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História O destruidor de corações - Camila


Escrita por: mandinhadias-1

Notas do Autor


Bom pessoal por hoje é só..... comentem o que estão achando. Bjs

Capítulo 6 - Camila


Fanfic / Fanfiction O destruidor de corações - Camila

Olho-me no espelho, para a última roupa que escolhi e já a vesti, e decido que terei que usá-la. Eu já estou meia hora atrasada para o trabalho e ainda nem sequer saí do meu apartamento. Minha cama está com roupas espalhadas, desordenadamente, por toda a parte. Devo ter experimentado umas dez roupas esta manhã. Sinto-me como uma adolescente. Eu nunca penso muito no que vou vestir para trabalhar ou para os meus encontros com Shaw. Eu tenho roupas bonitas, e Shaw e eu fazemos uma simples transição, do trabalho para o jantar. Ele tira sua gravata e o paletó e desabotoa seus dois primeiros botões. Eu tiro o meu terninho. Mas não estou me vestindo para Shaw hoje.

Eu quero parecer sexy esta noite. Eu sei que eu não deveria me importar com o que visto para o jantar, que não é um encontro, com Enzo Jauregui, mas, no fundo, eu me importo. Eu vejo o desejo em seu olhar e isso me estimula. Gosto de ser a responsável pelo seu desejo, mesmo que eu não queira. Dou uma última olhada no espelho e fico satisfeita com o que vejo. Estou vestindo uma saia lápis de cor creme, que abraça o meu corpo e vai até poucos centímetros acima do meu joelho. Ela faz par com uma blusa rosa clara, completamente transparente, com uma camiseta nude por baixo. Pelo fato de a camiseta ser nude, não fica totalmente claro se eu estou usando algo por baixo, a não ser que se faça uma inspeção mais minuciosa. Eu complemento a roupa com saltos da mesma cor. Eles são mais altos do que os que eu costumo usar para ir ao escritório, mas como eles são da cor da minha pele, não há nenhum intervalo da minha perna para o meu pé, o que faz com que as minhas pernas, já longas, pareçam ainda mais longas.

Recebo a reação que eu esperava quando entro no escritório, só que a reação vem de Regina e não do homem para o qual eu me vesti, essa manhã.

— Você está sexy, Camila .

Sorrio para Regina. Estou um pouco envergonhada por me vestir para um homem, mas Regina é minha amiga e não vai me julgar. — Obrigada, Regina. — Dou uma voltinha para ela, na recepção.

— Você vai fazer aquele homem abanar o rabo e ficar de língua de fora, pendurada no canto da boca, durante todo o encontro.

As palavras de Regina me fazem sorrir, mas então me forço a bater de volta à realidade. — Isso não é um encontro. — Meu rosto está sério e eu uso a minha melhor voz de repreensão de advogada.

— Seja o que for. — Regina sorri.

— Não é. — Eu sei que ela está tentando não me aborrecer.

— Eu não vou discutir com você. Se você diz que não é um encontro, então não é um encontro.
— O sorriso de Regina nunca deixa o seu rosto.

— Bom, porque não é. — Eu passo por Regina e sigo para o meu escritório. Tenho um milhão de coisas para fazer, e agora, devido à minha brincadeira de me vestir melhor esta manhã, eu tenho uma hora a menos para fazê-las.






Fico contente que todo mundo já foi embora quando Enzo entra pela porta, pontualmente, às dezenove horas. Estou colocando os arquivos em cima da mesa da Regina quando eu pego um vislumbre dele na calçada, pela porta de vidro. Ele está vestindo calça jeans e camisa social e eu sinto a minha frequência cardíaca aumentar, enquanto ele caminha até a recepção. O homem é sexy. Não bonito ou charmoso, essas palavras são muito comuns para descrever o que ele é. Sexy. Sensual. Bruto. Todo másculo.

— Oi. — Ele abre aquele sorriso torto para mim e, por um segundo, eu sinto os meus joelhos fraquejarem. O homem me faz sentir como uma estudante adolescente. Eu não me lembro da última vez que me senti assim. Sim, eu me lembro, eu era uma adolescente.

— Oi. — Eu sorrio para ele. Juro que o sorriso dele é contagiante; só de vê-lo, a minha boca espelha a dele em resposta.

— Eu só preciso de um minuto para desligar o computador. — Enzo assente e dou um passo em volta da mesa da Regina. A frente do balcão da recepção estava escondendo o meu corpo e eu ainda estou olhando-o quando ele pega o primeiro vislumbre da minha roupa. Eu vejo seu rosto mudar, e isso faz o meu dia, que foi totalmente corrido porque eu tive que compensar a hora que me atrasei esta manhã, totalmente valer a pena. Caminho pelo corredor até a minha sala e olho de relance para ele quando me viro para passar pela porta. Ele ficou me observando por trás enquanto eu andava. Ele não vê o sorriso no meu rosto quando entro no escritório para me preparar para sair.

