Uma cidade vazia , silenciosa , podia – se ouvir a própria respiração. O céu estava cinza , as luzes dos postes se apagaram apenas uma estrada estava em sua frente.
Lentamente ele caminhava , sua visão começava a ficar torta uma voz baixa o encorajava a continuar caminhando. O céu ficava cada vez maia escuro seu corpo começava a pesar , uma silhueta se aproximava cada vez mais...
A mão daquela silhueta se estendia... Uma frase chegava aos seus ouvidos : “ basta dizer sim “ então ele desperta do sono.
Desde a noite em que desapareceu Akira tem esse mesmo sonho , ele não reconhece a silhueta nem ao menos a voz que o perturba. Ele levanta o tronco e olha em direção da janela. Ao olhar para ela avista um corvo , os dois se encaram por um pouco tempo até que a ave levanta voo , passando pela janela da sala, onde estava Sophi assistindo ao jornal da manhã enquanto Arckalag tentava andar e se acostumar ao ambiente, apalpando cada móvel da casa.
- Você está bem otouto? – perguntou Sophi.
- Estou – rapidamente se agarra ao corrimão da escada que levava ao segundo andar.
Akira ainda em seu quarto observa suas mãos que estão banhadas em eletricidade ( pequenos raios passando em suas mãos ) , mas rapidamente desaparecem.
Ele caminha pelo corredor que leva até o banheiro , sua visão esta Distorcida. Rápidos flashes do seu sonho passava por seus olhos quase os fizeram desmaiar. No banheiro ele se observava no espelho , seus cabelos fracos e quebradiços. Seu olho esquerdo ainda transmitam pequenos rastros de eletricidade.
O jornal da TV transmitia um caso de assassinato em uma casa no subúrbio da cidade , duas pessoas foram encontradas mortas. Era o caso da família Nomirag. As crianças ficaram em silêncio , Akira descia as escadas
- Akira – kun...
Passando a mão na cabeça de Arckalag. Akira diz : - precisamos conversar.
Os três em silencio na mesa da cozinha. Sophi evitava olhar diretamente para ele. Arckalag estava ficando perturbado com todo aquele silencio, Akira bebia sua dose diária de rum até bater o copo na mesa assustando as crianças.
- precisamos decidir – ele se levanta e vai até a janela da cozinha.
Sophi bate com o punho na mesa e se levanta, Arckalag se assusta.
- O que vocês querem fazer agora ? Pergunta Akira.
- O que você acha ?! Eu quero me vingar! Não só por mim ou meu irmão , mas por todas as crianças. Cacete eu não aguento mais ! – cai no choro.
Akira se mantém em silêncio , mas abaixa a cabeça melancolicamente. Sophi percebe isso.
- Akira – Kun, eu...
Ele sai da casa deixando Sophi e seu irmão intrigados.
- “ Ela me lembra alguém “.
- Cale – se.
- “ Você pode faze-la forte “
- Não quero que ela acabe como eu.
- “ Isso não precisa acontecer “
- Por isso não vou treina-la.
Akira se isola em um pequeno deserto de rochas onde ele consegue fugir daquela voz que o perturba. Não para de pensar no que Sophi disse. Seus olhos brilhavam como faz tempo que não via...
Ele concentra toda a sua energia na mão esquerda onde eletricidade se formava , mas antes que se formasse uma forma perfeita toda aquela energia desaparece.
- Akira – Um velha senhor surgiu interrompendo – o.
- É você? Akira se mantém calado.
- Apenas me responda – sacando uma arma. – Esses olhos , esses malditos olhos são seus?
Desviando do tiro e surgindo por de trás do senhor Akira perfura o peito daquele senhor com sua espada. Todo o sangue escorrendo pelas suas pernas sujavam os sapatos de seu assassino. Antes que desse o último suspiro pode ouvir sua resposta.
- Não.
Ninguém dava a mínima para aquele garoto , aquele jovem que sempre ficava isolado em seus pensamentos ninguém , absolutamente ninguém notava a sua existência e depois da morte daquele homem todos tentavam se aproximar , mas sua mente já estava distante, distante da realidade...
Akira caminha em meio as rochas imaginando e relembrando tudo que Sophi disse. Antes que percebesse ele já estava na beira de um precipício, ele fica observando o tamanho da queda quando um bando de Pássaros passam por ele.
Aquele vento torrencial balançava seus cabelos. Ele se senta na beira daquele precipício e com um pouco da sua água limpa sua espada suja com o sangue da vítima.
Ele estava sendo observado por um daqueles homens assassinos mascarados. Ele estava prestes a atacar, porém desiste e desaparece.
Ele continua a observar suas mãos banhadas em eletricidade.
“ preciso resolver isso “ pensa ele. Mas mesmo preocupado ele se levanta e vai embora.
Andando pela cidade abandonada Akira e surpreendido por uma matilha de lobos. Eles o atacam , mas Akira desvia dos ataques até que eles se cansam.
- Digam a ela que estou bem. Da as costas e continua caminhando , os lobos partem.
Ele observa aquela árvore de cerejeiras no centro do parque da cidade. Ele pega uma flor que estava prestes a cair.
As crianças estavam na sala , Sophi encontra uma caixa onde tinha fotos que mostravam Akira jovem com outras duas pessoas : um garoto alto de cabelos curtos e uma moça esbelta com longos cabelos escuros e belos óculos que ressaltavam seus olhos.
- Sophi... – chama Arckalag.
- O que foi ? A porta sendo batida violentamente. Sophi pergunta por quem estaria do outro lado da porta, mas ninguém respondia.
O silencio toma conta do local.
A maçaneta começa a se mexer...
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