1. Spirit Fanfics >
  2. O Destino do Príncipe >
  3. Masmorras

História O Destino do Príncipe - Masmorras


Escrita por: Miahwe

Notas do Autor


VOLTEI!
Ora, ora. "Miahwe, pensei que iria abandonar a história", "Miah, como pode me deixar curiosa(o) por tanto tempo". Hehe.
Bem gente, não vou de forma alguma abandonar essa história. Tenho já alguns capítulos prontos até, precisando de revisão e reescriação, mas enfim.
Peço perdão com todos os doces do mundo em cima, sei o quanto chato é uma atualização demorada. A justificava que tenho é que, os capítulos já postados eu tinha colocado-os para betar. Enfim, só isso mesmo, mas ainda não terminamos (eu e minha beta ☆), decidi postar este logo para não continuar torturando vocês - não, não está betado, desculpem os erros.
Não vou dar prazo para o próximo, preciso ajeitar umas coisas e estou meia sem tempo :/. Dessarte, obrigado a todos que estão acompanhando, que deixam comentários e etc♡ Vocês são uns amorzinhos :3, arigatou gozaimasu♡♡.
Vou parar de blá blá blá e desejar um bom proveito desse capítulo, porque no próximo a coisa vai comerçar a rodar.


Capítulo 6 - Masmorras


 Enquanto lia de papéis avulsos à documentos importantes, Nagato se perguntava a sorte que teve do quarto real e por conseguinte o baú de documentos de Minato não terem queimado. Um de seus intendentes havia chegado naquela manhã com o baú, este de carvalho e ouro. Desde então tinha passado os dois dias seguintes mergulhado nos papéis, absorvendo as dívidas, empréstimos, investimentos e todo tipo de problemas, como manutenção de armas, seca nas plantações do sul, distribuição de alimentos e datas de pagamento de impostos do reino.

Não podia negar que Minato tinha liderado bem o reino, quase não havia dividas e tirando alguns atrasos nos investimentos para o exército, estava tudo bem. E Nagato odiava ter que admitir aquilo.

Assim que abaixou uns documentos sobre os impostos viu um papel mais velho, pouco amarelado e quebrado nos cantos pelo tempo. Pegou-o e começou a ler, era a letra do avô se não enganava-se.

Enquanto lia seus olhos se abriam ao contemplar a importância e a vantagem que aquilo lhe trazia atualmente. Falava sobre a dívida do reino do Fogo para com o reino da Terra, uma dívida que Minato havia perdoado sem mais nem menos na primeira reunião de renovação de paz com os outros reinos assim que ascendeu ao trono.

Depois da guerra de Formação dos Reinos e o selamento do tratado de paz que seria renovado em quatro em quatro anos, o reino do Fogo estava com altas baixas no exército e não possuía dinheiro o suficiente para fazer a manutenção do reino, a bondade do seu bisavó em emprestar o dinheiro ao reino do Fogo foi lendária de forma que acabou sendo chamado de Rei Abnegado até depois de sua morte. Uma dívida demasiadamente grande, esta que Minato perdoou sem mais nem menos. No entanto, Nagato iria revivê-la, afinal, poderia utilizar todo aquele dinheiro para a manutenção da Cidade da Terra e investir em algumas mudanças.

Sorriu sozinho diante daquele poço de ouro.

Pegou um papel em branco e molhou a pena, mas assim que uma gota caiu no papel de arroz o Uzumaki reconsiderou, lembrando-se inicialmente de que a reunião dos quatro anos para reassinar o Tratado de paz seria em pouco tempo, ou seja, não havia momento mais oportuno para tratar negócios com um rei.

***

Acenou ligeiramente a cabeça para as damas de companhia dispensando-as, não precisava de companhia para ir ao quarto do filho. As três fizeram uma reverência graciosa e foram embora pelo corredor com os seus vestidos pomposos, cheios de renda, pedras e babado balançando enquanto andavam.

O guarda que vigiava a porta do quarto do príncipe fez uma reverência ao vê-la e se afastou abrindo espaço.

- Príncipe Itachi? – A rainha Mikoto perguntou batendo na porta do quarto.

- Pode entrar. – A voz grave ressou por detrás da porta.

O filho estava deitado em cima da cama, sem camisa, descalços e as calças estavam folgadas. Na janela Shisui estava em sua forma mais casual, não havia nele nenhum resquício de armadura, era, vendo-o daquela forma, apenas um rapaz apreciando um livro. Mas, Mikoto sabia que ali havia mais responsabilidade do que aparentava, ela sempre achou que ele era demasiadamente jovem para ter sido nomeado um dos Comandantes do reino, no entanto não podia negar que ele fazia bastante jus ao cargo e nunca havia decepcionado seu soberano nos anos em que serviu.

