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História O "Damo" e A "Vagabunda" - A Aventura Da Praia No Inverno


Escrita por: Dii_Kook

Notas do Autor


Espero que gostem

Capítulo 3 - A Aventura Da Praia No Inverno


Fanfic / Fanfiction O "Damo" e A "Vagabunda" - A Aventura Da Praia No Inverno

Park Jimin 

Janeiro 2017 - 06:44 a.m 

Minha Faculdade

Eu já disse que é uma honra estudar na Faculdade Nacional de Seoul? Não? Então, estou dizendo agora: é uma honra estudar aqui. Esta capital tem sim uma grande rede de faculdades matadoras, porém, a que eu estudo é a mais prestigiada entre os adultos, adolescente e até alguns idosos. Se você estuda ou já estudou aqui, qualquer lugar te contrata automaticamente, é até injusto com as outras faculdades e alunos. 

No entanto, isso não é totalmente uma coisa boa, afinal, nada é perfeito. O mau desta Faculdade são as cobranças e as pessoas, muitos são hipócritas, metidos e pretensiosos, as vezes sinto nojo com tamanha ignorância de algumas pessoas daqui; e não falo somente dos alunos, falo também dos funcionários, diretores e superiores. É como se fosse uma grande família de mesquinhas que se acham sempre os melhores, entretanto, são podres por dentro. 

Toda essa cobrança também cai muito sobre as crianças e adolescente, os coitados se sentem na obrigação de se matarem para conseguir estudar aqui, o que não é totalmente necessário nos dias de hoje, pois têm escolas muito melhores no exterior. Escolas conhecidas mundialmente que deixariam essa aqui babando. Eu sinto pena dos menores que, com pouca idade, já sentem o peso das responsabilidades e da vida adulta batendo na porta, já que os próprios pais sufocam as crianças. O que adianta viver por aquilo que não quer? Deixe o filho escolher se quer ser médico, cantor ou tatuador, a vida é dele, vai ser ele a levantar todo dia e ir para um emprego que não gosta. Sei que muitos seguem as carreiras que os pais sonham, e os admiro por isso, o que eu não admito é que eles sigam os sonhos dos pais para que fiquem insatisfeitos no final. Não deveríamos viver sonhos de outras pessoas, deveríamos viver os nossos sonhos. 

Desligo os pensamentos sérios assim que vejo Iara entrar, sempre tão decidida e forte, mostrando uma garota determinada que não cai por qualquer empurrãozinho. Sua aparência impecável, apesar de julgarem sempre que ela passa a noite em esquinas bebendo ou usando drogas, ela se mostra muito bem descansada e saudável. Os cachos que tantos acham "estranhos" e que eu admiro, emoldurando seu rosto de bochechas nem tão gordas, nem tão magras, mas incrivelmente fofas; adoro como o cabelo não passa de seus ombros, porém, é alto e volumoso. Não, ele não cresce "para cima", mas é muito cheio. Posso dizer que seria incrível um dia fazer um coque nesse cabelo ou apenas acaricia-los com a ponta dos dedos. 

– Bom dia. – cumprimentei quando larguei minha bolsa preta na cadeira e caminhei até o lugar que ela escolhera hoje. Ela sempre se sentar em um lugar diferente, e as pessoas que ocupavam esses lugares não parecem se incomodar com a mudança. 

Em um gesto não esperado — não que isso seja muita novidade vindo dela —, a garota se levantou depressa e senti seus lábios tocaram nos meus em questões de segundos, um selar tão rápido que nem se eu tentasse iria conseguir impedi-la. 

– Você estava me devendo um selinho. – deu de ombros e se sentou, deixando-me encarar a parede recentemente pintada de branco, sem nenhuma mancha ou imperfeições. – Vai entrar uma mosca na sua boca. 

Seu aviso de nada adiantou, pois eu estava tão petrificado no lugar mal escutava as vozes ao meu redor e prestava atenção no que acontecia. Sei que, como a sala estava parcialmente vazia, ninguém deve ter prestado muita atenção, mas ainda assim foi um toque muito arriscado aos olhos de outras pessoas. 

