História O Desejo do Tigre - Seu Objeto

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     Aquele tigre me olhava sério, ou confuso. Tentei acariciar sua cabeça mais ele se afastou de mim, Relutante. Não insisti.

–Você não precisa ter medo de mim, não farei mal algum a você - levantei e peguei minha bolsa que estava caída no chão - Tenho certeza que não era você, devo ter me enganado.

    Por algum motivo não tinha medo dele. Ele não rugia, nem tentava me atacar, estava apenas deitado com uma imensa cara de preguiça. Dei um sorriso bobo. Peguei uma fruta de dentro da minha bolsa e ofereci para ele, que ignorou o meu gesto.

–Está bem, não irei insistir - dei uma mordida na maçã e me escorei na árvore.

    Levantei decidida a voltar para o Castelo, já que não achava nada. Certamente não era esse tigre que Lokesh queira. Oque ele faria com um tigre? Empalhar e deixar na sua parede? Se fosse para isso não teria me mandado aqui.

    Continuei minha viagem que levou três dias, o tigre negro não me seguiu isso foi até bom, pois ele poderia me devorar. Quem vai saber.

    Pensei em muitas coisas durante essa viagem. O meu amor platônico pelo meu mestre, e o sentimento que eu nutria por ele. Não era um amor recíproco, mas não era para ser, eu sabia que um dia seria recompensado, ou até mesmo já estava sendo, apenas pelo fato de ainda permanecer viva. Lokesh nunca me olhou como eu olho para ele, ele me olha com um desejo carnal e material, mais eu o olho com sentimentos. Parece até mesmo loucura.

    Já estava esgotada de andar, e certamente desidratada. Minhas pálpebras queiram fechar, mais não iria descansar ate estar de volta a casa. Já avistava o Castelo de Lokesh, e os guardas que protegiam a entrada do mesmo. Estava feliz por vê-los novamente. Cambaleei, uma fraqueza me percorreu. Eles perceberam a minha presença e saíram de seu posto para me ajudar. Três deles pararam ao meu lado e um dos oficiais disse ao outro que chamasse pelo meu senhor. Ele saiu em passos largos e os outros me ajudaram a me equilibrar.

–Arushi, Meu senhor já estava reunindo um grupo para ir atrás de você.

–Bom - um sorriso débil me escapou, e só pensei em uma coisa.

    Ele estava preocupado comigo. Queira saber como estava! Ele se importa. Eram as únicas coisas que pensava.

    Quando entramos no Castelo, os guardas me jogaram no tapete e me ofereceram água. Ouvi uma porta bater violentamente e aquele homem maravilhoso entraram no meu campo de visão.

    Lokesh estava com um sorriso malicioso e perverso nos lábios, e sua capa vermelha arrastava pelo chão. Sua blusa típica preta estava desabotoada até a metade, mostrando o seu peitoral malhado. Suas botas batiam no chão com pressa e estalando um barulho assustador. Ele chegou próximo a mim e segurou o meu pulso com força, ainda sorrindo.

 –Você o encontrou? - ele perguntou direto

–Não meu senhor

    Um ardor se formou no meu rosto e meu corpo foi lançado na direção do chão com agressividade. Fiquei deitada de bruços e passando a mão no local onde ele me deferiu um tapa no meu rosto.

–EU ACHO QUE FUI MUITO CLARO QUANDO DISSE QUE ERA PARA VOLTAR APENAS QUANDO O ENCONTRASSE!- ele me puxou novamente e deu outro tapa no meu rosto, este mais forte que o outro - Oque fez este tempo todo? Achou algum rastro pelo menos?

–Nada – Me segurei para não derramar uma lagrima e ele me visse como fraca. Lokesh passava as mãos frustrado pelo rosto - mais eu encontrei um animal, o sinal que sentia apontava para ele, não sabia oque era, estava muito preciso.

–Sua vagabunda era exatamente isso que você procurava!- ele agarrou o meu pescoço e começou a me sufocar - Era para você trazer o animal para mim!

 –Não... Conseguiria... Traze-lo comigo... Meu senhor - tentava falar, mais estava difícil. Lokesh Me soltou e me jogou na direção do chão novamente.

 –Pensasse nisso depois - ele saiu na direção da porta mais parou bruscamente - ficará sem comer nem beber por três dias como castigo. Para aprender a me obedecer- ele olhou cruelmente para mim - tem sorte por não Mata-la agora Mesmo. Só está viva porque ainda é útil para mim.  

   Lokesh cuspiu as palavras e saiu de dentro do salão.

    Os guardas me levaram para uma cela, semelhante a que ele deixava os que os desrespeitavam, e ali permaneci. Minha tortura acabou comigo e durante esses três dias, estava fraca, desidratada, e certamente com alguma doença causada pela imundice daquele local. Não conseguia nem mesmo me manter em pé. Meus ossos doíam, e minha barriga roncava de fome. Com certeza havia emagrecido alguns quilos.

