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História O Coração do Espada - Coração não esquece Sentimentos


Escrita por: MrsChappy

Notas do Autor


...E autora não esquece leitores! ❤
(completando o título do capítulo, eheh.) Era para ter actualizado o mês passado, mas realmente não consegui. Desculpem a minha demora em postar capítulos, mas é realmente muita coisa. Estou a tentar atrasar o enredo principal desta história com capítulos mais curtos e frequentes porque quero terminar outras duas histórias primeiro. Não queria deixar a fic em hiatus até lá.
Sobre este capítulo, como prometido é devido, foca-se em IchiRuki. O próximo voltaremos com nosso couple maravilha UlquiHime! Obrigada por todo o carinho daqueles que comentam, favoritam e seguem O Coração do Espada♡

Capítulo 13 - Coração não esquece Sentimentos


As cores conseguem dar sentido ao que os olhos captam, afinal, de que serve enxergar o vazio branco? Ou o sujo cinzento, repleto de tons negros? A diversidade das cores, por efeito solar, é o que permite os humanos crerem que a visão é fundamental para a concepção da sua existência.

E se… a mente cheia de cores lindas, se tornasse num incolor opaco? Sem nada para lembrar? Qual o sentido? Qual a cor que se passa a enxergar? A mente branca poderá tornar o corpo vazio sentimentalmente?

— A situação de Kuchiki-san não é conclusiva. Os efeitos do dano cerebral são vagos. Vou pedir ao esquadrão médico e ao centro de tecnologia da Soul Society para analisarem esta situação, para chegar a uma conclusão mais rápido.—Anunciou Urahara, com os resultados de alguns exames nas mãos, relendo-os calmamente.

— O que isso quer dizer Urahara!? Rukia está tão mal que não consegue ajudá-la sozinho!?—Num ataque de pânico, desesperado com tal hipótese, o Kurosaki não mediu o tom de sua voz, esperneando exaltado.

— Ichigo mantenha a calma! Kisuke sabe o que está fazendo! Se ele acha que o melhor é pedir ajuda, devemos confiar nele e seguir seu conselho. Ela pertence a uma das cinco famílias reais, é membro do Gotei 13 juntamente com seu irmão que é um capitão, com certeza não irão recusar.

—Yoruichi-san…—Ichigo encolheu sua compostura ao ser repreendido, de novo, pela felina que manteve firme sua convicção. 

— Seja forte por ela, Ichigo.

— Hai… Me desculpem. —O tom de Yoruichi converteu-se em mais afável, o reconfortando, fazendo com que o ruivo se envergonhasse de suas atitudes. Demonstrava demasiado sua dor, que estava abalado por toda aquela situação crítica, sendo que não era o único em tal estado.

— Ora, ora Kurosaki-san não faça essa cara, Kuchiki-san é forte e irá recuperar. Por isso mesmo estou pedindo auxílio à Soul Society.

— Como assim Urahara? Você descobriu o que a Rukia tem? —Desta vez, não fora só Ichigo surpreendido. Shihoin arregalou o olhar perante a expectativa de alguma novidade, positiva.

— Não concretamente. Meus conhecimentos médicos não são os melhores, porém detectei uma estranha reaitsu pejorativa no corpo de Kuchiki-san. O seu poder espiritual é extremamente forte, é também bastante destrutivo, que como efeito origina um transtorno do funcionamento da memória. Kuchiki-san não será capaz de conservar ou recuperar informação armazenada em seu cérebro antes do acontecimento de maior impacto psicológico que causou a sua amnésia. Consequentemente pode modificar ligeiramente sua personalidade, uma vez que não tem lembranças nenhumas.

— Achas que o Quarto Bantai poderá fazer algo, Kisuke? —A felina interrompeu o silêncio que apoderou-se da sala.

— Muito provavelmente. Pelo menos podem desvendar a cura. Esta reaitsu causou um dano físico, e não propriamente espiritual.

— Qual a diferença? —Ichigo inflamou em esperança, apesar de controlar seu transparente alívio.

— A causa da amnésia é orgânica. O impacto danificou o cérebro pelo trauma, factores psicológicos. Funciona como um mecanismo de defesa, não se recordando de eventos que aconteceram antes do problema. Kuchiki-san foi pelo menos vítima de uma tentativa de estupro, por um hollow, sua reiatsu ao fundir-se com a da Kuchiki-san pode ter causado o dano cerebral, esse tipo de doença é temporária. Ela pode recuperar sua memória mas pode perder certos trechos dela permanentemente.

— Kisuke se isso realmente aconteceu com Rukia… Não será um risco maior ela recuperar a memória? E se foi trauma, por quê essa reaitsu?

Ichigo passou apenas a escutar o diálogo entre os dois ex capitães, sem interferir, levando as mãos até ao topo da cabeça, apoiando os ante braços nos joelhos. Seus músculos estavam tensos visivelmente.

— Por isso preciso de Unohana-Taicho, ela irá conseguir analisar melhor a situação de Kuchiki-san e sua recuperação. A reaitsu também me preocupa. Podemos pedir para fazerem exames para confirmar, mas não acredito que algo de íntimo tenha acontecido entre Kuchiki-san e o espada.

— Eu vi Urahara! Eu vi o seu estado quando a encontrei! Ela estava…—Isso era uma boa notícia de facto, ele quis acreditar mas não ao ponto de iludir-se. Imagens da roupa rasgada, manchadas do líquido escarlate essencial à vida. Seu corpo tremia com a violência dos sentimentos que o perfuraram ao reviver esse momento.

— Pode ter sido uma encenação, uma forma de criar o trauma. A reiatsu no seu corpo a impede de recuperar a memória naturalmente… E se este poder espiritual, pertencer a Aizen, temos um problema grave. A sua zanpakutou é hábil na mestria de ilusão, ele pode recriar a cena do quase estupro, a torturando, até a levar a um esgotamento psicológico.