Mal pude sentir teu gosto, no entanto, ainda assim levei meus dedos aos lábios e toquei as carnes vermelhas pelo frio. Minhas bochechas com certeza estavam ruborizadas, porque eu sentia o queimar da pele se estendendo por todo meu rosto. Passei a língua entre o lugar beijado, afim de caçar algum vestígio do sabor da garota, mas tudo que encontrei foi um resíduo de seu batom de morango. Será que esse é mesmo o gosto de seu beijo sem nada? 

– P-por que fez isso? – indaguei ainda não recuperado do choque. 

– Porque você estava me devendo um selinho, já disse. – juntou as sobrancelhas como se fosse óbvio. 

– M-mas... – retrucar de nada adiantaria, pois ela não parecia nem um pouco arrependida ou envergonhada — nem eu estava, admito —, mas admito que fiquei um pouco irritado por ela não pensar nas consequências. Suspirei pesado. – Enfim, tudo bem? 

– Me diz você, eu pareço bem? – cruzou as mãos em cima da mesa, olhando-me desafiadora. 

– Sinceramente? Parece, muito bem até. – sorri de canto. – Tão bem que não pensou duas vezes antes de me beijar. 

– Eu nunca penso muito antes de fazer alguma coisa. – repetiu sua mania que eu já tinha conhecimento. – Ou eu faço, ou eu não faço. Simples. 

Pisquei os olhos várias vezes. 

– Loucura. – murmurei para mim mesmo. 

– Aventura. – corrigiu-me rápido, mostrando que ouvira o que eu disse. – Eu sou uma aventureira, Jimin. 

– Isso eu já percebi. – ela retribuiu meu sorriso. 

Iara é uma pessoa diferente, além de ter um gosto considerado incomum aqui, ela pensa diferente. Suas ações são a prova disso, além de ter sempre uma resposta na ponta da língua, como se já soubesse tudo que as pessoas iriam dizer. Como se sua vida fosse um filme que repetisse as mesmas cenas, acho que isso ajuda muito para ela ser tão "aventureira". 

– Quer ir para algum lugar depois das aulas? – perguntei.

– Sim, mas, eu escolho! – tombou a cabeça para o lado. - Por que não chama seu amigo? 

– Quem? Taehyung? – franzi o cenho. 

– É. – fez um movimento com a cabeça, confirmando.

Engoli em seco, dedilhando sobre a mesa um pouco constrangido pela pergunta que estava prestes a fazer: 

– Você... Tem interesse nele? – desviei meus olhos do seu. 

– Por que? Está com ciúmes? – me fez apertar as mãos diante de tanta confiança. – Não, é que ele está olhando muito para cá e acho que seria divertido tê-lo por perto também. 

Soltei um ruído com a boca entreaberta, virando metade de meu corpo para trás e avistando um Taehyung espantado alternando o olhar entre mim e ela, como se não acreditasse em nossa aproximação... Repentina. 

Voltei minha atenção para a brasileira – Tudo bem, eu chamo. – sorri de canto. – Aonde vamos? 

– Não sei, vou decidir. – deu de ombros, desviando o olhar para janela e logo voltando-o para mim. – Vocês vão saber na hora, mas agora eu acho melhor você ir para o lugar ao lado do seu amigo antes que entre um turbilhão de moscas na boca dele. 

– A-ah, certo, nós vemos depois. 

Rodei meus calcanhares e logo já me encontrava ao lado de Taehyung, dando-lhe um tapa leve na cabeça para que acordasse e parasse de encarar o nada como um doente. 

– Aí! – reclamou massageando a área afetada. – Por que fez isso, Hyung? 

– Porque você estava passando vergonha com essa cara de retardado. – sentei-me no lugar vago à sua direita. 

– Eu fiquei surpreso por ver vocês dois conversando, aliás, acho que todos ficaram. – devagar, olhei ao redor, a sala vazia agora estava consideravelmente cheia, então, algumas pessoas ainda me encaravam com as sobrancelhas unidas. 

– Hum. – dei de ombros, voltando minha atenção para a mesa. – Aliás, ela perguntou se você vai querer sair com a gente hoje.

– E-ela pediu para você me convidar? – colocou a mão no peito, em um gesto de surpresa e alegria. 

– Sim, mas não fique muito empolgado, só fez isso porque você estava nos encarando demais. – bufei irritado lembrando que, se não fosse pelo deslize de Taehyung, eu e ela ficaríamos sozinhos. 

– Ah, está com ciúmes? – provocou. 