Quando o sol saiu no terceiro dia, recebi a visita de Lokesh, ele estava entusiasmado. E me acompanhou ate o meu quarto, onde havia porções e porções de comida. Ele disse que era tudo para mim e que aproveitasse e comece ate não aguentar mais. Logo depois ele pediu para uma enfermeira verificar a minha saúde e ele permaneceu o dia inteiro dentro do meu quarto, mais não falava absolutamente nada, apenas olhava para mim e de vez em quando escapava um sorriso de seu rosto, mesmo que muitas vezes fosse coberto por um pouco de malicia.

Pediu que preparasse um bom banho quente para mim, e este eu aproveitei como nunca. Tinha total certeza que havia retirado anos de sujeira do meu corpo ali, e quando sai meus dedos estavam muito enrugados. Uma empregada que nunca gostou de mim apareceu no meu quarto e arrumou os meus cabelos, e podia ver que sempre que lhe surgia uma oportunidade ela tentava me machucar. Mais quando me irritei com sua ousadia, apertei seu pescoço ate esta cair desmaiada no chão. Deixei que eu mesma terminasse de arrumar o meu cabelo.

Vesti um Salwar Kameez preto com detalhes pratas nas mangas na calça era vinho e lisa. Coloquei um dos brincos que sempre uso estava pronta.

Na verdade não sabia o real motivo para Lokesh querer que eu me arrumasse especialmente hoje, mais tinha muitas suspeitas. Há uns anos quando virei sua ajudante em experimentos e testes, ele vem confiando muito em mim na questão dos negócios e fazendo questão de que comparecesse em reuniões ao seu lado para lhe auxiliar. Mais é claro, se algo desse errado por minha culpa iria sofrer castigos severos.

Entrei em sua sala e ele estava em pé na frente da janela observando o jardim, coisa que fazia com muita frequência. Aproximei-me dele e coloquei uma das mãos no seu ombro direito, ele me olhou pelo canto do olho e deu um sorriso malicioso. E logo voltou sua atenção para o jardim. Corei. Mesmo que me reparou por míseros segundos estava feliz por ter me notado. Coloquei as mãos atrás das costas e observei o jardim com ele. Logo senti braços em volta da minha cintura.

–Já esta recuperada?- ele perguntou enquanto acariciava as minhas costas distraído. Suspirei e apreciei por um momento seu toque – Eu pergun...

–Estou sim meu senhor, me sinto ótima e boa o suficiente – o interrompeu mais ele não prestou tanta atenção na minha audácia em cortá-lo – Eu queria lhe perguntar uma coisa – ele se virou ficando de frente para mim e cruzou os braços sobre o peito.

–Pergunte – ele me olhava serio.

–Este animal que pediu para procurar, quando o encontrei estava assustada – ele concordou - mais ele não tentou me atacar nem nada, achei curioso isso ter acontecido.

–Certamente – ele concordou. Parte de min dizia para parar ali e não abusar de sua paciência, mais parte de min gostaria de aprofundar essa conversa.

–Eu gostaria de saber o porquê pediu para que o achasse se sabias que não daria conta de trazer o animal.

–Eu queria saber mais se ele ainda estaria vivo – ele disse não dando muita importância para mim – você voltará com um grupo para captura-lo mais tarde. Mais antes preciso da sua companhia

Meu coração se alegrou por um momento. Ele precisava de mim. Da minha companhia! Estava feliz e deixei escapar um sorriso bobo do rosto, certamente ele notou mais ignorou como sempre.

–O senhor precisa da companhia de Arushi?

 Perguntei boba, Lokesh sorriu maliciosamente e se aproximou de mim, descruzando os braços e segurando-me pelos pulsos.

–Há coisas que meus militares não podem fazer por mim – ele prensou-me contra a parede e olhou nos meus olhos.

–Meu senhor... - ele me olhou interrogativo – Sou sua

Um sorriso cheio de malicia surgiu em seu rosto. Lokesh encostou seu corpo contra o meu e beijou o meu pescoço. Mordendo e chupando, deixando serias marcas vermelhas que eu tinha certeza que futuramente iriam ficar graves hematomas. Ele agarrou o meu pescoço e me levantou ate a altura de seu rosto, ele sendo muito mais alto que eu era difícil. Selou nossos lábios com um beijo ardente e doloroso. Ele mordeu inúmeras vezes os meus lábios e suspirava enquanto passava sua mão livre pela região da minha cintura.

Logo ele subiu a mão por dentro do meu vestido e agarrou minhas pernas, me levando para cima de sua mesa, jogando todos os documentos e objetos para o chão e quebrando grande parte deles. Lokesh retirou sua camisa preta, que estava a pouco e, como estava sem sua capa, foi ate mais fácil. Suas calças de cintura alta estavam mais volumosas pela sua excitação. Ele puxou mais para perto da ponta da mesa e retirou a minha calça primeiro. Jogou ela em algum lugar e junto minha peça intima. Antes que pudesse retirar meu vestido, ele o rasgou e jogou o pedaço de pano no chão. Deixando assim totalmente exposta.

