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História O Coração de Cristal - O Começo De Um Novo Ciclo.


Escrita por: Judson10

Notas do Autor


SAIU! Mais um capítulo da fic prontinho para vocês, espero que gostem pois está muito legal e é a partir daqui que a história começa a tomar outro rumo...

Capítulo 8 - O Começo De Um Novo Ciclo.


Fanfic / Fanfiction O Coração de Cristal - O Começo De Um Novo Ciclo.

Ariadne podia até as vezes achar sua irmã uma mala, mas independente disso ela era sua irmã e Ariadne do jeito dela a amava e se preocupava com ela.

Ao saber da notícia que Ariana estava na diretoria porque havia passado malo na sala de aula, Ariadne pediu permissão para sua professora para ir ver como sua gêmea estava.

– Vai mas não demora – permitiu a professora. –

Junto com a coordenadora da escola que havia ido avisar sobre o ocorrido, Ariadne segue pelo corredor rumo a diretoria... Ao chegar no local, ela observa que sua irmã está sentada diante do diretor com os cotovelos apoiados na mesa, e as mãos no rosto chorando muito.

Ariadne se aproxima, ajoelha-se diante da irmã e pergunta o que aconteceu a sua gêmea, que não responde apenas continua chorando.

– Sua avó já está vindo para cá – anunciou o diretor. –

– O que aconteceu diretor? – pergunta Ariadne. –

– Não sabemos ao certo – respondeu a coordenadora. – A amiga dela, Selena, disse que ela havia adormecido na aula e após algum tempo acordou tendo ataques de pânico e chamando o nome da mãe de vocês, quando cheguei a sala essa amiga estava tentando controlar ela que já estava chorando muito e quebrando seus lápis e rasgando as folhas do caderno sempre chamando sua mãe.

– Ariana fala pra mim o que aconteceu? – perguntou Ariadne a irmã. –

– Mamãe – responde Ariana se tremendo toda e choramingando. –

– O que tem ela? – perguntou Ariadne. –

– Presa – respondeu a irmã. –

– Sua avó já está vindo para cá – anunciou o diretor. –

– Vovó – disse Ariana. –

– Estou começando a ficar preocupada – diz Ariadne levantando-se – Nunca vi ela nesse estado.

– Mamãe – disse Ariana. – Presa.

– Nossa mãe morreu Ariana – respondeu Ariadne um pouco alterada na voz fazendo com que a irmã caísse em lágrimas. –

– Melhor você voltar para sala – pediu o diretor. –

– Não posso deixar ela sozinha. – respondeu Ariadne. –

– Não se preocupe – disse a coordenadora pousando a mão no ombro de Ariadne. – Sua avó já está chegando, ela vai ficar bem. Vamos.

Ariadne queria se recusar, mas sabia que nem a coordenadora nem o diretor iriam permitir que ela ficasse mais um pouco.

– Está bem então – disse ela e deu um abraço na irmã que ainda se tremia e chorava muito. – Fica bem tá sua idiota.

Ariadne não pôde deixar de sorrir, apesar de não demonstrar, sentia um enorme carinho pela sua irmã e não gostava nem um pouco de ver ela no estado em que estava.

A caminho da sua sala, Ariadne pensou no sonho que teve com aquele estranho homem desenhando na lousa aquele coração(ou metade dele) que agora estava ali pendurado no pescoço de Ariadne em forma de colar.

O que será que aquilo queria dizer, pensou a gêmea de Ariana. Será que sua avó conhecia aquele estranho homem? Será que foi ele que entregou aquele colar para ser entregue a Ariadne? Ter aqueles pensamentos a tirou da realidade alguns segundos, e ela só “acordou” porque o sinal anunciando o recreio tocou, mesmo estando longe dela ouvir aquilo fez com que seus tímpanos quase estourassem. A coordenadora já tinha se afastado dela, e ela não tinha nem percebido.

– Nossa quanto tempo fiquei fora do ar? – perguntou a si mesma enquanto caminhava na direção de um grupo de pessoas sentados no final do corredor de sua sala. –

– Ariadne – chamou sua amiga sentada no chão. Estava usando um short curto e uma regata preta até a metade da barriga, seus cabelos estavam presos em rabos de cavalo, um na direita, outro na esquerda da cabeça o que não combinou muito com as roupas que ela estava vestindo. –

– Oi Tiffanny – respondeu Ariadne. –

– Senta aqui com a gente – disse um menino usando uma camiseta azul marinho mostrando seus músculos dos braços e em certa hora seu peitoral também. Estava usando uma calça jeans branca toda rasgada e com uma corrente de lado e quando ele se levantou, Ariadne se viu encantada pelos lindos olhos azuis que ele possuia. –

– Não, obrigada Gabriel. – sorriu Ariadne olhando para cima já que o rapaz era super mais alto do que ela. – Só vim chamar a Tiffanny para ir lanchar comigo.

