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História O Coração do Espada - Extra


Escrita por: MrsChappy

Notas do Autor


GOOD MORNING ULQUIHIME'S SHIPPER!
Como estão a correr as vossas leituras? Confesso que ler, pelo menos deste couple, tenho encontrado pouca coisa e por isso não leio quase nada.
Uma nota prévia deste capítulo: Como o título indica, é um extra... Ou seja vai ser de outro momento da história que não tem grande relevância para se compreender o enredo da fic. Quando começarem a ler, percebem um pouco o que quero dizer. Eu fiz isto para actualizar esta fic e não ficar de novo desaparecida por vários meses e para vos colocar uma pergunta (que está nas notas finais).
Obrigada por acompanharem a história! E KAMI-SAMA! A fic já tem 100 favoritos!!

Capítulo 11 - Extra


“Sobre as roupas lavadas, a gaveta de cima à direita é para toalhas.

Coloque as toalhas que acabaram de ser lavadas em baixo das outras.

O lixo inflamável precisa ser colocado para fora na terça e na quinta-feira até às oito da manhã.

Se não, não vão recolhê-lo.

É melhor embrulhar o resto de comida com filme de PVC e colocar no congelador.

Ponto.

Pronto!”

 

Com a ponta da caneta sobre o papel, deslizando a tinta escura pela folha, Orihime enrolava simultaneamente as madeixas ruivas em seu indicador.

– Acho que era só isso… Pois, se deixar tudo por conta da Rangiku-san e do Toushirou-kun, fica tudo bagunçado.

Não conseguiu enxergar a sua caligrafia curvilínea. Ergueu-se, desligando o candeiro que repousava no canto da mesa, abandonando seu compartimento. Deixando o seu bloco branco sem sequer uma letra desenhada.

Orihime percorreu as ruas conhecidas, distraída. Se estivesse em seu corpo normal, teria esbarrado na maioria delas. Ela não os enxergava e eles tampouco. Percorrendo os trajectos familiares, memorizando os seus locais predilectos, guardando preciosamente memórias antigas de cada espaço.

Evitava deparar-se com pessoas conhecidas. Odiaria despedir-se de alguma delas, sabendo que nunca mais as veria. Eventualmente, seus pés a conduziram até à escola, avistando de longe Tatsuki-chan no intervalo do seu treinamento de artes marciais. Sorriu de leve, foi graças à sua melhor amiga que despertou seus poderes. E, a ele… Kurosaki Ichigo.

Seu poder espiritual possante estimulou todos os que estavam à sua volta. Será que se ela nunca o tivesse conhecido… agora estaria a dizer adeus?

Orihime quando escutara a proposta do espada, de despedir-se apenas de uma pessoa, pensou obviamente na pessoa que esteve sempre com ela, ajudando-a a superar até as dificuldades mais supérfluas. No entanto, seus pensamentos ao final do dia, reencaminharam-na para um ruivo peculiar.

“Poderá atravessar objectos, se essa for a sua vontade.”

A humana de presilhas encarou a pulseira cintilante que o arrancar lhe dera. Comprovando suas palavras, ergueu a mão até uma das paredes do edifício escolar, notando, quase horrorizada a veracidade das palavras de Ulquiorra. Retirou de imediato a sua mão, encarando-a.

Com um último olhar, ela assistiu Tatsuki iniciar seus treinos. Virou seu corpo, fugindo daquele momento. Não queria chorar, não queria que a última visão da melhor amiga estivesse embaciada pelas lágrimas.

O sol estava completamente encoberto, deixando a cidade de Karakura num mar estrelado escuro, quando Inoue adentrou pela casa do Kurosaki. Trespassando a parede do quarto da pessoa que procurava. Por que ela o escolhera? Kurosaki Ichigo era o responsável pelos seus poderes, por reencontrar seu irmão. Era forte e determinado, de bom coração.

Percebeu que seus sentimentos pelo ruivo rebelde eram diferentes de seus outros amigos como Sado e Ishida. A admiração era muito mais forte, as suas motivações pareciam estar sempre envoltas por ele.

Se ela tivesse cinco vidas, gostaria de amar a mesma pessoa de formas diferentes.

Dobrou a sua coluna, com lágrimas descendo livremente pelo seu rosto, encarava a sua face adormecida, focando-se nos lábios entreabertos. Pousou sua mão sobre a dele, fechando os olhos, sentindo a sua respiração embater contra a sua face.

Ela tinha encontrado seu príncipe encantado, ela o protegeria. Foi essa forte convicção que a fizera envergonhar-se de si mesma quando redobrou a consciência. Era errado… Não era assim que deveria ser. Contudo, ela só entendeu o erro de seu acto pelo choque eléctrico da pulseira em seu corpo.

