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História O Crush da Cafeteria - Capítulo X


Escrita por: SahKatrina

Notas do Autor


Como prometido, cá estou eu! Olaaaaaar, como vocês estão?

**revisei que nem a bunda, perdoa

Boa leitura!

Capítulo 10 - Capítulo X


PARK JIMIN's POINT OF VIEW

Semicerrei meus olhos, esperando que meu chefe saísse logo pelas portas do café, no entanto, ele permanecia enrolando. Assenti pela milésima vez, escutando suas recomendações cotidianas.

— Tudo bem, não se preocupe. Eu já fechei o café antes.

— Então, até amanhã, Jimin-ssi. Obrigada por ficar.

“Obrigada você por parar de enrolar e sair logo!” — Pensei, sorrindo por fora e assentindo, enquanto ele finalmente deixava o estabelecimento.

Assim que aquela porta de fechou, rapidamente, eu retirei meu avental e olhei ao redor, tendo certeza de que tudo estava no lugar. Eu havia feito minhas tarefas durante o dia, e limpara tudo enquanto meu chefe terminava de checar algumas coisas no estoque. Por fim, ele me ajudara a fechar o caixa antes de ir e agora eu estava livre.

Tranquei a loja, certificando-me de que tudo estava devidamente trancado e segui pelas ruas em direção ao condomínio de JungKook. O dia estava começando a escurecer. Meu celular apontava que se passava das seis da tarde, quase sete da noite. Disquei o número de Jin Hyung, enquanto apressava meus passos.

Jimin-ah, cadê você?

— Desculpe, Hyung, meu chefe enrolou.

NamJoon já está aqui. Apresse-se!

— Okay, eu vou! Só vou passar agora para pegar o JungKook.

Tudo bem, tudo bem. Seja rápido!

Suspirei ao finalizar a chamada.

Naquela noite em especifico, os motivos de NamJoon ter me dado o dia de folga da boate, eram simplesmente egoístas. Ele queria levar Jin Hyung em um festival de culinária mundial que estava tendo em alguma parte de Seul, e era mais uma das noites em que a senhora Kim estava de plantão no hospital, ou seja, não havia quem ficasse com Min Ki. Apesar disso, eu havia combinado com Jeon que iríamos sair juntos quando sua semana de provas acabasse. Eu havia me surpreendido quando ele simplesmente aceitou sair comigo e com Min Ki. Quer dizer, estávamos iniciando algo, eu acho, e não era qualquer pessoa que aceitaria sair comigo e com meu irmão em uma espécie de encontro. Quem iria a um encontro com o irmão mais novo?

— Hyung! — Ele já me aguardava no portão do prédio, com um bonito e discreto sorriso nos lábios.

Eu não podia deixar de perceber o quão bonito Jeon JungKook era. Sua beleza era notável e sempre era valorizada com suas roupas e um pouco de maquiagem – que eu sabia que ele usava, apesar de negar, não que eu achasse ruim, já que aquilo apenas o deixava ainda mais bonito. O analisei de cima a baixo, sem me importar em esconder meus olhares. Ele vestia uma calça de couro preta, uma camiseta da mesma cor e uma jaqueta de couro vermelha cheia de bolsos. Gastei alguns segundos a mais em suas coxas, sem poder ignorar o volume considerável que elas faziam no material colado da calça. Era realmente algo provocante. Quando voltei ao seu rosto, ele sorria de um modo cheio de malícia, a qual indicava que ele percebera a direção de meus olhares. Retribui seu sorriso.

— Boa noite, JungKook-ah. — Cumprimentei, sorrindo ainda mais abertamente para ele.

Seguimos juntos, em meio a uma conversa animada sobre o como ele estava aliviado de finalmente estar livre daquele monte de provas e suas prováveis notas altíssimas. JungKook era uma criança bastante inteligente e gostava do que fazia, isso era fascinante. No ponto de ônibus, Jin Hyung me ligou novamente, apressando-me mais uma vez.