– Já estou indo – respondeu Tiffanny, virando-se e beijando um menino sentado ao seu lado que Ariadne não conhecia. – Vamos – disse ela levantando-se e pegando no braço da amiga e voltando com ela pelo corredor. –

– Quem é aquele? – perguntou Ariadne curiosa. –

– Só um ficante, disse pra ele que aquela seria a última vez que ficaríamos – sorriu ela. –

– Mais e seu namoro? – questionou Ariadne. –

– Nós terminamos ontem – respondeu Tiffanny. –

– Nossa – sorriu Ariadne. – A fila anda rápido para você.

– Rápido como um trem – disse Tiffanny chegando com Ariadne na cantina. –

Após comprarem o lanche, as duas amigas seguiram caminhando rumo a sala de aula para poderem lanchar em paz, sem que ninguém as perturbasse ou as pedisse um pouco de seu lanche, mas tudo isso mudou quando uma garota de outra sala passou correndo por elas e derrubou o salgado e o refrigerante de Ariadne no chão.

Ariana odiava dar trabalho, mas ter aquele pesadelo horrível com sua mãe a fez muito mal, a fez ter alucinações e fazer com que todos se preocupassem com ela.

Sua avó que havia acabado de chegar na escola, pediu para ficar a sós com ela na diretoria e de uma maneira que Ariana não sabia como, sua avó conseguiu acalmá-la e tirá-la do estado de alucinações que ela estava tendo. As duas tiveram uma longa conversa sobre seus pais e o acidente de carro que eles sofreram.

– Mais vovó – disse Ariana já mais calma. – Parecia tão real.

– Minha neta – chamou ela. – Tem coisas na vida que são feitas apenas para parecer, e não para serem reais.

– Queria poder ter conhecido meus pais – respondeu Ariana. –

– Minha neta, seus pais a amavam muito – disso dona Heloísa. – Eles não queriam ter partido e deixado vocês duas.

– Eu sei vovó – respondeu Ariana de cabeça baixa. –

– Para mim também foi muito difícil ter que deixá-la ir – respondeu dona Heloísa com lágrimas nos olhos. – E ver ela deixando vocês foi pior ainda, pois um filho sempre precisa uma mãe e um pai ao seu lado.

– Você e o vovô não são só nossos avós – disse Ariana abraçando a avó. – Vocês também são nossos pais.

– Como me alegra ouvir você dizer isso – respondeu dona Heloísa retribuindo o abraço. – Mais eu preciso ir, você tem certeza que não quer ir embora comigo?

– Sim vovó já estou melhor – respondeu Ariana. –

– Então eu já vou indo – respondeu a avó enxugando as lágrimas. –

– Vou com a senhora até o portão. – sorriu Ariana saindo da sala com sua vó e a levando até a saída da escola. –

Fome. Foi o que Ariana sentiu naquele momento, seu estômago roncou de fome e ela aproveitou que ainda estava na hora do intervalo se seguiu rumo a cantina para comprar seu lanche. Porém se viu interrompida quando perto dali sua irmã discutia com uma outra garota.

– O que está acontecendo ali? – perguntou Ariana se aproximando. –

– Essa idiota ai não olha por onde anda e derrubou todo o meu lanche no chão e agora não quer pagar. – respondeu Ariadne a irmã. –

– Você que não saiu da minha frente sua imbecil – respondeu a garota. –

– E você é obrigada a correr? – perguntou uma garota ao lado de Ariadne. –

– Eu estava com pressa – respondeu a jovem. –

– Não sabe pedir com licença? – questionou Ariadne. –

Ao redor delas muitas pessoas começaram a se aproximar e se divertir com toda aquela situação, e em seguida começaram a soltar vaias e gritos quando Ariadne partiu para cima da garota e as duas começaram a trocar puxões de cabelo e várias bofetadas. Algumas pessoas começaram a olhar para Ariana com a expressão tipo: “Você não vai fazer nada para ajudar sua irmã?”. Mais a jovem não conseguiu esboçar reação diante de toda aquela situação, para falar a verdade ela no momento só estava pensando no que ela iria lanchar.

Após um tempo assistindo aquela briga que já tinha ido para no chão com ambas as garotas rolando e se batendo, um grupo de garotos veio e separou as duas meninas que estavam todas descabeladas e sujas.

