História O Desejo do Tigre - De volta para casa.

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    Quando desembarcamos no cais, meu Porsche estava nos esperando. Kelsey pediu para dirigir, então concordei. Antes de sairmos do iate pedi para ela assar mais alguns biscoitos para min, - mais precisamente duas fornadas - e ela fez. Mesmo depois da maldição ainda sinto uma fome de tigre, quase que insaciável. Então, enquanto ela dirigia, eu comia os meus biscoitos preferidos.

   Depois de chegarmos ao hotel não aconteceu muita coisa, tomamos um banho juntos, e logo fomos para cama. Quando acordamos na manhã de sábado, Kelsey arrumou as nossas malas, e nos preparamos para voltar para casa. O voo de 9hrs foi cansativo, e assim que desembarcamos em Portland, o nosso carro estava esperando na frente do aeroporto.

   Kelsey estava cansada, então dirigi por mais uma hora até finalmente chegarmos à Nossa casa.

   Estacionei o carro. Ela abriu a porta e saiu em direção a nossa casa. Estava realmente fria aquela noite. Quando entramos, Kelsey foi tomar um banho rápido e vestir roupas mais confortáveis e quentes, enquanto eu acendia a lareira e dava uma volta pela casa. Estava tudo como havíamos deixado. Tinha contratado uma faxineira para limpar duas vezes na semana, e estava tudo brilhando - um ótimo trabalho por sinal.

 –Oque está pensando tigre?  

   Kelsey descia as escadas com uma calça de moletom folgada e uma blusa de mangas comprida vermelha. Ela me abraçou e beijou, a segurei pela cintura e rodei na sala.

 –Estou pensando em como é bom estar em casa.

 –Concordo- ela me olhou por um momento – Ren, vá e troque de roupas, coloque uma calça de moletom e um suéter de lã, depois desça, vamos ficar aqui na sala.

 –Está bem Kels

    Fiz oque ela falou, fui para o quarto e coloquei as roupas confortáveis e quentes que ela havia mencionado. Estava realmente frio, se não fosse pela lareira estaríamos congelando. Levei uma coberta bem grossa para a sala.

   Quando terminei de descer as escadas, tive a surpresa de ver que Kelsey havia colocado várias almofadas e travesseiros no tapete, ela havia esticado uma coberta grossa em cima dele e haviam outras duas cobertas espalhadas sobre ele; mas ela não estava lá.

 –Kels? -A chamei

 -Oi Amor, estou aqui na cozinha, já estou indo.

   Sentei-me no cantinho que ela havia arrumado e joguei a coberta por cima das demais. Reparei que em cima do sofá havia um livro de poesia.

 –Pronto, voltei. Não acredito, a geladeira e o armário estão totalmente abastecidos, fiz dois chocolates quentes. Você gosta?

 –chocolate quente?

 –sim, esse eu coloquei chantilly, é uma delícia. Bom, como você adora chocolate eu achei que também iria gostar disso.

 –eu amo a sua comida Kels.

 –Tá ai um motivo para gostar do chocolate - ela riu– esse não é tão gostoso, você tinha que tomar o do meu pai, parecia até um bolo, de tanta coisa que ele colocava, era até difícil beber.

 –Nossa- tentei imaginar a cena– parece muita informação.

 –E era ele usava chocolate derretido, leite condensado, creme de leite, pedaços de Barra de chocolate, chantilly e ainda Tinha espaço para marshmallow, era muito gostoso, mais era uma bomba calórica.

 –imagino - dei risada e bebi um pouco do dela

–Deve ser doce de mais para um tigre. Você era um tigre saudável né? Quer dizer, antes de encontrarmos o fruto dourado, porque ate eu passei de saudável a fora de forma.

–Eu era sim – dei uma longa risada – oque você colocou?

 –Chocolate derretido, leite, leite condensado, creme de leite, canela e chantilly.

 –Uau! Esta uma delícia Kels.

 –Obrigado - ela sentou perto de min e puxou uma coberta para cima dela - está nevando desde que chegamos, por incrível que pareça, piorou. Talvez não conseguisse sair daqui amanhã.

 –entendi- beijei seu rosto– adorei esse cantinho, e reparei que a senhorita pegou um livro também, quer ler?  

 –claro senhor tigre, adoraria.

    Passamos as próximas duas horas lendo. Kelsey me deixou ficar deitado no seu peito, da mesma posição que ela fica comigo, então enquanto ela lia, afagava o meu cabelo. Estava uma delicia ficar abraçado a ela, no calor das cobertas e do fogo que crepitava na lareira. Depois que o livro acabou ficando contando historia sobre a nossa família, e por incrível que pareça foi fácil.