- Vossa Graça. – Shisui falou apressadamente, levantando-se e fazendo uma reverência.

- Comandante Shisui. – A rainha cumprimentou com a cabeça e com um breve sorriso fez um sinal para que ele levanta-se. – Faz muito tempo que não o vejo tão casual, lembra-me de como era quando menor.

Ele nada disse, apenas sentiu um pouco tenso e voltou a sua posição na janela.

- Viu o Sasuke? – Mikoto perguntou para Itachi que escrevia alguma coisa apoiado no criado mudo ao lado grande cama.

- Não, senhora. – suspirou pousando a pena. – Deve estar passeando como sempre. Aconteceu algo?

Mikoto negou com a cabeça. – Iria pedi-lo para me acompanhar na viagem até a casa de meus pais daqui a poucos dias.

Itachi assentiu em entendimento.

- Ah, querido, chegou uma carta a pouco tempo dos Hyuuga. – Mikoto notificou. – Hiashi pediu para adiar sua viagem até depois do encontro entre os reis para selar o Tratado dos quatros anos.

Itachi franziu a testa, mas logo depois assentiu compreensivo. De nada adiantaria a ele viajar para visitar a princesa se estas estará junto ao pai na renovação do Tratado, da mesma forma como Itachi também estaria. – Já tinha esquecido, será em uma semana não é?

- Sim. – confirmou. - Com licença, se virem o Sasuke me avisem. – A rainha falou, fez um aceno para o Comandante da Floresta e saiu.

***

Shisui olhou para o Sol analisando que possivelmente deveria estar próximo do meio dia, suas horas de tranquilidade esvaiam cada vez mais rápido. Voltou os olhos para o livro, este que contava sobre uma guerra ocorrida a muito tempo entre duas Casas menores, o narrador frisava especialmente as estratégias usadas pela Casa vitoriosa com inúmeros detalhes e isso prendia a atenção do Comandante. Fora Kisame, o Comandante da Guarda Real, que havia lhe indicado o livro em um dia avulso que o encontrou na biblioteca real.

Estava perdido em pensamentos enquanto analisava uma estratégia quando a voz de Itachi quebrou sua linha de raciocínio. – Este livro realmente o prendeu. – comentou e em seguida deu um pequeno riso sem graça. – Não imaginei que Kisame tivesse gosto pela literatura.

Shisui resmungou algo em resposta, estava quase terminando aquela parte. Por fim, virou-se para o príncipe, deparando-se com o mesmo lhe observando de forma divertida. – Algo errado? – Itachi deu de ombros e um sorriso torto pendeu em sua face. O corpo do Comandante da Floresta aqueceu-se enquanto os próprios olhos passeavam pelo corpo seminu do príncipe até que seus olhares se esbarraram novamente, Shisui adorava quando Itachi soltava os cabelos e, no momento, estava adorando vê-lo naquela cama.

De forma inconsciente passou a língua pelos lábios. Suas mãos estavam ficando suadas e sentia uma certa necessidade de sentir o toque do herdeiro em si. Odiava esse efeito que Itachi lhe causava, para si ele era um tipo de pecado, uma droga que tinha que começar a superar.

Sentiu um aperto no peito ao pensar naquilo, mas era a verdade e não tinha como fugir. Ele era o príncipe herdeiro e ia casar-se com uma herdeira, Shisui sabia que após este evento passaria a ser apenas mais um dos subordinados de Itachi, apenas um Comandante e então seria como se nada tivesse existido entre eles.

A realidade era dura, mas era assim e Shisui sempre foi bastante realista. Entre eles, o que possuía a alma romântica era Itachi.

Puxou o ar pela boca e logo expirou, seu peito estava pesado.

- Hey, Shisui? – Itachi chamou.

Balançou a cabeça colocando os pensamentos de lado.

- Desculpe, eu estava distraído, o que disse?

- No que está pensando?

- Nada demais. – mentiu olhando para o pátio logo abaixo, evitando encarar o príncipe.

- Conte-me, se tem algo errado, quem sabe eu não possa ajudar.

Não havia necessidade de compartilhar aquilo com Itachi, ele não poderia ajudar e apenas serviria para deixar o ambiente entre eles tenso e dramático.

Levantou-se do peitoril largo e começou a andar até a porta. – Preciso ir tenho um treino para orquestrar e preciso me arrumar.