— Se NamJoon Hyung está com tanta pressa, mande ele me pagar um salário melhor, assim posso comprar um carro — Rebati ácido, começando a me irritar com toda aquela pressa. Eu sabia que Jin estava apenas me fazendo um enorme favor, mas ainda assim, ele havia se comprometido comigo a cuidar de Min Ki. Eu não podia simplesmente fazer com que os ônibus fossem mais rápidos.

Jimin-ah! — Jin Hyung parecia indignado. Aquilo me fez suspirar.

— Tudo bem, desculpe-me. Eu estou no ponto de ônibus, Hyung. Logo estarei ai.

A ligação foi finalizada e eu suspirei ruidosamente, fazendo Jeon rir.

— Foi um pouco impulsivo de sua parte falar aquilo para o seu chefe, Hyung. — JungKook riu, balançando a cabeça.

— Um pouco. — Concordei.

O ônibus que precisaríamos pegar chegou logo em seguida. Ele estava lotado de estudantes do ensino médio, que estavam voltando para casa, e mães que haviam ido buscar seus filhos na escola. Eu e JungKook precisamos nos manter em pé.

— Você não está cansado, Hyung? — JungKook indagou, ao ver um lugar ficar vago, e eu neguei, sorrindo para ele.

Era fofo o modo como ele se preocupava comigo. Eu não sabia dizer ao certo o que eu sentia quando ele soltava aquelas palavras preocupadas e zelosas, direcionadas à mim. Era a primeira vez em muito tempo que alguém se preocupava se eu havia comido, ou se eu estava me sentindo cansado de toda a minha rotina. Além de Jin Hyung, não havia mais ninguém que chegasse em mim e quisesse realmente uma resposta verdadeira. Que se preocupasse com meu bem estar.

Jeon JungKook era o primeiro a prezar por mim.

Algumas risadinhas e um falatório moderado chamaram minha atenção, após alguns minutos dentro daquele cubículo de metal, que deslizava pelas ruas movimentos de um final de tarde em Seul. Movi meus olhos lentamente para o fundo do ônibus, onde um grupo de garotas jovens e, devo dizer, bastante assanhadas se encontravam. Elas olhavam para JungKook e sorriam, enquanto comentavam umas com as outras. Pelo sorriso e por suas expressões, eu podia dizer que seus comentários não deveriam de ser nada castos.

Algo como uma raiva crescia dentro de mim. Para ser extremamente sincero, eu nunca senti uma vontade tão grande de beijar JungKook quanto naquele momento, no entanto, meu lado maduro do cérebro me impediu de cometer tal ato ali, num ambiente público, cheio de mães conservadoras com suas crianças. Além do fato de que seria uma tremenda criancice se eu o beijasse novamente apenas porque odiava o fato de que haviam mais pessoas que percebiam o quanto ele era bonito.

Era obvio que JungKook deveria ser extremamente assediado nas ruas, para ele deveria ser algo bastante comum, ainda assim, era um pouco desconfortável. E eu não entendia o porque de tudo aquilo me incomodar tanto.

Por algum motivo desconhecido por mim — ou simplesmente por meu evidente ciúme —, apurei um pouco meus ouvidos, tentando me focar na conversa das meninas, e me arrependi imensamente segundos depois. Eu realmente não sabia que crianças daquela idade podiam ser tão... Impróprias. Eu sabia que as coxas de JungKook eram completamente chamativas naquela calça, mas, realmente, não era necessário externar seu desejo de mordê-las.

— Jiminie, você está bem? — Voltei meu olhar para JungKook, deixando de prestar atenção a conversa alheia, e franzi o cenho. — Sua mão — Ele levou sua própria mão até a minha, que segurava uma das barras de metal na vertical que serviam para nos apoiarmos, e a acariciou levemente. Somente naquele momento eu percebi a força que usava para segurá-las. Os nós de minha mão direita começavam a ficar esbranquiçados. Aquele carinho contínuo e terno, fez-me sorrir e relaxar instantaneamente. — Você está nervoso? — Sorriu e eu pude saber apenas com aquilo que ele também estava ouvindo a conversa alheia. — Ouviu algo que não lhe agradou, talvez?

