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História O Crush da Cafeteria - Capitulo I


Escrita por: SahKatrina

Notas do Autor


Ei! E cá estou eu com mais do otp! Dessa vez, minha primeira longfic no mundo dos kpop mds

> Sim, estou postando essa fanfic no impulso, estou! Isso significa que, não,ela não está terminada! Mas, digamos que estou no caminho. Mesmo sendo por impulso, estou postando com certeza de que vou conseguir terminar (seria um milagre?). Estou bastante empolgada com esse projeto, pois é algo bem diferente do que costumo escrever.
Meus planos para OCdC é algo mais leve (apesar dos personagens serem meio sofridinhos), focando muito em jikook, com muitos momentos fofos e açucarados porque sim! Quero fazer algo calminho e que seja agradável de se ler no final de um dia estressante (como sei que muitos de vocês devem ter). Como eu disse, é um projeto diferente das minhas outras histórias, ou seja, virei com capítulos menores, com um pouco mais de humor (eu tento, gente, desculpe);

> Aparecerão alguns integrantes de GOT7, mas não aprofundarei muito, e dificilmente eles apareceram mais do que nos primeiros capítulos. Também estarão presentes outros couples, mas, novamente, não me aprofundarei em nenhum, pois quero algo curtinho;

> A Fanfic terá no máximo 25 capítulo. Eu sei que parece muito, mas são capítulos curtos, como eu disse, e acho que bem rápidos de ler;

> Postarei sempre que possível. Provavelmente, uma ou duas vezes por semana, podemos definir dias; Também posso acabar publicando de acordo com a recepção de vocês ou com o meu humor (quando estou pra baixo costumo postar mais)

> Capas feitas por mim, mas essa fanart (que estou completamente apaixonada) é da mari945 (user dela em alguma rede social, não sei qual porque peguei a fanart no google mesmo);

Desculpem enrolar demais aqui, como disse, primeira fanfic longa, estou insegura! Bom, boa leitura para vocês, espero que gostem e perdoem os erros, minha escrita não é das melhores!

Capítulo 1 - Capitulo I


Fanfic / Fanfiction O Crush da Cafeteria - Capitulo I

Vire-se para mim. Vire-se para mim. Vire-se.

Reprimi um sorriso quando ele veio em direção a minha mesa, no fundo do estabelecimento. Os dedos esguios segurando o pequeno caderno, a qual ele agora rasgava a última folha usada, guardando-a no bolso do avental colorido que carregava o nome e a logomarca daquele café.

Eu não sabia dizer o que mais me atraia naquele cara. Não sabia se eram seus olhos que carregavam um sentimento obscuro e misterioso, ou seu rosto perfeitamente desenhado e estruturado. Não sabia se poderia ser seu jeito de andar graciosa e elegantemente, ou seus movimentos ágeis e viris. Tudo parecia me atrair a ele. Tudo parecia querer que ele fosse meu crush.

  — Boa tarde. Irei lhe atender hoje. – sorriu minimamente. — Poderia anotar seu pedido?

Sua voz era aveludada e tinha um toque jovial e infantil. Era algo extremamente agradável aos ouvidos alheios. Permiti-me perder nas inúmeras sensações que a mesma causava em meu corpo e sistema nervoso por míseros segundos, que talvez fossem mais do que eu imaginava.

  — Senhor...?

  — Ah, sim. – Sorri sem graça. — Um Mocha, por favor.

Ele assentiu, sorrindo levemente. Era um sorriso forçado, um sorriso de cortesia, ainda assim, era uma das mais belas coisas que já tive o prazer de observar. Era confortante ver uma expressão leve em seu rosto, como a que ele tinha quando sorria, minimamente que fosse. Suspirei o observando se afastar rapidamente e acabei rindo baixo. Eu parecia uma criança apaixonada. Mas eu não estava apaixonado, muito longe disso. Eu apenas gostava de observar o que era bonito, e ele era bonito. Ele era lindo. Cada pequeno traço seu parecia se unir para torná-lo perfeitamente simétrico e impecável.

O cheiro de café naquele lugar era o melhor aroma que eu poderia sentir, e era como se aquilo só o deixasse ainda mais bonito. Eu me sentia nostálgico quando o aroma de café torrado e chocolate invadiam-me as narinas. Até mesmo as vozes que se misturavam e se sobrepunham umas às outras se tornavam algo agradável. Quando o rapaz voltou, uma bandeja com meu pedido em suas mãos e um bonito e singelo sorriso nos lábios, senti-me acolhido de algum modo. Agradeci a bebida posta a minha frente, e ele me deu as costas rapidamente, seguindo para outra mesa.

