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História O Desenho - O Desenho pt.4


Escrita por: trouxiarmyS2

Notas do Autor


voces viram o tiro que o v e o hope deu meu deus que pfts...

Capítulo 4 - O Desenho pt.4


Fanfic / Fanfiction O Desenho - O Desenho pt.4

-Hoje de manhã – Seus olhos encontraram os meus e um sorriso grande se abriu em seu rosto. Não sabia o que fazer, como reagir, apenas consegui falar:

-Está zoando não é? – O sorriso sumiu em questão de segundos, percebi que havia dito a coisa errada.

-Não, estou falando sério… – V parecia triste agora, não queria deixa-lo assim, mas não pude acreditar naquilo, no que tinha falado.

-V, isso é só coisa da sua cabeça. Você só deve ter gostado de mim, mas não é amor. Não existe esse tipo de coisa…

-Existe sim, e eu posso provar – Falou, me cortando no meio da frase. Tentei me levantar porque de repente senti uma vontade enorme de ir para casa. Precisava pensar melhor sobre o que estava acontecendo, já que tudo ocorreu tão rápido. Sua mão agarrou meu pulso e me trouxe para seus braços. Seu abraço era bom, quente e reconfortante. Me senti muito bem e agradeci silenciosamente por V ter feito isso. Soltei-me quando notei o que realmente estava acontecendo.

-Não posso fazer isso, não posso. Tenho que ir pra casa – Tae não me soltava, continuava com seus dedos pressionados contra minha pele – Kim… Não estou brincando.

-Nem eu. Posso ser infantil na maior parte do tempo, mas acha mesmo que eu brincaria com esse tipo de coisa? – Lá no fundo de mim, a resposta era sim. Só que não falei isso, aliás, não disse nada. Seu queixo encostava no topo de minha cabeça, já que ele era mais alto que eu. Coloquei minha mão em seu peito, empurrando meu corpo para longe – Tudo bem, pode ir. Não vou te pressionar para fazer esse tipo de coisa, mas só quero que saiba que eu me conheço bem. Sei o que estou sentindo – Não respondi, apenas me soltei e saí andando, virando as costas para ele.

Enquanto V sabia o que estava sentindo, eu não fazia a mínima ideia do que os meus significavam. Meus passos eram pesados e barulhentos, lágrimas ameaçavam começar a se criar em meus olhos, mas não permiti. Não podia chorar por algo tão infantil e simples de ser resolvido, a única coisa que eu deveria fazer era desvendar o que meu coração dizia. Não deve ser tão difícil.

Cheguei em casa e bati na porta, talvez Joshua já tivesse voltado das compras. Não ouvi nenhuma resposta e bati de novo. Nada. Peguei as chaves que estavam no meu bolso e entrei, me joguei no sofá e revivi todo o dia na minha mente. Com certeza, jamais esqueceria de hoje.

As imagens passavam como flashes: o desenho de hoje de manhã, o parque, Joshua e Joy, V, a senhora e o cachorrinho, Mark, o bolo, mais esquisitices de V… Até que cheguei à fala de Tae, a que ele me dissera há pouco tempo. Kim me falou que estava apaixonado por mim, só que aprendi, desde pequena, que esse tipo de coisa não começa a existir de forma tão rápida. Minha cabeça girava e minha visão ficava turva. Por um momento, pensei que fosse desmaiar, mas não. Tudo voltou a ficar claro quando ouvi a campainha de casa tocar, Joshua havia chegado.

-Voltei! S/N me ajuda! Essas compras estão pesadas! – Levante-me correndo e peguei algumas

bolsas de sua mão. Fomos para a cozinha e começamos a guardar os alimentos até o momento em que ele percebeu o roxo em meu nariz

– O que aconteceu? Parece que levou um soco.

-Quase isso – Seus olhos se arregalaram – Não sei como explicar. Só fui até a padaria, as pessoas começaram a brigar, tentei pará-las e acabei levando uma cotovelada.

-Por que você foi se meter no meio de uma briga? – Não queria contar para ele a verdade.

-Não gosto de ver pessoas socando a cara uma da outra, só isso – Meu irmão deu um tapa em sua testa, indicando o quão idiota foi minha resposta – Tudo bem. Olha, estou com dor de cabeça, vou deitar um pouco na minha cama e talvez fique deitada lá amanhã o dia todo.

-S/N, eu te conheço. Não aconteceu só isso, vamos, me diga a verdade – Não dei atenção a ele, me virei e fui para o quarto.

-Boa noite – Falei, fechando a porta. Nem vi o momento em que caí no sono, mas acordei no meio da noite escutando sons baixinhos, algo batendo na janela. Continuei deitada, deveria ser só o galho da árvore. Quase voltando para dentro dos meus sonhos, meu celular vibrou e não parou até que o peguei na mão e olhei as mensagens. Era V.
 