— Pare de brincar comigo. — Resmunguei, fazendo-o sorrir abertamente e alguns murmurinhos ainda mais altos virem da parte traseira do veículo.

— Será que eu deveria dizer a elas que não sou muito fã do que elas têm entre as pernas? — Questionou debochado e eu coloquei uma expressão séria no rosto, como se considerasse a hipótese – eu sinceramente estava considerando. — Sabia que eu já ouvi algumas coisas bem piores que isso enquanto ficava no café? Sua bunda faz muito sucesso, tanto entre mulheres quanto entre homens.

Senti meu rosto esquentar com sua fala, o que o fez rir. Agradeci quando percebi que já estávamos quase passando do ponto em que precisaríamos descer. Gritei pelo motorista, já conhecido por mim, e agarrei a mão de JungKook, puxando-o para fora do veículo o mais rápido que consegui. O ar fresco fora daquele cubículo cheio de gente por metro quadrado, fez com que a coloração do meu rosto voltasse ao normal, no entanto, meus batimentos cardíacos só aumentaram ao sentir os dedos de JungKook envolverem os meus em um aperto gentil, e ele começar a me puxar em direção a rua que nos levaria a meu bairro.

Era a primeira vez que eu e JungKook andávamos de mãos dadas. Na verdade, era a primeira vez que eu andava de mãos dadas com qualquer pessoa que não fosse meu irmão. Eu nunca fui de ter muitos namorados. Tive um caso, aos dezesseis anos que durou até a faculdade, mas não éramos o tipo de casal apaixonado. Nem mesmo éramos exclusivos. Nossa relação se baseava em sexo. Sexo em todo lugar, em todos os momentos. Era um pouco cansativo, talvez, mas era prazeroso, garanto.

Olhei para nossas mãos unidas e aquilo não me parecia estranho, apenas algo muito certo, que deveríamos ter feito antes. Meus olhos subiram para JungKook, que mantinha um sorriso infantil nos lábios e seus olhos sempre na rua a nossa frente. Recebemos alguns olhares de pessoas da vizinhança, olhares nem um pouco amistosos. Estavam mais para indignados. No entanto, em momento algum eu pensei em separar nossas mãos. Eu não sentia que o que fazíamos era errado, então, eu não precisava me afastar.

Estávamos a poucos metros da casa de Jin Hyung, quando alguém chamou meu nome do outro lado da rua. Estranhei encontrar a Senhora Kang ao me virar em direção a sua voz. Seus olhos se fixaram em minhas mãos unidas a de JungKook e o mesmo as separou rapidamente. Franzi o cenho, olhando em sua direção e ele sorriu sem graça, como se pedisse desculpas. Dei de ombros, checando a rua dos dois lados, antes de atravessar correndo. JungKook veio atrás, por mais que não precisasse.

— Boa noite, Kang-ssi. — Eu poderia chamá-la de ahjumma, poderia mesmo, porque ela não era mais novinha, mas conhecendo aquela senhora como eu conhecia, ela com certeza me daria uns cascudos. — Quer falar comigo?

— Veja, menino, já se passou um tempo e eu não tenho visto aquela infame da sua mãe. — Foi direta e eu senti meu sangue correr mais rápido por minhas veias. Ótimo, eu seria questionado sobre isso agora? Eu achava que demoraria um pouco mais. — Da última vez, você me disse que ela estava em Busan, resolvendo assuntos familiares. Não entendo como uma mãe pode simplesmente deixar um filho tão irresponsável cuidando de uma criança. — Arregalei meus olhos levemente e vi que JungKook fez o mesmo. Irresponsável? Era mal de coreano se meter tanto na vida dos outros.

