[Sophie]
Esses meses foram melhores do que eu poderia imaginar. Pedro foi uma grande companhia e agora somos melhores amigos, acompanhado um ao outro.
Dessa vez, ele estava indo comigo para casa e iria passar o dia lá, de novo. Chegamos e cumprimentamos meus pais, logo indo para a mesa.
- Como foi o dia de vocês, crianças? - minha mãe pergunta na calma de sempre.
- Nada demais mãe, aula normal. Não sei porque as pessoas perguntam sobre o nosso dia. Não é como se hoje tivéssemos ido para a aula e o Batman apareceu lá tocando viola com um tiranossauro rex - todos rimos.
- Senhor e senhora Moreira, eu...
- Nos chame de pai e mãe filho, por favor - interrompeu meu pai. Olhei para Pedro e ele estava meio assustado, mas de um jeito bom. Um sorriso radiante saiu de seu rosto. - Já nos conhecemos bem o suficiente para isso.
- ... Sim. Pai, mãe. Eu gostaria de saber se teria a permissão de levar Sophie no baile de formatura - quase engasguei com a comida. - Sabe, eles pediram para que escolhêssemos os pares agora, porque vai ter uma competição de melhores roupa e performance, já que vai ser formatura misturada de show de talentos. Eu já ouvi Sophie cantar, acho que temos chance de vitória - Riu enquanto eu digeria suas palavras junto da comida.
- Claro que sim filho! Se precisarem de ajuda com qualquer coisa, é só avisar - sorriram.
- Sim senhor! Quer dizer, Pai! - riu.
Quando terminamos de comer, puxei ele para meu quarto.
- Que história é esse de baile? - pergunto impaciente.
- O que? Só quis ser educado e falar com eles - se jogou na minha cama.
- Eu entendo, mas você nem sabia se eu ia aceitar ir com você! - me sento ao seu lado.
- E você recusaria? - fico quieta e viro o rosto. - Viu? - Senti ser agarrada e caí ao seu lado.
- Ei! Que audácia - acabei por rir.
- Amanhã você vai na minha casa, o.k.? - Sorriu para mim. Seus braços estavam em minha cintura e nossos rostos a uma régua de distância.
- O.k... Depois quero saber o porquê de eu nunca ter ido lá. Vou te encher de perguntas - ri e olhei para seu rosto.
Ficamos nos encarando por um tempo. O clima estava diferente, mas não era ruim. Não sei por quanto tempo ficamos assim, mas não reclamei e ele também não. Em um momento, o abracei e coloquei a cabeça em seu peito.
- Estou com sono. - Bocejo.
- Pode dormir - riu fraco. Senti suas mãos em meus cabelos e sorri.
Fechei os olhos naquela sensação. Naquele sentimento. Estar ao seu lado era simplesmente incrível e dormir em seus braços, melhor ainda.
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