– Não. – respondo entredentes. – E para com isso, caso contrário, eu falo para ela que você não aceitou ir e dou um jeito de sumir.

– Tudo bem, tudo bem! Eu paro. – parecia realmente assustado com a ameaça. – Para onde vamos? 

– Ela não disse, falou que vamos saber quando chegarmos. 

– Nossa, que misteriosa. 

– Sim, Iara é puro mistério. 

No fim das aulas, eu já me encontrava no portão principal aguardando apenas Iara, já que Taehyung não poderia ir ao passeio com a gente porque sua vó de Daegu veio fazer uma visita repentina aos parentes. Se eu tentei esconder minha felicidade quando ouvi tal notícia? Não, não tentei mesmo, sorri descaradamente e joguei o foda-se quando Tae começou a resmungar que queria muito ir. Ele percebeu meu entusiasmo e me fez prometer que levaria ele na próxima, e como eu não sou uma pessoa mau, eu prometi. 

Quando Iara alcançou meu campo de visão, eu senti meu corpo se eletrizar por inteiro, parte por saber que iríamos sair juntos novamente e parte porque estava curioso sobre o lugar. Nessa quebra de tempo eu não consegui imaginar nada, afinal, sempre que levantava uma hipótese eu olhava a garota e isso fazia-me repensar tudo de novo, pois ela é um poço de mistério sempre pronto para novas surpresas. Confirmei isso hoje, com seu selar repentino em mim. 

– Aonde vamos? – perguntei assim que ela se aproximou de mim, entretanto, ela não paro de andar, então eu a segui.

– Para o estacionamento. 

Paro de súbito, encarando confuso a garota que continuava à andar. Não sei se ouvi errado, mas acho que ela disse estacionamento. 

– Estacionamento? – perguntei apenas para confirmar minha loucura, apertando meu passo para alcançá-la e desfazendo-o quando cumpri o objetivo. 

– Sim, estou de carro, vamos de carro hoje. 

Soltei um "Ahh" daqueles que falamos quando entendemos algo e permaneci ao seu lado em silêncio, em breve chegando no estacionamento e admirando os diversos carros que ocupavam as inúmeras vagas. Carros de todos os tipos, me lembrei que tenho que parar de preguiça e comprar logo o meu, não posso ficar usando o do meu pai — ou o da minha mãe — para sempre. 

– Entra aí. – pediu ela quando apertou um botão no chaveiro e o carro foi destrancado.   

Seu automóvel era um X1 2016 prata, o qual me chamou muita atenção, pois não é um modelo muito barato, creio que deve ter ganhado de seus pais, já que só tem 21 anos e ainda cursa uma faculdade. Eu e ela temos a mesma idade, acho que eu sou um mês mais velho que ela. 

– Bonito carro. – elogiei com nós dois já dentro do veículo. 

– Obrigado.

– Por que não vem com ele todos os dias? – pergunto curioso. 

– Porque nunca se sabe o vai acontecer no caminho para casa. –  ela perdeu seus olhos na estrada, e eu perdi os meus nela. – Uma nova aventura, uma nova amizade... Um novo amor. 

– Você gosta mesmo de se aventurar, né?

– Não tem coisa que eu mais ame do que aventuras. 

Sorri com sua resposta, admirando cada traço perfeito de seu rosto emoldurado por seus pequenos cachos pretos e grossos. Iara é uma garota linda, não, linda não, estonteante, chego à ficar besta com tamanha beleza desta garota. 

Poucos minutos depois, eu já estava bem longe do centro de Seoul. Os prédios se transformaram em pequenas casas com jardins verdes e flores coloridas. O asfalto se transformou em granito e o número de lojas reduziu bastante, tanto que a maioria eram mais barraquinhas do que lojas. 

– Pode me dizer aonde está me levando agora? – perguntei já estranhando todo aquele afastamento. 

– O que temos aqui por perto? – mantinha os olhos na estrada. 

– Algum restaurante pouco conhecido mas muito bom? – negou. – Festival? – errei de novo. – Parque? – estava ficando sem opção, até que me lembrei de uma praia que ficava perto desta região, contudo, não acredito que ela vai me levar para a praia. – Praia? 

– Exato. 

Encarei a garota duvidando totalmente de sua afirmação, contudo, ela não parecia estar mentindo, então aceitei que ela é realmente uma louca e dei de ombros. Que se dane, minha vida está mesmo precisando de algumas loucuras. 