 –Meus pais pegavam férias em épocas diferentes, para cada um ficar um tempo comigo. Geralmente na época do inverno era a minha mãe, então a gente arrumava a sala assim, igual eu arrumei hoje. E fazíamos biscoitos e cupcakes de chocolates, enquanto esperamos o papai chegar do trabalho. Quando ele chegava ele fazia o seu famoso chocolate quente, ficávamos assim, igual a mim e você agora, contando historias, lendo, conversando sobre o trabalho deles. Era maravilhoso.

 –vocês sempre faziam isso?-perguntei

 –sim, sempre - ela parou e pensou por um momento– menos o chocolate quente, porque era uma verdadeira bomba calórica. Ou seja, a culpa por ter sido gorda uma grande parte da infância foi do meu pai.

 –Parecia ser ótimo- ela concordou.

 –A última vez que fizemos foi um Natal antes dos meus pais morrerem. Assistimos a primeira trilogia de star wars, 4, 5 e 1. Nos nunca assistíamos todos, eram só os três, o nosso preferido. Quando finalmente havia acabado de nevar, saímos para o parque para patinar.

 -Você sabe patinar Kels? -perguntei

 –não muito bem, nunca fui muito de querer aprender. E nesse dia eu cai e torci o meu pé. Meus pais tiveram que me levar no hospital, era folga da Minha mãe e eu a fiz voltar para o hospital - ela começou a rir– mais a culpa foi do meu pai que quis ir patinar no gelo.

    Dei uma longa risada e então ela me fitou por um momento.

–E você tigre? Conte-me uma história em família sua.

 – Bem - Respirei fundo e procurei na memoria uma boa historia sobre minhas caçadas com Rajaram e Kishan – quando eu era pequeno, minha mãe me fazia dividir tudo com Kishan. Por ele ser o irmão mais novo e o que não recebia tanta atenção. Uma vez fomos caçar com o nosso pai. Rajaram era um ótimo pai, mais também muito exigente, então pode imaginar que ele não facilitou as coisas para nós dois. Mesmo ele indo com a gente, ainda era difícil, mais muito divertido. Kishan Tinha 13 anos, e ele havia pegado seu primeiro cervo. Imagine que ele ficou todo orgulhoso. Mais meu pai não queria apenas um cervo. Ele nos fez caçar quase que por uma semana. Quando finalmente voltamos para casa, esgotados, ele nos fez carregar toda a carne ate a vila e distribuir aos aldeões por ordens de nossa mãe. Aquele jantar, comemos o cervo que Kishan havia caçado.

 –Uau- disse ela rindo –então vocês sempre foram de caçar.

–Sim, naquele tempo era muito divertido, e uma das únicas formas de alimentar o povo do nosso reino - ela me olhou perplexa– E também, eu sempre gostei de caçar Kelsey.

 –Você já me disse isso uma vez - ela coçou atrás da minha orelha– devia ser como jogar videogame.

 –Realmente - rimos.

 –Então, quando você virou tigre era mais fácil caçar?

 –De certa forma- pensei por um momento – mais é totalmente diferente usar garras no lugar de armas.

 –Posso imaginar a dificuldade.

–Qualquer dia eu levo você para caçar Kels- beijei seu pescoço.

 –Não obrigada, Minha lista de coisas mais divertidas não incluem caçar- ela deu uma risada e me puxou mais para cima dela.

 –Não sabia da existência dessa lista.

    Apoiei os cotovelos ao lado de sua cabeça, ela acariciou meu rosto e deitei o corpo sobre o seu. Então comecei uma linha de beijos em sua clavícula, subindo o pescoço e parando a centímetros de seus lábios.

 –É porque ela não existe - ela disse antes de me capturar a um beijo.

   Tudo começou suavemente, mais logo foi ficando mais quente mais excitante. Dei vários selinhos no seu lábio, depois mordidas e enfim um beijo ardente e longo, aproveitando cada momento dentro da sua boca. Kelsey enlaçou suas pernas na minha cintura, e eu seguei em sua coxa ficando assim mais grudado a ela. Continuamos o beijo.

–Acho que com esse monte de cobertas vai ser mais difícil - ela disse enquanto beijava seu pescoço.

 -Não importa, a gente consegue.

   A ajudei a tirar sua blusa de frio. Ela me beijou urgentemente, retirando suspiros e gemidos ofegantes.

    Continuamos a tirar peça por peça de nossas roupas. Kelsey ainda parecia tímida quanto a isso, mais logo não deu tanta importância, ela queria o que eu também queria. Depois de "curtimos a noite", nós nos beijamos e dormimos embrulhados na pilha de cobertas e travesseiros.

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