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História O Desejo do Tigre - Memories


Escrita por: lohitomm

Notas do Autor


Bom dia, atualizando a fic mais cedo!
Desculpem os erros, e apreciem o cap... ate as notas finais sz

Capítulo 2 - Memories


Fanfic / Fanfiction O Desejo do Tigre - Memories

oOo

 

Meus olhos abriram lentamente e o cheiro gostoso de pêssego invadiu minhas narinas. Aquele pequeno peso em cima de min, Kelsey ainda dormia profundamente. Seus cabelos estavam um pouco desarrumados, mais ainda sim eram lindos e cheirosos. Sua pele suave estava despida, e nossa coberta ia até sua cintura, não dava para ver seu corpo por estar escondido em cima do meu. Ela se mexeu por um instante mais logo arrumou outra posição, agarrada ao meu pescoço, a sua respiração era a única coisa que podia ouvir.

Apoiei meu braço em sua cintura e com a outra mão acariciei suas madeixas, ela gemeu baixinho por um momento mais logo se aquietou. Lembrei-me do que dissera ontem para ela, no nosso casamento. "Eu comecei com nada, e terminei com tudo", uma das coisas mais sinceras e certas que já disse a alguém.

Tive uma lembrança, de Yesubai. Seu rosto, sua pele, seu cheiro, não se comparam a Kelsey.

Eram duas pessoas tão diferentes e ao mesmo tempo tão parecidas. Os seus gostos, seus modos, tudo. Mais havia algo em Kelsey que despertava o meu interesse. Ela era tão simples, tão admirável, era tão fácil ama-la. Quando a conheci no circo, tive a certeza de que, ela era a mulher perfeita para mim. Que não amou apenas o eu, mais sim o tigre. O animal que havia dentro de min, ela se apaixonou por ele. Ela gostou de min com todas as forças, me amou de todas as maneiras, e não se importou em deixar uma vida inteira no Oregon, para quebrar a maldição de um velho tigre Branco.

Todas as vezes que ela podia ter morrido por min, me fez pensar por muito tempo se ela merecia alguém como eu. Mais no final soube que sim, que eu podia fazê-la feliz.

Kishan me disse que o destino dela era ficar com ele. Realmente, poderia ser ele a afagar seus cabelos todas as manhãs, poderia ser ele a abraça lá, quando chegar do trabalho. Poderia ser ele aqui no meu lugar. Mais mesmo que ela tivesse escolhido por ele, eu ainda sim, faria o possível e o impossível para voltar aos braços dela.

 A magoei quando perdi a memória, mais o sacrifício tinham de ser feito. Garanto que a tortura que sofri por Lokesh, não chega aos pés da dor que foi deixá-la. Todas as manhãs naquela jaula valeram a pena. Valeu a pena sobreviver, fazer o possível e o impossível para sobreviver, e voltar aos braços da minha Kelsey. E ainda sim ela me aceitou. Depois de Randi, depois de humilha-la, dizendo mentiras para me esquecer, dizendo que queria que ficasse com o meu irmão, foram mais dolorosos do que mais de 300 anos preso em cativeiro.

Kelsey me aceitou como tigre, confiou em min, me seguiu, e não surtou quando contei a verdade sobre min. Ela se dedicou a me ajudar, a Min e a ajudar o meu irmão.

 

"Kelsey me amarrou em uma árvore e sussurrou próximo a min:
 – Sinto muito, Ren, mas não posso deixá-lo solto. Isso assustaria as pessoas. Prometo que volto assim que puder. - disse ela

Assim que se virou em direção a cabana de Phet vi que era a oportunidade perfeita para conta lá a verdade.

Contei até três e metamorfoseei-me em humano. Ficar em pé ainda era estranho para min, nunca havia me transformado com ela por perto. Peguei a cólera improvisada que ela havia feito para min e a segurei firme enquanto pronunciava:

–Isso é mesmo necessário?

Ela ficou paralisada, não se mexeu. Por um instante me arrependi, mais Logo não. Tinha tudo sobre controle, o máximo que podia acontecer era ela... Fugir... Ou me chamar de louco.

Lentamente ela foi virando o corpo para min, seu olhar surpreso correu pelo meu corpo e logo seus olhos correram até os meus olhos.

Uma vontade incontrolável e abraça-la surgiram, mais me segurei, tinha que manter a calma ou ela iria embora sem ouvir uma única palavra.