~♣~

Estamos há meia hora aqui e tudo que fizemos foi ficar na areia úmida e gelada, observando as poucas ondas agitadas irem e virem, molhando nossos pés agora descalçados. Não que eu esteja reclamando, apesar de frio, eu estou gostando bastante de passar esse tempo ao lado dela, eu preciso disso, passar um tempo longe de tudo e de todos, com uma única pessoa e em algum lugar aonde eu sei que não vão me procurar. 

Iara se levantou, então, dedusi que iríamos embora e me preparei para levantar e dizer tchau para aquela praia tão calma. Porém, parei de imediato quando percebi que a garota estava à tirar suas roupas, primeiro a jaqueta, depois o colar, os brincos...

– O que está fazendo? – perguntei tirando sua atenção da blusa e trazendo-a para mim. 


– Como assim? Estou tirando minhas roupas, você deveria fazer o mesmo. – respondeu como se fosse óbvio, dando de ombros e emfim jogando a peça no chão. 

– Por que? – mesmo já sabendo a resposta, queria confirmar mais uma vez que ela é realmente louca. 

– Vamos entrar, Oras. Você quer entrar de roupas? Tudo bem, não vejo problema nisso. — repetiu o gesto, desabotoando sua calça. – Continua sendo uma aventura. 

– Uma loucura. – corrigi levantando-me. 

– Loucuras também podem ser aventuras. – sorriu de canto. 

– Você é uma louca. – murmurei para mim mesmo. 

– Aventureira, Jimin, eu sou uma aventureira. – e mesmo com uma leve irritação na voz, ela permaneceu com o sorriso. 

Enquanto tirava as minhas roupas, observei seu corpo que um dia tanto sonhei em ver – suas tatuagens na verdade –, agora com uma lingerie preta que, mesmo não sendo ousada, ficava incrivelmente sexy nela. Seu corpo era uma incrível viagem de curvas, a pele escura que se destaca entre a palidez de Seoul me deixava ainda mais encantado, assim como o tamanho avantajado de suas áreas... Ricas — é impossível não notar seus seios, coxas e bunda. Eles não são enormes, porém, comparado ao "padrão" daqui, eles são consideravelmente grande. –. Todavia, o que eu mais me admirou foram suas tatuagens, não sei se todas têm um significado específico, mas não deixam de ser lindas. 

Iara era cheia de tatuagens, não chegava à pintar sua pele inteira, mas ela tinha tatuagens em lugares que eu não imaginava, tipo no calcanhar, que semrpe estara coberto por sapatos e calças agora estava deixando exposta sua linda flor de lis. A Sakura na coxa, os planetas com tiras de galáxias nas costas... Todas estavam deixando meus olhos presos ao seu corpo estonteantemente deslumbrante. Inclusive a cobra enrolada em uma rosa localizada na região de suas costelas que pegava parte do quadril, essa, de fato, foi a que me fez invejar completamente sua liberdade. 

– Iara, posso te fazer uma pergunta? – foquei meus olhos no zíper da calça para que ela não percebesse a atração exagerada que estava dando ao seu corpo. 

– Manda. – franzi o cenho, com a cabeça ainda abaixada. Ela me observava, então, notou minha confusão. – Pergunte. 

– Por que tantas tatuagens? Você não se arrepende de ter feito tantas? – essa pergunta matava-me todos os dia, desde que eu à conheci. 

– Não, não me arrependo. – respondeu a pergunta invasora primeiro. – Porque elas chamam atenção, e eu gosto delas, são como uma proteção. 

– Você gosta de atenção? 

– Depende. Elas me trazem a atenção que meu pai não pode dar. 

Meus dedos pararam na barra da camisa. Encarei a areia surpreso com tamanha sinceridade dessa garota, o que não é novidade, já que ela é como uma caixa de surpresas que não sabemos o que se pode sair de dentro. Olho-a afim de ver o que sua feição transmite e percebo que não era o único à encarar um elemento da natureza, já que Iara também estava à encarar o mar com seus olhos nublados por diversos pensamentos. Analisei sua frase novamente e juntei ela ao seu rosto, com os cachos balançando com o vento que nos congelava, porém, estávamos absortos demais para se quer estremecer. Ela estaria pensando em seu pai? 

