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História O destruidor de corações - Camila


Escrita por: mandinhadias-1

Notas do Autor


Helllo pessoal estou trazendo para vcs uma história que eu amei mtu espero que gostem😊. E vou postar pelo celular então por favor me desculpe qualquer erro... E não me denunciem porfavor.

Capítulo 1 - Camila


Fanfic / Fanfiction O destruidor de corações - Camila


Eu queria acreditar que o meu passado não me segue como uma sombra em um dia ensolarado e da qual eu não consigo fugir. Eu tenho uma vida boa. Eu sou inteligente, tenho um bom trabalho, pernas longas, seios bonitos, e já me disseram, mais de uma vez, que o cara com quem eu saio é um ótimo partido. Então por que é que, quando eu olho ao redor, procurando por Shaw no restaurante lotado, parte de mim espera que ele tenha se levantado e ido embora? Quem, aos vinte e sete anos de idade, deseja levar um bolo? Aquela que vai continuar caminhando pela vida no piloto automático, a não ser que circunstâncias em minha vida perfeita forcem uma mudança. A perfeição é altamente superestimada. Eu sou uma personagem na minha história, passando pelos capítulos da minha vida como se fossem escritos por uma pessoa imaginária, quando eu deveria ser a autora.

Eu sou assim há muito tempo. Faço escolhas responsáveis. Minha vida é honesta e organizada e minha frequência cardíaca permanece constante. Gosto das coisas assim na maior parte do tempo. Eu deveria ter orgulho da forma como conduzo a minha vida. Mas a verdade é que, muitas vezes, sinto como se eu estivesse sufocando na minha vidinha superficial.

Shaw chama a minha atenção, levantando a mão, e indica uma mesa no canto do restaurante. A mesma mesa que sentamos quase sempre. À mesma hora, no mesmo lugar, toda semana, semana após semana. Eu vejo duas garotas sentadas no bar, perto de mim, olhando para Shaw e rindo. Seus queixos caem quando elas percebem que ele está acenando para mim e nem sequer as notou. Abro o meu melhor sorriso falso quando Shaw, sempre um cavalheiro, levanta-se quando eu chego
a mesa. Ele me beija no rosto e envolve o braço ao redor da minha cintura com um toque familiar.

— Desculpe, estou um pouco atrasada — faço meu discurso ensaiado, enquanto sento em meu lugar.

— Não tem problema, eu também acabei de chegar — Shaw responde, e eu sei que é mentira. Shaw Harper nunca se atrasa. Tenho certeza de que ele chegou aqui quinze minutos mais cedo e, como eu estou vinte minutos atrasada, ele está esperando há, provavelmente, mais de meia hora, mas ele jamais reclamaria.

— Você aceita uma bebida? — a atenciosa garçonete sorri para Shaw, apesar de seu discurso ser dirigido a mim. Se eu fosse do tipo possessivo, seu flerte explícito provavelmente me irritaria. Mas eu não sou. Possessividade e ciúmes seriam reações emocionais, algo que eu passei anos trabalhando para conter.

— Eu quero uma vodca cranberry. Diet, por favor. — Olho para Shaw e noto que seu copo já está vazio. Eu sorrio por dentro, pensando em como eu conheço esse homem bem. Ele havia tomado a única dose de bebida que ele se permitia beber, uma vodca com tônica. Aquela dose habitual durava
meia hora e então ele mudava para água.

— Só água para mim, obrigado — Shaw sorri para a garçonete e ela brilha com sua atenção. Shaw Harper é um homem bonito. Você teria que ser cego para não enxergar a sua beleza. Alto, olhos azuis, cabelo loiro perfeitamente arrumado, e sempre vestido como se tivesse acabado de sair de um ensaio da revista GQ. Seus dentes são brancos, perfeitamente retos e deslumbrantes em seu sorriso perfeito. Ele vem de uma família respeitável e, com apenas vinte e sete anos, já é sócio da firma de advocacia de seu pai. Então por que, nesse momento, enquanto ele fala, eu vejo seus lábios se moverem, mas eu não consigo ouvir uma palavra do que ele está dizendo?