Estendi lentamente a mão, ela estudava os meus movimentos, como um tigre a espreita. Fiz uma voz simpática, porém firme e grossa, tentando transpor confiança.

–Oi, Kelsey, sou eu, - ela me olhou interrogativa – Ren.

Seus olhos se arregalaram, e ela recuou um passo. Fiquei rijo. -Ela iria correr, pensei.

–Kelsey, sou eu, Ren - repeti um pouco mais alto, me aproximando. Ela me olhou com espanto e parou.

–O quê? O que foi que você disse?

Pronto, ela deve estar me achando algum louco. Ótimo Dhiren. Ótimo.

Cheguei mais perto, com medo dela não entender oque dizia, coloquei a mão no peito e falei devagar:

–Kelsey, não corra. Sou eu, Ren. O seu tigre.

Ela olhou para min com dúvida, virei Minha mão mostrando a coleira e a corda, ela olhou para trás a procura do tigre Branco e depois para min. Recuou alguns passos. Pensei que ia correr. Imobilizei-me. Ela parou e piscou algumas vezes.

–Onde está Ren? Eu não compreendo. Você fez alguma coisa com ele?

–Não. Eu sou ele.

–Não. Não pode ser- ela disse negando com a cabeça e se afastando novamente. Ela tentou ir mais para trás, mas quase caiu, antes que acontecesse a segurei pela cintura, e ela segurou firmemente meus braços. Tive vontade de beija-la ali mesmo, mais as consequências pela minha ousadia seriam terríveis. Então, sem muitas opções, dei um sorriso cortês, e perguntei:

–Você está bem?

–Não!

Ela me analisou novamente, ainda segurando sua cintura e ela o meu braço, foi deslizando até chegar a minhas mãos. As suas tão pequenas, comparadas as minhas, grandes. Ela as fitou por um momento e então a chamei. Tirando a do transe.

–Kelsey? - Ela olhou nos meus olhos – eu sou o seu tigre.

–N-não... Não! Não é possível, como poderia ser?

–Kelsey - Ela me fitou novamente – Vamos entrar, e relaxe, eu vou tentar explicar tudo.”

 

Mal sabia que esse era apenas o começo. O modo com o que ela confiou em min fez o meu coração se abrir para um novo sentimento, para ela. Mesmo há muitos anos trancado em uma jaula, eu mantive a minha humanidade, porque sabia que, um dia, viriam me resgatar. Porque sabia que um dia poderia voltar a confiar em alguém. Porque sabia que um dia iria merecer.

Olhei para o relógio no canto da parede, já eram 11h30min. Olhei para Kelsey que ainda dormia, estava entediado, mais aprecia-la, parecia que estava totalmente entretido. Deslizei o polegar pelo seu rosto suavemente, e beijei sua testa.

–Iadala... - Beijei sua bochecha quando percebi que ela abria os olhos -... Rajkumari... - Ela sorriu, levou a mão que estava em meu peito ao meu rosto e fez um breve carinho. Depois coçou os olhos e os abriu lentamente. –Bom dia, Meri aadoo.

–Bom dia, meu tigre - ela deu um leve selinho em meus lábios.

–Dormiu bem?- perguntei me sentando na cama, com as costas encostadas na cabeceira.

–Muito bem!- ela sorriu, e então ficou sentada no meio das minhas pernas, me olhando nos olhos.

Sua coberta não cobria seus seios, então eles estavam à mostra, Rijos olhei para eles por um segundo, sem nem uma segunda intenção. Ela então seguiu o meu olhar e corou. Aparentemente percebendo que ambos estavam nus. Rapidamente ela puxou a coberta até o pescoço e saiu de cima de min.

–Oque foi Kelsey?-perguntei

–Eu... Bem, nós, quer dizer... Estamos... Sem roupas.

–Sim - disse sério, ela me olhou confusa.

–Não se incomoda com isso?

–sinceramente, não - ela me olhou surpresa –Kelsey, não tem por que ter vergonha. Somos casados agora, não tem por que ficar com vergonha de min. E outra, eu vi você a noite inteira assim - ela corou– e eu adorei.

Toquei sua cintura e ela me olhou.

–Não fique mais com vergonha de me tocar, kels. Sou seu agora, pertenço inteiramente a você. Se quiser ficar sentada no meu colo, você pode, pode ficar a vontade. Quero que se sinta bem comigo.

Beijei seu ombro e depois o pescoço, e fui indo até chegar a sua boca. Ela voltou para cima de min e agarrou o meu cabelo, me beijando ardentemente.