Iara Andrade 

Janeiro 2009 – 18:30 p.m 

Uma praia qualquer

– Papai. – chamei-o pela segunda vez, sendo friamente ignorada. – Papai. 

Alguns minutos depois, ele finalmente se despediu da pessoa do outro lado da linha e jogou o telefone no sofá de couro ao seu lado, passando direto por mim e sentando-se em sua cadeira de estofado branco. Ligou o computador com o cenho franzido, um hábito que adotara depois de algumas semanas trabalhando naquela empresa. 

– Papai. – com certa dificuldade, sentei na alta cadeira que ficava de frente para sua mesa, aquela que as pessoas importantes sentam quando querem conversar com ele. 

– Fale, querida. 

– Eu tirei 10,00 em todas as provas, exceto na de ciências, que eu tirei 09,75. – assustei-me com o soco forte que ele deu na mesa, mas o homem de cabelos negros nem sequer prestou atenção. Provavelmente também não escutara o que eu dissera das provas. – E o meu trabalho foi o melhor da turma, veja, até ganhei uma medalha. 

Ergui a peça de ouro barato, rezando para que, dessa vez, ele tirasse os olhos da tela grande do computador e me olhasse. Porém, ele não o fez, já estava cansada de melhorar sempre, de dar tudo de mim para ser trocada por agências e folhas. Eu só queria um pouco de atenção, nem que seus olhos focassem em mim por míseros segundos, eu só queria um sorriso sincero. 

– Parabéns, filha, continue assim. – sua voz estava mais distante do que meus avós, e olha que eles estão do outro lado do mundo. 

Eu ainda não me acostumei com essa indiferença, eu sempre estou melhorando, sempre me desgastando para tentar chamar a atenção dos dois, porém eles nunca me dão completamente. Para uma criança que estava indo para os seus 14 anos, eu já me revirei muitas vezes para ganhar prêmios que devem ser conquistados sem que a criança perceba que o mereceu. 

Acho que eu nunca vou ter a pouca atenção que quero. 

Park Jimin 

Janeiro 2017 – 18:23 p.m 

Uma praia qualquer

Ela permaneceu ali, com o olhar perdido nas ondas e os cachos se balançando com o vento gelado. Estava tão linda daquele jeito, distante. Seus lábios entreabertos, os olhos nem se quer piscavam, o corpo totalmente virado para mim, mas o rosto em direção do mar. 

Seu semblante não mostrava-me seus verdadeiro pensamentos, mas deduzi que seriam lembranças de uma outra época, talvez uma época ruim, já que não esboçava nenhum sorriso. 

– Ei, Iara. – estalei meu polegar e meu indicador em frente ao seu rosto, fazendo-a balançar a cabeça e focar em mim. – Vamos entrar? 

– Ah, vamos. – sorriu de canto, olhando-me de cima abaixo sem nem um pingo de vergonha. Senti meu corpo queimar por inteiro, porém, me controlei para não parecer um adolescente desesperado. Contudo, ao mostrar seu sorriso safado, eu não pude evitar de respirar pesado. – Cueca box preta da Calvin Klein, gostei. Você é gostoso, Park Jimin, gostoso e bonito. 

– O-obrigado. – desviei meus olhar para o chão, sentindo meu rosto queimar por inteiro e minhas pernas fraquejarem. Ela é tão direta. – Você também é muito... Linda. 

– Eu sou maravilhosa, eu sei. – gargalhou, arrancando um riso abafado de mim. – Vamos.

Dei um passo à frente, mas parei quando ela segurou minha mão. Eu sei, já tivemos toques mais íntimo que esse, como aquele selar na faculdade, porém, meu corpo automaticamente reage ao seu corpo sem eu nem mesmo esperar. Como se fosse a primeira vez. Meu coração palpita, algumas gotas de suor frio escorrem pela minha testa e meu corpo inteiro se estremece sem que ela perceba. É um sentimento bom, no entanto, novo para mim. 

Começamos à andar quando percebi que ela me encarava com o cenho franzido, então, logo nossos dedos tocaram a água congelante do mar e eu já queria dar meia volta, vestir minhas roupas e entrar em um lugar quente. Ela também parecia estar com frio, pois tremeu-se por inteiro, no entanto, estava decidida à ir até o fim. 