Itachi pulou da cama, adiantando-se pelo longo tapete e segurou o pulso do Comandante antes que este tocasse na maçaneta, as calças folgadas deixavam os ossos do quadril a mostra, assim como alguns pelos escuros. – Pode confiar em mim. – falou. Shisui o encarava, não tinha a dizer. – Não gosto de lhe ver preocupado com algo e não saber o que é. Sou um pouco egoísta, eu sei. - confessou com franqueza enquanto empurrava Shisui, até as costas do mesmo encostarem na porta, explorando, logo em seguida, o pescoço deste.

Shisui mordeu a parte interna da bochecha evitando que um arquejo de surpresa saísse. Os lábios de Itachi eram maravilhosos, assim como as carícias que ele fazia com as mãos pelo seu corpo. – I-tachi, deuses, eu... – preciso ir, era o que ia falar, mas mordeu o lábio e soltou um baixo gemido ao sentir a língua do príncipe arrastando-se na curvatura de seu pescoço, provocando um arrepio extasiante em sua espinha. Por um segundo sentiu seu corpo ficar mole e segurou-se mais firme na cintura do amante.

O herdeiro trilhava inúmeros beijos cálidos no pescoço do Comandante, enquanto as mãos adentravam por baixo da túnica do mesmo e percorriam de forma excitante o tronco forte e calejado. – Vai me contar ou vou ter que continuar lhe torturando? – perguntou cheio de malícia ao pé do ouvido de Shisui.

- Não é uma escolha muito difícil. – Shisui respondeu e puxou Itachi ao encontro de seus lábios famintos. Foi um beijo moderado e cheio de desejo, apesar do príncipe ter tentando aprofunda-lo Shisui o manteve controlado, sabia que se seguisse Itachi rumo a toda aquela luxúria iria acabar tendo um ereção e ele, realmente precisava ir ao encontro de seus subordinados. Todavia, a cada segundo que aquele beijo se prolongava junto as carícias de Itachi em seu corpo ficava cada vez mais difícil manter a razão.

Mordeu o lábio inferior de Itachi e ouviu-o gemer de deleite. – Passe o resto do dia comigo. – O príncipe pediu quando, minimamente, se afastaram, as bocas quase se encostando.– Diga-me o que lhe aflige.

Shisui sorriu e disse irônico: – Você ainda não é rei, não pode me dispensar sempre que quiser.

Itachi o ignorou e voltou a beijá-lo novamente, desta vez com mais fome, os corpos cada vez mais juntos, o cheiro de Itachi vibrava em todo lugar e os lábios úmidos o deixavam inebriado. Suas mãos passeavam pelo corpo forte e seminu do príncipe, sentindo cada curva e músculo sobre seus dedos. Um gemido invadiu o beijo quando Itachi colocou uma das mãos dentro das calças de Shisui. – Mas... um dia serei seu rei. – O herdeiro sussurrou descendo os beijos pelo pescoço do Comandante junto a cálidas mordidas.

Shisui fechou os olhos apreciando o aperto no peito que a frase provocou e então voltou a realidade. Sim, um dia ele seria rei e quem estaria presa contra a porta seria a princesa Hyuuga. Suspirou, não queria ter pensado naquilo.

Itachi parou notando que Shisui tinha ficado estático. – Fiz algo de errado? – perguntou tirando a mão de dentro da calça do amante e então deixando que a túnica caísse de volta até os joelhos, pousando em seguida as mãos na cintura do mesmo.

Shisui segurou a maçaneta e a girou, abrindo a porta. – Não, - deu um beijo rápido nos lábios de Itachi para reforçar a negação – eu realmente tenho que ir, se me der licença. – falou e escapou pela brecha que abriu.

Um sentimento egoísta crescia enquanto descia as escadas, queria Itachi para si e apenas para si, mas Itachi não era e nunca seria seu. Bufou dobrando em um corredor e socou uma pilastra que tinha logo à frente esbravejando um impropério.

Duas criadas apressaram-se em passar por ele assustadas pelo súbito ataque de raiva, mas Shisui ignorou e prosseguiu em frente, tinha trabalho para fazer, quem sabe não relaxava durante o treino.

Talvez, pensando bem, não estaria nesta confusão de sentimentos se tivesse recusado o convite para passear que Itachi lhe fez em uma noite de outono a poucos anos atrás. Mas agora não adiantava pensar naquilo.

***

Ali embaixo não havia luz, nada além de alguns poucos archotes que estavam nas paredes do corredor. As masmorras da fortaleza do Redemoinho se encontravam a metros abaixo do solo, mas não era quente e sim úmido e muitas vezes gélido, talvez por conta dos rios e da proximidade com o mar.

Sua cela não tinha nada além de palha seca, estas que não ajudavam muito no conforto durante a noite, e um balde para depositar as fezes e o mijo. Muitas das pedras que formavam o chão eram irregulares e deixavam-no cheio de dores pela manhã ao acordar ou então causavam tropeços e arranhões.