Permaneci no estabelecimento por mais duas horas, sempre atento aos movimentos do homem, enquanto lia e fazia anotações sobre uma das minhas matérias da faculdade. Suspirei quando meu celular tocou. Estava na hora de trabalhar. Fechei meus livros e meu caderno, jogando tudo desajeitadamente na mochila, e deixei algumas notas a mais na mesa, de gorjeta.

Coloquei minha touca assim que o vento gélido do rigoroso inverno coreano atingiu-me o rosto, ajeitando o cachecol. Caminhei em passos rápidos para o campus logo do outro lado da rua, seguindo para a biblioteca. Eu dava aulas de reforço em meu tempo livre, assim conseguia um dinheiro a mais, além do que me era enviado por meus pais. Não era como se fosse uma quantia baixa, ou que eu gastasse mais do que ganhava... Eu apenas gostava de ter um pouco a mais, e aquilo me ajudava a relembrar matérias antigas e ter menos tempo ocioso.

  — Professor! – Yoongi sorriu minimamente, acenando com a cabeça.

Yoongi era mais velho, porém, ainda cursava o segundo ano da faculdade de engenharia. Ele não era a pessoa mais inteligente do mundo, pelo menos não em questões acadêmicas. Eu o achava uma pessoa sábia, a qual eu sempre poderia recorrer quando tivesse problemas dos mais diversos, no entanto, ele não se dava nem um pouco bem com números. Era engraçado observá-lo tentando resolver uma equação mais elaborada, ou alguma daquelas contas que seus professores lhe apresentavam.

Ele me empurrou sua última prova e eu suspirei, vendo sua nota.

  — Eu acertei duas, pelo menos. – sorriu.

  — Uma e meia, Hyung. – murmurei, analisando o documento.

  — Bom, é um começo. Só preciso de mais três questões e estarei dentro da média. – sorriu, mordendo o lábio em seguida. Não era de seu feitio ser alguém positivo. — Ah, quem quero enganar? Eu vou me foder para o resto dessa vida miserável que tenho.

Ele suspirou, reclinando-se na cadeira. Analisei por mais alguns minutos as questões e pensei em como poderia lhe ajudar. Eu não fazia engenharia, mas sabia matemática. Ainda assim, não era um professor muito carismático.

  — Pensou em algo?

  — Você tem certeza de que quer terminar o curso? Porque, olha, temos muitos outros cursos de humanas que pagam bem, tipo Direito.

  — Nossa, você é tão estimulante. – Resmungou. — Você sabe que tem de ser engenharia. Minha família toda é de engenheiros. Minha mãe, meu pai, meus avós, tios e primos. Todos. Eu também serei.

  — Você gosta de música...

  — Também gosto de engenharia. Apenas tenho uma leve deficiência.

  — Não tão leve assim.

  — Ei! Eu acertei duas!

  — Uma e meia.

Ele deu de ombros, jogando-se desleixadamente na cadeira, mais uma vez. Suspirei. Aquela seria uma longa tarde. Eu cobraria a mais por aquilo.

PARK JIMIN's POINT OF VIEW

Meu corpo clamava por minha cama. Tudo o que eu mais queria era poder chegar em casa e me deitar em “minha cama” quente e confortável, após um banho relaxante. No entanto, essa não era a minha realidade naquele momento.

Tirei minha jaqueta, puxando o celular do bolso, e a pendurei em meu gancho – um luxo permitido a mim por meu chefe, Kim Namjoon. Mantive o número um do teclado virtual pressionado por alguns segundos, e logo o aparelho em minha mão realizava a ligação. Ligação está que foi atendida com dois toques.

  — Hyung, sou eu.

  — Eu sei, Jimin. Seu nome aparece aqui. – Ri levemente.

  — Como Min-Ki está?

  — Ele dormiu. Não se preocupe e vá trabalhar.

  — Vou tentar chegar mais cedo hoje, Hyung. Obrigada.

  — Não se preocupe, eu já falei. NamJoon me contou que o movimento de sexta-feira é insano, então faça bem, Jimin-Ah!

