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História O Contrato - Conversa Franca Part 1...


Escrita por: JustBones2

Notas do Autor


Mas um capítulo pra vocês amores, espero que curtam ele, deixem ai seus comentários pra mim, até lá embaixo.

Capítulo 9 - Conversa Franca Part 1...


Fanfic / Fanfiction O Contrato - Conversa Franca Part 1...

POV Lauren

A noite com as garotas foi ótima! Fazia tempo que eu não tinha uma noite tão boa assim. Por um momento me vi livre de toda aquela preocupação e turbulência que eu estava passando, Dinah e Ally insistiam em dizer que era para eu me separar de Camila, mas entenderam quando eu contei o que ela havia passado, em parte porque eu não sabia tudo sobre a vida dela e para mim, ela escondia muito mais!

Fomos para à faculdade juntas e de lá eu fui para o estágio.

Ariana estava com uma cara muito estranha, logo vi o porquê.

A tal da Beatrice estava saindo da sala da Camila. Mais uma vez fiz vista grossa e foquei em meu trabalho. Se Camila estivesse me traindo com aquela vadia que ela fizesse bem feito porque se eu descobrir eu vou embora! Desisto dela para sempre! Camila tem que entender que ela é a errada da história e não eu.

Era estranho ter que lhe dar com a mãe do seu filho daquela forma, mas eu sonhava em mudar Camila.

No trabalho ela ficou o tempo todo indiferente, Justin enfim começou a trabalhar lá e era muito gentil comigo coisa que Camila estava odiando! Mas é claro que eu não daria corda a ele, eu jamais trairia a mãe do meu filho.

Eu estava esperando Camila no hall para nós irmos para casa, quando Justin apareceu e me ofereceu uma carona.

– Lauren! – Falou Justin sorridente.

– O que você faz aí? Quer uma carona?

– Ah não obrigado! Camila já está vindo. – Falei.

– Pensei que ela fosse ficar até um pouco mais tarde, mas me enganei. – Disse ele decepcionado.

Avistei Camila de longe, ela estava fazendo careta!

– Vamos? – Camila disse enquanto passava o braço por minha cintura.

– Vamos! – Assenti.

[...]

– Como foi com as amigas? – Camila perguntou enquanto ela dirigia na via expressa.

– Foi... Ótimo! – Respondi.

– Senti sua falta! – Camila confessou.

Mentirosa!

– Legal... – Limitei-me a responder enquanto colocava meus fones de ouvido.

Seguimos em silêncio até chegar em casa. Eu realmente não queria que as coisas fossem assim, mas Camila estava me obrigando a agir dessa maneira, pois toda vez que eu pedia para ela se abrir comigo ela agia daquele jeito informal e fria.

Berta estava fazendo o jantar, eu estava faminta, fora a minha fome habitual também tinha a gravidez.

Fui tomar banho rapidamente e voltei para comer.

Não vi Camila, acho que estava indo tomar o banho dela.

– E então menina? Descobriu algo sobre o passado da nossa Camila iceberg ambulante Cabello? – Perguntou Berta curiosa.

– Nadinha, Berta, também não quero ficar perguntado sabe? Se ela não confia em mim para se abrir... Eu só sei o que você me disse, sobre os pais dela eu não sei nada, queria muito saber.

– Paciência, eu ainda acho que com você ela se abre. – Berta me deu uma piscadela cúmplice.

Depois de jantar, vi um pouco de TV e então ouvi que Camila estava no piano. Nem me atrevi a ir até lá, eu sabia que ela não gostava.

Logo o sono chegou e eu fui me deitar, Camila ainda estava na sala do piano tocando uma melodia lenta, calma e melancólica.

Quando eu estava caindo no inconsciente, a música parou e eu despertei.

Pude senti quando Camila deitou na cama.

Ficamos em silêncio um bom tempo até que eu ouvi Camila gemer, parecia que estava chorando. Liguei a luz do abajur e a fitei. Realmente, ela estava chorando, fiquei chocada diante daquilo. Camila era um iceberg ambulante e estava chorando na minha frente?

– O que você tem Camila? Fala comigo, o que houve? – Perguntei preocupada.

Camila levou as mãos ao rosto para tentar esconder as lágrimas. Meu coração estava se apertando ao vê-la daquele jeito.

– Por favor, fala comigo! – Implorei mais uma vez.

Camila não tinha nenhuma reação, e eu estava ficando mais e mais aflita.

– Eu sou uma fraca! – Camila finalmente falou. A voz embargada pelo choro.

– Não, você não é! – Falei segurando as mãos gélidas de Camila.

– Lauren... Está doendo muito, eu... Não aguento mais! – Dizia ela.

– Onde dói? – Perguntei.

– Aqui, aqui no peito. – Camila fazia movimentos circulares na área do coração.

Ela estava sofrendo, sofrendo muito.

Agarrei-me a Camila num abraço sôfrego e choramos até nos acalmar.

– Você não pode ficar nervosa, o bebê sente essas coisas. – Disse-me Camila.

– Camila eu amo você! Se você não está bem eu provavelmente não estarei e consequentemente o bebê também.

– Quer ouvir a minha história? – Camila perguntou.

Sério que ela me contaria sobre a vida dela?

– Quero, mas você tem certeza que quer contar?

– Tenho! Eu preciso por algumas coisas para fora. Por favor, só me escuta.

Assenti para ela e Camila começou a falar.

– Quando eu tinha cinco anos minha mãe foi embora de casa com outro homem!

Meu pai ficou arrasado.

Memória On.

Eu brincava com meu carrinho distraidamente na sala quando ouvi os gritos.

– ME SOLTA ALEJANDRO! EU NÃO SOU FELIZ AQUI COM VOCÊ, VOCÊ NÃO ME DAR AMOR E CARINHO, EU QUERO SER AMADA, QUERO SER LIVRE! – Gritava mamãe.

