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História O "Damo" e A "Vagabunda" - Preconceito Racial


Escrita por: Dii_Kook

Notas do Autor


Espero que gostem. FELIZ ANO NOVOOOOOOO💕💕

Capítulo 7 - Preconceito Racial


Fanfic / Fanfiction O "Damo" e A "Vagabunda" - Preconceito Racial

Iara Andrade

Fevereiro 2017 — 13:10 PM

Cachoeira

Assim que saímos de trás da cachoeira, assobiei para nossos amigos que olharam na direção do som, acenando em seguida. 

– Já voltou a sensação? – Jimin perguntou em um sussurro, enquanto andávamos na direção do quarteto. 

– Mais ou menos, só me deixa sentada naquela pedra – apontei para uma grande pedra que estava perto de minhas amigas. – que eu fico lá até voltar. 

– Tudo bem. 

O Park me levou até a pedra indicada e se virou de costas para ela, me ajudando a subir na superfície dura e escorregadia, mas que serviria de assento por um tempinho. Não demorou muito para as garotas se aproximarem de mim com olhares bastante sugestivos, os quais retribui com um sorriso malicioso. 

– E aí, foi bom? – indagou Nara, sem discrição alguma. 

– Vocês ficaram muito tempo lá, se disser que foi ruim, eu te bato. – ameaçou falsamente Yoona.

Mirei a face da nova integrante no grupo e me perguntei como ela percebeu tão rápido o que estava acontecendo. Deduzi que ela de preocupou com o nosso sumiço e foi perguntar para Nara sobre o nosso paradeiro, que com certeza deu alguma resposta muito "sútil". 

– Foi ótimo. – sorri de canto. – A melhor transa da minha vida.

– Caralho, então ele deve ser muito bom. – Nara brincou e, ao invés de repreendê-la, ri junto dela e de Yoona. 

– Mas por que você está aí e não na água? Não me diga que você... – ela arregalou os olhos assim que assenti. 

– Exatamente, não sinto minhas pernas, não totalmente. 

– Puta que pariu, Iara. – Nara xingou e todas nós caímos na risada, o que chamou a atenção dos meninos, mas eles deram de ombros e voltaram para as brincadeiras nada delicadas.

Alguns minutos depois, eu já sentia minhas pernas e levantei-me da pedra, jogando-me na água e mergulhando meu corpo inteiro, sem deixar nenhum fio de cabelo para fora. Assim que voltei para a superfície escutei o estrondoso, porém agradável, barulho da cachoeira. Acho que saltar de lá de cima seria algo muito agradável. 

Park Jimin

Fevereiro 2017 – 13:20 PM

Cachoeira

Estava distraído conversando com os meninos sobre games quando ouvimos a voz de Iara chamar por nós, então, olhamos em sua direção e encontramos minha namorada na água e olhando fixo para um lugar em sua frente. 

– O que acham? – mirou cada um de nós e depois voltou a olhar para o lugar de antes, o qual era a cachoeira. 

– O que? – indagou Yoona, de cenho franzido. 

– Vamos pular? 

– De lá de cima? Você está louca!

– Talvez eu esteja. – ela sorriu e deu de ombros. – Mas a loucura também pode ser una aventura. 

A morena falou outra de suas frases de efeito e começou a sair da água. Mesmo hesitante, eu comecei a segui-la, depois um por um foi fazendo o mesmo. A escalada até lá encima não seria nada fácil, mas Iara parecia já estar acostumada com aquilo pela velocidade impressionante que suas pernas e mãos se moviam naquelas pedras. Eu tentava seguir ela no mesmo ritmo, mas era impossível para alguém que estava fazendo isso pela primeira vez, então me contentei em ser o mais rápido depois dela. 

Quando chegamos ao topo, fizemos uma pequena roda que não se fechava, logo a nossa frente estava a beira da cachoeira, a qual parecia ainda mais assustadora vista de cima. A água corrente batia com força em nossos calcanhares e aquilo só aumentava o medo de cada um alí, exceto Iara, óbvio. 

– Eu vou primeiro. – ela se afastou ainda mais, fazendo com que o quase círculo virasse fileiras ao seu lado. 

Sabe aquela respirada para tomar coragem? Então, Iara não fez isso, a morena apenas correu até a beira e se jogou de lá sem pensar duas vezes, sem dar aquela pequena freada para depois pular. Ela simplesmente correu, sorriu e pulou, como se fazer aquilo fosse parte de sua rotina. 

