História O Destino - Que vergonha alheia

P.O.V Ian

Bati na porta da casa da Carla.

- Oi meu amor. Não esperava te receber hoje. – Disse ela agarrada em meu pescoço.

Segurei seus braços e a afastei.

- Olha, a partir de hoje não tem mais essa de “amor”. Estou terminando com você. Não dá pra continuar.

Sua expressão era de fúria.

- Foi aquela idiota da Hazel, não é? Ela fez você terminar comigo, não caia na dela, ela não...

- Para. A Hazel não tem nada a ver com isso. E é melhor você não chegar perto dela de novo. Ou você vai realmente se arrepender.

Dei as costas e saí. Era final de tarde, resolvi ir ao parque esfriar a cabeça, pensar um pouco. Hazel sempre mexeu com meus sentimentos. Sempre.

Me deitei na grama um pouco afastado do resto das pessoas daquele lugar. Sentindo o vento bater em meu rosto. Estava quase pegando no sono quando uma bola bate na minha cara.

- AI! – reclamei

- Desculpa moço. – um menino disse pegando a bola perto de meus pés.

Olhei em volta, o parque estava ficando mais vazio.

- Oi.

Me virei.

- Ah... Hazel e... Desculpe como é seu nome mesmo? – nunca fui bom em decorar nomes.

- Sophie. – respondeu a garota

As duas se sentaram ao meu lado.

- e aí, como tá a vida? – Hazel perguntou

- normal... Bom, terminei com a Carla.

As duas voltaram o rosto para mim. Hazel tentava não sorrir.

- sério? Mas... Por quê?

- Eu nunca gostei dela de verdade. E também não poderia continuar com ela depois que vocês duas brigaram. Afinal, você vale mais a pena que ela. – não queria ter dito isso. Não mesmo. Mas é a verdade.

Ela ia falar alguma coisa, mas seu celular tocou.

- Com licença. – disse e se afastou para atender.

Eu e Sophie ficamos ali num silencio constranger.

Depois de uns minutos, resolvi falar.

- E então... Há quanto tempo vocês se conhecem?

- há seis anos.

- Ela nunca me falou de nenhuma Sophie. – comentei

- E de uma Gafanhota?

- Ah... Sim, sim. Disse uma vez que essa tal Gafanhota a fez perceber que estava apaixonada por mim. – ri

- Sou eu.

- Hum?

- A Gafanhota sou eu.

- Eita, sério? Que legal.

Hazel voltara.

- Sophie, vamos embora? Já está ficando tarde. Você vem com a gente, Ian? Afinal, moramos no mesmo prédio.

- Não... Vou ficar mais um pouco. Podem ir.

Ela assentiu, fizeram um aceno e foram.

P.O.V Hazel

- Quem era no telefone? – Sophie me pergunta.

- Ham... era... minha mãe, querendo saber como estava me virando aqui. – Não podia contar que era o Nicolas. Não ainda.

- Ei, vamos ao aeroporto amanhã? – perguntei logo que entramos no prédio.

- Fazer o que? – ela me olhou desconfiada

- Tem uma cafeteria lá que vende bolo de café. Aquela lá que a gente viu quando desembarcamos.

- Eita. Beleza.

O avião do Nicolas chegaria às 16h00min. Disse que iria com um amigo, o Dennis, pra segurar o cartaz. Perguntei a ele pra que o bendito cartaz, mas ele não quis me dizer.

Chegamos ao aeroporto às 15h15min. Comemos uns quatro pedaços daquele bolo maravilhoso de café. Quando deu 16h00min em ponto, convenci Sophie a ir até a área de desembarque.

Nicolas tinha acabado de sair. Sophie me olhou sorrindo e “por que não me contou, vagabunda?” e foi pros braços do Nicolas.

Ahhhh foi uma cena muito fofinha. Eles se beijaram e ficaram se abraçando. Até que vi a coisa mais clichê acontecer. Queria esganar o Nicolas, cara. Por que ele não fez o que combinamos? Ele é muito burro! Deniss surgiu atrás deles com um cartaz enorme dizendo....