— O que acontecerá com Rukia?

— Não existe recuperação para esses casos. —Gemeu de dor, fechando os olhos. Por breves instantes, seus olhos arderam, ligeiramente húmidos.

— Kisuke, se sua teoria está correcta, por que Aizen não faria isso agora? Por que esperar e talvez descobrir uma falha de seu plano?

— Rukia é a sua jogada final. Um meio de chantagem…

— Como assim? O que isso quer dizer Urahara!? —O Kurosaki não estava suportando toda aquela pressão, era muita informação por assimilar, muitas dúvidas, e poucas respostas. Estava farto que enrolassem para explicar.

— Inoue-san. Se entrar no Hueco Mundo para a salvar… Kuchiki-san não sobreviverá.

A ex capitã do segundo bantai cerrou as pálpebras escondendo os olhos semelhantes ao de um felino, pressionando os lábios com força. Que situação terrível. Ter de escolher um de seus companheiros, a real tortura de Sousuke sobrou para o herói da Soul Society.

Ichigo sentiu o peito apertar, a garganta secando com a ausência de saliva, perdendo a fala. Observando com o olhar opaco o loiro que cobria o rosto na sombra do chapéu verde. Sentiu quando as primeiras gotas regressaram ao seu mundo interior. Uma chuva incessável, inundando sua esperança.

Para salvar Rukia, tinha de abandonar uma amiga.

Para salvar Orihime, tinha de perder… ela. A única que parou sua chuva. Aquela que lhe deu a força que buscava para lutar e proteger. Que confiou nele e o enxergou algo além de um humano que via espíritos.

.

.

.

Desde a revelação de Urahara, a cada dia tornava-se mais angustiante observar Rukia o encarando como se não o conhecesse. Como se não tivessem partilhado o seu poder espiritual, que ela deu a vida para o salvar e que ele arriscou -em simultâneo- a sua para a salvar da fénix. Ichigo colaborava com todos os procedimentos para a ajudar, no entanto, era uma aflição estar junto dela, com a shinigami a trata-lo tão… formal. Normal talvez, mas não para amigos. Aquela não era a baixinha que ele provocava e gostava de ver suas facetas furiosas. A amante do Senhor Chappy. Nem disso ela recordava mais.

Usualmente, a Kuchiki aproximava-se do ruivo questionando-o acerca do seu passado para compreender as coisas e as pessoas que a rodeavam. Ele evitava responder com muitos detalhes, sendo sempre muito vago, atraindo a atenção da morena, que curiosamente, confiava plenamente no substituto de shinigami. Ficando intrigada por não conseguir desconfiar dele. Apesar de ela nunca ter referido isso a ninguém.

Ocasionalmente ela notava o olhar de Ichigo sobre si, quando o retribuía, ele rapidamente o desviava levemente ruborizado. Rukia sorria disfarçadamente, sentindo um calor subir por seu peito… parecia que eles eram mais que amigos. Esse pensamento aqueceu seu corpo, conduzindo a pequena mão até a sua testa, ficando em seguida mais desanimada. Porém, por causa das suas circunstâncias, ao mesmo tempo, pareciam menos que amantes.

A Sociedade das Almas rapidamente prestou o auxílio pedido, nomeadamente muitos outros altos cargos também se voluntariaram para ajudar, como Kuchiki-Taicho e Abarai Renji, Ukitake-Taicho, e o terceiro e quinto oficial do décimo primeiro esquadrão. O que fez com que o resgate de Orihime fosse adiado e quase esquecido pela maioria dos shinigamis. Obviamente que ninguém cogitou em abandonar sua nakama, mas as guardas estavam baixas, e ninguém sabia o que fazer naquele momento. Sobretudo tendo em conta a suposta traição encenada, por Ulquiorra, de Inoue que não foi ignorada pelo Capitão-Comandante Yamamoto.

Ichigo sentia raiva por estar tão fraco. Ishida, por vezes, colocava uma mão sobre o ombro de Ichigo, tranquilizando-o

— Vamos salvar ambas. — Mas como? Pensava desanimado. Não havia uma forma disso suceder.

No fundo uma guerra era isso mesmo. Todos os lados saíam derrotados, sempre havia perdas dos diversos campos adversários… Por isso ninguém era vencedor, e sim apenas vencidos. Para alcançar um objectivo, perdiam-se pilares de confiança.

Uma pequena fisionomia adentrou no compartimento onde o substituto de shinigami e o quincy se encontravam. Rukia aproximou-se dos dois em passos lentos, suspeitando a interrupção imediata do diálogo dos amigos perante sua presença. Ergueu uma sobrancelha, desconfiada, enquanto Ishida acenou para ela, sorrindo, fazendo o mesmo trajecto que ela no sentido oposto. Deixando-os sozinhos.

Um contexto que constrangeu o Kurosaki, que suava frio, sobre o olhar fixo da shinigami. Ruborizou, disfarçando penteando as madeixas laranjas com a mão direita redireccionando o olhar para um ponto alto.

— Rukia! Aconteceu algo? Sente-se bem? — Irritou-se, praguejando mentalmente por ter gaguejado. Por que ficava tão nervoso perante o olhar lilás?

— Você e eu…—Rukia manteve sua voz firme e áspera, o enchendo de melancolia ao recordá-lo de quando eles se conheceram—…Nós…—Aquelas pausas o deixavam ainda mais ansioso e nervoso. Ela estava fazendo de propósito!? E por que a menção deles juntos na mesma frase o deixava envergonhado afinal? —… somos namorados?

Seria a deslembrança a circunstância necessária que fosse possibilitar o romance entre o humano e a shinigami?


Notas Finais


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