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História O Coração de Cristal - O Passado No Presente.


Escrita por: Judson10

Capítulo 3 - O Passado No Presente.


Fanfic / Fanfiction O Coração de Cristal - O Passado No Presente.

Por pouco Ariadne e sua irmã não se molharam com aquele forte temporal que começou a cair segundos após elas colocarem os pés dentro de casa, e o que já era de se esperar sua avó estava na sentada na sala “morta” de preocupada pelo fato de ambas estarem mais do que atrasadas para o almoço. Apesar de estar na hora do almoço, Ariadne não estava com fome apenas pediu a benção da avó e seguiu silenciosa para seu quarto, o encontro com Malcom a afetou mais do que devia, poderia ter se passado dois anos desde o fim do relacionamento deles, mas o que Ariadne sentia era verdadeiro e era sincero, porém ela não conseguia entender porque ele havia terminado com ela. O que ela fez de errado para acabar assim? Ela não sabia, mas ter aqueles pensamentos fez com que seus olhos enchessem-se de lágrimas, e para passar aquela dor que estava sentindo no coração pousou devagar a cabeça no travesseiro, fechou os olhos e em alguns segundos ela já estava mergulhando no mundo dos sonhos.

Em seu sonho ela estava na escola, dentro de uma sala de aula sentada em uma cadeira no fundo do lugar. A sala parecia estar vazia, exceto por um homem que estava de costas para ela riscando algo na lousa, ele estava trajando um casaco marrom enorme que ia ate a metade da parte de trás de suas pernas e pelo o que Ariadne pôde observar ele estava usando ao redor do pescoço o que ela entendeu a ser um cachecol da cor vermelha banhada a vinho.

O homem riscava o quadro sem parar, e Ariadne logo pensou que quando ele virasse começaria a dar uma longa e triste aula de uma matéria que ela odiava(sim para ela aquilo já estava virando um pesadelo), mas resolveu esperar aquele estranho homem terminar de riscar o que riscava no quadro.

Após alguns minutos riscando, ele para de joga o pincel no chão e fica apenas observando o que fez na lousa como se fosse um Leonardo DaVincci apreciando a Monalisa após terminar de pintá-la.

– Ei você – chamou Ariadne. – Quem é você? E o que fez ai na lousa?

Não houve resposta. O homem ficou apenas parado lá em pé ainda observando o que havia feito.

– Será que você pode me responder? – insistiu Ariadne. –

– A arte de viver consiste em tirar o maior bem, do maior mal. – responde ele com a voz áspera e virando-se para a jovem. Ao virar-se ela percebeu que ele parecia mais novo do que ela pensou. Usando uma camisa azul uma calça jeans azul também, ele a observou e ela notou que no lugar de seus olhos havia um vazio banhado em escuridão e quando ele começou a sorrir do nada, ela começou a sentir medo daquele homem. –

– Quem é você? – perguntou ela tentando esconder o medo e tentando ver o que ele havia desenhado mas ele estava na frente impedindo-a de olhar. –

– Sou alguém – respondeu ele dando uma risada esquisita. –

– O que você desenhou ai? – perguntou Ariadne. –

– Crystal Heart – respondeu ele dando outra risada esquisita. –

Se tem uma coisa que Ariadne não era boa, era inglês dai todas as notas baixas que ela tira nas provas dessa disciplina pois ela nunca assiste as aulas, sempre no horário dessa matéria ela “mata” aula, ou quando está na sala no momento da aula nunca presta atenção fica apenas sentada lá no canto da sala ouvindo música. E agora aquele estranho cara com uma risada de bruxa do século I estava ali falando algo em inglês e ela não estava entendendo nada e se xingou mentalmente por nunca ter prestado atenção nas aulas de inglês.

– O que você disse? – perguntou ela levantando-se da cadeira em que estava sentada. –

– Crystal Heart – respondeu ele jogando o pincel que estava no chão na direção de Ariadne que rapidamente se esquivou ouvindo aquela irritante risada daquele homem que parecia estar ficando louco. –

– Como pegou esse pincel tão rápido? – perguntou Ariadne já irritada. –

– Não peguei – respondeu ele sorrindo e apontando para o chão onde o pincel que ele usou para riscar o quadro estava no mesmo local que ele havia jogado. Com a distração ele acaba que por jogar outro pincel em Ariadne atingindo a cabeça dela. – Hahahahahaha – sorriu ele. – Peguei você.