Tranco a porta da frente e espero Enzo me mostrar o caminho até seu carro. Mas, ao invés disso, ele caminha e para em frente a uma moto estacionada na calçada em frente ao prédio e me dá um capacete, com um sorriso diabólico. Fala sério! Quem busca um encontro em uma moto?

— Umm... Eu posso dirigir — ofereço, pensando que talvez ele não tenha carro. Viver numa cidade com um bom sistema de transporte público e com o preço alto da gasolina pode até ser prático ter uma moto em vez de um carro.

— Você já andou antes?

— Não.

— Você está com medo? — Ele parece realmente preocupado que eu possa estar.

— Não. — Na verdade, não estou, embora eu provavelmente devesse estar.

Ele sorri e lá vou eu de novo, respondendo na mesma moeda. — Bom, então suba.
Eu olho para a minha saia e de volta para Enzo em contemplação. Seu rosto está sorridente. Ele coloca o seu capacete e naturalmente joga a perna por cima da moto, sentando-se como se tivesse feito isso milhares de vezes.

Ele se volta para mim e espera, seu sorriso ainda no lugar. Eu balanço a cabeça para ele e coloco o capacete antes de sentar de pernas abertas, cuidadosamente, no banco de trás, de modo a não dar, a qualquer um que esteja passando, a chance de testemunhar um show. Tenho certeza de que o ouço dar uma risada.

Eu não tenho certeza do que fazer comigo mesma quando estou na parte de trás da moto. Sinto-me estranha. Deixando espaço entre nós, descanso minhas mãos nas costas de Enzo, as palmas das

mãos perto de seus ombros. Enzo toma a bolsa das minhas mãos e a enfia no alforje2, que eu nem tinha notado que tinha ali.

— Chegue para frente. — Eu vou.

— Envolva seus braços em volta da minha cintura e segure firme. — Eu hesito por um segundo, mas faço o que ele diz. Segurança em primeiro lugar, certo?

— Coloque esses sapatos sexy nas pedaleiras e não os mexa. Nem um pouquinho.

Está bem, agora consegui ficar um pouco nervosa. Penso na possibilidade de perguntar a ele o que poderia acontecer se eu mexesse meus pés, mas meu pensamento passa ligeiramente quando ele se afasta do meio-fio e eu me encontro passando os braços ao redor da sua cintura, em um aperto de morte.

Após alguns minutos, eu começo a relaxar. O tráfego pesado já passou e está uma bela noite de verão. O vento bate no meu rosto e me sinto revigorada. Livre. Eu solto o meu aperto de morte da cintura de Enzo, e estendo as minhas mãos ao redor de seu abdômen. Pela primeira vez, estou relaxada o suficiente para realmente sentir o que está sob as minhas mãos. Músculos sólidos. Não apenas firmes e em forma como os de Shaw, mas o tipo de músculos que são rasgados. Volumosos. Profundamente definidos. Eles são relevos sob sua carne e eu quero passar minhas mãos neles para explorar melhor. Mas eu não faço.

Nós desaceleramos à medida que entramos em um bairro que eu não reconheço. Eu nunca estive em um restaurante nesta área. Shaw e eu tendemos a nos ater aos mesmos restaurantes, explorando

outros novos ocasionalmente, que ele encontra quando uma nova edição do Zagat3 sai, a cada ano. Avançamos lentamente até quase parar na frente do que parece ser um armazém e eu observo quando um portão de garagem de metal se abre. Parece uma entrada de carga e descarga, mas Enzo conduz o moto por debaixo do portão que está subindo devagar e depois começa a fechar atrás de nós.

Ele desliga a moto e tira o capacete. Eu sigo o seu exemplo. — Onde estamos? — pergunto, olhando ao redor do ambiente desconhecido. Estamos em uma garagem, há um grande SUV, de cor escura, estacionado ao nosso lado e algumas bicicletas penduradas nas paredes da lateral.

— Na minha casa. Bem, tecnicamente, estamos no centro de treinamento, aqui embaixo, mas moro no loft no andar de cima.

Eu olho para o SUV ao meu lado enquanto faço o meu melhor para descer da moto de forma
elegante. Não é uma tarefa fácil de realizar. — Esse SUV é seu?

Os lados da boca de Enzo viram para cima em uma pitada de um sorriso diabólico. — Sim.

