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História O Crush da Cafeteria - Capitulo II


Escrita por: SahKatrina

Notas do Autor


Ei, olha só quem voltou!!!
Queria agradecer aos favoritos e comentários do capítulo anterior! Fico muito feliz de a fic estar tendo um retorno.
Não irei prolongar por aqui, só quero avisar que esse é mais um daqueles capítulos narrados tanto pelo Jeon quanto pelo Park, mas os próximos já não serão mais assim.

Em fim, boa leitura!

Capítulo 2 - Capitulo II


Fanfic / Fanfiction O Crush da Cafeteria - Capitulo II

JEON JUNGKOOK's POINT OF VIEW

Bati a porta do apartamento em que vivia com força, correndo escada a baixo. Eu estava mais que atrasado para a primeira aula, e já era a terceira vez só naquele mês. Suspirei quando percebi que não chegaria a tempo nunca.

Suspirei, diminuindo meus passos no meio do caminho. Tentei recuperar meu fôlego, e optei passar para tomar um Americano. Adentrei a cafeteria vazia naquele horário da manhã, e fiz meu pedido ao atendente. Passei meus olhos pelo lugar, observando as duas pessoas em lados opostos do estabelecimento. Era horário de aula, portanto, a maior parte da clientela não poderia estar ali. Ele também não estava. Vinha só durante a tarde. Agradeci assim que peguei a bebida em mãos e saí do lugar, seguindo para o campus da faculdade. Passei o resto da primeira aula sentado debaixo de uma árvore, revisando uma matéria aleatória.

  — Como você tem pique para estudar, mesmo enquanto mata aula?

  — Não estou matando aula, Hyung.

Observei Hoseok Hyung se sentar ao meu lado, jogando sua mochila de qualquer jeito ao seu lado.

  — Atrasado, de novo? — Assenti, tomando mais um pouco do meu café gelado. — Não sei como uma pessoa perde aula, por ficar estudando a noite toda.  

  — Bom, eu tenho uma prova importante amanhã. — Dei de ombros, lhe estendendo o café, que foi aceito imediatamente.

  — Eu também. Na verdade, minha prova deve estar acontecendo agora.

  — E o que você está fazendo aqui?

  — Não estava afim de fazer. — Deu de ombros, deitando a cabeça em meu ombro. — Briguei com Yoongi ontem. — Falou como se aquilo explicasse tudo. Bufei.

  — E isso é motivo para não fazer uma prova, Hyung?

  — Eu estou realmente mal, Kookie-ah! Ele disse que sou mimado.

  — E faltar em uma prova por isso prova exatamente o contrário, não é? — Debochei, recebendo um tapa.

  — Eu nem lembro mais porquê brigamos. Eu acho que bebi demais ontem.

Assenti, não querendo escutar mais. Odiava me envolver em briga de casal, e odiava ter que ouvir sobre isso. Eu não servia para escutar sobre problemas alheios. Graças a Deus, todos próximos a mim sabiam disso. Eu era um alguém muito reservado e um tanto egoísta, admito.

Hoseok Hyung tirou seu fone da mochila e passamos o resto de tempo escutando musicas em silêncio. Eu não era uma pessoa que costumava falar muito, a menos que estivesse muito animado ou interessado em algo. E também não tinha muitos amigos. Desde que cheguei a Seul, tinha apenas dois amigos de verdade, e estes eram Yoongi e Hoseok Hyung. Eu havia conhecido Hoseok pela internet, e então tudo se ajeitou. Ele havia corrido atrás de um apartamento para mim, e havia cuidado de tudo mais que eu precisava. Eu era grato aos Hyungs.

 

 

  — Jeon! — Abri meus olhos, assustado com a voz me chamando. — Menino, o que está fazendo aqui, ainda?

Olhei para a bibliotecária, coçando os olhos. Passei meus olhos ao redor do lugar e percebi que já estava vazio e lá fora muito escuro.

  — Desculpe. Eu acabei pegando no sono. — Sorri, sem graça.

Rapidamente eu recolhi os livros espalhados pela mesa, jogando-os na mochila. Despedi-me da mulher que me acordara e que já estava bem acostumada comigo, e deixei a biblioteca. O campus era assustadoramente silencioso daquele jeito. Puxei o celular do bolso e me assustei com o horário. Passava das onze horas da noite. O enfiei de volta no bolso e apertei a alça da mochila entre meus dedos, andando mais rápido. Dali até meu apartamento era questão de minutos.