Haviam dois guardas que intercalavam os turnos como carcereiros, mas nenhum deles trocava uma palavra com ele ou, ao menos, respondiam suas insistentes perguntas. Todavia, tinha aprendido a interpretar o tempo com a ida e vinda dos guardas: fazia três refeições por dia, a primeira era trazida por Mingau – como decidiu chamar o guarda, por que ele sempre lhe trazia mingau; a segunda, provavelmente meio dia era trazida por Porco – apelidou este por ter olhos pequenos e um nariz dilatado; e a terceira era trazida por Mingau novamente. Nenhuma das refeições era de seu agrado e, de vez em quando nem as comia por nojo e repudio.

Sua montante havia sido dado a Mingau pelo próprio tio, mas não como um gesto de honra, Naruto sabia, foi em forma de gozação que Nagato tinha feito aquilo, como se a espada de Naruto não fosse boa o bastante para ser portada por um lorde ou um verdadeiro Sir. Ver Mingau com sua espada causa um certo lhe ciúme e aquilo não seria deixado em pune quando saísse dali.

Nos primeiros dois dias em que estiveram presos Kiba tinha gritado, rosnado e implorado para que o soltassem, depois que ficou rouco e sem voz, sentou-se afastado de Naruto com o cachorro, Akamaru, ao lado. Depois que cansou de gritar passou a culpar Naruto por estarem ali, mas o ex-herdeiro nada contestava.

- Vamos apodrecer aqui e a culpa é toda sua, prometeu que daria tudo certo, e agora olhe onde estamos! – estralou a língua descontente – Merda, merda, merda. Sabe o que acontecer? Vamos ser enforcados ou decapitados.

Em um surto de raiva Kiba tentou socá-lo, porém Naruto não precisou de muito esforço para imobiliza-lo. – Escute. – começou. – Você acha que se eu soubesse que ia ser preso nessa pocilga teria vindo para cá? Merda, eu não quero ficar aqui mais do que você.

No quarto dia Kiba tinha parado de falar com ele e Naruto se sentiu em paz para reestruturar seus pensamentos. Ainda não tinha se recuperado totalmente do luto pelos pais e a cada momento que tentava evitar as lágrimas parecia que a vontade de chorar ficava cada vez mais difícil de conter.

Certa noite, assim que encontrou uma posição confortável para usufruir do sono, lembrou-se da mãe contando-lhe um história antes de dormir e não conseguiu mais conter as lágrimas, nada daquilo iria voltar a se repetir: a mãe não iria mimá-lo, gritar com ele ou contar histórias para dormir e o pai não iria mais levá-lo em viagens, contar sobre os vários torneios que participou ou lhe dar concelhos. Era um sentimento tão vazio e solitário, como se tivessem arrancado um pedaço de si. Ou então a alma inteira.

Mordeu os lábios tentando parar os soluços e assim ficou até que o sono o dominou.

Ficar sem pensar nos pais era difícil, mas sabia que não podia mais continuar sofrendo daquele jeito, na verdade, não queria mais sentir aquele vazio no peito e o luto. Não queria mais sentir aquela dor de perda.

Bloquear as lembranças era difícil, mas não impossível, tinha conseguido quando a avó morreu, por que não conseguiria com os pais também?

 Quando contou sete dias, notou que o tio não veio vê-lo, apesar de ter pedido para Mingau e Porco avisarem-no que queria conversar. Nagato não deu nenhum sinal de vida e Naruto aceitou que apodreceria naquela cela até a morte. Kiba falava com o cachorro como se Naruto não pudesse escutar e nenhum dos carcereiros falava com ele, as vezes tinha a impressão de que seus únicos ouvintes eram os ratos que corriam por ali, guinchando enquanto trotavam as pequenas patas no chão de pedra. Certa vez, no terceiro ou quarto dia, Kiba tinha ralhado com Akamaru por ter matado um rato.


Notas Finais


Opa! Iai? O que acharam?
Espero que tenham gostado.
Não sei se é realmemte preciso, mas vou frisar duas coisinhas caso alguém não tenha pego referência:
1- Montante é um tipo de espada. Possui um metro e vinte e pesa em torno um quilo e poucos. Para quem assisti game of thrones podem considerar a espada bastarda do jon como um montante.
2- Eu citei o Itachi como "romântico", mas não foi como aquele cara que dá flores e serenata. E sim como o estilo romântico da época do romantismo.

Enfim, até mais gente :3 vou tentar postar o mais rápido.
Ps: Fiz uma conta no face (https://www.facebook.com/profile.php?id=100016739266280) vou postar atualizações e coisas em geral♡ hehe


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...