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História O Desenho - O Desenho


Escrita por: trouxiarmyS2

Notas do Autor


Oii Leia as notas finais 💙🌈

Capítulo 1 - O Desenho


Fanfic / Fanfiction O Desenho - O Desenho

Era manhã de sábado. A maioria das pessoas deveria estar dormindo, tirando os velhinhos que andavam todos os dias nesse mesmo horário pela minha rua. Só que lá estava eu, sentada em um banco da praça com meu caderno de desenhos aberto sobre o colo e um lápis preto em mãos. Desde pequena sempre adorei expressar meus sentimentos pondo eles em um papel por meio de imagens, uma ação mais conhecida como desenhar. Não podia mentir, meus ‘’rabiscos’’ eram muito bons, conseguia fazer pequenos detalhes com perfeição, mas mesmo assim nunca os mostrei para ninguém, tirando minha mãe.

Olhei para o horizonte, o sol nascia lentamente, mas mesmo de forma lenta eu podia ver seus movimentos se prestasse atenção. No meu caderno, desenhava a imagem de um casal idoso sentado em um banco mais distante de mim, até que foram embora sem que pudesse terminar e tive de finalizar por conta própria, usando a imaginação. Depois de ficar por aproximadamente duas horas sentada, apenas observando a atividade das pessoas e da natureza ao meu redor, levantei-me e fui para a casa.

Morava sozinha com meu irmão mais velho, essa mistura tinha tudo para dar errado, mas não chegava nem perto disso. Mantínhamos uma relação muito boa, sem brigas ou discussões. Abri a porta e as caixas ocupavam quase a maior parte do espaço, em alguns dias eu moraria sozinha, já que meu irmão havia encontrado seu par perfeito e iria se casar. O casamento seria esse mês, juntamente com a mudança. 

Entrei o mais silenciosamente possível, as caixas estavam ali desde ontem, então meu irmão provavelmente estaria dormindo. No meio do caminho, meu pé bateu em alguma coisa e acabei caindo no chão, fazendo um enorme barulho. Enquanto levantava ouvi outra porta se abrir, a do quarto. 

-S/N? O que está fazendo aí no chão? Que barulho foi esse? – Perguntou Joshua, meu irmão, do topo da escada.  

-Jogaram uma granada aqui dentro de casa e eu me joguei no chão por proteção, só isso – Bati a sujeira do corpo e revirei os olhos. 

-Foi uma pergunta qualquer, não precisava responder. Só achei estranho ser acordado com um barulho alto, vir ver o que aconteceu e encontrar a minha irmã jogada no chão ás sete horas da manhã. Super normal.

-Mora comigo desde sempre, deveria saber que nada que faço é normal. 

-Tem razão. Enfim, o que foi fazer? 

-Desenhar – Respondi, subindo até a porta do meu quarto. 

-Não podia fazer isso dentro de casa? 

-Não. Sinto-me melhor estando em um ambiente arejado e com luz natural. Deveria respirar um pouco de ar puro também irmãozinho – Respondi, batendo em seu peito. 

-Eu vou voltar para minha cama… – Falou, virando-se e entrando em seu quarto novamente. 

Entrei no meu, fechei a porta e me joguei na cama. Pensei sobre Joshua e sua noiva, os dois eram tão felizes juntos, tão bonitos. De certa forma eu sentia inveja deles, encontram o amor ainda jovens e nunca mais tiveram de se preocupar com isso, sabiam que tinham um ao outro. Por outro lado, eu ainda nem tinha namorado firme ainda. Tivera alguns casinhos básicos, como aqueles de escola, mas nunca um que pude realmente dizer: Estou namorando. 

Adormeci e acordei com o som das caixas sendo movidas de um lado para o outro, ouvi vozes. Era Joshua e Joy, minha cunhada. Sorri ao ouvir suas risadas, não sabia se levantava e atrapalhava o momento a sós deles ou continuava deitada esperando com que acabassem. O problema era que eu queria levantar, queria ir andar e escutar música. De repente tive a pior ideia do mundo, mas por algum motivo, tive muita vontade de fazê-la. 

Levantei silenciosamente, corri até a janela e olhei para baixo. Não era tão alto, mas alguns galhos de árvore atrapalhavam o caminho. Subi no parapeito e respirei fundo. Coloquei um dos pés em um galho próximo e fui fazendo isso até chegar bem perto do chão, quando finalmente o alcancei, olhei para os dois lados, checando se alguém havia me visto fazendo isso. Ninguém. Nunca me senti tão feliz. Saí o mais rápido que pude de perto da casa. 

