História O destino - IV

29 de Fevereiro de 2017

Era exatamente 17:15 da tarde; Como todos os dias desde que cheguei a Los Angeles, nesse mesmo horário eu me encontrava na praia, sentada  na varanda de uma casa velha abandonada de frente para praia apreciando o sol ou como dizem aplaudindo o mesmo. Isso pode soar um pouco maluco, mas acredite isso que me da força para continuar com a minha pequena vida nessa grande cidade. Esse e o colírio para meus olhos depois de um dia longo vendendo flores para casais apaixonados- ou que dizem ser apaixonados- para crianças que assim como eu já nasceram amando o que a natureza nos da; Hoje mesmo me deparei com uma linda criança que me fez lembrar minha pequena irmã, Sofia. Sinto tanto falta daquela garotinha; Devido as circunstância da vida ela não mora comigo, pois como eu não tenho casa própria e nem fixa  e nem condições de dar uma boa vida para ela, ela continuara naquele orfanato. No entanto todos os finais de semana eu lhe faço uma visita e sempre que posso eu levo presente. Assim como o sol, eu já estava mais um dia se recolhendo dessa grande bagunça que é o mundo. Digamos que eu não tenha uma casa, pode se dizer que quase todos os dias da semana eu passo as noites aqui, nessa velha casa abandonada. Minha amiga irmã, Dinah, sempre briga comigo por causa disso. Ela mora em um apartamento sozinha e me chamou para morar com ela. Eu aceitei, mas, quase nem sempre durmo por la, só vou mesmo para fazer minhas higiene e sempre que ela esta em casa lhe faço companhia e ela sempre me dando conselhos e ótimos carinhos que eu pouco tive. Infelizmente a vida não vai nem um pouco com minha cara, não sei o que eu fiz para ela, mas elas desde que eu tinha 10 anos vem me pregando peças e uma dessas foi com meus pais. Um acidente de carro os matou na hora, por sorte eu e minha Irma não sofremos nada Sofia que na época tinha 4 anos. Alejandro Cabello e Sinuhe Cabello, esse era os nomes deles. Como já disse a vida realmente não vai com minha cara, depois do acidente ficamos dois anos com minha avó, mãe de minha mãe. Mas, mais uma vez a vida prova seu ódio por minha pessoa e leva minha avó. Depois disso ficamos sem familiares próximos. Os que estavam longe não quiserem saber de mim e minha pobre Irmã. Com isso fomos levadas para um orfanato em Miami. Sim eu era de lá; Na verdade sou cubana, mas devido à situação na época emigramos para Florida. E depois de todo acontecido tivemos que vim para um orfanato em Los Angeles, devido o lota mento de crianças no de Miami. Essa é uma pequena parte do que eu já vivi hoje, tirando os preconceitos e várias palavras de ódio que recebo no dia a dia, eu ainda continuo aqui, feliz com o pouco que tenho.

O sol já se foi e hoje eu iria também. Dinah me ligou algumas horas atrás pedindo para que fosse jantar e passar a noite com ela, pois estava com saudades e queria me contar uma coisa; Eu confesso que também já estava com saudades, e nem precisa dela ligar. Já era 18:00, marquei com a Dinah as 18:15 ou seja, teria que corre pois ela morava um pouquinho longe.

Depois de alguns minutos já avistei o prédio que se localizava seu apartamento. Como tinha as chaves nem avisei que já estava a caminho e fui entrando.

-Dinahh,- chamei quando adentrei na sala; Deixando minhas cesta  na mezinha do centro com algumas flores ainda que infelizmente teria que jogar fora, pois elas murcharam. Inda bem que hoje as vendas foram excelentes e sobraram só duas rosas.

-Milaaaa- quando vejo já estou sendo apertada por uma Dinah só de toalha- que saudade cancho.

Dou-lhe um abraço de urso; Eu amo essa garota ela é minha irmã, e meus pais que pode se dizer que nunca tive.

-Pensei que não vinha mais- Dinah diz se soltando do abraço e arrumando a toalha no seu corpo.

-Nossa, só me atrasei 5 minutos- digo e dou um sorrisinho me sentando no sofá

-Mesmo assim, já estava preocupada- diz ela caminhando em direção ao corredor- Agora aquiete o popozão nesse sofá que irei trocar de roupa e já venho para começarmos a fazer o jantar.