  — Ei, garoto! — Meus olhos se arregalaram ao ouvir aquela voz no meio de um silêncio cortante como o que me rodeava. Apressei ainda mais meus passos. — Ei, não precisa correr. Eu só quero conversar. — E a voz parecia ainda mais próxima.

  — Sério, deixe-me em paz — Murmurei, sentindo meu estômago revirar.

Meu corpo inteiro gelou quando senti seu corpo muito próximo ao meu, e meus pés pararam.

  — Me passa a mochila.

Arregalei os olhos. Tudo o que se passava em minha mente naquele momento era que em minha mochila não havia nada além de meus cadernos com minhas anotações. Eu não tinha nada de valor lá dentro. Somente o que eu precisaria para minha prova do dia seguinte. E eu não a entregaria assim.

  — Eu não tenho nada de valor dentro dela. Eu juro — Sussurrei, sentindo-me tremer.

PARK JIMIN's POINT OF VIEW

  — Obrigada por ficar para fechar o caixa, Jimin-ssi.

  — Tudo bem. Eu não tenho que trabalhar no bar hoje mesmo. — Sorri.

Despedi-me do meu chefe, que confiou a eu terminar de arrumar tudo, já que tinha que ir para casa ficar com a mulher grávida, que poderia dar à luz a qualquer momento. Terminei de fechar o caixa e juntei o lixo. Após verificar se tudo estava em seu devido lugar, peguei o enorme saco preto e sai pela porta dos fundos, que dava em um beco. Joguei o mesmo em um latão e ajeitei a mochila em minhas costas.

  — Pare, por favor! — Aquilo me fez virar, assustado, para encarar o que falara aquilo e me deparei com dois homens. Um estava jogado no chão, recebendo socos de um outro sobre seu corpo. — Pode levar o que quiser. — Sua voz era pausada, e fraca. Parecia que perderia a consciência a qualquer instante.

Fiquei parado por alguns segundos, assimilando o que via a minha frente. Quando vi que o garoto parecia já ter perdido suas forças, senti-me na obrigação de me mexer.

  — Ei! — Gritei, e o homem pareceu se assustar, pois se levantou rapidamente. — O que está fazendo? Saía de perto dele, ou chamo a polícia! — Ameacei e fiquei realmente com medo de que o idiota viesse para cima de mim, mas pelo contrário, ele saiu correndo, deixando-me sozinho com aquele outro ser.

Corri até a pessoa caída e um arrepio passou por meu corpo quando vi o rosto machucado. Era um garoto, não sabia dizer se mais novo ou mais velho que eu. Ele estava bastante machucado, mas poderia ter sido pior. Ele parecia saber se proteger.

  — Garoto! — O chacoalhei, tentando receber de si alguma reação. Ele resmungou um pouco. — Menino, acorde, vamos. — Pedi, segurando seu rosto entre minhas mãos. Analisei os machucados o quanto deu com a pouca luz que havia no beco quase totalmente no breu. — Droga, acabaram com seu rosto. Vamos, acorde e me diga o que fazer.

Eu estava completamente perdido. Busquei por meu próprio celular e liguei para a pessoa que sempre ligava quando tinha problemas.

  — Jimin, já está...

  — Hyung, eu preciso de ajuda. Achei um cara apanhando no beco atrás da cafeteria e ele está desacordado. Eu não sei o que fazer. Por favor, ajude-me — Choraminguei, desesperando.

  — Deus, Jimin! Ele tem celular? Ou alguma outra coisa que possa te ajudar?

Respirei fundo, lembrando-me que atualmente existia essa maravilhosa inovação chamada celular, a qual confiávamos nossas vidas. Com cuidado, procurei por seus bolsos e o achei no bolso de trás. O homem não havia tido tempo de levar nada depois que cheguei. A tela do iPhone estava totalmente quebrada, imagino que ele tenha caído sentado. Acendi a tela e suspirei.

  — Tem senha. — Comentei, colocando o aparelho em meu bolso, buscando por tirar sua mochila de suas costas, sem machucá-lo ainda mais, ou causar algum dano pior caso algum osso estivesse quebrado. Assim que a peguei, busquei por algo que pudesse me ajudar, mas só tinha cadernos e livros. Nada de números de telefone ou uma agenda. — Nada, Hyung. O que eu faço agora?

  — Eu vou te buscar. Pego vocês e trago ele até sua casa, minha mãe pode examiná-lo.

Assenti, sem conseguir pensar direito. A mãe de Jin Hyung era enfermeira e estava de folga naquela noite, para a sorte daquele indivíduo jogado no chão daquele beco sujo, sangrando e fraturado. Meu coração apertava quando olhava para seu rosto todo machucado. Ele tinha traços angelicais, mesmo que por baixo de todo aquele sangue. Suspirei, retirando meu casaco e o coloquei sobre seu corpo, para protegê-lo do frio.