Fiquei andando pela calçada até a mesma praça que estava hoje de manhã, quando me cansei sentei novamente no banco. Havia bem mais pessoas agora, de todas as idades. Crianças correndo feitas loucas ao redor das árvores, jovens adultos se exercitando… Perdida em meus pensamentos, principalmente no que me dizia para ter trazido o caderno, não percebi que uma senhora se aproximava de mim. 

-Com licença, você viu um cachorrinho com pelos brancos, ele é bem pequeno e usa uma coleira azul – Ela disse para mim, com a voz rouca e as costas curvas. 

-Não, desculpe. Mas se o ver, digo para a senhora – Respondi com um sorriso no rosto, a idosa pareceu triste, mas não havia mais nada que eu pudesse fazer. 

Fiquei sentada por mais um tempo, até que resolvi voltar a andar. Enquanto caminhava vi um menino, muito bonito inclusive, correndo com um cachorrinho. O animal se encaixava perfeitamente no que aquela senhora tinha me dito, não tinha dúvidas de que era ele. 

-Ei! Você! – O garoto imediatamente olhou para mim – Pode vir aqui por um instante? – Ele andou até mim, com o cachorro em mãos. Sua aparência me deixou sem ar por um momento, não consigo ao menos descrever. Tudo em seu rosto era uma combinação perfeita que deixaria qualquer uma com dificuldade de fazer o que quer que fosse.

-O que foi? – A inocência em seus olhos não combinava com sua voz. Ela era grave e me deu arrepios – Precisa de alguma coisa? – As perguntas eram curtas, mas não eram grossas. Ele as fazia com um tom de preocupação, como se me conhecesse há anos. 

-Não… Não é nada, é sobre o cachorro. Ele é seu?

-Não – Junto com a resposta, um sorriso surgiu em seu rosto. 

-Não?! 

-Não – Respirei fundo antes de dizer qualquer coisa, ele dizia isso como se fosse a coisa mais normal do mundo pegar o cachorro de alguém.

-Você conhece o dono? – O garoto negou, seus cabelos balançaram e alguns fios caíram em seus olhos – E você apenas pegou o animal sem pedir? – Dessa vez, ele assentiu – Posso devolvê-lo a dona? 

-Posso brincar só mais um pouco? Ele é muito fofo! 

-… Se me permite perguntar, qual seu nome? 

-Kim Taehyung, mas me chamam de V – Fiquei esperando com que ele perguntasse o meu, mas a frase não se estendeu mais que isso. 

-Sinto muito Kim… 

-V.

-Sinto muito V, mas a dona está mesmo preocupada com o cachorrinho. Preciso leva-lo agora – Com tristeza nos olhos, ele me deu o cão – Obrigada! – Sorri para Tae e saí atrás da idosa. Quando a encontrei, entreguei o cãozinho e nunca fui tão elogiada em toda minha vida, a felicidade dela podia ser sentida no ar.

Não queria ir embora ainda, mas não sabia o que fazer. A primeira coisa que me veio à cabeça foi a imagem de V. Mesmo sendo uma primeira impressão bem ruim, tê-lo conhecido foi uma coisa boa, me senti bem perto dele. Até tentei procurar ele, mas não fui afundo nisso. Decidi voltar para a casa e pegar meu caderno, naquele parque havia muita inspiração para ser desperdiçada desse jeito. 

Após preparar-me sentada no banco com todos os materiais em mão, procurei minha primeira vítima. Haviam tantas, não sabia o que escolher. Novamente a imagem de Tae apareceu em minha mente, perguntei para mim mesma: Por que não? Comecei a desenhá-lo pelos olhos, então nariz, boca, formato do maxilar, mas seu cabelo estava me dando dor de cabeça. Era a primeira vez que não conseguia desenhar algo a ponto de ter dores. V era diferente, em vários sentidos, eu sentia isso. Meus olhos fixavam o desenho com atenção, tanta que nem notei uma pessoa atrás de mim. Apenas percebi sua presença quando ela pôs as mãos em meus ombros e disse:

-Sou eu? 


Notas Finais


Esse imagine não sou eu quem faz apenas pego na internet e esse eu peguei no Tumblr (imagines that bts)
Vai ter continuação 💙👏🌈


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