— Desculpe, mas não creio que isso seja da sua conta, Ahjumma. — Sua expressão se tornou mais dura. — Apenas não entendo o irresponsável. Acredito que a senhora não...

— Seu moleque, mal educado! — Interrompeu-me irritada. — Você acha que não vejo o quanto aquela criança fica jogada de casa em casa porque você passa a noite fora e só chega ao amanhecer? E você acha que eu não vi quando esse menino — Apontou JungKook — saiu apressado de sua casa, pouco depois do dia amanhecer? Você é infame, assim como sua mãe. E ainda se deita com outros homens. Eu não permitirei que o pobre Min Ki tenha de sofrer em suas mãos desse jeito.

Senti todo o meu sangue ferver e a vontade que eu tinha de dar na cara dela aumentar. Eu queria mandar ela para o inferno e esquecer todo aquele lance de ser educado e respeitar os mais velhos. Aquela mulher não estava me respeitando. Não estava respeitando nem mesmo a irresponsável que me trouxe ao mundo. Minha mãe poderia ser uma pessoa horrível, eu não podia descordar , ainda assim, era a minha mãe. Eu me irritara muito quando escutei aquelas palavras vindas de bocas alheias. Meus punhos se fecharam e eu respirei fundo diversas vezes, observando a face gorda e desprovida de qualquer compaixão daquela mulher.

— Desculpe, senhora, mas eu acredito que está sendo bastante rude com suas palavras. — JungKook se pronunciou antes que eu o fizesse. — Creio que a vida da família Park não seja algo relevante a você, portanto, não saia mais por ai, falando descuidadamente como agora, pois isso pode lhe prejudicar.

— Essa criança está me ameaçando?

— De jeito nenhum, apenas lhe informando. Perante os artigos 138, 139 e 140 do Código Penal*, o que a senhora faz, é crime que pode render de seis meses a um ano de prisão, caso Jimin Hyung leve isso tudo como uma ofensa. Portanto, apenas deixo claro que cuidar da vida dos outros não é algo saudável. — Arqueei uma de minhas sobrancelhas, surpreso com cada palavra que saia da boca daquele garoto a minha frente. — Agora, com licença. Tenha uma ótima noite. — Ele se curvou minimamente para ela, e me puxou dali para a casa de Jin Hyung, do outro lado da rua.

— O que foi aquilo? — Indaguei, parando-o antes que apertasse a campainha, ou batesse na porta.

— Me desculpe, eu te encrenquei ainda mais? Eu apenas me irritei muito quando ela te chamou de irresponsável e infame.

— Não sobre isso, JungKook-ah. Sobre as leis e tudo mais. Aquilo é verdade?

— Claro. Meu pai é advogado. Eu não te falei sobre isso? — Neguei. — Ah, desculpe.

— Bom, obrigada. — Sorri, apertando a campainha, e ele me retribuiu, olhando profundamente dentro de meus olhos. Seus olhos negros, com um brilho tão único. Senti tudo dentro de mim se agitar de uma forma muito desorganizada e nova. Eu não sabia explicar direito o que era tudo aquilo que eu sentia quando estava com ele, mas não ignorava o fato de que era algo. Eu não era estúpido, não podia negar que aquela criança mexia comigo de uma maneira muito intensa, e eu sabia muito bem que mexia com ele também.

JungKook rapidamente, curvou-se até mim e selou nossos lábios. Foi repentinamente, e também bastante rápido, pois logo fomos interrompidos.

