1. Spirit Fanfics >
  2. O destruidor de corações >
  3. Camila

História O destruidor de corações - Camila


Escrita por: mandinhadias-1

Notas do Autor


Hellloo pessoal adorei os comentários e estarei postando os capítulos agora..... espero que gostem e comentem eu adoro ouvir opiniões então vamos conversar kkkk. Desculpem qualquer erro eu estou no celular.

Capítulo 2 - Camila


Meus colegas de trabalho na Milstock & Rowe formam um grupo eclético de pessoas. Shaw e eu fizemos estágio aqui no último ano da faculdade de direito. Após a formatura, Shaw foi trabalhar no escritório de advocacia do pai, na Madison Avenue, que foi inaugurado por seu avô, há mais de setenta anos. A empresa é bem estabelecida e atende a elite da indústria da publicidade. Leonard Milstock, um dos sócios da Milstock & Rowe, me ofereceu uma posição como colaboradora júnior ao final do estágio e eu alegremente aceitei.

Shaw e eu não discordávamos muitas vezes, mas nós discutimos um pouco quando eu decidi ficar na Milstock & Rowe. Ele achava que não era um bom passo na carreira aceitar um emprego em um pequeno e desconhecido escritório. Mas eu estava confortável lá e Milstock me permitia fazer um trabalho que um associado júnior apenas sonharia que pudesse cair em suas mãos, em uma grande empresa. Essa era uma das vantagens de trabalhar em um escritório pequeno, e eu achei que compensaria o salário mais baixo e a falta de prestígio. Shaw, por outro lado, achava que eu estava indo para o lado oposto da escalada do sucesso. Salário e prestígio estavam no topo das prioridades da carreira de Shaw. Mas não na minha.

— Bom dia, Regina — sorri para a recepcionista ao entrar no escritório quinze minutos atrasada. Ninguém parece se importar com o fato de que estou eternamente atrasada, especialmente porque eu costumo ficar até muito depois das sete, quase todas as noites. Pontualidade não é o meu forte.

— Shaw ligou, ele pediu para você retornar a ligação. Ele queria saber se a sua agenda está disponível para atender a um cliente dele.

Droga. Agora ele sabe que o depoimento que eu disse que tinha de manhã cedo era mentira. — Regina, você se importaria de pedir a Gigi para ligar pra ele de volta e verificar a disponibilidade na minha agenda? — Levanto minhas sobrancelhas para Regina e ela entende o que estou pedindo e sorri, animada por fazer algo por mim.

Regina é nossa recepcionista há quase um ano. Ela tem uns quarenta e tantos anos e tem oito gatos, além de muitos gatos decorativos em sua mesa. Por fora, ela parece uma mulher de meia-idade comum. Um pouco acima do peso, com calças que se ajustam até demais em seu grande traseiro, ela costuma usar camisas de crepe estampado e sapatos baixos e confortáveis. À primeira vista, ela é uma mulher comum, quase uma dona de casa. Isto é, até que ela abra a boca.

Eu nunca conheci uma mulher, na minha vida, que tenha uma voz mais sexy do que a dela. Pensando bem, eu também não conheço nenhum homem que tenha uma voz mais sexy. O som que sai
de sua boca é um ronronar de uma gatinha sexy, não um rugido de urso de pelúcia. Estou, absolutamente, cem por cento certa de que ela poderia ganhar um milhão de dólares por ano, sendo operadora de sexo por telefone, ou a voz de audiolivros eróticos. Os homens ficam impotentes para negar qualquer coisa quando ela pede com sua voz sensual. Eu apelidei a mulher com a voz irresistível de Gigi.

Eu tinha solicitado a ajuda da deusa Gigi em mais de uma ocasião. Às vezes, para ligar para clientes que eu sabia que ficariam chateados com a necessidade de cancelar um compromisso de última hora. De alguma forma, quando Gigi ligava, com sua voz sexy, os clientes do sexo masculino recebiam a notícia muito melhor.

