.

Aproveitei para ir procurar algo para vesti, eu não podia dormir de short jeans. Vasculhei o enorme closet de Camila e achei uma blusa preta de algodão confortável e a vesti. Ficou um pouco grande, mas dava para ver minha bunda, vasculhei novamente o closet e encontrei uma cueca samba canção dela, sorri ao constatar que a cueca de seda tinha estampa de patinhas de cachorro.

Retirei meu short e quando fui vesti a cueca avistei Camila parado à porta do quarto me observando, em seus olhos havia lascívia, desejo...

– Posso? – Perguntei receosa.

Camila abriu um sorriso descontraído.

– Pode, nua é que você não pode ficar não é mesmo?

Ah, claro que posso... Meu inconsciente berrava.

– Pois é... – Falei sem jeito.

– Eu vim pegar alguns travesseiros e cobertores, vou dormir na sala você pode ficar aqui por enquanto.

Hã? Como assim ela ia dormir na sala?

– Você não tem quarto de hóspede?

– Não... Odeio visitas. – Disse evasiva.

– Você pode dormir aqui, a cama é enorme... – Sugeri.

– Se eu dormir aqui com você eu não sei o que pode acontecer.

O que aconteceu com está mulher?

– Bom... Eu adoraria que acontecesse algo...

O que eu estava falando? Eu iria cair na lábia dela mais uma vez?

– Lauren... Eu não mantenho casos por muito tempo, entenda. 

– Mas... Nós vamos nos casar, vamos ter um bebê.

– Isso foi um erro, eu tinha que ter me prevenido.

Erro? Nosso filho era um erro?

– Qual é o seu problema? – Cuspi as palavras que estavam engasgadas.

– Absolutamente nenhum. Agora durma, precisamos levantar cedo.

Além de tudo é autoritário e mandão. Putz... Aonde eu fui me meter?
 
[...]
 
O dia logo chegou, e eu mal consegui dormir à noite. Olhei para a mesinha de cabeceira e olhei para o relógio, eram seis horas.

Camila ainda permanecia dormindo, ela não foi para o sofá afinal... Fiquei ali por um breve tempo a admirando, sua expressão era serena e tranquila, parecia um anjo, impulsionada por aquela vontade louca de tocar seu rosto, passei os dedos sobre sua face.

Camila se remexeu e abriu aqueles orbes castanhas escuras que me encaravam agora.

– Que horas são? – Pergunta ela com aqueles olhinhos apertados de quem acabou de acordar.

– Seis e pouca.

– Precisamos levantar. Berta já vai chegar para preparar nosso café da manhã. – Disse ela levantando-se da cama.

– Tudo bem!

– Pode tomar banho primeiro. – Disparou Camila enquanto caminhava para fora do quarto.
 
[...]
 
Depois do banho, voltei ao quarto de Camila e fui procurar uma cueca, já que não havia nenhuma calcinha ali, e a minha estava suja.

Achei uma calvin Klein preta e a vesti de pressa. Peguei meu short e minha blusa, os vesti e segui para a cozinha.

Uma senhora baixinha de cabelos ruivos estava lá. Berta...

Sentei em um dos bancos perto do balcão.

– Bom dia senhora! – Disse ela com um enorme sorriso no rosto.

Senhora? Fala sério...

– Bom dia! – Limitei-me a responder.

– O que vai querer para comer?

– Omelete e um suco de laranja, por favor.

– Pois não.

Minutos depois Camila sentou na minha frente. Estava vestindo um terno cinza feminino, seus cabelos longos estavam molhados e sua expressão era fechada como sempre.

– Bom dia! – Disse num tom sério e formal, enquanto mexia no iphone.

– Bom dia, Camila.

– Senhor, o que vai querer? – Pergunta Berta enquanto me servia.

– Torradas, mel e um suco de maracujá, por favor.

– Dormiu bem? – Perguntei em uma tentativa de quebrar o silêncio constrangedor que pairava.

– Otimamente bem, Lauren.

Nossa... Por que ela era assim? Tão fria e formal nas palavras?

– Que bom... – Assenti e dei uma garfada do meu omelete. Senti meu estômago embrulhar de repente, eu estava enjoada, muito enjoada.

– Você está bem? – Perguntou-me Camila com preocupação na voz.

– Acho que...
 
Meu Deus, eu precisava sair correndo ou vomitaria em Camila.

Quando vomitei todo o omelete na privada, percebi que Camila estava parado à porta e me olhava, a expressão insondável...

De repente senti suas mãos macias me envolverem a cintura. Ela estava me colocando de pé.

Fiquei enlaçada em seu corpo e ela olhava em meus olhos, e eu nos dela.

– Você ta verde garota... Vamos! Vou conseguir que venham até aqui para fazer o exame e também vou chamar um médico.

– Não precisa! – Falei emburrada. Por que ela tinha que duvidar de mim?

– Precisa sim!

Camila pegou firme em minha mão e me conduziu até o quarto dela.

Quando chegamos na porta ela me pegou no colo. Ok, ela era bipolar ou o quê?

Camila me deitou na cama e me cobriu com o cobertor.
 
– Descanse. – Ordenou.

Em seguida saiu porta a fora.

Ta legal, agora eu ficaria aqui deitada esperando um médico?

Não demorou muito e chegou um homem de aparência jovial, ele vestia um jaleco branco e estava acompanhado de uma garota, acho que era enfermeira.

Camila estava atrás deles me olhando minuciosamente. Parecia... Preocupada?

– Pode nos dar licença senhora Cabello? – Pediu o médico.

Camila pigarreou.

– Claro.

Precisava mesmo disso tudo? Camila estava exagerando eu estava  grávida, não doente.

O médico me examinou e a enfermeira colheu meu sangue logo em seguida.

Escutei o burburinho de vozes  fora do quarto logo em seguida Camila entrou no quarto e sentou-se na cama à meu lado.

– Está melhor?

– Uhum, eu não estou doente, apenas estou grávida. – Enfatizei.

– Vamos ver...

– Por que você duvida de mim?

– Não estou duvidando.

– Está sim! Eu fiz um teste sério, Camila. Não foi teste de farmácia.

Porra...

– Calma...

Fechei a cara.

– Vou deixar você descansar. Tenho que ir trabalhar, Berta vai ficar aqui para o que você precisar.

– Okay. – Falei emburrada.

– Se cuida. – Disse por fim.

Vem você me cuidar...

Será que eu estava fazendo a coisa certa? Eu só queria dar um lar ao meu filho, ele merecia isso. Enquanto a Camila... Eu me sentia incapaz de muda-lá.


Notas Finais


Espero que tenham gostado amores, deixem ai seus comentários, até o próximo capítulo.


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