— Eu pensei que... Opa! — JungKook se afastou rapidamente, dando alguns passos para trás, e eu abri meus olhos, respirando um pouco mais rapidamente. Não havia sido nada mais que um simples selar de lábios, mas eu não podia controlar as reações exacerbadas que meu corpo teimava em exibir. Minhas pernas tremiam levemente, assim como minhas mãos, e meu coração havia se acelerado muito. Era difícil puxar o ar. — Acho que abri a porta num momento ruim, desculpem. — Encarei Jin Hyung me observando atentamente com um sorriso aberto e malicioso nos lábios, mas sem tirar aquele “quê” maternal. Arregalei meus olhos levemente, como se implorasse para que ele me ajudasse com tudo aquilo que eu estava sentindo. Ele apenas riu fraquinho, como se entendesse meu olhar de “por favor, o que está acontecendo comigo, Hyung?”, e balançou a cabeça. — Entrem.

Ele deu espaço se afastando um pouco da porta e JungKook parecia esperar que eu entrasse primeiro. Assim o fiz, ele veio logo atrás.

— Boa noite, JungKook-ah! Não conversamos muito da última vez, sou SeokJin. Kim SeokJin. Mas pode me chamar de Jin. — Estendeu sua mão que foi cordialmente apertada por JungKook.

— Jeon JungKook. — O mais novo sorriu. JungKook era quase tão alto quanto Jin.

— Vamos, Namjoon está sendo o cavalinho de Min Ki — Contou rindo um pouco, e seguindo na frente.

Antes que eu pudesse segui-lo pela casa muito bem conhecida por mim, senti Jeon segurar minha mão levemente, chamando minha atenção. Virei-me para ele, e antes que pudesse perguntar o que ele queria, seus lábios se grudaram mais uma vez aos meus, demorando-se segundos.

— Eu realmente gosto disso. — Murmurou, a testa encostada a minha. Seus olhos se abriram em seguida, encontrando os meus arregalados pela surpresa, junto de um enorme sorriso. — Pode ir na frente. — Sorriu de volta, afastando-se em um movimento rápido. Eu queria gritar “não se afaste, menino!”, mas não o fiz, apenas me virei para seguir pelo corredor, encontrando o olhar de Jin Hyung sobre mim, e o mesmo risonho.

Sorri para ele, seguindo pelo corredor e passando pelo mesmo, que correu atrás de mim, passando seus braços por meu pescoço, seus passos se igualando aos meus.

— Jimin-ah, ele está tão na sua! — Murmurou feliz, apertando seu abraço um pouco mais. — Aigoo, minha criança está crescendo! — Bagunçou meus cabelos rindo.

A visão que tive quando cheguei na sala foi no mínimo cômica. NamJoon Hyung, estava de quatro sobre o tapete extremamente felpudo e macio, e Min Ki estava nas suas costas.

— Vai cavalinho! Temos que ir salvar aquela bela princesa. — Ordenava, enquanto o mais velho relinchava e começava a “trotar”. — Mais rápido, Joonie Hyung!

— Ele daria um ótimo pai, não é? — Jin tinha um brilho especial nos olhos que eu só via quando ele estava na presença do namorado, e seu sorriso era um dos mais bonitos do mundo, quando era direcionado ao platinado.

— Um ótimo cavalo também — Falei alto, chamando atenção dos dois que brincavam no centro da sala.

— Hyung! — Min Ki gritou animado, deixando com dificuldade as costas de NamJoon, e vindo até mim. Seus bracinhos rodearam as minhas pernas e eu sorri imensamente. O puxei para o meu colo, selando sua testa. — Nós vamos sair hoje? Aonde você vai me levar? Eu vou poder tomar sorvete? — Eu ri com a sua animação, assentindo e concordando com suas indagações.

— Aonde você quer ir hoje? — Questionei e ele fez cara de pensativo, a mãozinha no queixo.

— Ao cinema, e depois... Depois eu quero andar pela cidade de noite! — Sorri. Aquele era sempre o programa preferido de Min Ki. Nós íamos ao cinema, depois eu o levava para comer em algum lugar, e então caminhávamos por Seul de noite, porque ele amava ver as luzes da cidade.