— Camila , você está bem? — Shaw percebe a minha distância e sei que a preocupação em sua voz é genuína. Ele realmente é um ótimo cara, um bom partido, como dizem.

— Oh, eu sinto muito — finjo ter saído do transe. — Minha cabeça ainda deve estar no caso que eu estava trabalhando — minto.

A resposta parece satisfazê-lo. — Que tipo de caso?

Não demorou muito para que nós começássemos a conversar sobre trabalho; era sempre assim. Eu deveria ficar feliz porque tínhamos o trabalho em comum e ele entendia o que eu faço, mas nós praticamente só falamos sobre isso.

— É uma rescisão ilegal de contrato de trabalho — eu cito o primeiro caso que vem à minha mente. Felizmente, a garçonete volta, entrega nossas bebidas e pergunta o nosso pedido, dando-me mais tempo para pensar em algo interessante sobre o caso maçante que eu disse a Shaw que estava pensando.

A garçonete se afasta e um casal mais velho se aproxima de nossa mesa. — Você é Bill Harper Jr., certo? O filho de Bill? — O cavalheiro estende a mão com um sorriso amigável.

— É Shaw, mas, sim, eu sou Shaw Harper Jr. — Eu o ouvi corrigir dezenas de pessoas no decorrer dos últimos anos. Eu sempre me perguntei por que ele se incomodava tanto ao ser chamado de Bill ou Billy, ao ponto de sentir a necessidade de corrigir as pessoas. Afinal, quando alguém usa um apelido está querendo ser amigável, não é? Shaw tem um jeito educado de corrigir as pessoas sem ser grosseiro. O engraçado é que eu me pergunto por que isso o incomoda, mas nunca perguntei.

Os dois homens conversam por um tempo e, em menos de dez minutos, Shaw dá um cartão ao homem, sugerindo que ele faça contato e o homem promete ligar para o escritório no dia seguinte. A maneira como ele faz isso não é desprezível como se fosse um trem de carga. Shaw é suave e profissional. Isso, provavelmente, é natural para ele, já que seu pai, avô e irmão também são advogados.

Nós terminamos nosso jantar sem mais interrupções e nossa conversa é fácil e natural. Tem sido assim desde que nos conhecemos, no último ano da faculdade de direito. Nós nos demos bem instantaneamente e eu o consideraria um dos meus amigos mais próximos, se eu não estivesse dormindo com ele uma vez por semana, pelos últimos dezoito meses.

— Aluguei Possible Cover. Eu estava esperando que você fosse para a minha casa, depois do jantar. — É a cara de Shaw alugar o mais novo filme de ação, que ele provavelmente irá
desprezar, só porque eu sou uma viciada em filmes desse gênero. Shaw é um apreciador de filmes de arte e Woody Allen.

— Podemos deixar para uma próxima vez? — Vejo o rosto de Shaw se retorcer ligeiramente. Esta é a segunda semana consecutiva que encerro o nosso encontro depois do jantar... e antes do sexo. — Eu tenho que estar no escritório às seis horas para me preparar para um depoimento — finjo decepção na minha voz quando mais uma mentira flui livremente dos meus lábios.

Eu não tenho certeza se ele compra a minha desculpa ou se ele é apenas educado demais para me cobrar isso. Mas não me importo. Eu não estou de bom humor hoje. Nos últimos meses a nossa vida sexual se tornou um desafio para mim, porém, Shaw não parece ter notado. Não é culpa dele também. Ele tem um bom equipamento e funciona bem, na maioria das vezes.

Mas, ultimamente, tenho tido problemas para conseguir chegar ao meu lugar feliz durante nossas noites juntos. Talvez isso fosse parte do problema. Se eu quisesse um final feliz com Shaw, eu tinha que chegar lá por conta própria. Ele simplesmente não parece mais ser capaz de me fazer chegar lá, sem que eu tenha que agir. Então pareço ter me tornado uma daquelas mulheres que fazem sexo uma vez por semana e que precisam fingir. E eu não estou com vontade de fingir mais nada esta noite.


Notas Finais


Devo continuar? Se sim amanhã postarei 3 capítulos. BJS


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