– Esquenta quando mergulhamos. – avisou com a voz vacilante pelo inevitável frio sentia. 

A água já passava de nossos joelhos e, mesmo já me sentindo um iceberg ambulante, eu estava gostando daquilo porque estava sozinho com ela. A única parte que estava quente em meu corpo inteiro era a mão que Iara segurava, incrível como ela consegue ser tão quente mesmo nesse Pólo Norte líquido. 

– Juntos? – indagou olhando-me, porém, eu não entendi a pergunta, então ela refez. – Vamos mergulhar juntos, ou você quer esperar mais um pouco? 

– Juntos. – não hesitei em responder. 

Iara sorriu alegre e, quando eu menos esperava, já me encontrava debaixo d'agua com os olhos fechados. Mesmo sem poder vê-la, eu sabia que a brasileira estava ali, pois eu sentia seus dedos entrelaçados nos meus e seu corpo se mexendo enquanto tentava nadar me segurando. 

O frio passou totalmente, eu já conseguia me sentir como se estivesse em uma piscina aquecida. Quando voltamos para a superfície, juntos, pisquei algumas vezes antes de abrir os olhos e tive o privilégio de ver uma Iara com a cabeça tombada para trás e os olhos ainda fechados. Seu cabelo, agora encharcado, estava totalmente para trás por causa do impulso que teve para voltar a superfície, seu rosto não estava sujo de maquiagem, creio que ela usa tudo à prova d'agua para ocasiões como esta; os lábios avermelhados já não tremiam mais, estavam entreabertos, recheados como um bolo de prestígio e chamando minha atenção. 

– Quer me beijar, Park Jimin? – sua voz me fez sobressaltar mesmo na água. – Não um selinho, e sim um beijo de verdade. 

Ela abriu os olhos e endiretou a cabeça, olhando-me desafiadora, porém, não era só isso, olhava-me como se realmente estivesse almejando me beijar. Seus lábios se curvaram em um sorriso sacana, e eu, sem respostas, apenas encarei aquelas maravilhosas.

Se Iara não for a oitava maravilha do mundo, com certeza é a primeira. 

– Vai, Park, responda. – pediu em um tom gentil. – Você precisa se arriscar mais.

Soltei o ar que nem sabia que estava preso.

– Te beijar, seria uma aventura? – perguntei olhando-a nós olhos. 

– Você quer que seja uma aventura? – respondeu-me com outra pergunta. 

– Quero. – me assustei com tal confiança vinda de mim. 

– Então, será, assim como o seu beijo será uma incrível aventura para mim. – tão direta. – A questão real é: você vai aceitar viver as aventuras que vêm depois dele? 

– Aceito. – respondi firme, decidido e confiante. 

Foi como em um filme, nos aproximamos lentamente um do outro, ela passou os braços ao redor de meu pescoço e eu timidamente passei os meus ao redor de sua cintura. Sua boca roçou na minha, mas ela não me beijou, ao invés disso, passou a língua entre nossos lábios e umedeceu aquilo que já estava molhado. 

Seus lábios eram marcantes, saborosos e intrigantes, faziam-me querer saber o que vinha depois, o que aconteceria caso eu os mordesse, o que aconteceria caso eu raspasse minha língua entre eles. Seu beijo tinha gosto de... Aventuras, oh sim, seu beijo tinha um gosto incrivelmente doce de aventuras, mas também um sabor salgado do perigo, ou talvez seja pelos vestígios da água do mar, não sei ao certo. Só sei que, quando tomei coragem e enfiei minha língua em sua boca, eu me estremeci e ela me acompanhou, deixando-me incrivelmente satisfeito com o efeito que tenho sobre ela. Senti uma ardência em meu lábio inferior, então entendi que recebera uma mordida da mesma. Sorri de canto, vingando-me chupando seus lábios para deixá-los inchados e vermelhos, assim como os meus provavelmente já estavam. 

Quando separamos o beijo, eu automaticamente soltei um ruído de protestos, mesmo tendo noção que também precisava respirar. Ela riu baixo com tal ato e senti sua testa encostar na minha, permitindo-me sorrir pela centésima vez naquele dia. 


Notas Finais


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Em andamento ~♦~

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Gostaram, amoras? A fic do Jay e do 24K está vindo💕

Vou tentar atualizar DDAV amanhã💕


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