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História O Desenho - O Desenho pt. 3


Escrita por: trouxiarmyS2

Notas do Autor


Mais um capítulo pra vocês
📣💙💜💛💚

Capítulo 3 - O Desenho pt. 3


Fanfic / Fanfiction O Desenho - O Desenho pt. 3

-Quem é esse? Seu novo namorado? – Mark, meu primeiro casinho escolar, perguntou. A voz era firme e um pouco assustadora. Nunca mais tinha o visto, mas ouvi falar que ele jamais se esquecera de mim. Seus sentimentos continuavam firmes, mesmo depois de quase quatro anos. 

-E se for? – Respondi, sem ao menos olhar para sua cara. Não gostava dele, nem sei por que tivemos o que tivemos há alguns anos. Nunca senti nada por ele, acho que ficamos juntos por pressão de amigos, pelo menos eu fiquei. 

-E se for, pode terminar com ele agora. Ninguém merece você mais do que eu. 

-E quem você pensa que é para dizer quem me merece ou não? 

-Eu fui o seu primeiro amor.

-Vai pensando isso… – Sua mão acertou a mesa com força, quase derrubando todo o café. Algumas gotas da bebida respingaram mesmo assim. Sua expressão era de pura raiva, apenas o olhei com deboche. De certa forma, eu sentia pena dele, por continuar firme em sentimentos que não eram reais. Mark estava diferente, mais musculoso e bonito, mas pouco me interessava sua aparência, continuava a ser um completo idiota. 

-Você vai ficar comigo por bem ou por mal. 

-Se quer mesmo ficar comigo, não é assim que deve agir. Mal chegou aqui e já quer mandar em tudo? Pode baixar essa bola por que ninguém aqui é de sua conta. Principalmente eu. 

-Vai achando isso… – Sua mão alcançou meu pulso, puxando-me da cadeira. Meu coração acelerou com o susto e a primeira coisa que fiz foi tentar me soltar, mas foi inútil. De repente, ouvi uma voz masculina. Já havia escutado ela antes. Era o balconista. 

-Solta ela. Agora. 

-Por quê? Quem é você afinal? 

-Não te interessa, só solta o pulso dela – Sua mão agarrou o pulso de Mark e minha garganta ficou seca, mais seca que nunca – Solte ou vou chamar as autoridades. 

-Nossa que medo! Vai lá chamar ajuda covarde, não é homem o suficiente para me encarar?! – Mark berrava e era impossível não ouvir sua voz. Por um momento, senti vergonha de ter ficado com ele. 

-Não vou fazer isso porque não acho necessário, só estou pedindo educação e paciência. 

-Covarde.

-Ele pode até ser covarde, mas se você não a soltar, vou fazer você se arrepender do que está fazendo – Não foi o balconista, mas eu sabia quem era. V – Anda, solta a S/N. 

-Então é você? – Disse Mark ao ver o rosto de Tae – O namoradinho novo da S/N? Como ela pôde escolher alguém assim? 

-Assim como? Melhor que você? – Retrucou V, colocando sua mão no ombro de Mark, tirando ele de perto de mim. Ao menos tentando. Em uma hora dessas, o balconista já estava de volta ao seu lugar, apenas observando ao espetáculo. 

-Tira a mão de mim – Ameaçou Mark, finalmente tirando a mão de mim, mas indo para cima de V. Ele deu um empurrão um tanto quanto forte em Tae. V não respondeu, empurrou-o mais forte ainda. O corpo de Mark bateu contra a minha mesa, fazendo meu bolo cair no chão. Uma dor podia ser sentia no meu coração, estava tão bom… Queria ter terminado de comer. 

V andou até mim e tentou pegar meu pulso, acho que para sairmos de lá, mas foi parado antes que pudesse fazer isso. Mark o segurou e jogou seu corpo contra a parede da padaria, andou até Tae e o socou na barriga. O soco foi tão forte que eu pude sentir a dor em mim mesma, a expressão de Kim me fez querer correr até lá e tirá-lo dali. V recebeu mais quatro socos e então tossiu, tanto que pensei que fosse vomitar. Mark sorriu vitorioso, mas Tae se levantou com dificuldade, olhou para ele e sorriu. Jogou seu corpo para cima dele, fazendo com que ambos caíssem e derrubassem as mesas, assustando os clientes que estavam ali. Kim começou a socar seu rosto várias vezes, sem interromper sequer uma vez. Não pude mais assistir aquela cena, mas também não podia deixar com que continuasse. 

Corri até os dois e tentei segurar o braço de V, que acabou me dando uma cotovelada no rosto. Senti sangue sair do meu nariz, fiquei paralisada, me sentindo uma idiota por ter feito tal coisa. Era óbvio que algo assim iria acontecer, não sei o que deu em mim. De repente, uma onde de raiva subiu da ponta de meus pés até o topo da minha cabeça. Tae havia entrado na minha vida há algumas horas e olha o que já provocara! Percebi que ele havia parado de socar Mark e agora olhava para mim, preocupado. O olhei de volta e peguei seu braço, tirando ambos de nós de lá. 

O levei até a frente da minha casa, antes de chegarmos, nenhuma palavra foi trocada. Sentei-me na pequena escada em frente à porta e fiz um gesto, o convidando para se sentar também. E foi o que ele fez. Respirei fundo antes de começar a falar, sangue ainda escorria pelo meu nariz.