Fui atrás dela em passos fracos, pois minha mente teimava em pensar o pior e tudo isso só piorou quando não vi nem sinal de Iara na água. Todavia, não passou de um susto, pois logo a garota apareceu como nos filmes de sereia, jogando seus cabelos para trás, que agora estavam com os cachos menos volumosos. Ela olhou-me e sorriu, então, retribui o sorriso e me afastei da beirada. 

– Você vai, Yoona? – Nara perguntou e voltamos nossa atenção para as meninas. 

– Se você for, eu vou. 

– Vamos juntas?

– Vamos? 

A cena me fez soltar um pequeno riso nasalado, pois me lembrou que isso é muito comum no mundo infantil e adolescente, o famoso "só vou se você for". 

As duas se afastaram de nós e ficaram um pouco mais próximas que Iara da beirada. Olharam-se e deram as mãos com força, o que mostrava que estavam com receio de fazer isso. Depois de uns dois segundos, ou três, elas correram de olhos fechados, pularam e gritaram com toda força que tinham no pulmão. A cena me fez cair na gargalhada junto com os garotos, mas paramos assim que percebemos que agora seria a nossa vez. 

– Quem vai primeiro? – indagou Taehyung com a voz estranha... Medo. Ele nunca gostou muito de lugares altos. 

– Eu. 

Jeongguk se afastou de nós, indo no mesmo local que as garotas foram, de fato ele já estava acostumado com essas aventuras da Iara. Tentou não transparecer medo, mas eu vi em seus olhos o receio quando ele finalmente pulou, seguido de Taehyung e depois eu, que quase desisti bem na beirada, mas me joguei de uma vez para não ser o do contra. Admito que, pular de uma cachoeira é muito mais legal do que parece nos filmes, é uma mistura de adrenalina e diversão, que nos dá um frio gostoso no estômago. 

– Iara, você tem as melhores idéias. – elogiou Nara, arrumando o cabelo molhado para trás com uma das mãos. 

– Realmente, foi muito boa. – concordei e sacudi a cabeça, jogando meu cabelo para trás em seguida. Iara, que me observava, mordeu o lábio de um jeito completamente sexy, que me fez sorrir de canto. 

– Ei, gente, daqui a pouco vai escurecer, não deveríamos ir? – Taehyung avisou.

O sol já estava se pondo, então, o melhor seria recolher as coisas e ir embora. Fomos saindo da água em fila indiana, as meninas colocaram blusões por cima dos biquínis molhados e os garotos uma camiseta, já que todos, inclusive eu, estávamos de bermuda. Ficamos preocupados com o carro da brasileira, mas ela disse que não teria problema algum entrar com as roupas molhadas. 

Já prontos, pegamos a trilha para voltar. 

Yoona

Fevereiro 2017 — 18:37 PM

Trilha da cachoeira

Admito que foi muito difícil deixar aquele lugar de águas fundas e cristalina, mas irei voltar, com toda certeza. Como estava cansada, voltar para o local onde o carro estava parecia muito mais difícil que a ida, além de eu quase cair várias vezes pelo caminho...

Até cair de verdade. 

Não sei como consegui fazer essa proeza, mas na última pedra do riacho, pisei em um galho seco que espetou meu pé sem cortá-lo, mas o susto foi o suficiente para me fazer cair e torcer o tornozelo. A dor aguda me atingiu e eu gemi alto o suficiente para todos ouvirem e se virarem, assim correndo até mim e fazendo uma roda a minha volta. 

– O que aconteceu? – perguntou Iara, se agachando ao meu lado. 

– Ela deve ter torcido o tornozelo. – respondeu Jungkook, também se agachando e me olhando. – Foi isso?

Comprimi meus lábios e assenti. Ele aproximou sua mão do local e tocou de leve, mas eu ainda estava sensível e a dor aumentou, o que me dez gemer e ele afastar a mão. 

– Ela não vai conseguir andar assim. – ouvi a voz de Nara, todavia, não olhei para ela, estava ocupada apertando os olhos com força. 

– Eu carrego ela. 

Abri meus luzeiros assim que ouvi Jeongguk dizer isso e mirei sua face, que sorria tranquilo, ele ficava ainda mais angelical daquela forma. Seu lábios eram muito bem desenhados e seus dentinhos para frente o deixavam muito fofo, me dando vontade de apertar. 