Ele pega o meu capacete, entrega a minha bolsa, e faz menção em direção à porta. — Vamos lá, vamos fazer uma rápida excursão antes de subirmos. O jantar está no forno, mas nós ainda temos um tempinho.

Ainda estou absorvendo que ele está fazendo o jantar e não vamos a um restaurante, quando sinto a sua mão na parte inferior das minhas costas, conforme ele começa a me conduzir para a parte principal do edifício. Sua grande mão ocupa metade da parte inferior das minhas costas e eu posso sentir a minha pele por baixo de sua mão chamuscar. Os pelos na parte de trás do meu pescoço se levantam por conta própria, meu corpo vibra pelo seu simples toque. Eu acho que ele nem percebe a minha reação.

Enzo aciona um interruptor e a enorme sala que entramos entra em foco. Tudo aquilo foi, provavelmente, um armazém no passado. Mas agora é uma academia moderna, de última geração. Há aparelhos de ginástica em uma metade do espaço e na outra metade tem o que parece ser dois grandes ringues de boxe.

— Uau. Isto é realmente interessante. Não parece em nada com a minha academia.

Enzo ri. — Eu duvido que qualquer um dos meus clientes se pareça com qualquer pessoa da sua academia, também.

Eu olho confusa para Enzo e ele explica. — Isso é um centro de treinamento para lutadores, Camila . É repleto de homens com tatuagens e testosterona enfurecida. Eu odiaria ver o que aconteceria por aqui se você entrasse neste lugar vestida como você, provavelmente, vai para a academia. — Enzo balança a cabeça e ri.

Oh. Não sei ao certo se eu deveria ficar ofendida ou tomar as suas palavras como um elogio, então eu escolho a última opção.

Depois de mais alguns minutos, entramos em um elevador de carga e Enzo puxa para baixo uma porta de metal. Ele insere uma chave no painel de controle e o elevador sobe lentamente. Enzo ergue a porta e sua mão volta para a parte inferior das minhas costas, enquanto ele me conduz para fora do elevador e para dentro do loft. É enorme, quase tão amplo quanto o andar de baixo.

Pelo menos a metade do andar é um grande espaço aberto. De um lado, há uma cozinha moderna, com elegantes eletrodomésticos em aço inox. Há uma enorme ilha e bancadas em granito brilhante, que modernizam os armários de madeira escura embaixo delas. A sala de estar ocupa a outra metade do andar e tem o maior sofá modular que eu já vi. Aposto que o sofá pode comportar dez homens. Reparo que está estrategicamente posicionado em frente a uma grande TV de tela plana e eu imagino um bando de caras sentados, assistindo lutas. Um perfeito apartamento de solteiro, mas muito agradável.

Meu nariz capta um cheiro e fico surpresa. — Peito de frango à francesa?

Enzo sorri para mim enquanto caminha até a cozinha. — Muito bom.

— Estou impressionada. Você sabe cozinhar? — Nunca pensei sobre isso antes, mas nos anos
em que eu tenho me encontrado com Shaw, ele nunca, nenhuma vez sequer, cozinhou para mim. Eu nem tenho certeza se ele sabe cozinhar.

— Não fique tão surpresa. Eu sou muito bom nisso, se assim posso dizer. — Enzo caminha até o forno e checa o jantar.

— Você cozinha com frequência? — Estou tão curiosa sobre este homem.

— Eu tenho que cozinhar, faz parte do esporte. Você não consegue se manter em forma e comer porcaria, então precisa aprender a cozinhar coisas saudáveis muito rápido, se quiser levar a luta a sério.

Eu assinto, faz sentido. É quase impossível manter uma boa dieta quando você vive comendo em restaurantes. Eu deveria saber. A única opção é salada, que é como eu tenho me mantido magra, mas um homem com a aparência de Enzo precisa da ingestão de muitas calorias, mais do que uma salada poderia fornecer. — Você ainda luta? — Eu nem sequer penso antes que as palavras saiam da minha boca. Talvez ele não goste de falar sobre isso. Lembro-me do jornal dizendo que ele tinha se aposentado depois do que tinha acontecido, mas ele era, definitivamente, mais jovem do que qualquer que seja a idade normal para lutadores se aposentarem.

Enzo me diz que o jantar está pronto e serve toda a refeição: salada, legumes e o prato principal. Noto que ele não respondeu a minha pergunta, e eu não tenho certeza se foi intencional ou apenas o momento.

