História O Coração de Cristal - Dungeons And Dragons.

Ariana não sabia o que fazer, não sabia onde estava nem o que tinha acontecido com sua irmã.

Só sabia que ali naquele local no qual ela achou ser uma floresta, Malcom gemia de dor após ter pegado uma flechada no peito.

– Vai ficar tudo bem – dizia ela de joelhos no chão com ele deitado em seu colo, ainda estava com o vestido que havia ido a festa que mesmo sendo vermelho, o sangue que escorria de Malcom se destacava. –

– A-a-rian-a-a – gaguejava ele. – Eu te amo.

– Eu também te amo – respondeu ela com lágrimas nos olhos e apertando com força a mão de seu amado. – Socorro, alguém me ajuda por favor.

– Bom dia. – falou uma voz masculina vinda de trás de Ariana mas ao virar-se ela não viu ninguém.

– Quem está ai? Me ajuda por favor – pediu ela novamente. –

– O que faz aqui minha criança? – questionou a voz e dessa vez o somo vinha a sua frente, e ao virar-se Ariana viu um anão com uma careca no meio da cabeça mas dos lados havia cabelo branco que ia caindo por suas costas. Usava uma espécie de bata vermelha com uns detalhes amarelos na frente, e seu rosto era um pouco gordo e fofo. –

– AHHHHHH. – gritou Ariana e perguntou. – Quem é você?

– Eu sou o Mestre dos Magos minha cara criança – respondeu o anão calmamente analisando Malcom que já estava ficando com o corpo gelado. –

– Sou a Ariana moço – falou ela. – Por favor me ajude, não o deixe morrer.

– O que aconteceu minha cara Ariana? – perguntou Mestre dos Magos. –

– Ele levou uma flechada – respondeu ela em lágrimas. – Ele está morrendo.

– Mais onde está a flecha? – questionou o anão. –

– Eu não sei – respondeu ela confusa. – É tudo estranho para mim, um homem que eu havia visto em um sonho violentando minha mãe nos trouxe para cá, e ao fazermos essa passagem a flecha desapareceu do peito dele, mas a ferida continua aí.

– Está falando de Salazar? – perguntou o anão. –

– Sim, você o conhece? – respondeu Ariana perguntando. –

– Você está correndo perigo se ficar aqui minha criança. – respondeu Mestre dos Magos ignorando a pergunta que Ariana lhe fez. – Aqui não é um local seguro para ninguém.

– Porque não? Afinal de contas, onde eu estou? – questionou Ariana. –

– Está na floresta sem fim – respondeu o anão. –

– O que? Como assim? – perguntou ele. –

– É uma floresta – falou uma voz feminina atrás de uma árvore quando uma jovem que parecia ter a idade de Ariana surgiu. Era morena da cor chocolate, tinha os cabelos cacheados e curtos que não chegavam a tocar nos ombros. Estava usando um top marrom que parecia ser feito de palha e uma saia da mesma cor, o que a deixou parecendo uma índia. E em sua mão jazia um pequeno bastão e ela continuou. – Que mesmo que você tente, você nunca irá encontrar uma saída pois não existe saída aqui.

– Então estamos presos aqui? – questionou Ariana a jovem que surgiu de trás da árvore. –

– Sim – falou uma outra voz feminina só que ela não estava atrás de nenhuma árvore apenas surgiu do lado da índia. Estava usando um macacão rosa que estavam envoltos por uma capa da cor lilás, era branca e seus cabelos eram ruivos e sua expressão era de tristeza ao dizer que estavam presos lá.