–Quer tomar um banho?-disse ela entre um beijo e outro

–quero - segurei suas pernas em volta da minha cintura e levantei da cama, com ela no colo. Andei até o banheiro e ela me ajudou a abrir a porta.

Deixei-a perto da pia quando fui abrir a banheira. Olhei para trás e lá estava ela, me admirando. A puxei para perto e entramos na banheira de espumas.

Ficamos de frente, um para o outro. Logo ela veio em minha direção. Sentou se em meu colo e me olhou. Corada. Inclinei-me e beijei seu queixo, segurei seus cabelos com uma das mãos e a outra a sua cintura.

–Oque quer fazer? - perguntei

–Talvez - ela fez um carinho atrás da minha orelha, igual o que ela fazia no tigre– Continuar oque fizemos ontem.

–Com prazer.

Tomei seus lábios ardentemente, ela agarrou meus ombros e se sentou em meu membro ereto. Fazendo assim, penetra-la.

Ficamos ali por mais uma meia hora, depois terminamos o banho.

 

Depois de trocarmos de roupa, decidi levar Kelsey para almoçar em um restaurante no centro da cidade.

O restaurante fica em uma parte muito movimentada. Estacionei o carro e abri a porta para ela sair.

–Aqui é tão...

–lindo?- completei

E era mesmo, o restaurante, por fora, era cercado por janelas deslumbrantes, de um tom Branco e paredes escuras. Havia um tapete Preto que corria do lado de fora para dentro do restaurante. Entramos e o seguimos.

As paredes do lado interno eram beges, e as janelas, que por fora eram brancas, por dentro eram de um marrom escuro. As pessoas que estavam no restaurante, olhavam na nossa direção, acompanhando nossos passos até a mesa. Lindas e desejáveis damas, que não tiravam os olhos de Kelsey nos fitavam. Assim como rapazes. Por um minuto me arrependi pela escolha de sua roupa, mais por outro, estava totalmente contente.

Depois que saímos do banho e lhe contei a ideia de irmos almoçar fora, fiz questão de escolher um look apropriado para ela. Dando de ombros, sem se importar com a sugestão ela estava apta para aceitar qualquer opção. Escolhi uma saia preta e um top cropped branco, não são roupas que se considerem ousadas, mais dava um toque jovem, e caíram muito bem em Kelsey. O tom claro sobre o tom escuro deu uma diferença entre a garota despojada e simples, para uma mulher elegante, jovem e confiante. O top era de mangas compridas, ia até pouco depois de seus seios, um tecido suave, que não pesava muito, até por que hoje estava um dia muito quente. Já a saia era o mesmo tecido, com a tonalidade preta, de cintura alta para ficar quase ao mesmo tamanho do top. Uma botinha Preta completava seu look, junto com uma maquiagem suave, e um batom vermelho. E seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo - preferiria uma trança.

Quando foi a minha vez de escolher uma roupa, ela fez questão que usasse uma camisa social Preta e jeans. Não fiz questão de contraria-la, mesmo sabendo que Preto não era o meu forte. Ela fingiu não se importar.

Uma garçonete muito bonita, quase da mesma estatura que Kelsey se aproximou, nos conduzindo a uma mesa com uma vista incrível para a praia. Puxei a cadeira para Kelsey e depois me sentei a sua frente.

–Boa tarde, meu nome é Carrie, e eu servirei vocês essa tarde - dissemos Boa tarde para Carrie. Ela era encantadora, um rosto conhecido, cabelos ruivos e presos em um coque. Uniforme vermelho e azul, e um lindo sorriso nos lábios– querem escolher a partir do cardápio ou a escolha do chef?

Kelsey me olhou divertida

–Vamos querer a escolha do chef- disse ela em um sorriso perfeito.

Carrie balançou a cabeça positivamente e saiu. Inclinei-me para frente e segurei as mãos de Kelsey.

–Eu já disse que adoro ir a restaurantes com você?

–Eu acho que - ela fez uma mensura e colocou o dedo indicador no queixo, mostrando que estava pensando – essa é a primeira vez.

–Não é a primeira vez que viemos em um.

–até porque já faz um tempo, não é mesmo tigre?

–Sim- olhei para suas mãos – a primeira vez você estava me evitando.

–E você queria me dar comida no seu colo - ela disse rindo, enquanto brincava com sua mão –na verdade, você me ameaçou! Disse que se não me comportasse como SUA namorada, iria me colocar em seu colo e me obrigar - ela arqueou uma sobrancelha, e deu um sorriso malicioso - Por um momento eu até considerei aquela opção.