Permanecemos à mesa por um longo tempo depois de comermos. Eu o provoco sobre como ele é doméstico e ele brinca comigo sobre o quão dependente de comida para viagem eu sou. Ele ri quando eu digo que eu chamo pelo primeiro nome, pelo menos, cinco entregadores. Nossa conversa flui naturalmente e o tempo passa rápido. Muito rápido. Eventualmente, nós nos transferimos para o sofá e nossa conversa se volta para como ele entrou no MMA. Enzo me diz que é o caçula de quatro meninos e que foi criado por sua mãe solteira, que trabalhava em dois empregos.

— Eu tive a minha bunda muito chutada. Minha mãe estava no trabalho à noite e meus irmãos estavam lutando, grande parte do tempo.

Eu rio ao pensar em Enzo tendo sua bunda chutada. — Jura? Eu não posso imaginar como seus irmãos se parecem, então.

Enzo ri. — Eu sempre fui grande para a minha idade. Quando eu tinha oito ou nove anos, minha mãe advertiu meus irmãos de que um dia eu seria maior e mais forte e ainda me vingaria pelos anos que eles conspiraram contra mim. Eu não acho que eles esperavam que esse dia chegasse quando eu tinha apenas doze anos.

— Quantos anos seus irmãos mais velhos tinham quando você estava com doze anos?

— Temos todos dois anos de diferença. Então eles tinham quatorze, dezesseis e dezoito anos.

— Você era maior do que o de dezoito, aos doze anos de idade?

— Eu não sei se eu era maior do que ele naquela época. Mas eu podia lutar melhor. Eu lembro do dia em que isso aconteceu também. Joe, o de dezoito anos, chegou em casa e eu estava bebendo em seu copo.
— Seu copo? Ele tinha o seu próprio copo?

Enzo ri. — Parece pior do que é. Mas sim, ele tinha um copo e nenhum de nós estava autorizado a beber nele. Eu costumava usá-lo quando ele não estava em casa, despejava leite e enterrava os meus biscoitos nele.

— De propósito?

— Sim, de propósito. Eu gostava de usá-lo quando ele não estava em casa; isso me dava uma satisfação secreta. — Enzo sorri e balança a cabeça, percebendo o quão tolo ele parece por ter tido a satisfação de usar o copo de outra pessoa. — Mas um dia ele chegou em casa mais cedo e me pegou. Lutamos como sempre fazíamos. Nós quebramos a mesinha de centro e a mesinha lateral lutando pela sala. Mamãe costumava ficar irritada quando quebrávamos os móveis. Mas depois que rolamos por um tempo, eu consegui prender sua bunda no chão.

Eu sorrio, observando Enzo contar a sua história com tanto carinho na voz. Eu nunca ouvi ninguém falar de lutar com tanta reverência. Para mim, a luta sempre significou ódio, violência e coisas tão feias. Mas por incrível que pareça, quando Enzo fala de seus irmãos, ele faz parecer que isso é derivado de amor e beleza.

Enzo se levanta: — Que tal uma taça de vinho?

— Claro, eu adoraria.

Enzo me traz uma taça de vinho, mas nada para ele. — Você não vai beber?

— Eu não bebo quando estou treinando. — Ele senta ao meu lado no sofá, muito mais perto do que antes. Minha perna toca a sua sem querer quando eu me inclino para frente para colocar a minha bebida na mesa e, quando eu olho para trás, Enzo está olhando para as nossas pernas, onde elas se encontram. Ele me observa olhar para ele e traz seu olhar de volta para o meu. Fico hipnotizada enquanto ele olha nos meus olhos e então lentamente seus olhos caem para a minha boca, por um longo momento. Eu posso dizer que ele está se forçando a voltar o olhar para o meu, contra a sua vontade, quando seus belos olhos verdes se focam nos meus. Seus olhos se dilatam nesse momento e minha respiração engata quando vejo o meu próprio desejo refletido de volta para mim.

— Ah — eu engulo em seco. Do que estávamos falando? Beber. Beber durante o treinamento.

— Você está treinando para uma luta?

Algo diferente passa pelo seu rosto com a minha pergunta, e eu não sei ao certo o que é. — Não realmente. — Enzo pondera por um segundo. — Mas se você perguntar ao Preach, ele daria uma resposta diferente — ele ri. O clima mudou e não tenho certeza se estou decepcionada ou aliviada.

Eu encosto e tomo outro gole do meu vinho. — Preach?

— Ele é o meu treinador.

Eu espero por mais, mas não sai nada. — Por que Preach acha que você está treinando para uma luta, se você não está?

— Porque ele pensa que me conhece melhor do que eu me conheço.