OLÁ, posso falar com você? Não consigo dormir.

Estou do lado de fora da sua janela, abre pra mim, por favor!

Está frio aqui fora, me deixa entrar!

Levantei e fui até lá. Abri a janela e coloquei a cabeça para fora, Tae acenava para mim. Fez alguns gestos pedindo permissão para entrar, respondi, também com gestos, negando. Ficamos ali discutindo de maneira muda, foi então que senti uma gota de chuva em minha testa.

-ME DEIXA ENTRAR! – V gritou para mim. Revirei os olhos e saí da janela. Coloquei um casaco por cima do pijama azul com bolinhas e uma pantufa nos pés. Saí de casa o mais silenciosamente possível. O ar frio da rua deixou minha pele completamente arrepiada, com passos rápidos fui para a parte de trás da casa. V continuava a jogar pedras, mas parou imediatamente quando me viu – Oi.

-Sério? No meio da madrugada, você vem até a minha casa, me acorda, me tira da cama e a única coisa que diz é oi?

-Desculpe, estou tentando parecer mais normal. Você não foi a única pessoa que me chamou de estranho, antes eu não ligava, mas depois de contar quantas vezes fui chamado disso, resolvi me segurar e ser comum.

-O comum é chato, o legal é ser como um Alien – V sorriu para mim, andando para mais próximo de meu corpo – O que está fazendo aqui?

-Não conseguia dormir, então vim te ver. Isso é errado?

-É, mas agora que já está aqui, o que quer fazer?

-Primeiro posso te mostrar o lado anormal da vida, que tal? – Seu sorriso aumentou mais ainda, as gotas de chuva agora ficava mais forte.

-Acha que não conheço o lado estranho da vida? Eu conheço, e muito bem – V fechou os olhos e balançou a cabeça, negando.

-Não, você é certinha demais. Não conhece esse lado legal, posso te mostrar ele hoje?

-Tem que ser de madrugada?

-Tem – Suspirei e assenti. Tae pegou minha mão e me puxou para longe de minha casa, o parei ao perceber que estava apenas de pijamas e pantufa. Seus olhos me observavam e sua expressão era de confusão.

-Estou de pijama, posso pelo menos trocar de roupa?

-Não, mas se fica mais confortável posso tirar a camisa.

-POR QUÊ?

-Por que eu durmo assim, desse jeito, nós dois estaríamos de pijama – Algo dentro de mim pedia para que minha resposta fosse sim, repreendi essa parte.

-Não, pode continuar do jeito que está – Ele vestia uma calça jeans, uma camiseta branca, uma jaqueta preta por cima e um tênis. Meu desespero só crescia, onde essa criança disfarçada de adulto me levaria? Eu estava apenas de pijamas, uma jaqueta surrada e pantufas. Se alguém me visse desse jeito com certeza não saberia o que fazer ou dizer.

Minha mão era puxada firmemente pela de V, ele não parava de andar sequer um segundo e eu já estava ficando cansada. Minha respiração ficava cada vez mais pesada e longa, dores na região do tórax começavam a aparecer. Finalmente Tae parou, soltei sua mão e segurei meus joelhos, colocando o corpo para frente.

-Se cansou? Precisa se exercitar mais S/N, ficar sentada o dia todo desenhando não faz bem pra saúde – Olhei para ele, senti uma pontada de raiva daquela frase. V me deu outro sorriso. Não sabia mais quantas vezes havia visto seu rosto sorridente naquele dia - Vamos! Precisamos entrar rápido.

-Nós vamos entrar aonde? – Perguntei, me recompondo.

-Ali – Respondeu, apontando para frente. Um mercado ocupava minha visão, perguntei-me se aquilo era realmente sério – Vamos – Ele pegou minha mão e me levou para a parte de trás do estabelecimento. Havia uma porta a nossa frente, fiquei parada esperando com que Tae fizesse alguma coisa, mas não fez.

-Vamos entrar ou não?

-Sim, só estava esperando você me perguntar isso – Outro sorriso, ele andou até o latão de lixo e foi para debaixo dele.

-V, O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? – Gritei em um sussurro, se é que isso faz algum sentido. Kim continuava a se espremer para baixo do lixão, até que finalmente saiu.

-Pegando a chave – Respondeu, batendo a sujeira de sua roupa – Sei onde eles escondem, pois vinha aqui quando era menor. Isso não importa agora, vamos – Ele passou por mim e abriu a porta, preparei-me para um alarme, mas nada foi ouvido. Para um mercado não ter alarme, a coisa deveria estar bem feia.