Ainda agachada, ela vibrou quando sentiu sua reiatsu um pouco elevada e turbulenta. Erguendo-se de supetão, encarou para além da cortina transparente da janela de Ichigo, encontrando-o no cimo de uma casa, observando-a.

A ruiva piscou freneticamente os olhos, confusa. Ainda não era meia noite e não foi contra nenhuma das regras impostas, qual o motivo então da sua presença? Ele a estava seguindo? A vigiando?

– Ulquiorra…?

Compreendeu que por algum motivo, o arrancar elevou sua reaitsu acidentalmente, revelando sua presença, indesejadamente. Ao contrário do que ela podia prever, ele não deu nenhuma explicação nem mostrara uma expressão surpresa ou constrangida.

O quarto espada não pronunciou uma única palavra, mantendo o silêncio sepulcral. Desviando a face, abandonou o telhado da casa próxima, sem olhar para trás. Nem mesmo quando ela o seguiu, correndo, gritando ele abrandou seus passos.

Orihime não notara que estava no mesmo lugar quando Ulquiorra surgira inicialmente, acompanhado por Yammy.

– Espera!

– Por que está-me seguindo mulher? O seu tempo ainda não acabou, pode se despedir de uma pessoa, não desperdice essa oportunidade. Não voltará a tê-la.

O olhar vago carregava um brilho distinto. Pela primeira vez, encontrou alguma emoção muito bem escondida, mas estava lá. Tão rapidamente como aparecera, sumira. No entanto, Orihime memorizou perfeitamente aquele olhar. Aquele que futuramente, a faria salvar um inimigo, se fosse necessário.

Com um sorriso discreto, recordações nítidas foram aparecendo do rosto de seu irmão Sora. A solidão no olhar esmeralda… a mesma dor que atormentava o olhar acastanhado de seu irmão quando a máscara hollow quebrou… o mesmo sofrimento, os mesmos seres… Eram apenas separados pela cor.

Inoue sentiu-se um lixo quando descobrira ser a responsável por a alma de seu irmão não encontrar paz. Abraçou-o, procurando reconforta-lo. Quando seu corpo dissipou-se em partículas espirituais, permitiu-se chorar e sorrir de alívio por ela ter conseguido salvá-lo. Ela gostaria de fazer o mesmo por aquele estranho. Ele não era mau como os restantes arrancares que conhecera, não era sádico ou louco. Só parecia estar imerso numa profunda confusão…

Espontaneamente, enrolou os braços pela sua cintura, encostando o rosto contra as suas costas. Não compreendeu aquela necessidade súbita, talvez fosse a tristeza de ser separada de seus amigos. Porém, por que ela abraçava justo aquele que era responsável pela sua dor?

O corpo de Ulquiorra endureceu com o contacto quente. O que ela pretendia fazer com aquele gesto? O quarto espada sentiu, pela primeira vez, um calor incompreensível contornar as maçãs pálidas de seu rosto. O poder daquela mulher… era fazê-lo sentir emoções humanas?

Patético. Isso são tudo ilusões.

Orihime Inoue remexia em suas concepções pré-definidas, originando delírios em seu corpo que bagunçavam sua mente.

Esse era o seu real poder.

– Não quero dizer adeus a ninguém, nem mesmo a ti Ulquiorra-kun.

O casal permitiu que as brechas negras da garganta os engolissem, os conduzindo a um novo mundo. E foi então, que o preto e branco recebeu Orihime Inoue. Ulquiorra era como Hueco Mundo, um vazio de emoções… Mas, era sempre possível, até na maior penumbra encontrar alguma luz. Uma simples cor: verde. A esperança de encontrar uma emoção.

Perante a confusão avassaladora que borbulhava na recente hóspede de Las Noches, a ruiva não compreendeu que com o seu primeiro passo, pisara as pétalas alvas de uma flor minuciosa. Uma planta pequena, mas requisito de vida.

Era possível encontrar vida em Hueco Mundo, se fosse bem procurada entre os grãos de areia.

Nenhum dos dois, nunca descobriu, se era efectivamente meia noite, quando rumaram ao deserto emocional. Não que algum deles, de facto, se preocupasse com esse pormenor.


Notas Finais


Então? Ficou legal?
Estou na dúvida quanto ao próximo capítulo... Não sei o que abordar primeiro. Portanto deixarei vocês escolherem. Estão mais curiosos com:
- A situação Ichiruki. A perda de memória de Rukia e a situação de resgate de Orihime;
- A mudança de Ulquiorra e Orihime para o Mundo Real;
- O misterioso shinigami que tentou raptar Orihime.
Aguardo as vossas opiniões, melhores leitores de sempre!!


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