— Ele conhece? — Enzo fica surpreso com a minha pergunta. Eu observo enquanto ele pensa
antes de responder. Eu gosto que ele simplesmente não cuspa uma resposta. Ele parece considerar cuidadosamente as suas palavras.

— Talvez. Eu estou com ele desde os meus quinze anos. Ele me conhece muito bem.

— Ele começou a te treinar quando você tinha quinze anos?

— Não, não no início. Quando eu tinha quinze anos, minha mãe perdeu seu segundo emprego, então o meu tio me arrumou um trabalho em um centro de treinamento para que eu pudesse ajudar. Preach me contratou para limpar e segurar o saco pesado, enquanto os lutadores treinavam. Numa

tarde, o cara que costumava atuar como sparring4 não apareceu e eu pedi a Preach para me deixar substituí-lo. Eu era bom no bloqueio de chutes, com os meus três irmãos, por isso não foi difícil pegar chutes com as almofadas. Eu fiquei fazendo isso por pouco tempo, até que um dos seus melhores lutadores, que eu achava um idiota arrogante, me acertou com um golpe baixo enquanto estávamos treinando e isso me irritou, então eu bati nele de volta. Acabei chutando sua bunda e o resto é história. Preach começou a me treinar depois disso.

Passamos as próximas horas falando sobre o meu trabalho e a família de Enzo. Quando ele finalmente me levou de volta para casa, já tinha algumas pessoas fazendo cooper ao amanhecer. A noite fluiu sem esforço, sem quaisquer momentos desconfortáveis até estarmos na frente do meu prédio.

Enzo estaciona a moto e me ajuda a descer, sem liberar a minha mão quando eu já estou fora. Ele permanece perto, olha para mim e eu acho que ele vai me beijar. Mas, em vez disso, ele se inclina para baixo até eu sentir a sua respiração no meu pescoço. Todo o meu corpo responde e eu me inclino contra ele, ainda que levemente, mas é o suficiente para o meu corpo roçar contra o seu peito firme.

Sua boca está tão perto do meu ouvido, que envia arrepios para a minha espinha. Eu quero tanto que ele me beije, mas não quero querer que ele me beije. Suas palavras são um sussurro no meu ouvido quando ele fala: — Eu adoraria ver você novamente. Me avise quando o não realmente se transformar em um não de verdade.

Meu corpo está quente de estar tão perto dele. Estou decepcionada que ele não me beijou, mas, ao mesmo tempo, aliviada. Ele está certo por me lembrar sobre Shaw. Enzo libera a minha mão, que ele ainda está segurando, e eu sorrio para ele antes de virar para ir embora. Eu dou alguns passos para longe dele e me viro para trás. — Por que você me buscou em uma moto, se você tem um SUV na garagem?

Enzo olha para baixo timidamente e depois eu vejo o sorriso torto arrogante, que me derrete de alguma forma. — Eu queria sentir seus braços em volta de mim, com força.

Está certo. Droga. De. Resposta. Ele manteve a palavra durante a noite toda e foi um perfeito cavalheiro. Eu sorrio para ele e começo a virar para ir embora, mas meus pés me levam de volta na direção contrária. Eles parecem ter vontade própria. Eu preciso senti-lo mais uma vez. Corro os quatro passos que me levam de volta até ele. Enzo não se move, ele ainda permanece de pé e me observa atentamente. Esperando. Eu me estico e pressiono os meus lábios firmemente nos dele e a eletricidade que vinha ameaçando o meu corpo durante toda a noite explode em plena potência.
Explosão. Derretimento. Abalo. Ele me domina. Nós consumimos instantaneamente um ao outro. Enzo envolve seus braços em volta da minha cintura, nossos corpos pressionados firmemente um contra o outro, nenhum de nós é capaz de se aproximar o suficiente. Seus braços estão me apertando com força; não há a menor chance de eu conseguir escapar, nem se eu quisesse. Mas, definitivamente, eu não quero.

Quando finalmente interrompemos o beijo, nós dois estamos ofegantes. Enzo inclina sua testa na minha e eu recupero fôlego suficiente para falar. — Eu queria sentir os seus braços em volta de mim, com força, também.

Enzo sorri com as minhas palavras e me viro para ir embora. Eu realmente não quero ir embora, mas sei que, se eu não fizer isso, não serei capaz de fazer tão cedo. Subo as escadas sentindo seu olhar na minha bunda a cada passo e meus quadris dão um show quando eles balançam com entusiasmo renovado. Eu abro a porta e olho para trás, para encontrá-lo me observando e não me envergonho de deixá-lo saber disso. Eu fecho a porta e me apoio contra ela. O que diabos eu estou fazendo?



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