Desliguei o celular, rindo um pouco. Busquei por meu uniforme e logo eu estava vestindo uma camisa branca de botão, estilo pirata, e uma apertada calça de couro. Acertei a choker de couro no pescoço, centralizando o pequeno pingente, e chequei meus cabelos no pequeno espelho disponibilizado para os funcionários. Puxei da bolsa uma pequena nécessaire que eu carregava apenas para aquele emprego. Eu havia acabado por aprender por necessidade como usar alguns poucos produtos de beleza para parecer apresentável aos clientes.

Eu trabalhava de barman em um dos bares mais badalados daquela região de Seul. Havia encontrado aquele emprego há alguns meses atrás, quando comentei com SeokJin Hyung que precisava aumentar minha renda, então, ele contou que seu namorado era dono de um bar legal e que ele podia ver se eu não conseguia um trabalho temporário. Esse trabalho temporário virara algo fixo, que durava sete meses. Eu costumava ficar até tarde, pois ajudava a limpar tudo, o que me rendia horas a menos de sono, mas eu gostava. Os de mais funcionários dali eram boas pessoas, que me faziam esquecer todas as responsabilidades que foram jogadas sobre meus ombros pelo destino.

Havia TaeHyung, um outro barman, com muito mais tempo de casa do que eu. Ele dividia o apartamento com JinYoung, um dos cozinheiros do bar. JinYoung namorava com Mark, um dos sócios de NamJoon no negócio. Esse negócio era divido em três: Kim NamJoon, Jackson Wang e Mark Tuan. Eles eram três colegas de faculdade, que juntaram suas economias e começaram um pequeno negócio, que foi crescendo, até que se tornasse algo grande o suficiente para ser uma boa garantia de futuro. Depois disso, NamJoon e Jackson abandonaram a faculdade de econômica, se dedicando completamente ao estabelecimento que passara a crescer mais a cada dia, e Mark pôde assumir um curso da qual gostava realmente, que era a dança.

No fim, todos aqui se tornavam uma grande família, que se apoiava e ajudava nos piores momentos. Eu sabia que podia contar com qualquer um deles, sempre.

  — Cara, você não pode melhorar isso daí que chama de rosto, desculpe! Agora saía logo que já vamos abrir. — TaeHyung apareceu atrás de mim, seu tom de voz animado como sempre. Ele tinha um grande sorriso no rosto e estava vestido como eu.

TaeHyung era meu melhor amigo naquele lugar e na vida. Ele era uma pessoa fácil de conviver, mesmo que por muitas vezes irritante, pois sua alegria para com a vida era exagerada a meu ver. Ele não era uma pessoa de vida fácil, quem o conhecia podia dizer, mas ele estava sorrindo sempre, o tempo todo. Não importava o motivo, ele sempre manteria um sorriso no rosto. Acho que o fato de termos nascido no mesmo ano tornou nossa aproximação mais fácil quando cheguei aqui, desde então, ele tem me ajudado muito com Min Ki, e com todo o resto.

Descemos juntos para o bar e Jackson estava pronto para abrir as portas. As luzes se tornaram mais baixas, o cheiro de batatas fritas e hambúrgueres começava a se fazer presente. Jackson sorriu para nós, contando até três silenciosamente, e em alguns minutos o lugar estava cheio. Haviam inúmeros pedidos, diversos drinks a serem feitos, e eu sentia minha animação se multiplicando com a exigência de um atendimento rápido. Eu e o Tae nos entendíamos muito bem e conseguíamos tempos recordes ao preparar as bebidas, enquanto nos divertimos com as pessoas ao nosso redor.

Horas mais tarde, eu ajudava JinYoung com a louça, para podermos ir embora mais rápido. Com mais alguns minutos ele me oferecia carona até em casa. Aceitei, pois já se passava das cinco da manhã, e eu precisava de pelo menos duas horas de sono, antes de me levantar para mais um dia.

  — Amor, já estou indo... Vou dar uma carona para o Jimin. — JinYoung falou, seguindo até o namorado que se encontrava fechando o caixa ao lado de Jackson.

  — Se cuida. — Selou seus lábios aos do namorado. — E é bom não tentar nada, Jimin-ah! — Brincou e eu ri, batendo continência. — Até amanhã, e me ligue assim que chegar em casa. — Advertiu a JinYoung, que assentiu rindo e selando os lábios aos do mais velho uma vez mais.

 

  — Obrigada, Hyung. — Agradeci pela quinta vez, antes de vê-lo bufar mais uma vez.

  — Já disse que sinto-me na obrigação de te ajudar, Jiminnie! Pare de me agradecer e leve essa criança para casa logo, antes que ele resolva acordar e não te deixe dormir um pouco.