– Argh, agora você vai ver seu idiota. – gritou Ariadne passando a mão na cabeça que doía e indo furiosa em direção ao rapaz que desapareceu de onde estava e reapareceu atrás dela botando o pé para que ela caísse. –

– Hahahaha peguei você de novo – sorriu ele e novamente desapareceu e reapareceu na frente da jovem que se levantava com dificuldade. –

– Eu vou acabar com você – diz ela furiosa levantando-se e partindo para cima dele que desaparece de novo só que dessa vez reaparece sentado na cadeira em que Ariadne estava quando o sonho começou. – Crystal Heart – disse ele cruzando as pernas e apontando com o dedo fura-bolo para a lousa. –

Ariadne que até então estava furiosa, mas também curiosa para ver o que o homem havia riscado no quadro vira-se para ver o que é e observa que no quadro havia uma espécie de coração, mas ao ver aquele coração Ariadne sentiu algo diferente, o desenho estava partido no meio sendo uma metade do coração branca(que era a cor da lousa). E a outra metade negra e escura, assim como os olhos daquele homem. E estranhamente foi a metade pintada pela qual Ariadne sentiu mais atração, apesar de ser apenas um desenho e não significar absolutamente nada para a jovem, ela sentiu muita vontade de tocar, tanta que se aproximou do desenho e ficou passando a mão na metade escura. Atrás dela o homem louco dava suas risadas esquisitas, até que a irmã de Ariana virou-se e perguntou:

– O que significa isso? – perguntou ela o encarando desafiadoramente. – Porque você fez esse desenho?

– Crystal Heart – disse ele dando mais uma risada, porém em seguida seu semblante ficou sério e quando falou sua voz sou mais áspera que o normal e parecia estar triplicada como se três dele falassem ao mesmo tempo. – Pelo caminho das trevas, vocês encontrarão a luz.

Ao pronunciar aquilo Ariadne ajoelhou no chão e tampou os ouvidos quando zoombidos agudos começaram a acontecer e se misturaram a risada daquele homem quando a sala no seu sonho começou a se desfazer em escuridão fazendo-a acordar em um pulo de sua cama.

– Você está bem? – perguntou Ariana que estava sentada na outra cama(que era dela) lendo um livro tranquila. –

– Tive um pesadelo – respondeu Ariadne. – Claro que não estou bem. Que horas são?

– Eu percebi que era um pesadelo – respondeu Ariana. – Você estava á horas se debatendo ai. E já são 18:00.

– Como assim 18:00? Faz apenas alguns minutos que eu deitei aqui para dormir. – respondeu Ariadne impressionada. –

– Veja você mesma – disse Ariana apontando para a janela do quarto, mostrando que já mostrava a noite entrando no céu. – Não te acordei porque da última vez que fiz isso você colocou pasta de dente no lugar do meu shampoo e acabou com meu cabelo naquele dia. Por isso preferi deixar você dormindo e ter seus sonhos ou pesadelos em paz.

– Aquilo foi só uma brincadeira – diz Ariadne ainda impressionada. – Como estão nossos avós? O que você disse a eles pelo fato de chegarmos tão tarde?

– Nada – respondeu Ariana. – Não havia nada a ser dito, pois quem se atrasou foi você e é você que deve uma explicação a eles e não eu.

– Ai você não serve para nada – responde Ariadne jogando um travesseiro na irmã. – Nem para inventar uma mentira.

– Vou entender isso como um elogio – sorriu Ariana. – Agora vá comer alguma coisa, você não come a horas.

Ao ouvir a palavra comida, Ariadne sentiu seu estômago roncar e correu para a cozinha para comer alguma coisa. Mas ao chegar lá sua avó já a esperava para aquela conversa que sua irmã havia dito no quarto.

– Vovó eu sei que cheguei atrasada mas não foi por minha culpa eu estava fazendo um trabalho e...

Disse Ariadne, mas logo foi interrompida por sua avó.

– Não precisa me explicar nada minha neta. – sorriu avó. – Apenas sente-se gostaria de lhe entregar uma coisa.

– O que? – perguntou Ariadne sentando-se na cadeira em frente a sua avó. –

– O meu maior orgulho – começou ela. – Foi por ter tido a oportunidade de adotar você e sua irmã par serem as minhas netas.

– A senhora já nos disse isso dona Heloísa – brincou Ariadne. – Mais porque esse assunto agora?

– Você e sua irmã – disse dona Heloísa. – Já tem 16 anos, e assim como entreguei um presente para ela entregarei agora um para você.

– O que? – questionou Ariadne. –

Dona Heloísa abriu as mãos e Ariadne reprimiu um grito, pois ela estava segurando em forma real a metade de um coração negro assim como em seu pesadelo mas a única diferença é que aquele coração parecia ser feito de vidro e estava em forma de colar nas mãos da avó.

– Sua mãe antes de viajar e sofrer aquele acidente – disse Dona Heloísa com lágrimas nos olhos. – Pediu que caso ela não voltasse, eu e cuidasse de vocês e aos 16 anos eu entregasse isso a você. – ao dizer aquilo Dona Heloísa coloca o colar em volta do pescoço de Ariadne que também estava com lágrima nos olhos.

– Ela já estava sentindo que algo ia acontecer não é? – perguntou a jovem passando a mão no colar que recebera. –

– Sim – respondeu Dona Heloísa. – Mais ela sabia que precisava fazer o que era certo, por isso deixou isso para você pois queria que você se tornasse a herdeira dela.

– Obrigada vovó – diz Ariadne não segurando as lágrimas e abraçando Dona Heloísa. – Obrigada por tudo que já fez por mim e pela minha irmã, eu amo você.

– Oh minha filha – responde a senhora retribuindo o abraço. – Eu também amo vocês.

 

 



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