Ele abaixou suas calças e subiu em cima de mim na mesa, deitando-se por sobre mim e começando a me penetrar violentamente. Retirando gemidos vindos de mim

Já estávamos nisso a um bom tempo quando ele saiu exausto de dentro de mim. Minhas pernas estavam bambas e eu respirava ofegante. Ele deu de ombros e vestiu suas calças. Fiquei em pé por trás dele o abracei com muito amor. Lokesh não retribuiu indiferente, e sussurrou para apenas eu ouvir:

–Lhe dei oque queria?- perguntou

–Sim!- sorri e beijei suas costas.

–Agora, se vista. Vou aguardar você na sala de experimentos. Não ouse demorar – ele apertou o meu rosto com uma das mãos e deu um sorriso diabólico. Plantou um beijo na minha testa e saiu da sala vestindo sua blusa preta.

Passados um mês desde que voltara. Lokesh me ensinou mais um feitiço, esse era uma base curativa, ele me ensinou a fazer com uma folha e agua, mais ele fazia o dele com seus poderes. Continuávamos a passar algumas noites juntas, e muitas das vezes ele me batia muito. Sabia que esse era o principal motivo por ter-me ensinado esse feitiço curador.

Houve uma festa no castelo, ele havia reunido diversos reinos e compartilhado diversos presentes. Apresentou-me a todos os homens de negócios e pediu para que lhes instruísse sobre os benefícios de negociar com o seu reino. Quando muitos dos convidados já estavam embriagados, Lokesh pediu para que trouxesse vinho para ele, e como sempre, para que não demorasse.

Quando estava voltando para o seu trono onde estava sentado, um rapaz bonito me desviou para mais afastado, e por mais que tentasse me soltar ele me segurava.

–Me diga – ele passou a mão pelo rosto- minha querida, oque acha em juntar o nosso reino? Tenho certeza de que o rei lhe daria um ótimo dote, ele a acha tão valiosa – O homem me avaliava com os olhos e sorria maliciosamente. Sentia-me violada, suja, deferi um tapa em sua face.

–Não estou à venda – tentei me desvencilhar dele – Me largue!

Sai o mais rápido possível de perto dele e finalmente cheguei perto de Lokesh que me olhava impaciente.

–Porque demorou?

 Ele arrancou a garrafa de minhas mãos e continuou sua conversa com um dos reis. Fiquei parada atrás dele e esperei sua conversa acabar para contar-lhe oque aconteceu. Por sorte ele ignorava tudo oque lhe falavam então logo se voltou para mim.

–Oque você quer?- perguntou serio

–Um rapaz estava querendo negociar casamento com você – ele criou uma expressão de fúria- mais eu o neguei senhor, disse que não estava a venda.

–Muito bem, não quero que se case com ninguém. Você tem que servira mim e não a outro homem nojento como esses aqui presentes - assenti com um sorriso débil no rosto – queria dizer que, amanhã você ira partir com o grupo a procura do tigre. E espero que o encontre novamente.

–eu também- dei um sorriso ele ignorou completamente

–A festa já esta a acabar, oque acha de nos retirarmos?- assenti e ele levantou me segurando pelo antebraço fazendo o acompanhar ate os seus aposentos.

No outro dia pela manhã, o grupo já estava reunido. Lokesh me apresentou a eles e disse que eram caçadores muito bons, os melhores de todo o País. Ele me garantiu que nem um tentaria nada comigo e estava feliz por isso. Alertou-me também que se voltasse sem o tigre, ele iria fazer muito pior do que da ultima vez.

Lokesh me deu seu cavalo, o que ele mesmo usava, para que fosse ate achar o tigre que vira antes. Saímos antes do meio dia e acampamos antes do final da tarde. Sentia um leve sinal mais estava muito longe. Os caçadores estavam com medo de possíveis feras e pedia para que não ice muito além deles. Mesmo portando uma espada, eles não confiavam em mim para minha própria “proteção”. Diziam que eu era muito importante e que se desse algo errado que não iriam se culpar. Ou seja, eu seria a responsável por qualquer erro deles.

Bufei não só para isso mais para todos os seus comentários maldosos. Estava segura de que Lokesh saberia de tudo isso.

No outro dia partimos a procura do tigre negro. E como esperado. Nada. Nem um sinal dele, nem um rastro nem anda. Adentramos mais a floresta, e procuramos novamente no outro dia, e no outro e no outro... E nisso se passaram algumas semanas. E nem um sinal do animal.

Voltamos para o castelo de Lokesh e como o esperado, os homens disseram que estava responsável por tudo. E sua explosão de raiva ficou apenas por mim. Resultado: Um braço quebrado e três costelas fraturadas.

Sobre oque aconteceu anos mais tarde, não contarei agora. Mais a minha historia esta longe de acabar. E saiba que, nem tudo ficou barato e que não abandonei o meu mestre. Apenas não pensei racionalmente quando fiz... Aquilo.

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