Sorri abertamente, deixando um ruidoso beijo em sua bochecha. Jin Hyung sorriu abertamente, apressando-me a atravessar a rua. Com um pouco de dificuldade, consegui destrancar a porta da frente, entrando enquanto lutava com as mochilas em minhas costas e tentava ser o mais cuidadoso possível com a criança adormecida em meus braços. Joguei as mochilas no chão, ao lado da porta, retirando meus sapatos, e segui rapidamente para o quarto no final do corredor principal. A porta estava aberta, o que facilitou minha entrada no quarto completamente azul e infantil. Coloquei o pequeno corpo na cama, cobrindo-o com o cobertor grosso, para protegê-lo do inverno rigoroso. Sorri vendo seu rostinho sereno, coberto pela tranquilidade do sono. Min Ki era um garoto lindo. Brilhante. Era encantador como seu pequeno rostinho tinha traços tão calmantes e cheios de vida, trazia-me uma paz imensurável. Beijei sua testa, antes de deixar o quarto.

Suspirei ruidosamente, espreguiçando-me. Meu corpo doía devido à rotina corrida do dia. Eu não parara um segundo. Durante as manhãs, eu trabalhava em uma venda de frutas e legumes no mercado municipal da cidade, onde passava todo o tempo em pé, carregando e descarregando caixas e mais caixas de produtos. Era cansativo, mas fora a primeira coisa que consegui quando as coisas apertaram, o salário não era muito ruim. Pelas tardes, eu trabalhava em um café, pelos lados de Gangnam. Era um estabelecimento movimentado por conta da faculdade logo à frente, e da área muito bem frequentada. Eu geralmente mal parava para almoçar, já que aproveitava o tempo livre para aprender com HyunBin como preparar e manipular o café. Eu realmente gostava daquilo, e aprender sobre café era bastante interessante. Eu saía de lá diretamente para o bar de Namjoon Hyung. Eu passava horas dentro de transportes públicos, andando pela cidade de um ponto ao outro.

Eu não tinha muito tempo livre, e tentava ao máximo revezar entre meus vários trabalhos, os afazeres de casa e dar atenção a meu irmão. Park Min Ki era meu irmão mais novo. Você deve se perguntar o motivo de eu preocupar-me tanto com uma criança que ao menos seria minha responsabilidade... Bom, nós não tínhamos pais. Não mais. A mulher que nos deu a vida simplesmente sumiu. Um dia, após chegar da faculdade, há mais de um ano, encontrei Min Ki na porta de casa, sozinho e com fome. Naquele dia, quando adentrei nossa casa, encontrei uma carta escrita em uma caligrafia desleixada e apressada, dizendo que a mais velha se sentia cansada com tudo aquilo, e simplesmente não poderia mais aguentar tudo sozinha. Eu entrei em desespero. Eu chorei. Eu desejei que tudo não passasse de um pesadelo a qual eu acordaria em poucos minutos.

Bom, passou-se meses e eu ainda não acordara.

Tomei um banho rápido e procurei por algo para comer, só havia rámen. Suspirei, cansado de comer apenas aquilo. Fazia meses que rámen era uma das únicas coisas disponíveis naquela casa. Ou eu pagava as contas, ou eu comprava comidas variadas. Por sorte, Jin Hyung e sua mãe nos ajudavam, sempre trazendo um pouco de comida de verdade, ou fazendo marmitas para comermos. Eu era agradecido. Pelo menos, Min Ki tinha o que comer todos os dias, tanto na escola quanto em suas tardes na casa de Jin Hyung.

Depois de comer o que tinha, deitei-me no sofá, puxando a manta que já ficava ali para cobrir meu corpo. Suspirei, sentindo a brisa fria que entrava na sala pelas janelas que mesmo fechadas não eram de muita ajuda, e me encolhi mais. Chequei o despertador do celular para que ele não falhasse em me acordar dali à uma hora e meia. Não podia me atrasar de modo algum. 


Notas Finais


Bom... Esse foi o primeiro capítulo: uma pequena introdução. Em geral, os capítulos terão a narração intercalada (um o JungKook, outro o Jimin), mas poderá existir especiais em que os dois narram (como esse), ou momentos em que um deles pode narrar dois capítulos seguidos, depende muito do desenrolar. O próximo capítulo eu postarei ainda essa semana.

Quero agradecera minha pequena @Sugarzin que sempre lê tudo o que escrevo e me encoraja a postar!

Espero que tenham gostado e até o próximo!


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