– Desgraçada – gritou a menina. –

Ariadne se soltou dos garotos que a seguravam e correu até a jovem e lhe deu mais bofetadas.

– Segurem ela – disse Ariana aos meninos que logo correram, seguraram Ariadne e a trouxeram de volta para o lado da irmã. – Ariadne se acalma. – pediu Ariana segurando o rosto de sua gêmea.

– Você não está ouvindo ela me xingar? – disse ela tentando se soltar. –

– Vagabunda – gritou a menina. – Mal educada e idiota! Sua mãe não te deu educação não? Ah é lembrei, você não tem mãe e se tivesse ela seria tão vaca como foi a ponto de por você e essa sua irmã no mundo.

Ariadne tentava se soltar, mas o meninos estavam atentos e a seguravam mais forte. Os pensamentos de Ariana começaram a rodar, lembrou-se do sonho que teve com sua mãe, lembrou-se da conversa que teve agora pouco com sua vó, lembrou-se do rosto do homem que violentou sua mãe e sentiu repulsa ao ouvir aquela garota falar o que falou.

As pessoas ao redor ainda soltavam gritos e vaias, e os garotos que estavam segurando a menina viraram-se com ela e começaram a levá-la dali, porém a raiva tomou conta de todo o corpo de Ariana quando ela ouviu aquela garota xingar e ofender a sua mãe, raiva tanta que Ariana virou-se e correu na direção dela, pulando sobre seu corpo fazendo-a cair de cara no chão e os gritos e as vaias aumentarem.

– A próxima vez que você xingar a minha mãe – disse Ariana pressionando o rosto dela contra o chão. – Vou esfregar sua cara no asfalto áspero entendeu?

A garota balançou a cabeça em afirmativa e Ariana pôde observar o sangue escorrendo da boca quebrada dela e pressionou mais forte o rosto dela sobre o chão, até que fortes braços que não era de nenhum dos meninos que estavam perto dela, vieram e a tiraram de cima da garota.

– Você é bem brava não é? – disse Malcom com Ariana nos braços. –

– Ela ofendeu a minha mãe – respondeu Ariana tentando se soltar. –

A garota correu chorando e com a boca quebrada para o banheiro, quando todos começaram a vaiar ela e aplaudir Ariana pelo o que ela havia feito. Mas, como nem tudo é um mar de rosas, pelo interfone a coordenadora ordenou que as gêmeas fossem imediatamente para a sala dela.

– Hora da suspensão – disse Ariana descendo dos braços de Malcom. –

– Fica calma – pediu ele sorrindo quando Ariadne se aproximou e puxou Ariana pelo braço. –

– Vamos logo – disse ela enquanto caminhava. –

Dona Heloísa sabia que o que tinha feito era errado, mas ela não tinha coragem para dizer a sua neta que tudo que ela sonhou era verdade e sentiu um pouco de tristeza ao saber o que aconteceu com sua filha logo a partida dela.

Chegando em casa após algumas compras para o almoço no mercadinho da esquina, dona Heloísa sente um frio estranho na barriga, mas ignora por achar que aquilo se trata de fome pois ela havia comido pouco no café da manhã.

– João? – chamou a avó de Heloísa pelo marido. –

Para dona Heloísa, única coisa boa de ter ido para aquele mundo com suas netas foi ter conhecido João que a ajudou quando ela mais precisou, e hoje eles moravam juntos apesar de nem serem casados e ele era super apaixonado por suas netas.

– Estou aqui – surgiu ele do quarto. –

– Fui no mercadinho comprar ingredientes para fazer aquela sopa que você adora – disse dona Heloísa. –

Havia algo errado, a encarava de uma maneira muito estranha na qual ela nunca tinha visto nos dezesseis anos em que está morando com ele, e aquele frio na barriga apenas aumentou quando ela o olhou nos olhos.

– João, você está bem? – perguntou ela. –

– Porque eu não estaria? – perguntou ele dando um sorriso sinistro. –

– Você está estranho. – disse ela. –

João continuou encarando-a com aquele sorriso quando uma névoa escura o envolveu e um homem usando uma roupa preta arrastando que parecia um vestido de mulher surgiu e em seu rosto mais especificamente na parte inferior dos lábios havia uma cicatriz, a expressão dele era séria e estava misturada com aquele sorriso sinistro que ele estava dando. Dona Heloísa sabia quem era, e ao pronunciar tais palavras seu frio na barriga se transformou em pavor.

– Salazar – disse ela. –

– Achou mesmo que se esconderia de mim por muito tempo? – sorriu ele e começou a se aproximar... 



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