A dor era suportável, mas forte o bastante para me imobilizar, então, eu não recusei a ajuda. O moreno pegou-me nos braços no estilo noiva, com cuidado para evitar danos maiores. Eu tentei esconder meu sorriso, mas foi impossível quando ele olhou-me com aquelas orbes hipnotizantes e sorriu encantador, acho que estou ficando cada vez mais apaixonada por ele. 

Jeongguk é o tipo de garoto que eu sempre sonhei em namorar, é o tipo que meus pais odiariam. Suas tatuagens visíveis mostram sua independência, se estivessem opacas e sem cor, iriam mostrar que ele é desleixado, provavelmente fez por fazer é acabou se "esquecendo". Mas as cores delas são vibrantes, o contorno é complemente brilhante, ou seja, ele sempre está reforçando elas. Parecem até novas. 

Escutei alguns murmúrios atrás de mim e ruborizei, não era difícil imaginar o que estavam falando depois daquela cena toda — romântica ao meu ver —. Jeon pareceu também perceber e sorriu de lado, o que me fez queimar ainda mais. 

Park Jimin

Fevereiro 2017 — 20:24 PM

Minha casa

– Vou pegar minhas coisas e volto já! – avisei para Iara e saí de seu carro, correndo até a minha porta e adentrando na residência com o coração a mil e a adrenalina já se fazendo presente. Nunca fiz nada parecido, nunca me permitirão fazer algo parecido. 

Assim que deixamos todos em seus lugares, Iara sugeriu que a gente poderia acampar naquela cachoeira, eu fiquei hesitante em aceitar, mas no fim cedi para aqueles olhinhos escuros, no fim eu sabia que ela iria mesmo sem mim. Todavia, não estávamos com os equipamentos adequados, então ela teve que me trazer até aqui, na minha casa, para eu pegar as coisas necessárias e depois iríamos para a sua, para pegar seus equipamentos de campo. 

– Filho, você voltou! – ouvi a voz estridente de minha mãe e parei de supetão antes de conseguir pisar no primeiro degrau daquela escada. 

– Achamos que não voltaria mais. – a voz de meu pai também se fez presente, com certa arrogância.

Respirei fundo e me preparei mentalmente para o combate que estava prestes a vir, então, me virei devagar e olhei para os dois com tédio. 

– Na verdade, eu ainda não voltei, irei passar a noite fora. Eu e Iara vamos acampar perto da cachoeira. – completei antes que eles perguntassem.

– O que?! Não! Não mesmo! – mamãe bradou com a voz aguda e descruzou os braços, jogando um de cada lado de seu corpo. – Você não vai passar a noite com aquela...

– Aquela o que?! – gritei, o que fez ela se assustar. Eu não me permitiria, em nenhum momento que ela xingasse Iara sem ao menos conhecê-la. 

– Querida, acalmasse... – papai, que tinha um pouco mais de bom senso, tentou, mas mamãe estava irada demais para escutar.

– Aquela brasileira oferecida! – completou. 

– Oferecida?! Você nem conhece ela! Nem sabe como nos aproximamos! Eu fui atrás dela, não ao contrario! – bati o dedo indicador em meu peito várias vezes.

– Não acredito nisso... – lamuriou, levando a mão até o peito como se tivesse acabado de receber uma notícia terrível. – Você foi atrás de uma negra?! 

Aquele foi o estopim. Eu aguentei muitas coisas, andei na linha todos esses anos e convivi com todos os seus preconceitos durante muito tempo, tentando ao máximo não estourar e jogar algumas verdades em sua cara... Mas racismo? Isso foi a gota d'água.

– Primeiro: As cores não mudam o caráter, dignidade ou coração de uma pessoa! No fim somos todos Iguais. – cuspi as palavras, com meu sangue fervendo em todo meu corpo e as veias saltando conforme eu apertava meus punhos. – Segundo: Ninguém é melhor que ninguém, somos todos as mesmas merdas e, no fim, vamos parar embaixo da terra ou em cinzas. Eu amo aquela mulher – parei de numerar. – e nada vai mudar isso, muito menos o seu preconceito idiota! Para com isso, chega de ser desse jeito! Para de julgar as pessoas pela cor ou pelo corpo, ninguém é melhor que ninguém nessa sociedade hipócrita do caralho! 

Mamãe parecia cada vez mais espantada, pois nunca me ouvira falar tantos palavrões de uma vez só, na real, eu acho que ela nunca me viu usar essas palavras. 

– Eu não aguento mais isso! — confessei. – Eu te amo, mãe, realmente amo você demais, amo tanto que perdoei esses seus preconceitos por todos esses anos, mas racismo? Me desculpa, eu tenho nojo disso, tenho nojo de qualquer tipo de preconceito, mas esse em especial! 