– Tem que ter uma saída – falou Ariana firmemente enquanto passava amão no rosto de Malcom que por incrível que pareça ainda conseguia respirar. –

– É o que nós achávamos quando fomos jogados aqui – respondeu uma voz masculina vindo de trás de Ariana, quando um rapaz usando uma roupa verde parecida com a do Mestre dos Magos surgiu, e em sua cabeça havia um enorme chapéu pontudo. –

– Não devemos desistir – respondeu Ariana ao ver ele se aproximar das duas garotas. –

– Como não? Se todas as nossas esperanças foram massacradas pelos vários monstros que aqui habitam – falou uma outra voz masculina, quando um menino de uns 16 anos de idade vestido com um guerreiro com um escudo dourado na mão se juntou a seus amigos. –

– E porque ele não ajuda vocês a sairem daqui? – perguntou Ariana apontando para o local onde o Mestre dos Magos estava, porém o anão havia desaparecido. –

– Porque é sempre assim – falou uma voz masculina, mas um pouco mais nova, atrás dos quatro amigos que encaravam Ariana. Quando um menino de uns 12 anos de idade usando roupas como as de um viking e segurando um bastão grande e grosso, que parecia pesado para sua idade, surgiu. –

– Assim o que? – questionou Ariana. –

– Ele sempre desaparece. – respondeu uma voz masculina, e de cima de uma árvore um garoto de uns 19 anos pulou. Tinha cabelos loiros, era branco e estava usando uma roupa de guerra verde com alguns detalhes dourados. Em sua mão havia um arco, mas Ariana não observou nem uma aljava com flechas em suas costas o que a fez se perguntar como ele atirava nas pessoas. Ele a encarou e respondeu. – Sempre quando precisamos de respostas, ele desaparece, nos abandona.

– É – concordou o menino do escudo. – Estamos fadados a ficar presos nesse lugar imundo.

– E porque vocês vieram parar aqui? – questionou Ariana. –

– A única coisa que fizemos – respondeu a garota da capa. – Foi ajudar as pessoas da nossa vila que estavam passando fome devido a ordens da rainha.

– E ela considerou isso uma traição – continuou a menina que parecia uma índia. – E nos mandou para cá, para a floresta sem fim.

– E você? O que fez para ela enviá-la para cá? – perguntou o mini viking. –

– Não sei de que rainha estão falando – respondeu Ariana. – Só quero que me ajudem, meu namorado está morrendo.

– O que aconteceu com ele? – perguntou a menina ruiva. –

– Ele levou uma flechada – respondeu Ariana. –

Foi quando o menino que pulou da árvore ajoelhou-se ao lado deles, rasgou a camisa de Malcom e analisou o ferimento.

– Não foi profundo – concluiu ele. – Não chegou a acertar o coração por muito pouco.

– Como você sabe disso? – perguntou Ariana. –

– Sou um arqueiro experiente – respondeu ele. –

– E porque ele está assim, gelado e tremendo? – perguntou a gêmea de Ariadne. –

– Porque na ponta da flecha que lhe foi atirada, havia veneno – respondeu o arqueiro. – Que se espalhou por algumas partes de seu corpo e o está fazendo ficar assim. Quem atirou tem a mira muito boa, mas creio que essa flecha não era para ele pois com uma mira assim era pra ter acertado o coração.

– Realmente – concordou Ariana lembrando-se que Katniss mirou a flecha na direção do carro de seu avô que estava se aproximando devagar, porém Malcom pareceu não ter visto a flecha pois estava um pouco escuro do ponto de onde ele estava, e acabou sendo atingido por se colocar entre ela e o carro. – Como curamos isso?

– Presto – chamou o arqueiro olhando para o menino da bata verde e perguntou. – Você poderia dar uma ajudinha aqui?

– Não sei se vou conseguir – respondeu o garoto chamado Presto se aproximando e ajoelhando-se perto deles. –

– O que você vai fazer? – questionou Ariana encarando Presto que tirou o chapéu da cabeça. –

– Apenas observe – respondeu ele e começou a agitar a mão por cima da boca do chapéu pronunciando as seguintes palavras: – Ocus, pocus a ferida curar e o veneno retirar.

Foi quando Ariana observou o interior do chapéu brilhar e uma onda de luz roxa começou a sair lá de dentro e adentrar o corpo de Malcom pelo buraco da flechada.