– SINUHE, POR FAVOR! PELA NOSSA FILHA, NÃO FAZ ISSO! O QUE FALTA PARA VOCÊ? – Papai gritava.

– EU JÁ DISSE! VOCÊ SÓ SABE FICAR ENFIADO NAQUELE MALDITO ESCRITÓRIO, O CAIUS PODE ME DAR MAIS AMOR QUE VOCÊ!

– MAS NÃO PODE BANCAR SEUS LUXOS!

– EU NÃO QUERO O SEU MALDITO DINHEIRO! EU QUERO AMOR!

[...]

Havia uma mesa na sala, me acomodei debaixo dela e tapei meus ouvidos. Eu não queria ouvir aquilo.

Eu tinha medo, muito medo!

Ouvi a babá me chamar, mas não sai do lugar.

– Camila? Onde você está? – Falava a voz feminina.

Minhas lágrimas desciam e eu não conseguia falar. Meus pais gritavam muito e batiam portas, eram esses os sons que eu ouvia.

De repente senti uma mão me puxar.

– Aí está você, Camila. – Disse minha babá.

Ela pegou em minha mão e me levou para o meu quarto.

Continuei brincando com meu carrinho até ouvir mamãe me chamar.

– CAMILA! CAMILA! ELA É MINHA FILHA EU QUERO LEVA-LA! – Falava mamãe com a voz embargada.

– ESQUEÇA ESSE ENDEREÇO SINUHE! ESQUEÇA A CAMILA. – Falava papai, em seguida ouvi a porta bater fortemente.

Memória Off

– Me desculpa estar te falando essas coisas, mas isso me atormenta! Atormenta-me muito, sempre atormentou. – Camila dizia olhando-me exasperada.

Fui tomada por uma forte angustia só de imaginar uma garotinha cabeluda de lindos olhos castanhos, amedrontada.

– Confia em mim! Juntas nós podemos fazer um novo começo. Eu preciso dizer de novo que te amo? – Confessei.

Camila me olhou confusa.

– Você é uma boa garota! Se não fosse já estaria bem longe daqui. Mas será que eu mereço isso? Será que eu mereço todo esse amor?

– Claro que merece! – Exclamei.

– Eu tenho medo... – Camila sussurrou.

– Não tenha. – Pedi enquanto acariciava seu lindo rosto.

– Pronta para ouvir mais de meu passado obscuro? – Camila perguntou.

Eu não sabia o que tinha dado em Camila, mas eu estava adorando o fato dela estar desabafando comigo.

– Uhum. – Assenti. – Mas antes posso fazer uma pergunta? – Falei.

– Pode sim.

– O que aconteceu com seus pais depois?

– Meu pai morreu três anos depois daquilo tudo, quando eu tinha oito anos, e justo no dia do meu aniversário. Ele teve epilepsia alcoólica, desde que minha mãe partira ele começou a beber. Minha mãe... Bom, dessa eu nunca mais tive notícias, acho que morreu.

– Que tragédia. – Falei.

– A minha vida é uma tragédia, Lauren.

– Não... Não fala isso. – A censurei.

– Eu nunca contei isso a ninguém, nem a Berta que trabalha para mim á anos.

– Imagino o quanto deve doer. Eu sei o que é crescer sem o amor dos pais, eu sempre fui negligenciada pelos meus. – Falei limpando as lágrimas que já brotavam em minha face.

– É uma ferida que dói inconstantemente... Dói só de falar, sufoca! – Eu podia ver a dor de Camila em seus olhos.

– Mas por quê você não procura a sua mãe? Ela pode estar viva. – Sugeri.

– Eu tentei uma vez, mas depois eu concluí que se ela nunca veio me procurar é porque não me quer ou então já morreu. – Camila confessou.

– Eu quero tanto te ajudar, eu sei que deve ter sido muito difícil, mas Camila você tem que superar e... Eu não tenho culpa de tudo o que aconteceu. Por quê você ficou assim?

– Eu não sou essa mulher Lauren. Eu não sou! – Camila disse ao levar as mãos ao rosto mais uma vez.

– Eu sei! Eu sei... – Sussurrei enquanto colava a minha testa na dela.

– Eu amo você. – Confessei ao pegar a mão de Camila e por sobre minha barriga. – E nosso filho também, eu aposto!

– Acho que ele não merece uma mãe igual a mim, e nem você uma esposa feito eu! Você merece alguém que ame você. – Camila falou ao olhar em meus olhos.

– Não! Eu preciso de você! Da mãe do meu filho e de mais ninguém. – Rebati.

– Eu sou uma droga de mulher, Lauren. Você não percebe isso? – Camila insistia em se xingar.

– Chega! Você é uma boa mulher, eu sei. Não faz isso com você. Juntas nós podemos fazer um novo começo e encontrar a sua filha, e quem sabe a sua mãe também. – Insisti.

– Eu não encontrei a minha filha esse tempo todo, eu botei o mundo atrás dela, polícia, detetive particular, tudo! E nada! Deus está me castigando.

– Por quê Deus castigaria você? Camila para com isso! Essa mulher não pode ficar intocada para sempre! Nós vamos encontra-la, tenha fé que vamos.

– Ah Lauren! Você é tão otimista. – Camila pousou sua cabeça em meu peito.

Acariciei seus cabelos cumpridos.

– Eu não mereço você! – Camila exclamou.

– Shii. Dorme. – Pedi.

Fiquei fazendo cafuné em Camila até ela pegar no sono, ela estava muito agitada. Era melhor continuarmos essa conversa no dia seguinte.


Notas Finais


Espero que tenham gostado do capítulo, até o próximo, deixem ai seus comentários beijos.


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