– Então você tem nojo de mim?! – ela esbravejou com a voz esganiçada e olhar incrédulo. 

– Tenho nojo do seu jeito de pensar, não de você. Quando você vai perceber que não vivemos no passado? Somos todos iguais, as pessoas como você irão sofrer e ser extintas em breve, porque a cada dia mais pessoas aceitam umas as outras do jeito que são e que se dane o resto. – soltei o ar, exausto, nunca achei que chegaria àquele ponto. – Somos humanos, mãe, por dentro somos todos iguais, independente da cor, sexualidade, nacionalidade, qualquer coisa... E nada vai mudar isso, nada. O mundo vai ser bem melhor quando todos nós nos aceitarmos, sem exceção. 

Meus genitores ficaram sem palavras, ainda mais mamãe, que estava tão paralisada que nem parecia respirar. Orgulhoso com o resultado, subi para meu quarto sem mais, desapontado por ter de chegar naquele ponto. Quando entrei o local espaçoso, peguei uma mochila e coloquei nela tudo que precisava o mais rápido possível, pois queria sair daquela casa e esquecer aquele ocorrido que aconteceu na beira daquela escada.

Depois de pronto, desci novamente para a sala e encontrei meus pais sentados no sofá, átonos a tudo, com os olhos focados no chão amadeirado e as mãos juntas. Pareciam apreensivos e decepcionados, só não sei se era comigo ou com eles mesmos, mas vê-los daquele jeito me machucou, porém eu não me arrependeria de nada. Aquilo já estava me sufocando.

– Acho que eu volto amanhã à tarde, tchau. – e antes de sair da sala, eu parei. – Amo vocês. 

Sem mais, voltei a andar pelo corredor até alcançar a porta da saída, a qual abri sem hesitar. Cruzei a saída e vi o carro de Iara no mesmo lugar que estava quando chegamos aqui, suspirei novamente e fui até ela, entrando no banco do passageiro e jogando a mochila no banco de trás. Voltei para frente e pendi minha cabeça para trás, sentindo ela pesar de nervoso, de fato, discutir com os pais é algo que me afeta muito. 

– Ei, tudo bem? – ouvir a doce voz de Iara amenizou aquele sentimento ruim, então abri meus olhos e lhe lancei um sorriso calmo.

– Estou sim. 

Pergunto-me se ela conseguiu ouvir a discussão, provavelmente sim, pois tanto eu quanto minha mãe gritamos bastante. Todavia, não estava afim de lembrar de tudo, agora eu só queria esquecer e curtir aquela noite fresca. Acho que ela percebeu isso, pois mesmo não parecendo acreditar em mim, não me questionou e sorriu.

Não sei como, mas o ar independente de Iara sempre fica mais forte quando ela está no volante. E com essa independência toda, que ela arrancou com o carro e seguiu rumo a sua casa, para em seguida irmos de volta na cachoeira. 


Notas Finais


Gente, esse que confusão! Quantos problemas esse casalsinho terá que enfrentar?
Aliás, quantos problemas ESSES casais terão que enfrentar?

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Em andamento ~♦~

Imagine Jungkook: https://spiritfanfics.com/historia/deixar-de-amar-voce--imagine-jeon-jungkook-6608818

Imagine: Kim NAMJOON:  https://spiritfanfics.com/historia/um-amor-do-mar-imagine-kim-namjoon-6775263

Imagine WonHo: https://spiritfanfics.com/historia/i-hate-you-i-love-you-6640701

Fanfic Jimin: https://spiritfanfics.com/historia/o-damo-e-a-vagabunda-6776492

Fanfic Kim SeokJin: https://spiritfanfics.com/historia/quebrando-o-tabu-6852583

Fanfic Jay Park: https://spiritfanfics.com/historia/oa-iguais-tambem-se-atraem-6852989


Terminadas — em edição — ~♠~

Imagine Kim Taehyung: https://spiritfanfics.com/historia/amor-da-primavera--imagine-kim-taehyung-6193228

Imagine Jimin/Jungkook — Jikook —: https://spiritfanfics.com/historia/um-ano-com-ela--jikook-5635704

Imagine Jimin: https://spiritfanfics.com/historia/tristeza-e-felicidade--imagine-park-jimin-5876954

Imagine Min Yoongi: https://spiritfanfics.com/historia/a-dominadora--imagine-min-yoongi-6293780


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