–Não acredito -peguei uma taça que continha água e dei um gole –se eu soubesse...

-Teria feito oque tigre?- ela me desafiava

–Eu teria mesmo feito aquilo, não deixaria tão barato para você. Você ficou com toda a diversão!

–Fiquei?- ela sorriu

–não ficou apenas com toda a diversão, mais ficou também com ciúmes.

–Eu não fiquei com ciúmes - ela virou o rosto – você estava agindo como um idiota convencido.

–E você estava me evitando porque achava que iria a magoar futuramente – olhei em seus olhos que ainda desviaram dos meus por algum motivo - mais eu não a magoei.

–Vamos esquecer essa história, esta bem? -Ela me encarou seria

–Vamos aproveitar o dia, iadala- levei minha mão aos seus cabelos e acariciei perto de sua orelha.

–Dhiren, eu amo você -ela disse

–Eu sei - sorri convencido, ela arqueou uma sobrancelha–Eu também amo você.

Puxei sua mão e depositei um beijo na mesma, ela sorriu e puxou a minha, repetindo o meu ato.

A garçonete chegou com um cardápio de vinhos, escolhi um vinho suave, do ano de 1948, ela logo trouxe e depositou o líquido vermelho em nossas taças. Kelsey me olhou, ponderando sobre minha escolha para bebida, mas não comentou nada. Levei uma taça ao nariz para sentir seu cheiro, um cheiro gostoso e viciante de álcool. O gosto era uma delicia. Kelsey pareceu não gostar muito do vinho. Ela nunca foi chegada a bebidas alcoólicas, coisa que eu agradeço. Eu também nunca fui de beber, mais em algumas ocasiões sim.

Continuamos uma conversa agradável sobre a cidade, e logo nosso almoço chegou.

 Arepa, um prato de massa de pão feito com milho moído ou com farinha de milho pré-cozido, recheado de peito de frango cozido e desfiado. Feijão-preto, bananas cozidas e o arroz. Quando acabamos, a mesma garçonete trouxe Cheesecake de goiaba, o famoso Romeu e Julieta, típico do Caribe. Composto por creme de leite, leite condensado, biscoito de maisena, manteiga queijo e goiabada.  E também Flan, pudim a base de creme de leite, maria-mole e leite condensado, no sabor manga com uma pitada de canela.

 

Depois de pagar a conta, já eram quase três horas da tarde, resolvi sair para uma caminhada com Kelsey pela cidade.

Fomos a uma feira, onde havia muitas coisas bonitas, muitas desconhecidas pela minha cultura, mais Kelsey me contou tudo oque sabia. Não era muito movimentada, pelo horário, mais ainda sim estava muito populosa.

Com relutância consegui arrastar Kelsey a uma joalheria.

–Precisamos comprar uma joia, linda, para você usar.

–Ren eu já tenho uma joia linda para usar - ela apontou para o colar feito sob o anel de Kishan e o anel de compromisso.

–Vamos, quero dar um presente para a Minha esposa.

–Então senhor tigre, nada muito caro.

Procurei na vitrine algo que cairia bem em Kelsey, algo de prata.

Perguntei a vendedora oque ficaria mais apropriado em Kelsey e ela disse que um colar, me mostrou alguns modelos. Kelsey olhava tudo atentamente até escolher uma corrente prata com uma pedrinha de esmeralda, envolta por uma espiral prata, muito brilhoso, não era nem muito simples nem muito complicado, era perfeito.

Pedi licença e coloquei no pescoço de Kelsey, a vendedora ficou nos adulando até que ela resolveu levar. Pedi mais um, para min, e ela colocou junto. Uma corrente mais masculina porém o mesmo pingente.

–Olha que demais, estamos combinados -disse Kelsey gargalhando – somos um casal clichê Ren!

-Adoro ser um casal clichê Kels-beijei sua testa e saímos.

 

oOo


Notas Finais


OIOIII!!
Obrigada por ler meus queridos, estou gostando muito de escrever essa fanfic, e espero que vocês gostem de ler^^
bem, eu já estou bem adiantada na fic, então vou continuar postando de dois em dois dias.
eu queria pedir também que comentem na fic, porque isso ajuda muito, motiva e me ajuda também porque assim eu sei se vocês estão gostando ou não.
Obrigada novamente, desculpem quaisquer erros e ate o próximo ^^


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