– Não sei se vai dar certo – falou Presto olhando para o arqueiro que estava encostado em uma árvore. –

– Vai dar certo sim – falou Ariana segurando o braço que Presto segurava o chapéu, que começou a se agitar e a onda de lux roxa que emanava de dentro do objeto para o corpo de Malcom, ficou mais forte e mais intensa e Ariana viu o corpo de seu namorado tremer-se todo ao sentir toda aquela onda invadir seu corpo, porém seu aspecto parecia está ficando melhor, não estava mais gelado e começou a parar de tremer quando as ondas de magia começaram a se expandir e o garoto Presto soltou o braço da mão de Ariana, colocou o chapéu na cabeça e levantou-se. –

– Você é forte hein – falou ele passando a mão em seu braço. –

– Desculpe-me – respondeu ela e voltou-se para Malcom. – Mac? Mac?

Por alguns minutos ele não respondeu, ficou apenas lá caído de olhos fechados, porém Ariana observou que o buraco do ferimento havia desaparecido e quando ele começou a acordar um mar de felicidade invadiu seu peito e ela o beijou intensamente.

– Bom dia – falou ele interrompendo o beijo e em seguida perguntando. – O que aconteceu?

– É uma longa história – respondeu ela e Malcom levantou-se de seu colo e ficou sentado no chão. –

– Onde estamos? E quem são vocês? – questionou o rapaz ao olhar as seis pessoas que os estavam observando. –

– Eu sou a Diana. – respondeu a menina que parecia uma índia e o mini bastão que estava em sua mão cresceu e se tornou um bastão como o dos atletas de salto com vara. –

– Como você fez isso? – perguntou Malcom confuso. –

– Eu sou a Sheilla – respondeu a menina ruiva colocando o capuz de sua capa sobre a cabeça e desaparecendo. –

– O que está acontecendo? – perguntou ele ainda mais confuso. –

– Eu sou o Presto – falou o menino da roupa verde tirando o chapéu e fazendo um sanduíche aparecer na frente de Malcom. –

– Obrigado, eu acho – agradeceu o rapaz. –

– Eu sou o Erick – disse o menino vestido como guerreiro se olhando em seu escudo dourado. –

– Eu sou o Bob – falou o menino com um bastão pesado na mão, aproximando-se de uma árvore e batendo nela com sua arma fazendo várias frutas caírem. –

– Eu sou o Hank – disse o arqueiro que estava encostado em uma árvore oferecendo a sua mão para Malcom e o ajudando a levantar. –

– Obrigado – agradeceu ele e perguntou. – O que está acontecendo?

– Eu não sei amor – respondeu Ariana aceitando a mão que Malcom lhe ofereceu para ela levantar-se. – É tudo muito novo e estranho para mim também, mas vou contar o que aconteceu para você antes de virmos parar aqui.

A cada palavra que Ariana falava, a expressão de Malcom ficava cada vez mais surpresa o que deixou-a aliviada pois ele parecia está acreditando no que ela estava falando, pois era verdade, mas ela temeu que ele a achasse uma louca varrida e sorrisse de sua cara.

– … e aí estamos aqui... – finalizou ela. –

– Então estamos presos aqui? – perguntou ele. –

– Parece que sim – respondeu ela triste. – Fico feliz que tenha acreditado em mim.

– Eu sempre vou acreditar em você –respondeu ele segurando seu rosto e a beijando, quando um relincho de cavalo foi ouvido e os seis amigos esconderam-se e mandaram Ariana e Malcom se esconderem também, pronunciando o nome no qual Ariana entendeu ser “Vingador'. –

E assim eles o fizeram se esconderam atrás de uns arbustos perto de uma árvore, quando um homem montado em um cavalo negro de olhos vermelhos, pousou bem onde as oito pessoas estavam, o homem usava o que parecia ser um vestido metade cinza metade preto. E em sua cabeça havia apenas um único chifre vermelho, e enormes asas de morcego pendiam em suas costas, Ariana pensou está frente a frente com o demônio, mas aquele era o que ela achou ser o Vingador.