Se estivesse sozinha, Ariadne estaria morrendo de medo andando por aquele lugar que mesmo estando de dia as árvores enormes impediam que a luz do dia entrasse no meio da floresta, e tal ambiente era frio, sinistro com uma estranha névoa que “passeava” entre os arbustos e árvores.
– Que lugar esquisito – comentou Geraldine enquanto caminhavam. – Afinal de contas, para onde estamos indo? Precisamos de um ponto objetivo e nós não sabemos onde sua irmã está.
– Em uma conversa particular, a rainha disse que como irmã dela nossas mentes estão conectadas – falou Ariadne. – E com os “poderes” que vocês dizem que eu tenho, ela falou que seria mais fácil saber onde ela está pois posso usá-los para sentir a presença dela.
– Então sinta vamos logo – falou Geraldine nervosa. – Quanto mais cedo encontrarmos ela e seus pais, mais cedo sairemos daqui.
– Não é tão fácil assim – disse Ariadne. – Aqui minhas sensações apontam para diversos lugares, diversas direções, não só a da Ariana.
– Porque aqui é um lugar de trevas – comentou Jack. – E você tem as trevas em seu corpo.
– Então o que faremos agora? – perguntou Katniss quando os quatro pararam em uma encruzilhada na qual tinha caminhos de terra para a esquerda e direita, e para frente e para trás(no qual foi o caminho que eles vieram.) – Qual caminho devemos seguir?
– Parem de pressioná-la – falou Jack defendendo Ariadne que estava confusa no meio da encruzilhada. –
– Bom, eu acho que deveríamos seguir para a direita. – opinou Geraldine. –
– Já eu acho que devemos ir para a esquerda. – se opôs Katniss. –
Enquanto elas discutiam, Ariadne tentava pensar e só se confundia mais ainda, mas por um curto momento sua visão meio que escureceu e ela viu rapidamente uma garota deitada dormindo no colo de um homem, estava usando um vestido vermelho comprido e com cauda, Ariadne não pôde ver seu rosto, mais tinha certeza que era Ariana. Seguido disso, viu o mesmo homem que apareceu em seu sonho na sala de aula, ele estava com a mesma roupa do sonho que ela teve e estava sentado tendo alucinações e estava brincando com as barras de ferro da cela em que estava preso. Tais visões fizeram com que Ariadne ficasse tonta e quase caísse se não fosse por Jack que a amparou.
– Você está bem? – questionou ele segurando-a. –
– Sim, obrigada. – respondeu ela soltando-se. –
– O que aconteceu Ariadne? – perguntou Geraldine. –
– Nada, estou bem. – respondeu ela e apontou para o caminho a sua frente. – Devemos seguir por aqui.
– Como pode ter tanta certeza? – questionou Katniss. – Se a poucos minutos estava confusa.
– Não tenho. – respondeu e continuou apontando para o caminho a sua frente. – Mas sinto que devemos ir por ali.
– Bom, se a nossa guia está dizendo – falou Geraldine e perguntou: – Quem somos nós para discordar? Ninguém, então vamos.
A cada passo que dava, o coração de Ariadne batia mais rápido, assim como o seu nervosismo aumentava. Sentia que o caminho pelo qual eles seguiam era o correto, mas era o mais perigoso.
Assim como sentia que sua irmã estava perto, sentia também que algo ruim iria acontecer.
– Esperem! – pediu ela parando de andar. –
– O que foi? Você viu ela? – perguntou Geraldine. –
– Não, mas vocês não acham que está tudo muito calmo? – respondeu ela perguntando. –
– Realmente está. – concordou Katniss. –
– E isso não é algo normal. – concluiu Geraldine. –
– Melhor continuarmos andando… – disse Jack. – Basta apenas ficarmos juntos e tomarmos cuidado.
– Ele tem razão, vamos. – falou Ariadne. –
– Mais já? Está tão cedo. – falou a voz de Salazar atrás deles e ao virar-se, Ariadne observou que ele não estava com sua gêmea, mas estava acompanhado de quatro seres esquisitos, tinham pele escamosa como de um sapo, o rosto meio inchado e dentes enormes, com presas que pareciam ser de leão. Usavam apenas uma toga velha, tinham os pés virados para trás e em suas mãos haviam lanças bem pontiagudas.
– O que você fez com minha irmã seu miserável? – perguntou Ariadne tomando a frente do grupo. –
– Eu? Nada, não sei onde ela está – respondeu Salazar sorrindo. – Os poderes dela a protegeram e a mandaram para outro local da floresta no momento do teletransporte, mas como sei que ela não vai sobreviver, logo o corpo dela aparece jogado por aí.
– CALA BOCA! – gritou Ariadne furiosa. – O que você quer aqui?
– Vim buscar algo que me pertence. – respondeu ele sorrindo. –
– Isso nunca será seu. – respondeu ela segurando o colar. –
– Será mesmo? – perguntou ele e olhou para os monstros a seu lado e mexeu a cabeça. –
Os escamosos começaram a se aproximar com suas lanças preparadas para furar qualquer um a sua frente. Ariadne viu Katniss preparar seu arco, Jack sua espada...
– Espera! – falou Geraldine se colocando entre os monstros, pedindo para que eles parassem, e seus amigos. –
Os homens-sapo pararam de se aproximar e ficaram meio confusos quando a fada pediu para que eles parassem.
– Geraldine, o que está fazendo? – perguntou Ariadne observando-a. –
– Eu gostaria de fazer uma colocação. – anunciou ela. –
– Pois bem então, faça. – falou Ariadne. –
– Está bem, é bom vocês se segurarem. – respondeu ela. –
– Vamos logo sua idiota, FALE. – gritou Salazar. –
Ariadne nunca viu tamanha demonstração de poder, mesmo para uma fada sem asas. Não havia entendido o porque da fada ter pedido para ela segurar em algo, pelo não até aquele momento. Geraldine havia sacado sua varinha e apontando-a para frente começou a girá-la no sentido horário, rapidamente o vento que estava correndo ficou mais forte do que o normal, tão forte que Ariadne precisou segurar-se para não ser levada pela ventania, pois um minifuracão havia sido criado da varinha da fada sem asas, furacão esse que levou para longe dali os homens-sapo e também o seu mestre, Salazar, que gritou de ódio jurando que iria se vingar da fada madrinha. Após o vento cessar, todos comemoraram e deram um forte abraço em Geraldine, menos Katniss que lhe deu apenas um aperto de mão.
– Obrigada. – agradeceu Ariadne sorrindo. –
– Que é isso – respondeu ela sorrindo. – Não me faz do que minha obrigação.
– Pelo menos uma coisa é certa – observou Katniss. – Sua irmã não está nas mãos desse homem, o que será mais fácil encontrá-la pois não teremos ele para nos impedir.
– Você está certa. – concordou Ariadne e olhou para o céu. – Melhor irmos andando e achar um bom lugar para acampar, pois a noite já está chegando.
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