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História O coração às vezes oscila - Eu não conheço tudo sobre você, mas...


Escrita por: ohmystress

Notas do Autor


Não vou mentir e falar que não escrevi pensando no Yuzuru Hanyu o tempo todo.

Capítulo 1 - Eu não conheço tudo sobre você, mas...


Existe essa áurea invernal sobre eles, pelo menos é o que ela gosta de imaginar já que é o que convém ao momento, à situação.

Ela pisa com passos firmes sobre a neve alva que enfeita não só o chão como toda a paisagem da metrópole. E quem é ela ali para que tenha direito de cogitar sentimentos cálidos de maneira tão repentina, inconveniente e inconcreta? Pois bem, ninguém.

Não está apaixonada, não, é algo mais parecido com fascínio, respeito.

Existe essa áurea doce sobre ele, na forma como seus braços se esticam de maneira tortuosa e se movem como se captassem os movimentos da brisa e do frio do inverno, na forma como a coluna fica ereta permitindo que todo o resto do corpo (a sua alma, talvez) se mova em uma dança silenciosa e hipnotizante. E ele nunca cai, isso é injusto.

Existe algo bonito sobre os sons de seus patins de cor azul-céu contra o gelo, sobre o sorriso cheio de dentes que ele sustenta no rosto. E por mais que os cabelos sejam negros e mal cortados, o tipo de corte e garoto que comumente se encontra pelas esquinas e lojas de doces por aí, em qualquer lugar, ah, há algo diferente nele, dolorosamente diferente. Seus olhos brilham e sua alma transparece, ela dança através das orbes negras e pueris. Mas talvez não seja isso, talvez seja toda sua peculiaridade, o modo como sabe que é distinto, inalcançável, raríssimo e como consegue conquistar a simpatia dos olhos sem brilho que lhe assistem sem muito esforço.

Então, ele salta, tão alto que parece querer voar, e, talvez tenha conseguido. Talvez ele tenha voado, de forma leve e bonita, como um belo poema de cores mortas. 

E existia essa áurea apaixonada sobre aquela manhã. Ela acabara de o conhecer e era como se os olhos lhe falassem de modo íntimo ao coração, apesar dos olhos sequer contatarem os seus. Então, quando achou que era demasiadamente estúpida a maneira como prendia os olhos no garoto de roupas coladas, brilhantes e coloridas saiu do ginásio com pernas duras e juntas doloridas, pisou com firmeza sobre aquela neve, enchendo o próprio coração de determinação indeterminada.

A ponta dos dedos estavam roxas e o coração quente. Nunca acreditou em alma gêmea, de modo algum, e continuava não acreditando, ou... Talvez ele fosse sua alma gêmea, unilateralmente sua alma gêmea (riu, que idiotice sem tamanho), e quando prometeu para si mesma não voltar para aquele ginásio, quando o frio lá fora já judiava suficientemente a ponta de seus dedos, ela soube, mentia para si mesma.

Embora os olhos ingênuos e rasos nunca tenham encontrado os seus, ela volta para o mesmo lugar diversas vezes por semana, só para confirmar que o que é unilateral permanece unilateral e se assim o permanece quem ela é para impor mudança?

Mas não está apaixonada, não, está fascinada. Algo assim. 



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