Demorou longos minutos para que Jin Hyung aparecesse, dirigindo o ssangyong de sua mãe.

  — Ah, meu Deus! Vamos colocar ele no carro logo.

Juntos o colocamos com cuidado no banco de trás do carro, ajeitando-o. Sentei no banco do passageiro e respirei fundo.

  — Ele deve ser aluno da faculdade — Comentei, depois de um longo tempo.

  — Andando sozinho numa hora dessas?

  — Bom, é o que sua mochila indica.

Permanecemos em silêncio por todo o percurso, ambos sempre olhando para o garoto desacordado no banco de trás. Eu estava nervoso, e nem entendia muito bem o motivo. Tudo bem, ele tinha apanhado, mas por que eu estava nervoso sobre o garoto? Suspirei.

  — Você já suspirou umas vinte vezes — O Hyung comentou, enquanto estacionava na frente de minha casa.

  — Vê-lo assim é um pouco angustiante. Sinto meu coração se apertar. — Murmurei, pulando do carro.

Retiramos o garoto do carro em silêncio, um ajudando ao outro para que não movesse a pessoa enferma bruscamente, de modo que pudesse lhe prejudicar. Jin me ajudou a colocá-lo no sofá e me deixou sozinho para ir chamar sua mãe. Parei ao lado do menino desacordado e fiquei o observando.

  — Garoto... — Sussurrei, tocando-o levemente. Ele não tinha qualquer tipo de reação. Se não fosse por seu peito subindo e descendo calmamente, eu acharia que ele estava morto.

Logo, a casa foi invadida por minha vizinha, que trazia consigo uma maleta enorme de primeiros socorros e o básico de aparelhos. Em silêncio, esperei que ela consultasse o menino. Ela checou cada pequena parte de seu corpo; procurou por ossos quebrados e por hematomas que pudessem se tornar coisas mais sérias. Ela cuidou de cada corte e fez curativos nos machucados externos. Ele ficava cada vez mais apresentável e — não posso negar — bonito.

  — Me traga uma troca de roupas limpas para ele, querido — Pediu, e eu assenti, correndo até o quarto dos fundos. Peguei uma calça de moletom e uma camiseta que eram um número maior, pois ele era maior que eu, e levei para ela.

Enquanto ela o trocava, fui até a casa vizinha, acompanhado de Jin Hyung, buscar meu pequeno. Min Ki dormia serenamente, como sempre. Após ajeita-lo em sua cama e aconchega-lo melhor, voltei a sala de estar, aonde a mãe de SeokJin aconchegava o garoto em meu sofá. Ótimo, eu teria que dormir na poltrona.

  — Ele está bem? Não deveríamos o levar a um hospital?

  — Não se preocupe, querido. Ele não fraturou nada, apesar de os ferimentos externos terem ficado um pouco feios. Eu deixarei alguns analgésicos aqui, lhe dê quando ele acordar, tudo bem? — Assenti. — E eu não acredito que seja bom ele andar muito por aí. Eu ainda não tenho tanta certeza do tamanho da dor que ele virá a sentir. De qualquer jeito, amanhã, na hora do almoço, passo aqui para ver como ele está.

Concordei, apesar de ficar incomodado com aquilo. Eu teria que trabalhar amanhã, como deixaria um desconhecido em minha casa? Eu não poderia.

  — Hyung. — Puxei Jin Hyung antes que ele ultrapassasse a porta com sua mãe.

  — Boa noite, Jimin-ah. Qualquer coisa só bater em casa.

  — Tchau, eomanie. Obrigada. — Sorri, segurando o Hyung comigo.

  — O que foi, Jimin?

  — Hyung, eu não posso sair e deixar ele aqui amanhã. Você, por favor, poderia ficar com ele até sua mãe examiná-lo?

  — Jimin! — Gemeu frustrado. — Amanhã é meu dia de folga! Eu quero dormir até tarde.

  — Por favoooor! — Fiz bico, piscando os olhos, e ele bufou.

  — Você sabe que não pode fazer aegyo, certo? É assustador.

  — Isso é um sim? — Ele bufou.

  — Isso é um sim, Jimin.


Notas Finais


Foi curtinho, mas espero que tenham gostado do capítulo. Tentarei voltar logo para o próximo, mas creio que terça saía mais um capítulo novinho.

Favoritem e me deixem saber o que estão achando, okay? Até o próximo!


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