Ninguém no escritório sabe como Regina e eu nos conhecemos, muitos anos atrás. Todos, provavelmente, acham que ela é uma amiga da minha mãe, por sermos extremamente diferentes. Mas ela não é. Ela é a minha melhor amiga... a mulher que salvou a minha vida. Apesar de que, se você a perguntar, ela vai dizer que eu salvei a dela. Quem sabe, talvez a gente realmente tenha salvo uma à outra.

---------------------------------------------------

Leonard Milstock é o meu chefe de setenta e cinco anos de idade. Eu só vi Frederick Rowe, a outra metade da Milstock & Rowe, uma vez. No entanto, o seu nome continua na porta e há rumores de que ele ainda recebe salário todo mês. Os dois homens eram melhores amigos desde a escola

primária e parceiros desde antes de eu nascer. Aparentemente, o Sr. Rowe era Felix1 e Milstock, o Oscar, que mantinha as coisas fluindo sem problemas no escritório. Mas ele se aposentou há alguns anos, devido à saúde frágil de sua esposa e agora tudo o que tínhamos era a metade simpática da estranha dupla.

Entro no escritório de Leonard e tento encontrar uma cadeira sob as pilhas de arquivos com papéis a esmo. Eu tiro três paletós da cadeira e tenho certeza de que estão lá há, pelo menos, dois anos, e os penduro quando Leonard começa a falar sobre o caso em que estamos trabalhando juntos. Enquanto ele fala, eu reorganizo todos os arquivos que tinham sido deixados entreabertos na cadeira e jogo fora uma dúzia de Wall Street Journals que estão lá há mais de um ano. Leonard ou não percebe a minha arrumação ou não se incomoda, porque ele não perde o pique e continua falando rapidamente, enquanto eu estou arrumando o lugar.

— Você vai ter que lidar com o depoimento, esta tarde — Leonard fala enquanto mastiga um cachorro quente apimentado que Regina entregou há poucos minutos, mesmo sendo só dez e meia da manhã.

— Claro, sem problemas. — Eu posso, mas estou surpresa de ele estar me pedindo para fazer. O depoimento da tarde é para um dos nossos maiores clientes e, geralmente, Leonard conduz e eu apenas acompanho. Leonard vê o questionamento escrito em meu rosto.

— Vou fazer uma angioplastia esta tarde — Leonard faz o comentário como se tivesse acabado de falar sobre o tempo e não que ele iria passar por uma cirurgia cardíaca grave.

— Angioplastia? Você está bem?

— Sim, sim. Eu estou bem. Os médicos, hoje em dia, fazem muito barulho por nada. Ele provavelmente só me quer em cima da mesa porque seu filho tem um pagamento de propina a fazer.

— Isso, provavelmente, não tem nada a ver com o fato de você comer um cachorro quente apimentado todos os dias no café da manhã, não é? Não é porque você não tem tomado cuidado com o seu coração, não é? — Eu assumo uma posição de filha, dando sermão em Leonard, coisa que eu fazia nas raras ocasiões em que seus péssimos hábitos o impediam de prosseguir com seu trabalho.

— Ouça, mocinha. Quando você chegar à minha idade, vamos ver o quanto você se importa com o que você come. Portanto, mantenha os pensamentos magros e saudáveis para si mesma e vá se preparar para o nosso cliente. Estou contando com você para agradá-lo.

Eu rio, sabendo que Leonard não está realmente com raiva, é só o seu jeito. Nós não somos melosos um com o outro, mas ele sabe que eu me preocupo com ele. — Diga a Millie para me ligar quando você estiver todo remendado, ok? — Sim, Leonard Milstock se casou com uma mulher chamada Millie, o que faz com que ela se chame Millie Milstock. Eu teria ficado com meu nome de solteira, mas tenho certeza de que isso não era nem mesmo uma possibilidade quando se casaram, há mais de cinquenta anos.

— Tá bom, tá bom, chata. — Eu sorrio para o meu patrão e balanço a cabeça, vendo-o terminar seu último cachorro quente. Quando os médicos fizerem a cirurgia, eu tenho certeza de que vão encontrar pedaços inteiros de salsicha causando a obstrução em suas veias.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...