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História O coraçao de um demonio - Gosto pelo sofrimento


Escrita por: NanSteph

Capítulo 34 - Gosto pelo sofrimento


Fanfic / Fanfiction O coraçao de um demonio - Gosto pelo sofrimento

A olhei nos olhos e sentei em seu colo, ela ia falar algo mas tapei sua boca.

_Quem é seu dono? - A olhei tentando descobrir por mim mesma. Ela franziu o cenho como se nao entendesse do que eu estava falando.

Com a outra mao levei dois dedos a sua testa e tentei ver algo em sua mente, senti um choque percorrer meu corpo e senti uma forte pancada em minhas costas. 

Abri os olhos sem entender e vi que eu estava longe da garota, eu havia batido com tudo na parede como se eu tivesse sido repelida. 

Minha visao estava meio turva, quando se focou juro ter visto uma sombra, mas nao como eu costumava ver em volta das pessoas, era uma sombra clara e nao consegui definir o que era, pois ela sumiu no mesmo instante.

Senti meu braço ser puxado, me levantei sem entender e vi Aberloc agarrado ao meu pulso.

_Eu lhe falei! - Ele me encarou nos olhos o que me fez sentir um arrepio. - Agora a solte.

_Tsh... - Puxei meu pulso e o vi recuar um passo. 

Em poucos instantes soltei a garota, mas assim que tentou fugir a dei um soco no rosto o que a fez desmaiar. Aberloc me olhou como se me repreendesse.

_O que? Nao vou deixar ela sair correndo assim! - A peguei no colo. - leve-a para fora da cidade... Assim vai demorar para a policia vir atras de mim! - A joguei nos bracos de Acce que a segurou e me olhou incredulo. - Agora! - Falei como uma ordem e para meu espanto Acce tambem obedeceu.

Sorri ao perceber que eu podia dar ordem a eles. Olhei para Aberloc que encarava algo no chao. Levantei as sombrancelhas e me aproximei de sí. Ele recuou um passo.

_Esta com medo de mim? - Perguntei em um tom infantil.

_Nao... - Falou hesitante. - É que... 

_Que? - Me aproximei e o encarei.

_Você esta diferente... - Ele tentava nao me olhar.

_Loc... - O vi ficar desconfortavel. - Posso te chamar assim?

_Ja chamou... - Riu fraco.

_Do que Acce falou? - Nao entendi o aperto em meu peito. Estava me sentindo diferente agora sem Acce por perto. - Sobre puniçao?

_Eu devo gostar de sofrer... Só pode!

_O que? - Perguntei sem entender, percebi que estavamos muito proximos.

Aberloc envolveu minha cintura e me puxou para sí, olhou fundo em meus olhos ao segurar meu rosto. Entao aproximou seu rosto do meu e senti seus labios nos meu, eram quentes e macios. Os labios de um demonio deveriam ser tao bons assim?

Senti algo envolver meus bracos e pernas, lentamente como um leve vento quente, um medo cresceu dentro de mim como se algo me expreitasse, como se algo fosse me engolir a qualquer momento. Empurrei Aberloc com toda minha força e cai no chao, me sentia desesperada, olhei para todos os lados mas nao havia nada. Nada alem de nos dois.

Voltei a olhar Aberloc e o mesmo me olhava com os olhos bem abertos, como se tentasse entender o que havia acontecido.

Comecei a chorar, mesmo sem entender o por que. Um turbilhao de sensacoes borbulhavam em meu interior e todas elas brigavam entre si. Eu sentia medo, alegria, tristeza, indecisao, surpresa, e muito mais. 

Me encolhi e abracei meus joelhos tentando acalmar aquela tsunami em meu interior. Aberloc se aproximou e se ajoelhou a minha frente. 

_Precisamos ir! - Falou serio.

Logo estava chegando em casa. Entrei e fui direto para o quarto de meu pai. Olhei para traz pra falar algo com Aberloc mas o mesmo ja nao se encontrava mais la.

Entrei no quarto e vi meu pai dormindo. Me aproximei lentamente para nao acorda-lo, devia estar exausto, o trabalho lhe consumia e as vezes fico mal por ser tao rebelde, o fazendo se desgastar ainda mais. 

Papai era o unico que ficou ao meu lado mesmo com as coisas ruim que gosto de fazer. Ele conversou tantas e tantas vezes comigo, me aconselhando a seguir outro caminho, tentar ver as coisas boas do mundo... mas eu nunca conseguia. 

Para mim, todos eram simples pedaços de carnes ambulantes, sem motivo real para habitarem este mundo.

Menos ele... O unico que eu realmente chegava a me importar.

_Papai... - Falei baixinho ao me sentar ao seu lado. Ele se remexeu e abriu lentamente os olhos. 

_Minha filha... Esta em casa! - Ele sorriu e se sentou na cama. - O que houve com suas roupas?

_Nao tenho tempo para explicar agora papai... - Falei tentando parecer inocente. Sempre fazia isso, tinha medo de que ele me deixasse se realmente soubesse como sou. - Precisamos ir!

_Para onde filha? - Ele perguntou preocupado e segurou minhas maos. 

_Precisamos sair da cidade papai, eu fiz algo muito mal... - Abaixei a cabeça. - Precisamos nos mudar.

[CONTINUA...]



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