-Não tem câmeras aqui? – V assentiu, andando colado a parede e indo a algum lugar. Apenas o segui caminhando normalmente, até ser puxada para a parede ao seu lado. Tae fez um sinal para que eu ficasse quieta e continuamos a andar. Chegamos a um painel, ele abriu-o e apertou os botões. Nada aconteceu.

-Desliguei as câmeras, essa parede é o ponto cego delas – Fiquei surpresa com o quanto ele sabia, quantas vezes já havia entrado aqui? – Agora é só fazer o que quiser. Estamos dentro de um marcado! – V saiu correndo entre os corredores. Ele tinha razão, eu não conhecia esse lado da vida, e uma parte de mim não queria. Saí correndo atrás dele.

Paramos na ala de aparelhos tecnológicos, haviam várias televisões, computadores e celulares, por um momento pensei que V fosse assaltar o lugar. Ele foi para frente da TV, ligou o Wii e começou a jogar tênis sozinho. Olhou para mim, parado, esperando que eu fosse até lá. Respirei fundo antes de dar um passo e pegar o controle.

Iniciamos a partida e o medo de ser acertada por aquele controle me consumiu, já bastava um roxo no rosto. Durante o jogo, haviam momentos em que eu desviada de jogadas muito violentas de V, mas foi divertido. Rimos algumas vezes e fazíamos piadas sempre que possível. No final, ele me venceu por um ponto e ficou se gabando por isso, eu apenas ficava dando risada de tudo o que era feito por Kim. Jogamos mais alguns jogos, até que chegou a hora do Just Dance.

-Quer ir primeiro?

-Eu não vou jogar – Respondi, firme.

-Vai sim, hoje tem que ser divertido! São duas da manhã! Quando vai poder invadir um mercado e usar tudo que tem aqui de graça à uma hora dessas de novo?

-Se depender de você, nunca se sabe.

-Se você não vai, eu vou – Empurrou-me para o lado, não muito forte, e ficou de frente para a tela da televisão. Selecionou a música e a batida começou a tocar, no momento em que iniciou a dança minha mente toda parou de funcionar. Ele dançava muito bem e aquilo me impressionou. Assim que terminou, estava ofegante e suado, não me responsabilizo pelo o que passou em minha cabeça – Sua vez.

-Eu não vou, já disse – Mal terminei a frase e V pegou meu pulso, me levando para frente da TV. Ele selecionou uma música qualquer e foi para trás de mim, segurando meus pulsos e o controle juntos.

Senti a sua respiração em meu pescoço, não sabia direito o que fazer. Aquilo era desconfortável e reconfortante ao mesmo tempo, pensando sobre isso, minha cabeça quase explodia de dor e confusão. O som começou e V movia meus pulsos, fazendo-me dançar no ritmo da música. Acabei por deixar que me guiasse na dança e sem ao menos perceber, já nem estávamos mais olhando para a tela. Dançávamos olhando um para o outro, ambos sorríamos. De repente, sem aviso nenhum, ele pegou meu pulso e me puxou para o meio dos corredores de novo.

Fomos para o local onde ficavam os doces, V pegou um carrinho e colocou tudo o que pôde dentro. Então pegou a chantilly e passou um pouco no seu dedo, depois olhou para mim e passou no meu rosto. Tentei pegá-la da sua mão, mas tudo o que consegui foi com que ambos de nós caíssemos no chão. A lata de chantilly rolou para longe de nós e foi aí que começou uma corrida até o objeto. Alcancei-a antes de V e mirei em seu rosto, apertando o botão. Parecia que uma barba nascera onde sujei e acabei dando muita risada. Tae também colocou um pouco de chantilly em mim e quando vimos, estávamos todos sujos. A primeira coisa na qual pensei foi no que faria para não sujar a casa assim que chegasse.

Ficamos mais uma hora dentro daquele mercado destruindo tudo, comendo e conversando. Percebi que nunca havia dado tanta risada quanto naquele dia. V realmente me mostrou um lado divertido da vida. Ás três e meia da manhã, sentamos no sofá que tinha lá e ele pegou uma caneta.

-Posso fazer uma coisa na sua mão? – Me assustei com a pergunta, mas deixei. Ele já havia ganhado minha completa confiança. Com todo o cuidado do mundo, começou a desenhar alguma coisa. Assim que terminou, olhei o que tinha feito. Havia a palavra Alien e uma cabeça de extraterrestre desenhada em mim. Apenas consegui rir, ele tinha mesmo a personalidade Alien, uma personalidade que eu gostava.

Ele me olhou sorrindo e retribui o sorriso, nada foi dito até que V segurou meu queixo e trouxe meu rosto para perto do seu. Senti seus lábios tocarem os meus…


Notas Finais


desculpem a demora de postar mais ta ai...


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