E assim eu fico sozinha na pequena sala rindo sozinha desse ser humano; AH, pelo menos a vida acertou uma vez e me fez conhecer essa alma que eu tanto admiro. Dinah cursava direito, iria fazer dois anos já; Eu a prometi que esse ano iria fazer faculdade de gastronomia e como prometido estou esperando as matriculas se abrirem para poder me matricular. Como ia dizendo Dinah, era uma ótima estudante sempre dedicada, tinha sua família que morava a algumas horas do se sua casa. Ela tinha minha idade, eu era mais velha, diferença de alguns meses só.

Passamos horas na cozinha; Eu na verdade que cozinhei tudo enquanto á ouvia dizer como ia a faculdade , sua família.

Terminei tudo já eram nove horas da noite; Fiz uma lasanha se frango que ela adora e para sobremesa fiz abacaxi com creme de leite condensado. Amamos essa sobremesa. Arrumamos a mesa e logo fomos nos servi e assim logo indo sentar para poder apreciar essa deliciosa comida.

-Puta que pariu, isso aquiui estau mais que divido- Dinah diz com a boca todo cheia

-Pelo amor mulher, come direito pra depois falar- digo rindo de seu estado- Não entendi nada do que disse.

Ela limpa a boca e repente, agora com clareza.

-Lógico né, olha quem fez- digo fazendo pose- Uma futura chefa dos melhores restaurante que essa cidade já viu.

Ela começa a rir e juntas às mãos como se tivesse profetizando o que acabei de lhe dizer.

Ficamos em silencio apenas soberano a comida, quando á mesma quebra o silencio.

- Lembra que eu te disse que alem de estar com saudade precisava dizer uma coisa- Diz ela agora tomando um gole de seu vinho; Balanço a cabeça com sinal de positivo, mas, eu literalmente nem lembrava- Então, foi uns caras engravatados na faculdade hoje, passando um recado para toda turma. Perguntando que quem estivesse interessado -de preferência as meninas- para procurarem a empresa M&C cosméticos, para poderem fazer teste e entrevistas para serem modelos de maquiagens para a empresa.

Ouço tudo com atenção, mas não entendo até aonde quer chegar, ela sabe que eu não uso maquiagem, na verdade ultra raro eu usar.

-Mas eles abriram mais uma preferência – ela continua, limpa a boca com o guardanapo e diz- querem principalmente garotas que quase nunca usam maquiagem, que tenha uma beleza mais natural, juvenil; Explicaram que devidos a novas maquiagens, era pra fazer testes também.

Agora sim compreendi o que ela quer me dizer, Dinah estava querendo me arrumar um emprego. Apesar de eu odiar essas empresas -sempre poluindo e desmatando com suas grandes tecnologias- eu achei interessante, e eu estava precisando de dinheiro.

-E é obvio que você pensou em mim- digo dando –lhe um sorriso

- Mila, serio, aproveita essa chance, eu não sei o valor do salário ou se e trabalho fixo, mas já é um começo- diz ela agora com um semblante serio- Eu sei que você gosta de vender flores pela cidade, mas se você quiser mesmo dar uma vida melhor para sua Irma e para você mesmo, terá que arrumar um emprego que ajude. E esse, tenho a certeza que você passara no teste, é o perfil perfeito, por favor, pelo menos ate você conseguir entrar na faculdade.

Ela diz e por um segundo paro e penso, Dinah estava certa, eu teria que arrumar um emprego bom para pode realizar meus sonhos, e a faculdade ainda estava longe.

-Ok ok senhorita- digo e logo fica toda alegre- me passa o endereço que amanha irei lá ver se é isso que a vida reserva para mim dessa vez.

Ela me abraça e logo pega uma papel já anotando o endereço certinho.

Terminamos o jantar e Dinah vai lavar a louça; Dou-lhe um abraço e uma boa noite e me retiro para tomar um banho e depois dormi, pois o dia amanha será cansativo; Antes de deitar, me pego recordando de uma mulher de olhos verdes que apenas esbarrei com meu olhar dentro de um  restaurante; Aparentemente ela já estava olhando para mim, pensei que gostaria de um rosa para seu marido ou algo semelhante, mas logo saiu correndo, sem deixar nem sinal de interesse pelas rosas.

Balanço cabeça para tirar esses pensamentos, que não faço ideia do porque deles nesse momento, pois já se faz uma semana desde o acontecido. Deito-me na cama e logo entrando em um sono profundo.