-V, o que foi isso? 

-Me desculpe – Pela primeira vez, o vi sendo sério de verdade. Como um adulto – Aquilo foi sem querer, não sei o que deu em mim. Só não gosto de ver uma menina tão legal quanto você ser tratada daquele jeito. 

-Tudo bem, agradeço o que fez… Mesmo sendo um pouco idiota. A pergunta real é: Como sabia que eu estaria ali? 

-Não sabia. Simplesmente gosto de ir comer alguma coisa naquela padaria de vez enquanto. E hoje, estranhamente, você estava lá, e com problemas. Foi então que senti a raiva por aquele cara tomar conta de mim. Quem era ele? 

-Meu primeiro caso, nunca namorámos sério, mas já fiquei com ele. 

-Sério?! – A surpresa podia ser facilmente notada em seu rosto e em sua voz. 

-Sério. Sei que parece difícil de acreditar, até pra mim é. 

-Você tem mau gosto.

-Obrigada V – Ele sorriu de volta para mim, como se estivesse dizendo De nada – Estou sendo irônica – O sorriso continuou em seu rosto. Aquilo estava começando a me deixar envergonhada, V era realmente muito bonito, agora olhando de perto. Olhei fundo em seus olhos e não consegui voltar para a realidade, fiquei presa em sua beleza. 

-S/N?… Tem uma espinha na cara? – Fui arrancada de volta, infelizmente. 

-Não… Não tem nada no seu rosto. 

-Mas no seu tem, Muito sangue. Vamos entrar, melhor limpar isso antes que escorra para sua boca, seria nojento – V pegou minha mão e nos levantou, olhando para a porta. Depois de um tempo, perguntou: Não vai abrir? – Peguei as chaves e abri a porta. Esqueci que a qualquer momento meu irmão chegaria do mercado, não seria bom se encontrasse Kim dentro de casa. 

-Vou ao banheiro limpar isso aqui, não saí da porta. Se entrar, eu te mato – Ele assentiu, sem dizer uma palavra. Entrei correndo e quando cheguei ao banheiro, peguei papel, o molhei na pia e me limpei. Olhei-me no espelho e não havia só sangue, uma pequena parte do meu rosto e do meu nariz estava roxa. Com certeza Joshua notaria isso, me mataria se soubesse o que aconteceu, ou não. Depois que terminei, fui para fora novamente, ainda precisava falar com V. 

Ao chegar à rua de novo, Tae estava dançando com uma rosa que havia arrancado da plantação em frente a minha casa. Perguntei-me seriamente o que se passava na cabeça dele, atingi o ponto de ficar preocupada com a saúde mental de V, mesmo tendo o conhecido hoje. Será que era assim sempre? 

-V… O que diabos está fazendo? – Perguntei em um tom neutro, mas na verdade queria gritar e agitar seus braços – Por que está dançando com uma flor? 

-Não sei. Me disse para não entrar, não entrei, mas comecei a ficar entediado. Então peguei a flor e tive vontade de dançar. Por que não fazer isso, certo? 

-Você é estranho. 

-Pelo menos sou único, não sigo padrões impostos pela sociedade – Aquela frase me atingiu como uma flecha. Acabara de dizer que todos eram iguais, como robôs criados por uma comunidade ditadora e preconceituosa. V me impressionava muito, em apenas algumas horas, quase me fez perder a cabeça. Imagina se eu continuar conversando com ele por mais tempo… Talvez possa chegar ao ponto de explodir. Tudo que ele fazia era tão imperfeito e errado que me dava arrepios, mas me atraía ao mesmo tempo. 

-E eu o admiro por isso. Podemos nos sentar de novo? Mas em um lugar mais longe? 

-Por quê? 

-Só vamos, por favor – V deu de ombros, como se não importasse o lugar onde fôssemos ficar. O levei para duas quadras da minha casa, e então sentamos no muro de uma casa qualquer – Obrigado pelo desenho de hoje de manhã, ficou realmente muito bonito. 

-Obrigada, mas ele nunca teria sido terminado se não fosse por você. 

-Verdade. 

-V, você acredita em amor à primeira vista? – Não sabia por que havia feito aquela pergunta, mas com ele me sentia livre para dizer qualquer coisa, não importa o momento. Nunca me senti assim com alguém, nem com Joshua. 

-Acredito. Acho que se duas pessoas foram destinadas uma à outra… 

-Como saber se foram destinadas a se encontrar? 

-Elas vão sentir isso, sentir falta um do outro, sentir a necessidade da presença do companheiro… 

-Nossa… Não sabia que você podia ser assim tão profundo – Rimos.

-Nem eu – Ele sorriu para mim, sorri de volta. Meu coração batia forte, as palavras de V me deixaram mais confusas ainda sobre meus sentimentos – E você? 

-Se eu acredito? – Ele assentiu – Acho que sim, mas ás vezes acho que não. Nunca sei qual minha resposta concreta. Sempre fico em dúvida, mas estou mais para o não. Não acredito que duas pessoas possam se apaixonar apenas pelo olhar. 

-Eu acredito, já passei por isso. 

-Jura? – A curiosidade brotou dentro de mim em questão de segundos – Quando? 

-Hoje de manhã


Notas Finais


Até o próximo capítulo amoras
❤💜💚💛💙🦄


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