No entanto, eu ainda precisava saber se para JungKook estaria tudo bem. Eu simplesmente não podia colocá-lo dentro de nossa rotina, sem nem mesmo saber se aquilo estaria bem para ele. Eu e Min Ki costumávamos fazer aquilo sempre que o dinheiro permitia, mas eu não sabia se JungKook gostava de cinema, nem se gostava de andar por ai. Virei minha cabeça para ele, que observava tudo em silêncio, e ele entendeu quando lhe questionei silenciosamente se ele não se importava com aquilo. Ele sorriu, assentindo.

— Tudo bem então.

Min Ki bateu palmas animado, e só então pareceu notar JungKook.

— O Kookie Hyung vai também? — Assenti. Era só o que faltava agora ele não querer que JungKook fosse conosco. Eu ia estar em uma tremenda enrascada, porque não podia simplesmente mandar JungKook embora naquela altura do campeonato, nem ir contra a vontade de meu irmão. — Mais um sorvete! — Comemorou e eu arqueei uma sobrancelha, sem entender. Busquei por JungKook para que ele me explicasse, mas o mesmo apenas balançou a cabeça, como se dissesse que me respondia mais tarde, rindo da reação do mais novo.

— Oh, você é o famoso JungKook? — NamJoon se pronunciou pela primeira vez, sorrindo para JungKook.

— Famoso?

— Jimin-ah parece uma garotinha apaixonada falando de você aos quatro ventos, não é, amor? — Seu olhar era divertido e sua voz sarcástica. Cínico!

— Mentiroso! — Acusei e ele sorriu maldoso, vindo para o meu lado. Eu realmente nunca havia falado de JungKook. Pelo menos, não aos quatro ventos como ele acusava. Eu havia comentado com Jin Hyung, e com TaeHyung no bar, mas não com ele. Ele só queria se vingar, pois provavelmente havia escutado o que eu falara pelo celular.

— Ah, você está negando que tem crush no menino? — Senti meu rosto todo esquentar e lhe lancei um olhar indignado.

— O que é crush? Por que você tem isso no Kookie Hyung? — Min Ki questionou confuso, fazendo-me ficar ainda mais vermelho.

— Ter crush é quando você quer loucamente beijar a boca de alguém. — NamJoon respondeu maldoso, sorrindo cheio de malícia para mim. Olhei perdido para Jin, pedindo ajuda, mas o mesmo ria como um louco, enquanto eu nem mesmo conseguia encarar JungKook.

— Então, meu Hyung quer beijar loucamente a boca do Kookie Hyung? — Arregalei meus olhos, querendo que um buraco se abrisse no chão daquela sala para que eu entrasse dentro e sumisse.

Antes que eu pudesse responder, NamJoon Hyung concordou, fazendo meu irmão mais novo questionar se era normal e permitido dois meninos se beijarem. NamJoon Hyung se calou dessa vez. Idiota!

— É completamente normal, Min Ki. — Foi Jeon que respondeu. — Se duas pessoas se gostam, não importa se são um homem e uma mulher, ou dois homens, o sentimento é igualmente bonito. — Ele estava realmente perto. Suas mãos bagunçaram os fios negros e lisos de Min Ki, que riu e assentiu ao que ele havia dito. — Aliás — Passou a sussurrar, como se fosse dizer apenas para Min Ki, mas todos na sala podiam escutar perfeitamente —, seu Hyung também é meu crush, mas é segredo. — Min Ki assentiu veemente, sorrindo abertamente, assim como JungKook, que exibia seus dentes maiores de uma maneira extremamente fofa.

Meu coração parou por um instante naquele momento.


Notas Finais


*Essas leis são de acordo com as leias brasileiras e não coreanas, pois não encontrei nada a que pudesse me basear após minhas pesquisas.

E então? O que acharam? Espero que tenham gostado, porque eu gosto bastante deste aqui. No próximo teremos o famoso encontro Jikook + Min Ki, com altos momentos de ciúmes, fofonildos e bem tensos também!
Aguardem ansiosamente (ou não) e até o próximo!


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